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Resolução SE nº 09, de 27 de janeiro de 2010

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(Criou página com '''Dispõe sobre a definição de perfis de competências e habilidades requeridos dos Professores de Educação Básica II – PEB II, e de Educação Especial, bem como da bibli...')
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==Anexo==
==Anexo==
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ANEXO:
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Concurso de Ingresso de Professores 2010
Concurso de Ingresso de Professores 2010
 +
PEB II
PEB II
-
Perfis Profissionais e
+
 
-
Referências Bibliográficas
+
Perfis Profissionais e Referências Bibliográficas
 +
 
26 de Janeiro de 2010
26 de Janeiro de 2010
 +
SUMÁRIO
SUMÁRIO
 +
1 PERFIL DOS PROFESSORES PEB-II 4
1 PERFIL DOS PROFESSORES PEB-II 4
 +
 +
1.1 Parte Geral comum a todas as áreas 4
1.1 Parte Geral comum a todas as áreas 4
 +
1.1.1 O professor PEB-II deve apresentar o seguinte perfil 6
1.1.1 O professor PEB-II deve apresentar o seguinte perfil 6
 +
1.1.2 Habilidades do professor PEB-II 8
1.1.2 Habilidades do professor PEB-II 8
 +
1.1.3 Bibliografia para Parte Geral 9
1.1.3 Bibliografia para Parte Geral 9
 +
1.1.4 Documentos para Parte Geral 11
1.1.4 Documentos para Parte Geral 11
 +
1.1.5 Legislação Básica 12
1.1.5 Legislação Básica 12
 +
 +
1.2 Perfil desejado para o professor de Língua Portuguesa 14
1.2 Perfil desejado para o professor de Língua Portuguesa 14
 +
1.2.1 O professor de Língua Portuguesa deve apresentar o seguinte perfil: 14
1.2.1 O professor de Língua Portuguesa deve apresentar o seguinte perfil: 14
 +
1.2.2 Habilidades do professor de Língua Portuguesa 15
1.2.2 Habilidades do professor de Língua Portuguesa 15
 +
1.2.3 Bibliografia para Língua Portuguesa 17
1.2.3 Bibliografia para Língua Portuguesa 17
 +
1.2.4 Documentos para Língua Portuguesa 18
1.2.4 Documentos para Língua Portuguesa 18
 +
 +
1.3 Perfil desejado para o professor de Arte 19
1.3 Perfil desejado para o professor de Arte 19
 +
1.3.1 O professor de Arte deve apresentar o seguinte perfil: 19
1.3.1 O professor de Arte deve apresentar o seguinte perfil: 19
 +
1.3.2 Habilidades do professor de Arte 20
1.3.2 Habilidades do professor de Arte 20
 +
1.3.3 Bibliografia para Arte 23
1.3.3 Bibliografia para Arte 23
 +
1.3.4 Documentos para Arte 24
1.3.4 Documentos para Arte 24
 +
 +
1.4 Perfil desejado para o professor de Educação Física 25
1.4 Perfil desejado para o professor de Educação Física 25
 +
1.4.1 O professor de Educação Física deve apresentar o seguinte perfil: 25
1.4.1 O professor de Educação Física deve apresentar o seguinte perfil: 25
 +
1.4.2 Habilidades do professor de Educação Física 26
1.4.2 Habilidades do professor de Educação Física 26
 +
1.4.3 Bibliografia para Educação Física 27
1.4.3 Bibliografia para Educação Física 27
 +
1.4.4 Documentos para Educação Física 29
1.4.4 Documentos para Educação Física 29
 +
 +
1.5 Perfil desejado para o professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês 30
1.5 Perfil desejado para o professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês 30
-
1.5.1 O professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês deve apresentar
+
 
-
o seguinte perfil: 30
+
1.5.1 O professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês deve apresentar o seguinte perfil: 30
 +
 
1.5.2 Habilidades do professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês 31
1.5.2 Habilidades do professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês 31
 +
1.5.3 Bibliografia para Língua Estrangeira Moderna - Inglês 33
1.5.3 Bibliografia para Língua Estrangeira Moderna - Inglês 33
 +
1.5.4 Documentos para Língua Estrangeira Moderna - Inglês 35
1.5.4 Documentos para Língua Estrangeira Moderna - Inglês 35
 +
 +
1.6 Perfil desejado para o professor de Matemática 36
1.6 Perfil desejado para o professor de Matemática 36
 +
1.6.1 O professor de Matemática deve apresentar o seguinte perfil: 36
1.6.1 O professor de Matemática deve apresentar o seguinte perfil: 36
 +
1.6.2 Habilidades do professor de Matemática 37
1.6.2 Habilidades do professor de Matemática 37
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1.6.3 Bibliografia para Matemática 40
1.6.3 Bibliografia para Matemática 40
 +
1.6.4 Documentos para Matemática 42
1.6.4 Documentos para Matemática 42
 +
 +
1.7 Perfil desejado para o professor de Ciências 43
1.7 Perfil desejado para o professor de Ciências 43
 +
1.7.1 O professor de Ciências deve apresentar o seguinte perfil: 43
1.7.1 O professor de Ciências deve apresentar o seguinte perfil: 43
 +
1.7.2 Habilidades do professor de Ciências 44
1.7.2 Habilidades do professor de Ciências 44
 +
1.7.3 Bibliografia para Ciências 46
1.7.3 Bibliografia para Ciências 46
 +
1.7.4 Documentos para Ciências 48
1.7.4 Documentos para Ciências 48
 +
 +
1.8 Perfil desejado para o professor de Física 49
1.8 Perfil desejado para o professor de Física 49
 +
1.8.1 O professor de Física deve apresentar o seguinte perfil: 49
1.8.1 O professor de Física deve apresentar o seguinte perfil: 49
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1.8.2 Competências específicas do professor de Física 50
1.8.2 Competências específicas do professor de Física 50
 +
1.8.3 Habilidades do professor de Física 51
1.8.3 Habilidades do professor de Física 51
 +
1.8.4 Bibliografia para Física 54
1.8.4 Bibliografia para Física 54
 +
1.8.5 Documentos para Física 55
1.8.5 Documentos para Física 55
 +
 +
1.9 Perfil desejado para o professor de Química 57
1.9 Perfil desejado para o professor de Química 57
 +
1.9.1 O professor de Química deve apresentar o seguinte perfil: 57
1.9.1 O professor de Química deve apresentar o seguinte perfil: 57
 +
1.9.2 Habilidades do professor de Química 58
1.9.2 Habilidades do professor de Química 58
 +
1.9.3 Bibliografia para Química 62
1.9.3 Bibliografia para Química 62
 +
1.9.4 Documentos para Química 63
1.9.4 Documentos para Química 63
 +
 +
1.10 Perfil desejado para o professor de Biologia 64
1.10 Perfil desejado para o professor de Biologia 64
 +
1.10.1 O professor de Biologia deve apresentar o seguinte perfil: 64
1.10.1 O professor de Biologia deve apresentar o seguinte perfil: 64
 +
1.10.2 Habilidades do professor de Biologia 65
1.10.2 Habilidades do professor de Biologia 65
 +
1.10.3 Bibliografia para Biologia 67
1.10.3 Bibliografia para Biologia 67
 +
1.10.4 Documentos para Biologia 69
1.10.4 Documentos para Biologia 69
 +
 +
1.11 Perfil desejado para o professor de História 70
1.11 Perfil desejado para o professor de História 70
 +
1.11.1 O professor de História deve apresentar o seguinte perfil: 70
1.11.1 O professor de História deve apresentar o seguinte perfil: 70
 +
1.11.2 Habilidades do professor de História 72
1.11.2 Habilidades do professor de História 72
 +
1.11.3 Bibliografia para História 74
1.11.3 Bibliografia para História 74
 +
1.11.4 Documentos para História 75
1.11.4 Documentos para História 75
 +
 +
1.12 Perfil desejado para o professor de Geografia 76
1.12 Perfil desejado para o professor de Geografia 76
 +
1.12.1 O professor de Geografia deve apresentar o seguinte perfil: 77
1.12.1 O professor de Geografia deve apresentar o seguinte perfil: 77
 +
1.12.2 Habilidades do professor de Geografia 78
1.12.2 Habilidades do professor de Geografia 78
 +
1.12.3 Bibliografia para Geografia 80
1.12.3 Bibliografia para Geografia 80
 +
1.12.4 Documentos para Geografia 81
1.12.4 Documentos para Geografia 81
 +
 +
1.13 Perfil desejado para o professor de Filosofia 83
1.13 Perfil desejado para o professor de Filosofia 83
 +
1.13.1 O professor de Filosofia deve apresentar o seguinte perfil: 84
1.13.1 O professor de Filosofia deve apresentar o seguinte perfil: 84
 +
1.13.2 Habilidades do professor de Filosofia 85
1.13.2 Habilidades do professor de Filosofia 85
 +
1.13.3 Bibliografia para Filosofia 87
1.13.3 Bibliografia para Filosofia 87
 +
1.13.4 Documentos 88
1.13.4 Documentos 88
 +
 +
1.14 Perfil desejado para o professor de Sociologia 89
1.14 Perfil desejado para o professor de Sociologia 89
 +
1.14.1 O professor de Sociologia deve apresentar o seguinte perfil: 89
1.14.1 O professor de Sociologia deve apresentar o seguinte perfil: 89
 +
1.14.2 Habilidades do professor de Sociologia 90
1.14.2 Habilidades do professor de Sociologia 90
 +
1.14.3 Bibliografia para Sociologia 92
1.14.3 Bibliografia para Sociologia 92
 +
1.14.4 Documentos para Sociologia 94
1.14.4 Documentos para Sociologia 94
 +
 +
2 PERFIL DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL 95
2 PERFIL DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL 95
 +
2.1 O professor de Educação Especial deve apresentar o seguinte perfil 95
2.1 O professor de Educação Especial deve apresentar o seguinte perfil 95
 +
 +
2.2 Habilidades do professor de Educação Especial 96
2.2 Habilidades do professor de Educação Especial 96
 +
2.2.1 Deficiência Física 96
2.2.1 Deficiência Física 96
 +
2.2.2 Deficiência Auditiva 96
2.2.2 Deficiência Auditiva 96
 +
2.2.3 Deficiência Visual 97
2.2.3 Deficiência Visual 97
 +
2.2.4 Deficiência Intelectual 97
2.2.4 Deficiência Intelectual 97
 +
 +
2.3 Bibliografia para Educação Especial 97
2.3 Bibliografia para Educação Especial 97
 +
2.3.1 Deficiências/Inclusão - Geral 97
2.3.1 Deficiências/Inclusão - Geral 97
 +
2.3.2 Deficiência Auditiva 98
2.3.2 Deficiência Auditiva 98
 +
2.3.3 Deficiência Física 98
2.3.3 Deficiência Física 98
 +
2.3.4 Deficiência Mental 98
2.3.4 Deficiência Mental 98
 +
2.3.5 Deficiência Visual 99
2.3.5 Deficiência Visual 99
 +
 +
2.4 Documentos para Educação Especial 99
2.4 Documentos para Educação Especial 99
 +
2.4.1 Deficiências/Inclusão - Geral 99
2.4.1 Deficiências/Inclusão - Geral 99
 +
2.4.2 Deficiência Auditiva 100
2.4.2 Deficiência Auditiva 100
 +
2.4.3 Deficiência Física 100
2.4.3 Deficiência Física 100
 +
2.4.4 Deficiência Mental 101
2.4.4 Deficiência Mental 101
 +
2.4.5 Deficiência Visual 101
2.4.5 Deficiência Visual 101
 +
 +
2.5 Legislação para Educação Especial 102
2.5 Legislação para Educação Especial 102
 +
2.5.1 Federal 102
2.5.1 Federal 102
 +
2.5.2 Estadual 102
2.5.2 Estadual 102
-
1 PERFIL DOS PROFESSORES PEB-II
+
 
