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Teoria da “Equilibração”

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Organização das estruturas cognitivas (por meio de mecanismos autorreguladores de assimilação e acomodação), capaz de provocar no indivíduo uma nova forma de adaptação (ou interação eficiente) à realidade.  
Organização das estruturas cognitivas (por meio de mecanismos autorreguladores de assimilação e acomodação), capaz de provocar no indivíduo uma nova forma de adaptação (ou interação eficiente) à realidade.  
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'''Veja também:''' [[Conhecimento]] // [[Construtivismo (aplicado à aprendizagem)]]  
'''Veja também:''' [[Conhecimento]] // [[Construtivismo (aplicado à aprendizagem)]]  

Edição atual tal como 12h43min de 16 de fevereiro de 2018

Ementa

Organização das estruturas cognitivas (por meio de mecanismos autorreguladores de assimilação e acomodação), capaz de provocar no indivíduo uma nova forma de adaptação (ou interação eficiente) à realidade.


Veja também: Conhecimento // Construtivismo (aplicado à aprendizagem)

Referências

O conhecimento não advém da experiência única com os objetos e/ou da programação inata (pré-formada no sujeito), mas de construções sucessivas - a partir as interações dos indivíduos com o meio ambiente -, que provocam novas estruturas mentais (mecanismo autorregulatório ou “equilibração” do indivíduo com o seu contexto).
A Teoria da Equilibração explica que o processo do desenvolvimento humano pode variar em virtude do meio em que o indivíduo se encontra inserido.
Para entender essa teoria, Piaget aborda os fatores invariantes (estruturas biológicas sensoriais e neurológicas natas) e variantes (elementos que se transformam no processo de interação com o meio, físico e social).
Com isso, a Teoria Psicogênica demonstra que a inteligência não é herdada, mas é uma construção por meio de processos interativos do indivíduo com o seu meio ambiente (físico e social).
Para Piaget, o indivíduo almeja o equilíbrio, mas nunca alcançará em virtude dos seus processos de interação com o meio, que podem gerar desajustes, romper o estado de equilíbrio e provocar esforços para que a adaptação se restabeleça. Esses esforços do indivíduo pela adaptação envolvem dois mecanismos distintos e indissociáveis: assimilação (tentativa do sujeito resolver, interpretar uma situação a partir da sua estrutura cognitiva existente; esse mecanismo é permanente, uma vez que o indivíduo interpreta constantemente a realidade e busca, com isso, retirar do ambiente a informação que lhe interessa, objetivando restabelecer a nova equilibração) e acomodação (capacidade de modificar a estrutura mental anterior a partir da aquisição de um novo objeto de conhecimento -- ou seja, o “momento da ação do objeto sobre o sujeito”. Toda experiência é assimilada aos esquemas mentais existentes que podem provocar acomodações).
A assimilação e a acomodação são indissociáveis e complementares e estão presentes ao longo da vida. A equilibração é a organização das estruturas cognitivas que provoca no indivíduo uma nova forma de adaptação à realidade. Todavia, o processo de equilibração (transformação) dependerá de como o indivíduo elabora e assimila as suas interações com o contexto, ou seja, a equilibração depende do nível de desenvolvimento cognitivo que o sujeito detém ao longo da vida.

Fontes

COLL, C. As contribuições da psicologia para a educação: teoria genética e aprendizagem escolar. In: LEITE, L.B. (Org). Piaget e a Escola de Genebra. São Paulo: Cortez, 1992. p. 164-197.

FREITAS, M.T.A. de. Vygotsky e Bakhtin: psicologia e educação: um intertexto. São Paulo: Ática, 2000.

LA TAILLE, Y. Prefácio. In: PIAGET, J. A construção do real na criança. 3. ed. São Paulo: Ática, 2003.

______. O lugar da interação social na concepção de Jean Piaget. In: LA TAILLE, Y.; OLIVEIRA, M.K; DANTAS,H. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. 13. ed. São Paulo: Summus, 1992 p.11-22

______. A construção do conhecimento. São Paulo: Secretaria de Estado da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas, 1990.

______. Desenvolvimento do juízo moral e afetividade na teoria de Jean Piaget. In: LA TAILLE, Y.; OLIVEIRA, M.K; DANTAS, H. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. 13. ed. São Paulo: Summus, 1992. p.47-74.

RAPPAPORT, C.R. Modelo piagetiano. In: RAPPAPORT, C. R.; FIORI; DAVIS. Teorias do desenvolvimento: conceitos fundamentais. São Paulo: EPU, 1981. v.1, p. 51-75.

TERRA, M. R. O desenvolvimento humano na teoria de Piaget. Disponível em: <https://docs.google.com/file/d/0BxgqoVhThgkqOHR5aE00TWlScU0/view>. Acesso em: 1 ago. 2017.