-
1.1 Parte Geral comum a todas as áreas
+
==1 PERFIL DOS PROFESSORES PEB-II==
-
* Cultura geral e profissional
+
 
-
Uma cultura geral ampla favorece o desenvolvimento da
+
===1.1 Parte Geral comum a todas as áreas===
-
sensibilidade, da imaginação, a possibilidade de produzir significados
+
 
-
e interpretações do que se vive e de fazer conexões
+
'''Cultura geral e profissional'''
-
– o que, por sua vez, potencializa a qualidade da intervenção
+
 
-
educativa.
+
Uma cultura geral ampla favorece o desenvolvimento da sensibilidade, da imaginação, a possibilidade de produzir significados
-
Do modo como é entendida aqui, cultura geral inclui um
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e interpretações do que se vive e de fazer conexões – o que, por sua vez, potencializa a qualidade da intervenção educativa.
-
amplo espectro de temáticas: familiaridade com as diferentes
+
 
-
produções da cultura popular e erudita e da cultura de massas
+
Do modo como é entendida aqui, cultura geral inclui um amplo espectro de temáticas: familiaridade com as diferentes produções da cultura popular e erudita e da cultura de massas e atualização em relação às tendências de transformação do mundo contemporâneo.
-
e atualização em relação às tendências de transformação do
+
 
-
mundo contemporâneo.
+
A cultura profissional, por sua vez, refere-se àquilo que é próprio da atuação do professor no exercício da docência. Fazem parte desse âmbito temas relativos às tendências da educação e do papel do professor no mundo atual.
-
A cultura profissional, por sua vez, refere-se àquilo que é
+
 
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próprio da atuação do professor no exercício da docência. Fazem
+
'''Conhecimentos sobre a dimensão cultural, social, política e econômica da educação'''
-
parte desse âmbito temas relativos às tendências da educação e
+
 
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do papel do professor no mundo atual.
+
Este âmbito, bastante amplo, refere-se a conhecimentos relativos à realidade social e política brasileira e a sua repercussão na educação, ao papel social do professor, à discussão das leis relacionadas à infância, adolescência, educação e profissão, às questões da ética e da cidadania, às múltiplas expressões culturais e às questões de poder associadas a todos esses temas.
-
* Conhecimentos sobre a dimensão cultural, social, política
+
 
-
e econômica da educação
+
Diz respeito, portanto, à necessária contextualização dos conteúdos, assim como o tratamento dos Temas Transversais – questões sociais atuais que permeiam a prática educativa como ética, meio ambiente, saúde, pluralidade cultural, trabalho, consumo e outras – seguem o mesmo princípio: o compromisso da educação básica com a formação para a cidadania e buscam a mesma finalidade: possibilitar aos alunos a construção de significados e a necessária aprendizagem de participação social.
-
Este âmbito, bastante amplo, refere-se a conhecimentos
+
 
-
relativos à realidade social e política brasileira e a sua repercussão
+
Igualmente, políticas públicas da educação, dados estatísticos, quadro geral da situação da educação no país, relações da educação com o trabalho, relações entre escola e sociedade são informações essenciais para o conhecimento do sistema educativo e, ainda, a análise da escola como instituição – sua organização, relações internas e externas – concepção de comunidade escolar, gestão escolar democrática, Conselho Escolar e projeto pedagógico da escola, entre outros.
-
na educação, ao papel social do professor, à discussão das
+
 
-
leis relacionadas à infância, adolescência, educação e profissão,
+
'''Conhecimento pedagógico'''
-
às questões da ética e da cidadania, às múltiplas expressões
+
 
-
culturais e às questões de poder associadas a todos esses temas.
+
Este âmbito refere-se ao conhecimento de diferentes concepções sobre temas próprios da docência, tais como, currículo e desenvolvimento curricular, transposição didática, contrato didático, planejamento, organização de tempo e espaço, gestão de classe, interação grupal, criação, realização e avaliação das situações didáticas, avaliação de aprendizagens dos alunos, consideração de suas especificidades, trabalho diversificado, relação professor-aluno, análises de situações educativas e de ensino complexas, entre outros. São deste âmbito, também, as pesquisas dos processos de aprendizagem dos alunos e os procedimentos para produção de conhecimento pedagógico pelo professor.
-
Diz respeito, portanto, à necessária contextualização dos
+
 
-
conteúdos, assim como o tratamento dos Temas Transversais
+
'''Conhecimentos sobre crianças, jovens e adultos'''
-
– questões sociais atuais que permeiam a prática educativa
+
 
-
como ética, meio ambiente, saúde, pluralidade cultural, trabalho,
+
A formação de professores deve assegurar o conhecimento dos aspectos físicos, cognitivos, afetivos e emocionais do desenvolvimento individual tanto de uma perspectiva científica quanto à relativa às representações culturais e às práticas sociais de diferentes grupos e classes sociais. Igualmente relevante é a compreensão das formas diversas pelas quais as diferentes culturas atribuem papéis sociais e características psíquicas a faixas etárias diversas.
-
consumo e outras – seguem o mesmo princípio: o compromisso
+
 
-
da educação básica com a formação para a cidadania e buscam
+
A formação de professores deve assegurar a aquisição de conhecimentos sobre o desenvolvimento humano e sobre a forma como diferentes culturas caracterizam as diferentes faixas etárias e sobre as representações sociais e culturais dos diferentes períodos: infância, adolescência, juventude e vida adulta. Igualmente importante é o conhecimento sobre as peculiaridades dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais.
-
a mesma finalidade: possibilitar aos alunos a construção de
+
 
-
significados e a necessária aprendizagem de participação social.
+
Para que possa compreender quem são seus alunos e identificar as necessidades de atenção, sejam relativas aos afetos e emoções, aos cuidados corporais, de nutrição e saúde, sejam relativas às aprendizagens escolares e de socialização, o professor precisa conhecer aspectos psicológicos que lhe permitam atuar nos processos de aprendizagem e socialização; ter conhecimento do desenvolvimento físico e dos processos de crescimento, assim como dos processos de aprendizagem dos diferentes conteúdos escolares em diferentes momentos do desenvolvimento cognitivo, das experiências institucionais e do universo cultural e social em que seus alunos se inserem. São esses conhecimentos que o ajudarão a lidar com a diversidade dos alunos e a trabalhar na perspectiva da escola inclusiva.
-
Igualmente, políticas públicas da educação, dados estatísticos,
+
 
-
quadro geral da situação da educação no país, relações
+
É importante que, independentemente da etapa da escolaridade em que o futuro professor vai atuar, ele tenha uma visão global sobre esta temática, aprofundando seus conhecimentos sobre as especificidades da faixa etária e das práticas dos diferentes grupos sociais com a qual vai trabalhar.
-
da educação com o trabalho, relações entre escola e sociedade
+
 
-
são informações essenciais para o conhecimento do sistema
+
 
-
educativo e, ainda, a análise da escola como instituição – sua
+
====1.1.1 o professor PEB-II deve apresentar o seguinte perfil====
-
organização, relações internas e externas – concepção de comunidade
+
 
-
escolar, gestão escolar democrática, Conselho Escolar e
+
-
projeto pedagógico da escola, entre outros.
+
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* Conhecimento pedagógico
+
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Este âmbito refere-se ao conhecimento de diferentes concepções
+
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sobre temas próprios da docência, tais como, currículo
+
-
e desenvolvimento curricular, transposição didática, contrato
+
-
didático, planejamento, organização de tempo e espaço, gestão
+
-
de classe, interação grupal, criação, realização e avaliação das
+
-
situações didáticas, avaliação de aprendizagens dos alunos,
+
-
consideração de suas especificidades, trabalho diversificado,
+
-
relação professor-aluno, análises de situações educativas e de
+
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ensino complexas, entre outros. São deste âmbito, também,
+
-
as pesquisas dos processos de aprendizagem dos alunos e os
+
-
procedimentos para produção de conhecimento pedagógico
+
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pelo professor.
+
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* Conhecimentos sobre crianças, jovens e adultos
+
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A formação de professores deve assegurar o conhecimento
+
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dos aspectos físicos, cognitivos, afetivos e emocionais do desenvolvimento
+
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individual tanto de uma perspectiva científica quanto
+
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à relativa às representações culturais e às práticas sociais
+
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de diferentes grupos e classes sociais. Igualmente relevante é
+
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a compreensão das formas diversas pelas quais as diferentes
+
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culturas atribuem papéis sociais e características psíquicas a
+
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faixas etárias diversas.
+
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A formação de professores deve assegurar a aquisição
+
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de conhecimentos sobre o desenvolvimento humano e sobre
+
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a forma como diferentes culturas caracterizam as diferentes
+
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faixas etárias e sobre as representações sociais e culturais
+
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dos diferentes períodos: infância, adolescência, juventude e
+
-
vida adulta. Igualmente importante é o conhecimento sobre
+
-
as peculiaridades dos alunos que apresentam necessidades
+
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educacionais especiais.
+
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Para que possa compreender quem são seus alunos e
+
-
identificar as necessidades de atenção, sejam relativas aos
+
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afetos e emoções, aos cuidados corporais, de nutrição e saúde,
+
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sejam relativas às aprendizagens escolares e de socialização,
+
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o professor precisa conhecer aspectos psicológicos que lhe
+
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permitam atuar nos processos de aprendizagem e socialização;
+
-
ter conhecimento do desenvolvimento físico e dos processos
+
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de crescimento, assim como dos processos de aprendizagem
+
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dos diferentes conteúdos escolares em diferentes momentos do
+
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desenvolvimento cognitivo, das experiências institucionais e do
+
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universo cultural e social em que seus alunos se inserem. São
+
-
esses conhecimentos que o ajudarão a lidar com a diversidade
+
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dos alunos e a trabalhar na perspectiva da escola inclusiva.
+
-
É importante que, independentemente da etapa da escolaridade
+
-
em que o futuro professor vai atuar, ele tenha uma visão
+
-
global sobre esta temática, aprofundando seus conhecimentos
+
-
sobre as especificidades da faixa etária e das práticas dos diferentes
+
-
grupos sociais com a qual vai trabalhar.
+
-
1.1.1 o professor PEB-II deve apresentar o seguinte perfil
+
1. Compreender o processo de sociabilidade e de ensino
1. Compreender o processo de sociabilidade e de ensino
e aprendizagem na escola e nas suas relações com o contexto
e aprendizagem na escola e nas suas relações com o contexto
no qual se inserem as instituições de ensino e atuar sobre ele.
no qual se inserem as instituições de ensino e atuar sobre ele.
 +
2. Situar a escola pública no seu ambiente institucional e
2. Situar a escola pública no seu ambiente institucional e
explicar as relações (hierarquias, articulações, obrigatoriedade,
explicar as relações (hierarquias, articulações, obrigatoriedade,
autonomia) que ela mantém com as diferentes instâncias da
autonomia) que ela mantém com as diferentes instâncias da
gestão pública, utilizando conceitos tais como:
gestão pública, utilizando conceitos tais como:
 +
* sistema de ensino; sistema de ensino estadual e municipal;
* sistema de ensino; sistema de ensino estadual e municipal;
 +
* âmbitos da gestão das políticas educacionais - nacional,
* âmbitos da gestão das políticas educacionais - nacional,
estadual e municipal, MEC, Secretarias Estaduais e Municipais,
estadual e municipal, MEC, Secretarias Estaduais e Municipais,
Conselho Nacional de Educação;
Conselho Nacional de Educação;
 +
* legislação básica da educação: LDB, diretrizes curriculares
* legislação básica da educação: LDB, diretrizes curriculares
nacionais, atos normativos da Secretaria de Estado da Educação
nacionais, atos normativos da Secretaria de Estado da Educação
de São Paulo e papel do Conselho Estadual de Educação de SP;
de São Paulo e papel do Conselho Estadual de Educação de SP;
 +
* carreira do magistério – legislação e mudanças recentes.
* carreira do magistério – legislação e mudanças recentes.
 +
3. Reconhecer a importância de participação coletiva e
3. Reconhecer a importância de participação coletiva e
cooperativa na elaboração, gestão, desenvolvimento e avaliação
cooperativa na elaboração, gestão, desenvolvimento e avaliação
Linha 227: Linha 298:
formas positivas de atuação em diferentes contextos da prática
formas positivas de atuação em diferentes contextos da prática
profissional, além da sala de aula.
profissional, além da sala de aula.
 +
4. Compreender a natureza dos fatores socioeconômicos
4. Compreender a natureza dos fatores socioeconômicos
que afetam o desempenho do aluno na escola e identificar ações
que afetam o desempenho do aluno na escola e identificar ações
Linha 232: Linha 304:
aproveitá-los como enriquecimento dos conteúdos curriculares
aproveitá-los como enriquecimento dos conteúdos curriculares
seja no sentido de atenuar eventuais efeitos negativos.
seja no sentido de atenuar eventuais efeitos negativos.
 +
5. Compreender o significado e a importância do currículo
5. Compreender o significado e a importância do currículo
para garantir que todos os alunos façam um percurso básico
para garantir que todos os alunos façam um percurso básico
comum e aprendam as competências e habilidades que têm o
comum e aprendam as competências e habilidades que têm o
direito de aprender.
direito de aprender.
 +
6. Diante de informações gerais sobre a escola, a idade da
6. Diante de informações gerais sobre a escola, a idade da
turma, a etapa (Fundamental ou Médio) e o ano/série, bem como
turma, a etapa (Fundamental ou Médio) e o ano/série, bem como
Linha 242: Linha 316:
nas quais sejam explicitadas e explicadas. O que o aluno
nas quais sejam explicitadas e explicadas. O que o aluno
deverá aprender com a situação proposta:
deverá aprender com a situação proposta:
 +
* o conteúdo a ser assimilado e as competências e habilidades
* o conteúdo a ser assimilado e as competências e habilidades
a ele associados;
a ele associados;
 +
* as estratégias a serem adotadas;
* as estratégias a serem adotadas;
 +
* os materiais e recursos de apoio à aprendizagem;
* os materiais e recursos de apoio à aprendizagem;
 +
* as formas de agrupamento dos alunos nas atividades
* as formas de agrupamento dos alunos nas atividades
previstas;
previstas;
 +
* as atividades de professor e aluno distribuídas no tempo,
* as atividades de professor e aluno distribuídas no tempo,
de modo a ficar claro o percurso a ser realizado para que a
de modo a ficar claro o percurso a ser realizado para que a
aprendizagem aconteça;
aprendizagem aconteça;
 +
* o tipo de acompanhamento que o professor deve fazer
* o tipo de acompanhamento que o professor deve fazer
ao longo do percurso;
ao longo do percurso;
 +
* as estratégias de avaliação e as possíveis estratégias de
* as estratégias de avaliação e as possíveis estratégias de
recuperação na hipótese de dificuldades de aprendizagem.
recuperação na hipótese de dificuldades de aprendizagem.
 +
7. Demonstrar domínio de conceitos que envolvem as
7. Demonstrar domínio de conceitos que envolvem as
questões sobre violência na escola e no seu entorno, de bulling
questões sobre violência na escola e no seu entorno, de bulling
e de indisciplina geral.
e de indisciplina geral.
 +
8. Incentivar o desenvolvimento do espírito crítico dos
8. Incentivar o desenvolvimento do espírito crítico dos
alunos e de toda a comunidade escolar, preparando-os para
alunos e de toda a comunidade escolar, preparando-os para
enfrentar os conflitos sociais, as desigualdades, o racismo, o
enfrentar os conflitos sociais, as desigualdades, o racismo, o
preconceito e à questão ambiental.
preconceito e à questão ambiental.
 +
9. Compreender os mecanismos institucionais de monitoramento
9. Compreender os mecanismos institucionais de monitoramento
de desempenho acadêmico dos alunos, ao longo de sua
de desempenho acadêmico dos alunos, ao longo de sua
trajetória escolar, tais como:
trajetória escolar, tais como:
 +
* organização em ciclos;
* organização em ciclos;
 +
* progressão continuada;
* progressão continuada;
 +
* recuperação da aprendizagem conforme organizado no
* recuperação da aprendizagem conforme organizado no
sistema de ensino público do Estado de São Paulo.
sistema de ensino público do Estado de São Paulo.
 +
10. Demonstrar domínio de processos de ação e investigação
10. Demonstrar domínio de processos de ação e investigação
que possibilitem o aperfeiçoamento da prática pedagógica.
que possibilitem o aperfeiçoamento da prática pedagógica.
-
1.1.2 Habilidades do professor PEB-II
+
 
 +
====1.1.2 Habilidades do professor PEB-II====
 +
 
1. Identificar as novas demandas que a sociedade do conhecimento
1. Identificar as novas demandas que a sociedade do conhecimento
está colocando para a educação escolar.
está colocando para a educação escolar.
 +
2. Identificar formas de atuação docente, possíveis de
2. Identificar formas de atuação docente, possíveis de
serem implementadas, considerando o contexto das políticas de
serem implementadas, considerando o contexto das políticas de
currículo da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, nas
currículo da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, nas
dimensões sala de aula e escola.
dimensões sala de aula e escola.
 +
3. Identificar a composição, os papéis e funções da equipe
3. Identificar a composição, os papéis e funções da equipe
de uma escola e as normas que devem reger as relações entre
de uma escola e as normas que devem reger as relações entre
os profissionais que nela trabalham.
os profissionais que nela trabalham.
 +
4. Reconhecer principais leis e normas que regulamentam a
4. Reconhecer principais leis e normas que regulamentam a
profissão de professor, sendo capaz de identificar as incumbências
profissão de professor, sendo capaz de identificar as incumbências
do professor, tal como prescritas pelo Art. 13 da LDB, em
do professor, tal como prescritas pelo Art. 13 da LDB, em
situações concretas que lhe são apresentadas.
situações concretas que lhe são apresentadas.
 +
5. Diante de um problema de uma escola caracterizada,
5. Diante de um problema de uma escola caracterizada,
indicar os aspectos que devem ser discutidos e trabalhados
indicar os aspectos que devem ser discutidos e trabalhados
coletivamente pela equipe escolar.
coletivamente pela equipe escolar.
 +
6. Identificar os diferentes componentes da Proposta Pedagógica.
6. Identificar os diferentes componentes da Proposta Pedagógica.
 +
7. Identificar práticas educativas que leve em conta as
7. Identificar práticas educativas que leve em conta as
características dos alunos e de seu meio social, seus temas e
características dos alunos e de seu meio social, seus temas e
necessidades do mundo contemporâneo e os princípios, prioridades
necessidades do mundo contemporâneo e os princípios, prioridades
e objetivos da Proposta Pedagógica.
e objetivos da Proposta Pedagógica.
 +
8. Compreender as fases de desenvolvimento da criança
8. Compreender as fases de desenvolvimento da criança
e do jovem e associar e explicar como a escola e o professor
e do jovem e associar e explicar como a escola e o professor
devem agir para adequar o ensino e promover a aprendizagem
devem agir para adequar o ensino e promover a aprendizagem
em cada uma dessas etapas.
em cada uma dessas etapas.
 +
9. Identificar e justificar a importância dos organizadores de
9. Identificar e justificar a importância dos organizadores de
situações de aprendizagem (competências e habilidades que os
situações de aprendizagem (competências e habilidades que os
alunos deverão constituir; conteúdos curriculares selecionados;
alunos deverão constituir; conteúdos curriculares selecionados;
atividades do aluno e do professor; avaliação e recuperação).
atividades do aluno e do professor; avaliação e recuperação).
 +
10. Reconhecer estratégias para gerenciar o tempo em sala
10. Reconhecer estratégias para gerenciar o tempo em sala
de aula, nas seguintes situações, considerando a diversidade dos
de aula, nas seguintes situações, considerando a diversidade dos
alunos, os objetivos das atividades propostas e as características
alunos, os objetivos das atividades propostas e as características
dos próprios conteúdos:
dos próprios conteúdos:
 +
* Existência de alunos que aprendem mais depressa e
* Existência de alunos que aprendem mais depressa e
alunos mais lentos;
alunos mais lentos;
 +
* Tempo insuficiente para dar conta do conteúdo previsto
* Tempo insuficiente para dar conta do conteúdo previsto
no plano de trabalho (anual, bimestral, semanal);
no plano de trabalho (anual, bimestral, semanal);
 +
* Sugerir e explicar formas de agrupamento dos alunos,
* Sugerir e explicar formas de agrupamento dos alunos,
indicando as situações para as quais são adequadas.
indicando as situações para as quais são adequadas.
 +
11. Utilizar estratégias e instrumentos diversificados de
11. Utilizar estratégias e instrumentos diversificados de
avaliação da aprendizagem e, a partir de seus resultados, reconhecer
avaliação da aprendizagem e, a partir de seus resultados, reconhecer
propostas de intervenção pedagógica, considerando o
propostas de intervenção pedagógica, considerando o
desenvolvimento de diferentes capacidades dos alunos;
desenvolvimento de diferentes capacidades dos alunos;
 +
12. Compreender o significado das avaliações externas –
12. Compreender o significado das avaliações externas –
nacionais e internacionais – que vêm sendo aplicadas no Brasil
nacionais e internacionais – que vêm sendo aplicadas no Brasil
e reconhecer alcances e limites do uso dos resultados que o país
e reconhecer alcances e limites do uso dos resultados que o país
vem apresentando nessas avaliações na última década.
vem apresentando nessas avaliações na última década.
 +
13. Identificar as principais características do SARESP após
13. Identificar as principais características do SARESP após
suas modificações de 2007.
suas modificações de 2007.
 +
14. Interpretar adequadamente o IDESP – como se constrói,
14. Interpretar adequadamente o IDESP – como se constrói,
para que serve, o que significa para a educação escolar paulista.
para que serve, o que significa para a educação escolar paulista.
 +
15. Diante de situações-problema relativas às relações
15. Diante de situações-problema relativas às relações
interpessoais que ocorrem na escola, identificar a origem do
interpessoais que ocorrem na escola, identificar a origem do
problema e as possíveis soluções.
problema e as possíveis soluções.
 +
16. Identificar os diferentes componentes que organizam
16. Identificar os diferentes componentes que organizam
os planos de ensino dos professores, nas diferentes disciplinas.
os planos de ensino dos professores, nas diferentes disciplinas.
 +
17. Identificar estratégias preventivas e precauções que
17. Identificar estratégias preventivas e precauções que
serão utilizadas no âmbito da escola e nos planos de cada
serão utilizadas no âmbito da escola e nos planos de cada
professor, em relação aos temas de violência na escola e no
professor, em relação aos temas de violência na escola e no
entorno dela.
entorno dela.
 +
18. Reconhecer a existência de diferentes formas de violência:
18. Reconhecer a existência de diferentes formas de violência:
simbólica, física e psicológica.
simbólica, física e psicológica.
 +
19. Caracterizar as diferentes modalidades de recuperação
19. Caracterizar as diferentes modalidades de recuperação
da aprendizagem e seus objetivos específicos.
da aprendizagem e seus objetivos específicos.
 +
20. Identificar as principais características do regime de
20. Identificar as principais características do regime de
progressão continuada e as vantagens apresentadas na legislação,
progressão continuada e as vantagens apresentadas na legislação,
que institui a organização escolar em ciclos, do sistema de
que institui a organização escolar em ciclos, do sistema de
ensino público do Estado de São Paulo.
ensino público do Estado de São Paulo.
-
1.1.3 Bibliografia para Parte Geral
+
 
-
1. ASSMANN, Hugo. Metáforas novas para reencantar a
+
====1.1.3 Bibliografia para Parte Geral====
-
educação: epistemologia e didática. Piracicaba: Unimep, 2001.
+
 
-
2. BEAUDOIN, M.-N.; TAYLOR, M. Bullying e desrespeito:
+
1. ASSMANN, Hugo. Metáforas novas para reencantar a educação: epistemologia e didática. Piracicaba: Unimep, 2001.
-
como acabar com essa cultura na escola. Porto Alegre: Artmed,
+
 
-
2006.
+
2. BEAUDOIN, M.-N.; TAYLOR, M. Bullying e desrespeito: como acabar com essa cultura na escola. Porto Alegre: Artmed, 2006.
-
3. CASTRO, Maria Helena Guimarães de. Sistemas Nacionais
+
 
-
de Avaliação e de Informações Educacionais. São Paulo em
+
3. CASTRO, Maria Helena Guimarães de. Sistemas Nacionais de Avaliação e de Informações Educacionais. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v.14, n. 1, p.121-128, 2000. Disponível em: [http://www.seade.gov.br/produtos/spp/v14n01/v14n01-13.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
Perspectiva, São Paulo, v.14, n. 1, p.121-128, 2000. Disponível
+
 
-
em: <http://www.seade.gov.br/produtos/spp/v14n01/v14n01-
+
4. CHRISPINO, Álvaro. Gestão do conflito escolar: da classificação dos conflitos aos modelos de mediação. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 15, n. 54, p. 11-28, jan./mar 2007. Disponível em: [http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v15n54/a02v1554.pdf]. Acesso em: 26 jan. 2010.
-
13.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
4. CHRISPINO, Álvaro. Gestão do conflito escolar: da classificação
+
5. COLL, César et al. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática, 2006.
-
dos conflitos aos modelos de mediação. Ensaio: aval.
+
 
-
pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 15, n. 54, p. 11-28, jan./mar.
+
6. CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002.
-
2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v15n54/
+
 
-
a02v1554.pdf>. Acesso em: 26 jan. 2010.
+
7. DELORS, Jacques et al. Educação: um tesouro a descobrir. Disponível em: [http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000009.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
5. COLL, César et al. O construtivismo na sala de aula. São
+
 
-
Paulo: Ática, 2006.
+
8. HARGREAVES, Andy. O ensino na sociedade do conhecimento: educação na era da insegurança. Porto Alegre: Artmed, 2003.
-
6. CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São
+
 
-
Paulo: Cortez, 2002.
+
9. HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001.
-
7. DELORS, Jacques et al. Educação: um tesouro a descobrir.
+
 
-
Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/
+
10. LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o real, o possível, o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.
-
texto/ue000009.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
8. HARGREAVES, Andy. O ensino na sociedade do conhecimento:
+
11. MARZANO, Robert J.; PICKERING, Debra J.; POLLOCK, Jane E. O ensino que funciona: estratégias baseadas em evidências para melhorar o desempenho dos alunos. Porto Alegre: Artmed, 2008.
-
educação na era da insegurança. Porto Alegre: Artmed,
+
 
-
2003.
+
12. PERRENOUD, Philippe. 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
-
9. HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do
+
 
-
caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001.
+
13. TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.
-
10. LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o real, o possível,
+
 
-
o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.
+
14. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação da Aprendizagem: práticas de mudança: por uma praxis transformadora. São Paulo: Libertad, 2003.
-
11. MARZANO, Robert J.; PICKERING, Debra J.; POLLOCK,
+
 
-
Jane E. O ensino que funciona: estratégias baseadas em evidências
+
15. ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
-
para melhorar o desempenho dos alunos. Porto Alegre:
+
 
-
Artmed, 2008.
+
====1.1.4 Documentos para Parte Geral====
-
12. PERRENOUD, Philippe. 10 novas competências para
+
 
-
ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
+
1. BRASIL. MEC. DCNs do Ensino Fundamental. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1998/pceb004-98.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
13. TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional.
+
 
-
Petrópolis: Vozes, 2002.
+
2. BRASIL. MEC. DCNs do Ensino Médio - Parecer 15/98. Disponível em:[http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1998/pceb015-98.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010
-
14. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação da Aprendizagem:
+
 
-
práticas de mudança: por uma praxis transformadora.
+
3. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio: documento de apresentação. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/PropostaCurricularGeral-Internetmd.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
São Paulo: Libertad, 2003.
+
 
-
15. ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar.
+
4. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Matrizes de referência para avaliação: documento básico; SARESP. São Paulo: SEE, 2009. Disponível em: [http://saresp2009.edunet.sp.gov.br/pdf/Saresp2008-MatrizRefAvaliação-DocBasico-Completo.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
Porto Alegre: Artmed, 1998.
+
 
-
1.1.4 Documentos para Parte Geral
+
5. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2008. v. 1. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/CG-VOL1.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
1. BRASIL. MEC. DCNs do Ensino Fundamental. Disponível
+
 
-
em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1998/pceb004-
+
6. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2008. v. 2. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/CG-VOL2.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
98.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
2. BRASIL. MEC. DCNs do Ensino Médio - Parecer 15/98.
+
7. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2008. v. 3. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/CG-VOL3.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1998/
+
 
-
pceb015-98.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010
+
8. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2009. v. 1. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/CG-VOL4.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
3. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta
+
 
-
Curricular do Estado de São Paulo para o Ensino Fundamental
+
9. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2009. v. 2. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/CG-VOL5.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
Ciclo II e Ensino Médio: documento de apresentação. São Paulo:
+
 
-
SE, 2008. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/
+
10. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2009. v. 3. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/CG-VOL6.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
portais/Portals/18/arquivos/PropostaCurricularGeral-Internetmd.
+
 
-
pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
11. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Programa de qualidade da escola: nota técnica. São Paulo: SE, 2009. Disponível em: [http://idesp.edunet.sp.gov.br/Arquivos/NotaTecnicaPQE2008.pdf] Acesso em 26 jan. 2010.
-
4. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Matrizes de
+
 
-
referência para avaliação: documento básico; SARESP. São Paulo:
+
====1.1.5 Legislação Básica====
-
SEE, 2009. Disponível em: <http://saresp2009.edunet.sp.gov.br/
+
 
-
pdf/Saresp2008-MatrizRefAvaliação-DocBasico-Completo.pdf>
+
1. LEI COMPLEMENTAR N.º 1.078, de 17 de dezembro de 2008 - Institui Bonificação por Resultados – BR, no âmbito da Secretaria da Educação, e dá providências correlatas. Disponível em: [http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/notas/LEICOMP1078-08.HTM] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
5. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do
+
2. LEI COMPLEMENTAR N.º 1.097, de 27 de outubro de 2009 - Institui o Sistema de Promoção para os integrantes do Quadro do Magistério na Secretaria da Educação e dá outras providências. Disponível em: [http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/notas/LEICOMP1097-09.HTM] Acesso em: 26
-
currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2008. v.
+
-
1. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/
+
-
Portals/18/arquivos/CG-VOL1.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
6. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do
+
-
currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2008. v.
+
-
2. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/
+
-
Portals/18/arquivos/CG-VOL2.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
7. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do
+
-
currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2008. v.
+
-
3. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/
+
-
Portals/18/arquivos/CG-VOL3.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
8. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do
+
-
currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2009. v.
+
-
1. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/
+
-
Portals/18/arquivos/CG-VOL4.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
9. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do
+
-
currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2009. v.
+
-
2. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/
+
-
Portals/18/arquivos/CG-VOL5.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
10. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão
+
-
do currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2009.
+
-
v. 3. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/
+
-
Portals/18/arquivos/CG-VOL6.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
11. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Programa
+
-
de qualidade da escola: nota técnica. São Paulo: SE, 2009.
+
-
Disponível em: <http://idesp.edunet.sp.gov.br/Arquivos/NotaTecnicaPQE2008.
+
-
pdf> Acesso em 26 jan. 2010.
+
-
1.1.5 Legislação Básica
+
-
1. LEI COMPLEMENTAR N.º 1.078, de 17 de dezembro de
+
-
2008 - Institui Bonificação por Resultados – BR, no âmbito da
+
-
Secretaria da Educação, e dá providências correlatas. Disponível
+
-
em: <http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/notas/LEICOMP1078-
+
-
08.HTM> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
2. LEI COMPLEMENTAR N.º 1.097, de 27 de outubro de
+
-
2009 - Institui o Sistema de Promoção para os integrantes do
+
-
Quadro do Magistério na Secretaria da Educação e dá outras
+
-
providências. Disponível em: <http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/
+
-
arquivos/notas/LEICOMP1097-09.HTM> Acesso em: 26
+
jan. 2010.
jan. 2010.
-
3. DELIBERAÇÃO CEE nº 9/97 e Indicação CEE nº 8/97 -
+
 
-
Institui, no Sistema de Ensino do Estado de São Paulo, o Regime
+
3. DELIBERAÇÃO CEE nº 9/97 e Indicação CEE nº 8/97 - Institui, no Sistema de Ensino do Estado de São Paulo, o Regime de Progressão Continuada no Ensino Fundamental. Disponíveis em: [http://www.ceesp.sp.gov.br/Deliberações/de-09-97.htm] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
de Progressão Continuada no Ensino Fundamental. Disponíveis
+
 
-
em: <http://www.ceesp.sp.gov.br/Deliberações/de-09-97.htm>
+
4. PARECER CEE nº 67/1998 - Normas Regimentais Básicas para as Escolas Estaduais. Disponível em: [http://www.ceesp.sp.gov.br/Pareceres/pa-67-98.htm] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
4. PARECER CEE nº 67/1998 - Normas Regimentais Básicas
+
5. RESOLUÇÃO SE N.º 92/2009, de 8 de dezembro de 2009. Dispõe sobre estudos de recuperação aos alunos do ciclo I do ensino fundamental das escolas da rede pública estadual. Disponível em: [http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/92-09.HTM] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
para as Escolas Estaduais. Disponível em: <http://www.ceesp.
+
 
-
sp.gov.br/Pareceres/pa-67-98.htm> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
6. INSTRUÇÃO CENP N.º 1/2010, de 11 de janeiro de 2010. Dispõe sobre o processo de recuperação de estudos de alunos do Ciclo II do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, nas escolas da rede estadual de ensino. Disponível em: [http://www.crmariocovas.sp.gov.br/Downloads/Instrução-CENP-01-010.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
5. RESOLUÇÃO SE N.º 92/2009, de 8 de dezembro de 2009.
+
 
-
Dispõe sobre estudos de recuperação aos alunos do ciclo I do
+
===1.2 Perfil desejado para o professor de Língua Portuguesa===
-
ensino fundamental das escolas da rede pública estadual. Disponível
+
 
-
em: <http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/92-09.
+
-
HTM> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
6. INSTRUÇÃO CENP N.º 1/2010, de 11 de janeiro de 2010.
+
-
Dispõe sobre o processo de recuperação de estudos de alunos
+
-
do Ciclo II do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, nas
+
-
escolas da rede estadual de ensino. Disponível em: <http://www.
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crmariocovas.sp.gov.br/Downloads/Instrução-CENP-01-010.pdf>
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Acesso em: 26 jan. 2010.
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1.2 Perfil desejado para o professor de Língua Portuguesa
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Ensinar português é respeitar, antes de tudo, a língua que
Ensinar português é respeitar, antes de tudo, a língua que
o aluno traz. É saber não emudecê-lo em sua enunciação. É
o aluno traz. É saber não emudecê-lo em sua enunciação. É
interagir com seus enunciados, fazendo aí ampliar a palavra que
interagir com seus enunciados, fazendo aí ampliar a palavra que
garante a expressão genuína da relação eu-outro.
garante a expressão genuína da relação eu-outro.
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Esse professor e esse aluno devem construir juntos saberes
Esse professor e esse aluno devem construir juntos saberes
e fazeres que os levem a compartilhar conhecimentos da língua
e fazeres que os levem a compartilhar conhecimentos da língua
Linha 470: Linha 536:
dimensão social, quanto no mergulho das singularidades do eu.
dimensão social, quanto no mergulho das singularidades do eu.
Só assim se constroem sentidos e significados.
Só assim se constroem sentidos e significados.
 +
Só assim se tece a ética da convivência, firmada no compromisso
Só assim se tece a ética da convivência, firmada no compromisso
da liberdade.
da liberdade.
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Saber lidar com o movimento pendular entre teoria e prática,
Saber lidar com o movimento pendular entre teoria e prática,
tendo como norte o ato didático, é buscar intencionalidades
tendo como norte o ato didático, é buscar intencionalidades
para que os conteúdos sejam problematizados e as formas
para que os conteúdos sejam problematizados e as formas
ajustadas em processos de criação.
ajustadas em processos de criação.
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1.2.1 o professor de Língua Portuguesa deve apresentar o
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seguinte perfil:
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====1.2.1 o professor de Língua Portuguesa deve apresentar o seguinte perfil:====
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1. Conhecer, compreender e problematizar o fenômeno
1. Conhecer, compreender e problematizar o fenômeno
linguístico e o literário nas dimensões discursiva, semântica,
linguístico e o literário nas dimensões discursiva, semântica,
gramatical e pragmática.
gramatical e pragmática.
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2. Construir um olhar dialético, no espaço didático, entre
2. Construir um olhar dialético, no espaço didático, entre
o que é intrinsecamente linguístico e as instâncias subjetivas
o que é intrinsecamente linguístico e as instâncias subjetivas
e sociais.
e sociais.
 +
3. Reconhecer as múltiplas possibilidades de construção de
3. Reconhecer as múltiplas possibilidades de construção de
sentidos, em situações de produção e recepção textuais.
sentidos, em situações de produção e recepção textuais.
 +
4. Construir intertextualidades, analisando tema, estrutura
4. Construir intertextualidades, analisando tema, estrutura
composicional e estilo de objetos culturais em diferentes linguagens,
composicional e estilo de objetos culturais em diferentes linguagens,
tais como literatura, pintura, escultura, fotografia e textos
tais como literatura, pintura, escultura, fotografia e textos
do universo digital.
do universo digital.
 +
5. Reconhecer os pressupostos teóricos que embasam os
5. Reconhecer os pressupostos teóricos que embasam os
conceitos fundantes da disciplina na práxis didática dos processos
conceitos fundantes da disciplina na práxis didática dos processos
de ensino-aprendizagem.
de ensino-aprendizagem.
 +
6. Ampliar sua história de leitor, desenvolvendo maior autonomia
6. Ampliar sua história de leitor, desenvolvendo maior autonomia
e fruição estética.
e fruição estética.
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7. Refletir sobre a prática docente, articulando dialogicamente
7. Refletir sobre a prática docente, articulando dialogicamente
os sujeitos envolvidos, os materiais pedagógicos, as
os sujeitos envolvidos, os materiais pedagógicos, as
metodologias adequadas e os procedimentos de avaliação.
metodologias adequadas e os procedimentos de avaliação.
 +
8. Reconhecer o ato didático como processo dinâmico de
8. Reconhecer o ato didático como processo dinâmico de
investigação, intencionalidade e criação.
investigação, intencionalidade e criação.
 +
9. Saber criar situações didáticas que favoreçam a autonomia,
9. Saber criar situações didáticas que favoreçam a autonomia,
a liberdade e a sensibilidade do aluno.
a liberdade e a sensibilidade do aluno.
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10. Desenvolver uma atuação profissional pautada pela
10. Desenvolver uma atuação profissional pautada pela
ética e pela responsabilidade das interações sociais.
ética e pela responsabilidade das interações sociais.
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1.2.2 Habilidades do professor de Língua Portuguesa
+
 
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====1.2.2 Habilidades do professor de Língua Portuguesa====
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1. Estabelecer relações entre diferentes teorias sobre a linguagem,
1. Estabelecer relações entre diferentes teorias sobre a linguagem,
reconhecendo a pluralidade da natureza, da gênese e
reconhecendo a pluralidade da natureza, da gênese e
da função de formas de expressão verbais e não verbais.
da função de formas de expressão verbais e não verbais.
 +
2. Reconhecer a língua como fonte de legitimação de acordos
2. Reconhecer a língua como fonte de legitimação de acordos
e condutas sociais e de experiências humanas manifestas
e condutas sociais e de experiências humanas manifestas
nas formas de sentir, pensar e agir na vida social, com base na
nas formas de sentir, pensar e agir na vida social, com base na
análise de sua constituição e representação simbólica.
análise de sua constituição e representação simbólica.
 +
3. Identificar e justificar marcas de variação linguística,
3. Identificar e justificar marcas de variação linguística,
relativas aos fatores geográficos, históricos, sociológicos e técnicos;
relativas aos fatores geográficos, históricos, sociológicos e técnicos;
Linha 518: Linha 601:
diversos componentes do sistema linguístico em que a variação
diversos componentes do sistema linguístico em que a variação
se manifesta: na fonética, no léxico, na morfologia e na sintaxe.
se manifesta: na fonética, no léxico, na morfologia e na sintaxe.
 +
4. Justificar a presença de variedades linguísticas em
4. Justificar a presença de variedades linguísticas em
registros de fala e de escrita, nos seguintes domínios: sistema
registros de fala e de escrita, nos seguintes domínios: sistema
Linha 523: Linha 607:
verbais; casos de concordância e regência nominal e verbal para
verbais; casos de concordância e regência nominal e verbal para
recuperação de referência e manutenção da çõesão do texto
recuperação de referência e manutenção da çõesão do texto
 +
5. Analisar as implicações discursivas decorrentes de possíveis
5. Analisar as implicações discursivas decorrentes de possíveis
relações estabelecidas entre forma e sentido, por meio de
relações estabelecidas entre forma e sentido, por meio de
Linha 528: Linha 613:
que permitam alterar o sentido da sentença para expressar
que permitam alterar o sentido da sentença para expressar
diferentes pontos de vista.
diferentes pontos de vista.
 +
6. Identificar e justificar o uso de recursos linguísticos
6. Identificar e justificar o uso de recursos linguísticos
expressivos em textos, relacionando-os às intenções do enunciador,
expressivos em textos, relacionando-os às intenções do enunciador,
Linha 535: Linha 621:
ambiguidades, ironias e expressões figuradas, opiniões e valores
ambiguidades, ironias e expressões figuradas, opiniões e valores
implícitos, bem como as intenções do enunciador/autor.
implícitos, bem como as intenções do enunciador/autor.
 +
7. Analisar, comparar e justificar os diferentes discursos,
7. Analisar, comparar e justificar os diferentes discursos,
em língua falada e em língua escrita, observando sua estrutura,
em língua falada e em língua escrita, observando sua estrutura,
sua organização e seu significado relacionado às condições de
sua organização e seu significado relacionado às condições de
produção e recepção.
produção e recepção.
 +
8. Articular informações linguísticas, literárias e culturais,
8. Articular informações linguísticas, literárias e culturais,
estabelecendo relações entre linguagem e cultura, comparando
estabelecendo relações entre linguagem e cultura, comparando
Linha 544: Linha 632:
sociais e espaciais e reconhecendo as variedades linguísticas
sociais e espaciais e reconhecendo as variedades linguísticas
existentes e os vários níveis e registros de linguagem.
existentes e os vários níveis e registros de linguagem.
 +
9. Relacionar o texto literário com os problemas e concepções
9. Relacionar o texto literário com os problemas e concepções
dominantes na cultura do período em que foi escrito e com
dominantes na cultura do período em que foi escrito e com
os problemas e concepções do momento presente.
os problemas e concepções do momento presente.
 +
10. Analisar criticamente as obras literárias, não somente
10. Analisar criticamente as obras literárias, não somente
por meio de uma interpretação derivada do contato direto com
por meio de uma interpretação derivada do contato direto com
elas, mas também pela aplicação das categorias de diferentes
elas, mas também pela aplicação das categorias de diferentes
obras de crítica e de teoria literárias.
obras de crítica e de teoria literárias.
 +
11. Analisar criticamente textos literários e identificar a
11. Analisar criticamente textos literários e identificar a
intertextualidade (gêneros, temas e representações) nas obras
intertextualidade (gêneros, temas e representações) nas obras
da literatura em língua portuguesa.
da literatura em língua portuguesa.
 +
12. Estabelecer e discutir as relações dos textos literários
12. Estabelecer e discutir as relações dos textos literários
com outros tipos de discurso e com os contextos em que se
com outros tipos de discurso e com os contextos em que se
inserem.
inserem.
 +
13. Reconhecer e valorizar a expressão literária popular,
13. Reconhecer e valorizar a expressão literária popular,
estabelecendo diálogos intertextuais com a produção literária
estabelecendo diálogos intertextuais com a produção literária
Linha 562: Linha 655:
e modos de representação linguística do imaginário coletivo e
e modos de representação linguística do imaginário coletivo e
da cultura.
da cultura.
 +
14. Identificar as características de textos em linguagens
14. Identificar as características de textos em linguagens
verbais e não verbais, analisando e comparando suas especificidades
verbais e não verbais, analisando e comparando suas especificidades
na transposição de uma para outra.
na transposição de uma para outra.
 +
15. Analisar criticamente propostas curriculares de Língua
15. Analisar criticamente propostas curriculares de Língua
e Literatura para a Educação Básica, identificando os pressupostos
e Literatura para a Educação Básica, identificando os pressupostos
Linha 570: Linha 665:
Portuguesa, com base na metodologia indicada no Currículo do
Portuguesa, com base na metodologia indicada no Currículo do
Estado de São Paulo para Língua Portuguesa.
Estado de São Paulo para Língua Portuguesa.
 +
16. Identificar a aplicação adequada de diferentes experiências
16. Identificar a aplicação adequada de diferentes experiências
didáticas para solucionar problemas de ensino-aprendizagem
didáticas para solucionar problemas de ensino-aprendizagem
de produção de texto escrito na escola, justificando os
de produção de texto escrito na escola, justificando os
elementos relevantes e as estratégias utilizadas.
elementos relevantes e as estratégias utilizadas.
 +
17. Identificar e justificar o uso adequado de diferentes
17. Identificar e justificar o uso adequado de diferentes
teorias e métodos de leitura, em análise de casos, para resolver
teorias e métodos de leitura, em análise de casos, para resolver
problemas relacionados ao ensino-aprendizagem de leitura na
problemas relacionados ao ensino-aprendizagem de leitura na
escola.
escola.
 +
18. Identificar e justificar o uso de materiais didáticos em
18. Identificar e justificar o uso de materiais didáticos em
diferentes experiências de ensino-aprendizagem de língua e
diferentes experiências de ensino-aprendizagem de língua e
literatura, reconhecendo os elementos relevantes e as estratégias
literatura, reconhecendo os elementos relevantes e as estratégias
adequadas.
adequadas.
 +
19. Identificar e justificar estratégias de ensino, em análise
19. Identificar e justificar estratégias de ensino, em análise
de casos, que favoreçam o processo criativo e a autonomia do
de casos, que favoreçam o processo criativo e a autonomia do
aluno.
aluno.
 +
20. Justificar estratégias de ensino, em análises de casos,
20. Justificar estratégias de ensino, em análises de casos,
que possibilitem a fruição estética de objetos culturais.
que possibilitem a fruição estética de objetos culturais.
-
1.2.3 Bibliografia para Língua Portuguesa
+
 
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====1.2.3 Bibliografia para Língua Portuguesa====
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1. BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo:
1. BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo:
Martins Fontes, 2003.
Martins Fontes, 2003.
 +
2. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São
2. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São
Paulo: Cultrix, 1997.
Paulo: Cultrix, 1997.
 +
3. CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 10. ed. São
3. CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 10. ed. São
Paulo: Ouro sobre Azul, 2008.
Paulo: Ouro sobre Azul, 2008.
 +
4. COLOMER, Teresa; CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a
4. COLOMER, Teresa; CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a
compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002.
compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002.
 +
5. EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução.
5. EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução.
São Paulo: Martins, 2006.
São Paulo: Martins, 2006.
 +
6. FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social.
6. FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social.
Brasília: UNB, 2008.
Brasília: UNB, 2008.
 +
7. KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da
7. KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da
leitura. Campinas: Pontes, 2005.
leitura. Campinas: Pontes, 2005.
 +
8. KOCH, Ingedore G. Villaça. O texto e a construção dos
8. KOCH, Ingedore G. Villaça. O texto e a construção dos
sentidos. São Paulo: Contexto, 2008.
sentidos. São Paulo: Contexto, 2008.
 +
9. MARCUSCHI, Luiz Antônio: da fala para a escrita: atividades
9. MARCUSCHI, Luiz Antônio: da fala para a escrita: atividades
de retextualização. São Paulo: Cortez, 2007.
de retextualização. São Paulo: Cortez, 2007.
 +
10. MARTINS, Nilce Sant’anna. Introdução à estilística: a
10. MARTINS, Nilce Sant’anna. Introdução à estilística: a
expressividade na Língua Portuguesa. São Paulo: EDUSP, 2008.
expressividade na Língua Portuguesa. São Paulo: EDUSP, 2008.
 +
11. MOISES, Massaud. A literatura portuguesa. São Paulo:
11. MOISES, Massaud. A literatura portuguesa. São Paulo:
Cultrix, 2008.
Cultrix, 2008.
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12. NOLL, Volker. O português brasileiro: formação e contrastes.
12. NOLL, Volker. O português brasileiro: formação e contrastes.
São Paulo: Globo, 2008.
São Paulo: Globo, 2008.
 +
13. SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros orais e escritos na
13. SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros orais e escritos na
escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
 +
14. SOUZA, Mauro Wilton de (org.). Sujeito, o lado oculto do
14. SOUZA, Mauro Wilton de (org.). Sujeito, o lado oculto do
receptor. São Paulo: Brasiliense, 1995.
receptor. São Paulo: Brasiliense, 1995.
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1.2.4 Documentos para Língua Portuguesa
+
 
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1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta
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====1.2.4 Documentos para Língua Portuguesa====
-
Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Língua
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Portuguesa para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio.
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1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio.São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-LP-COMP-redmd-20-03.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
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São Paulo: SE, 2008. Disponível em: <http://www.rededosaber.
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sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-LP-COMP-redmd-
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===1.3 Perfil desejado para o professor de Arte===
-
20-03.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
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1.3 Perfil desejado para o professor de Arte
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A Arte é área de trânsito entre fronteiras do conhecimento.
A Arte é área de trânsito entre fronteiras do conhecimento.
As diversas linguagens artísticas são manifestações da
As diversas linguagens artísticas são manifestações da
Linha 633: Linha 747:
religiosos, um conhecimento humano, articulado no âmbito
religiosos, um conhecimento humano, articulado no âmbito
da sensibilidade, da percepção, da imaginação e da cognição.
da sensibilidade, da percepção, da imaginação e da cognição.
 +
O processo de ensino-aprendizagem da arte pressupõe
O processo de ensino-aprendizagem da arte pressupõe
um professor capaz de refletir acerca de sua prática e de agir
um professor capaz de refletir acerca de sua prática e de agir
Linha 641: Linha 756:
da realidade, do possível e do utópico, e está fundamentada em
da realidade, do possível e do utópico, e está fundamentada em
conhecimentos construídos durante sua trajetória.
conhecimentos construídos durante sua trajetória.
 +
Como agente do processo de produção e recepção, o professor
Como agente do processo de produção e recepção, o professor
concebe a aula de Arte como proposições de experiências
concebe a aula de Arte como proposições de experiências
Linha 646: Linha 762:
atento às histórias de vida de seus educandos e ao seu direito
atento às histórias de vida de seus educandos e ao seu direito
de conhecer e desfrutar do patrimônio cultural da humanidade.
de conhecer e desfrutar do patrimônio cultural da humanidade.
 +
Lapidando suas potencialidades, oferece oportunidades e desafios
Lapidando suas potencialidades, oferece oportunidades e desafios
para que eles criem, se expressem, leiam o mundo ao seu
para que eles criem, se expressem, leiam o mundo ao seu
redor e ajam sobre ele.
redor e ajam sobre ele.
 +
Assim, esse professor estabelece relações entre arte, conhecimento
Assim, esse professor estabelece relações entre arte, conhecimento
e cultura; cultiva o diálogo, a curiosidade, a cooperação,
e cultura; cultiva o diálogo, a curiosidade, a cooperação,
Linha 654: Linha 772:
e instaura processos de concepção e de realização de projetos
e instaura processos de concepção e de realização de projetos
significativos para os alunos e a comunidade em que vive.
significativos para os alunos e a comunidade em que vive.
 +
Para isto, o professor deve respeitar o eixo epistemológico
Para isto, o professor deve respeitar o eixo epistemológico
da linguagem de sua formação: teatro, música, dança, artes
da linguagem de sua formação: teatro, música, dança, artes
Linha 660: Linha 779:
relações transversais e interdisciplinares que a Arte é capaz de
relações transversais e interdisciplinares que a Arte é capaz de
estabelecer com outros campos de conhecimento.
estabelecer com outros campos de conhecimento.
-
1.3.1 o professor de Arte deve apresentar o seguinte perfil:
+
 
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====1.3.1 o professor de Arte deve apresentar o seguinte perfil:====
 +
 
1. Promover o processo simbólico inerente ao ser humano
1. Promover o processo simbólico inerente ao ser humano
através das linguagens gestual, visual, sonora, corporal, verbal
através das linguagens gestual, visual, sonora, corporal, verbal
Linha 666: Linha 787:
a relação dialética entre o eu e o outro, entre diferentes contextos
a relação dialética entre o eu e o outro, entre diferentes contextos
culturais e diante de múltiplas manifestações artísticas.
culturais e diante de múltiplas manifestações artísticas.
 +
2. Respeitar o eixo epistemológico da linguagem de sua
2. Respeitar o eixo epistemológico da linguagem de sua
formação específica em teatro, música, dança, artes visuais.
formação específica em teatro, música, dança, artes visuais.
 +
3. Ler e operar as relações entre forma-conteúdo em diálogo
3. Ler e operar as relações entre forma-conteúdo em diálogo
com a materialidade (matérias, suportes, ferramentas e procedimentos)
com a materialidade (matérias, suportes, ferramentas e procedimentos)
nas linguagens das artes visuais, da dança, da música e
nas linguagens das artes visuais, da dança, da música e
do teatro, de acordo com sua formação.
do teatro, de acordo com sua formação.
 +
4. Compreender, ampliar e construir conceitos sobre as
4. Compreender, ampliar e construir conceitos sobre as
linguagens da arte a partir de saberes estéticos, artísticos e
linguagens da arte a partir de saberes estéticos, artísticos e
culturais, tais como: história da arte, filosofia da arte, práticas
culturais, tais como: história da arte, filosofia da arte, práticas
culturais, relações entre arte e sociedade e o fazer artístico.
culturais, relações entre arte e sociedade e o fazer artístico.
 +
5. Valorizar os patrimônios culturais materiais e imateriais,
5. Valorizar os patrimônios culturais materiais e imateriais,
promover a educação patrimonial e instigar a frequentação às
promover a educação patrimonial e instigar a frequentação às
salas de espetáculos e concertos, museus, instituições culturais
salas de espetáculos e concertos, museus, instituições culturais
e acontecimentos de cada região.
e acontecimentos de cada região.
 +
6. Trabalhar a intertextualidade e a interdisciplinaridade
6. Trabalhar a intertextualidade e a interdisciplinaridade
relacionando as diferentes formas de arte (teatro, dança, música
relacionando as diferentes formas de arte (teatro, dança, música
e artes visuais) às demais áreas do conhecimento.
e artes visuais) às demais áreas do conhecimento.
 +
7. Compreender e pesquisar processos de criação em arte
7. Compreender e pesquisar processos de criação em arte
na construção de poéticas pessoais, coletivas ou colaborativas.
na construção de poéticas pessoais, coletivas ou colaborativas.
 +
8. Compreender a aula de arte como um processo dinâmico,
8. Compreender a aula de arte como um processo dinâmico,
um ato comunicativo dialógico, ético e estético e como espaço
um ato comunicativo dialógico, ético e estético e como espaço
de constituição de seres humanos dotados de autonomia, sensibilidade,
de constituição de seres humanos dotados de autonomia, sensibilidade,
criticidade e inventividade.
criticidade e inventividade.
 +
9. Refletir a respeito da prática docente, considerando
9. Refletir a respeito da prática docente, considerando
dialogicamente os sujeitos envolvidos, os materiais pedagógicos,
dialogicamente os sujeitos envolvidos, os materiais pedagógicos,
Linha 696: Linha 825:
seus conhecimentos e vivências nos campos da arte e da
seus conhecimentos e vivências nos campos da arte e da
educação.
educação.
 +
10. Empenhar-se na construção de uma práxis docente
10. Empenhar-se na construção de uma práxis docente
social e humana que reconhece o valor da experiência, do
social e humana que reconhece o valor da experiência, do
Linha 701: Linha 831:
e da criação, no exercício docente e nos processos
e da criação, no exercício docente e nos processos
formativos em arte.
formativos em arte.
-
1.3.2 Habilidades do professor de Arte
+
 
 +
====1.3.2 Habilidades do professor de Arte====
 +
 
 +
 
1. Demonstrar atualização em relação à produção artística
1. Demonstrar atualização em relação à produção artística
contemporânea brasileira e estrangeira em sua multiplicidade
contemporânea brasileira e estrangeira em sua multiplicidade
de manifestações.
de manifestações.
 +
2. Demonstrar competência estética, reconhecendo processos
2. Demonstrar competência estética, reconhecendo processos
que envolvem criação, pesquisa, experimentação, produção
que envolvem criação, pesquisa, experimentação, produção
e apreciação, superando a dicotomia entre teoria e prática.
e apreciação, superando a dicotomia entre teoria e prática.
 +
3. Demonstrar capacidade de ler, interpretar, criticar e relacionar
3. Demonstrar capacidade de ler, interpretar, criticar e relacionar
e analisar comparativamente formas de arte produzidas
e analisar comparativamente formas de arte produzidas
em diferentes linguagens.
em diferentes linguagens.
 +
4. Demonstrar capacidade de ler e analisar criticamente as
4. Demonstrar capacidade de ler e analisar criticamente as
formas de arte, identificar e reconhecer situações de intertextualidades
formas de arte, identificar e reconhecer situações de intertextualidades
Linha 717: Linha 853:
do eixo epistemológico de sua formação ao propor projetos de
do eixo epistemológico de sua formação ao propor projetos de
criação com os alunos.
criação com os alunos.
 +
5. Demonstrar capacidade de leitura, interpretação e compreensão
5. Demonstrar capacidade de leitura, interpretação e compreensão
de elementos visuais, sonoros, gestuais e sígnicos,
de elementos visuais, sonoros, gestuais e sígnicos,
Linha 723: Linha 860:
às sonoridades, aos gestos de pessoas e grupos, às diferentes
às sonoridades, aos gestos de pessoas e grupos, às diferentes
mídias, à cultura de massa e à sociedade de consumo.
mídias, à cultura de massa e à sociedade de consumo.
 +
6. Reconhecer processos e experiências que valorizem a
6. Reconhecer processos e experiências que valorizem a
singularidade dos saberes populares e eruditos como fruto da
singularidade dos saberes populares e eruditos como fruto da
intensa interação do ser humano consigo mesmo, com o outro,
intensa interação do ser humano consigo mesmo, com o outro,
com seu meio, sua cultura e com seu tempo e espaço.
com seu meio, sua cultura e com seu tempo e espaço.
 +
7. Demonstrar conhecimento de instrumentos que permitam
7. Demonstrar conhecimento de instrumentos que permitam
identificar as características de seus alunos e a comunidade
identificar as características de seus alunos e a comunidade
onde vivem, buscando aproximações e modos de acesso aos
onde vivem, buscando aproximações e modos de acesso aos
seus universos, instigando o contato significativo com a arte.
seus universos, instigando o contato significativo com a arte.
 +
8. Reconhecer experiências que despertem a curiosidade
8. Reconhecer experiências que despertem a curiosidade
do aluno em conhecer, fruir e fazer arte e contribuam para a
do aluno em conhecer, fruir e fazer arte e contribuam para a
ampliação de seu universo artístico e cultural.
ampliação de seu universo artístico e cultural.
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9. Analisar e avaliar os processos criativos do/com o aluno a
9. Analisar e avaliar os processos criativos do/com o aluno a
partir do eixo epistemológico da linguagem de sua formação em
partir do eixo epistemológico da linguagem de sua formação em
Linha 740: Linha 881:
entre as linguagens artísticas e com as outras áreas de conhecimento
entre as linguagens artísticas e com as outras áreas de conhecimento
do currículo.
do currículo.
 +
10. Ser capaz de operar com a linguagem artística de sua
10. Ser capaz de operar com a linguagem artística de sua
formação, com a especificidade de seus saberes e fazeres, contribuindo
formação, com a especificidade de seus saberes e fazeres, contribuindo
Linha 745: Linha 887:
com as demais linguagens, especialmente por meio de conceitos
com as demais linguagens, especialmente por meio de conceitos
abordados na proposta curricular.
abordados na proposta curricular.
 +
11. Identificar experiências artísticas e estéticas que propiciem
11. Identificar experiências artísticas e estéticas que propiciem
a ampliação do olhar, a escuta, a sensibilidade e as possibilidades
a ampliação do olhar, a escuta, a sensibilidade e as possibilidades
Linha 750: Linha 893:
escuta e da observação dos professores em relação às respostas
escuta e da observação dos professores em relação às respostas
dos alunos às ações propostas.
dos alunos às ações propostas.
 +
12. Identificar referenciais teóricos e recursos didáticos
12. Identificar referenciais teóricos e recursos didáticos
disponíveis, de acordo com as características dos contextos educativos,
disponíveis, de acordo com as características dos contextos educativos,
às necessidades dos alunos e às propostas educativas.
às necessidades dos alunos e às propostas educativas.
 +
13. Demonstrar capacidade em operar com conceitos,
13. Demonstrar capacidade em operar com conceitos,
conteúdos, técnicas, procedimentos, materiais, ferramentas e
conteúdos, técnicas, procedimentos, materiais, ferramentas e
Linha 761: Linha 906:
didática dos conhecimentos sobre arte para situações
didática dos conhecimentos sobre arte para situações
de sala de aula.
de sala de aula.
 +
14. Reconhecer e justificar a utilização de propostas que
14. Reconhecer e justificar a utilização de propostas que
apresentem problemas relacionados à arte e estimulem o
apresentem problemas relacionados à arte e estimulem o
espírito investigativo, o desenvolvimento cognitivo e a práxis
espírito investigativo, o desenvolvimento cognitivo e a práxis
criadora dos alunos.
criadora dos alunos.
 +
15. Ser capaz de operar com a práxis educativa em arte
15. Ser capaz de operar com a práxis educativa em arte
envolvendo o trabalho colaborativo com seus pares e a comunidade
envolvendo o trabalho colaborativo com seus pares e a comunidade
escolar de modo a buscar ultrapassar os limites e desafios
escolar de modo a buscar ultrapassar os limites e desafios
apresentados pelas realidades escolares.
apresentados pelas realidades escolares.
 +
16. Demonstrar conhecimento sobre a mediação cultural no
16. Demonstrar conhecimento sobre a mediação cultural no
modo de organizar, acompanhar e orientar visitas a museus e
modo de organizar, acompanhar e orientar visitas a museus e
Linha 776: Linha 924:
experiência estética dos alunos vivenciadas em sala de aula e
experiência estética dos alunos vivenciadas em sala de aula e
na vida cotidiana.
na vida cotidiana.
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17. Identificar e justificar a realização de projetos que
17. Identificar e justificar a realização de projetos que
propiciem a conquista da autonomia da expressão artística dos
propiciem a conquista da autonomia da expressão artística dos
alunos e alimentem o desenvolvimento de ações que se estendam
alunos e alimentem o desenvolvimento de ações que se estendam
para além da sala de aula e do espaço escolar.
para além da sala de aula e do espaço escolar.
 +
18. Demonstrar conhecimento no campo da história do
18. Demonstrar conhecimento no campo da história do
ensino da arte no Brasil, bem como as diversas teorias e propostas
ensino da arte no Brasil, bem como as diversas teorias e propostas
metodológicas que fundamentam as práticas educativas
metodológicas que fundamentam as práticas educativas
em arte.
em arte.
 +
19. Identificar e selecionar processos de formação contínua,
19. Identificar e selecionar processos de formação contínua,
buscando modos de atualizar-se, participando da vida cultural
buscando modos de atualizar-se, participando da vida cultural
de sua região.
de sua região.
 +
20. Analisar criticamente propostas curriculares de Arte e
20. Analisar criticamente propostas curriculares de Arte e
participar dos debates e processos de formação contínua oferecidos
participar dos debates e processos de formação contínua oferecidos
pelas instituições culturais e educacionais.
pelas instituições culturais e educacionais.
-
1.3.3 Bibliografia para Arte
+
 
 +
====1.3.3 Bibliografia para Arte====
 +
 
 +
 
1. ALMEIDA, Berenice; PUCCI, Magda. Outras terras, outros
1. ALMEIDA, Berenice; PUCCI, Magda. Outras terras, outros
sons. São Paulo: Callis, 2003.
sons. São Paulo: Callis, 2003.
 +
2. BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e mudanças no ensino
2. BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e mudanças no ensino
da arte. São Paulo: Cortez, 2007.
da arte. São Paulo: Cortez, 2007.
 +
3. BERTHOLT, Margot. História Mundial do Teatro. São Paulo:
3. BERTHOLT, Margot. História Mundial do Teatro. São Paulo:
Perspectiva, 2004.
Perspectiva, 2004.
 +
4. BOURCIER, Paul. História da dança no Ocidente. São
4. BOURCIER, Paul. História da dança no Ocidente. São
Paulo: Martins Fontes, 2001.
Paulo: Martins Fontes, 2001.
 +
5. OLIVEIRA, Marilda Oliveira de (org). Arte, educação e
5. OLIVEIRA, Marilda Oliveira de (org). Arte, educação e
cultura. Santa Maria: UFSM, 2007.
cultura. Santa Maria: UFSM, 2007.
 +
6. OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro:
6. OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2004.
Elsevier, 2004.
 +
7. PAVIS, Patrice. A análise dos espetáculos. São Paulo:
7. PAVIS, Patrice. A análise dos espetáculos. São Paulo:
Perspectiva, 2008.
Perspectiva, 2008.
 +
8. PILLAR, Analice Dutra (Org.). A educação do olhar no
8. PILLAR, Analice Dutra (Org.). A educação do olhar no
ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 1999.
ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 1999.
 +
9. PUPO, Maria Lúcia de Souza Barros. Entre o Mediterrâneo
9. PUPO, Maria Lúcia de Souza Barros. Entre o Mediterrâneo
e o Atlântico: uma aventura teatral. São Paulo: Perspectiva,
e o Atlântico: uma aventura teatral. São Paulo: Perspectiva,
2005.
2005.
 +
10. SALLES, Cecília Almeida. Gesto inacabado: processo de
10. SALLES, Cecília Almeida. Gesto inacabado: processo de
criação artística. São Paulo: Annablume, 2007.
criação artística. São Paulo: Annablume, 2007.
 +
11. SANTAELLA, Lúcia. O que é cultura. In: -----------. Culturas
11. SANTAELLA, Lúcia. O que é cultura. In: -----------. Culturas
e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura.
e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura.
São Paulo: Paulus, 2003, p. 29-49.
São Paulo: Paulus, 2003, p. 29-49.
 +
12. SANTOS, Inaicyra Falcão dos. Corpo e ancestralidade:
12. SANTOS, Inaicyra Falcão dos. Corpo e ancestralidade:
uma proposta pluricultural de dança, arte, educação. São Paulo:
uma proposta pluricultural de dança, arte, educação. São Paulo:
Terceira Margem, 2006.
Terceira Margem, 2006.
 +
13. SCHAFER, R. Murray. O ouvido pensante. São Paulo:
13. SCHAFER, R. Murray. O ouvido pensante. São Paulo:
UNESP, 2000.
UNESP, 2000.
 +
14. SPOLIN, Viola. Jogos teatrais na sala de aula. São Paulo:
14. SPOLIN, Viola. Jogos teatrais na sala de aula. São Paulo:
Perspectiva, 2008.
Perspectiva, 2008.
 +
15. VERTAMATTI, Leila Rosa Gonçalves. Ampliando o repertório
15. VERTAMATTI, Leila Rosa Gonçalves. Ampliando o repertório
do coro infanto-juvenil: um estudo de repertório inserido
do coro infanto-juvenil: um estudo de repertório inserido
em uma nova estética. São Paulo: UNESP, 2008.
em uma nova estética. São Paulo: UNESP, 2008.
-
1.3.4 Documentos para Arte
+
 
-
1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Programa
+
====1.3.4 Documentos para Arte====
-
Cultura é Currículo. Disponível em: <http://culturaecurriculo.fde.
+
 
-
sp.gov.br/> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Programa Cultura é Currículo. Disponível em: [http://culturaecurriculo.fde.sp.gov.br/] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta
+
 
-
Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Arte para
+
2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Arte para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-ART-COMP-red-md-15-01-2010.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SE,
+
 
-
2008. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/
+
===1.4 Perfil desejado para o professor de Educação Física===
-
Portals/18/arquivos/Prop-ART-COMP-red-md-15-01-2010.
+
 
-
pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
1.4 Perfil desejado para o professor de Educação Física
+
Ensinar Educação Física é tratar pedagogicamente dos conteúdos
Ensinar Educação Física é tratar pedagogicamente dos conteúdos
culturais relacionados às práticas corporais. É reconhecer
culturais relacionados às práticas corporais. É reconhecer
Linha 856: Linha 1 023:
diálogo respeitoso entre os alunos e destes com a pluralidade
diálogo respeitoso entre os alunos e destes com a pluralidade
de formas expressivas presente na paisagem social.
de formas expressivas presente na paisagem social.
-
1.4.1 o professor de Educação Física deve apresentar o
+
 
-
seguinte perfil:
+
====1.4.1 o professor de Educação Física deve apresentar o seguinte perfil:====
 +
 
1. Reconhecer as manifestações da cultura corporal como
1. Reconhecer as manifestações da cultura corporal como
formas legítimas de expressão de um determinado grupo social,
formas legítimas de expressão de um determinado grupo social,
bem como artefatos históricos, sociais e políticos.
bem como artefatos históricos, sociais e políticos.
 +
2. Conhecer e compreender a realidade social para nela
2. Conhecer e compreender a realidade social para nela
intervir, por meio da produção e ressignificação das manifestações
intervir, por meio da produção e ressignificação das manifestações
e expressões do movimento humano com atenção à
e expressões do movimento humano com atenção à
variedade presente na paisagem social.
variedade presente na paisagem social.
 +
3. Demonstrar atitude crítico-reflexiva perante a produção
3. Demonstrar atitude crítico-reflexiva perante a produção
de conhecimento da área, visando obter subsídios para o aprimoramento
de conhecimento da área, visando obter subsídios para o aprimoramento
constante de seu trabalho no âmbito da Educação
constante de seu trabalho no âmbito da Educação
Física escolar.
Física escolar.
 +
4. Ser conhecedor das influências sócio-históricas que
4. Ser conhecedor das influências sócio-históricas que
conferem à cultura de movimentos sua característica plástica
conferem à cultura de movimentos sua característica plástica
e mutável.
e mutável.
 +
5. Dominar os conhecimentos específicos da Educação
5. Dominar os conhecimentos específicos da Educação
Física e suas interfaces com as demais disciplinas do currículo
Física e suas interfaces com as demais disciplinas do currículo
escolar.
escolar.
 +
6. Relacionar os diferentes atributos das práticas corporais
6. Relacionar os diferentes atributos das práticas corporais
sistematizadas às demandas da sociedade contemporânea.
sistematizadas às demandas da sociedade contemporânea.
 +
7. Dominar métodos e procedimentos que permitam adequar
7. Dominar métodos e procedimentos que permitam adequar
as atividades de ensino às características dos alunos, a
as atividades de ensino às características dos alunos, a
Linha 882: Linha 1 056:
enriquecimento da linguagem corporal por meio da participação
enriquecimento da linguagem corporal por meio da participação
democrática.
democrática.
 +
8. Demonstrar capacidade de resolver problemas concretos
8. Demonstrar capacidade de resolver problemas concretos
da prática docente e da dinâmica da instituição escolar, zelando
da prática docente e da dinâmica da instituição escolar, zelando
pela aprendizagem e pelo desenvolvimento do educando.
pela aprendizagem e pelo desenvolvimento do educando.
 +
9. Considerar criticamente características, interesses, necessidades,
9. Considerar criticamente características, interesses, necessidades,
expectativas e diversidades presentes na comunidade
expectativas e diversidades presentes na comunidade
escolar nos momentos de planejamento, desenvolvimento e
escolar nos momentos de planejamento, desenvolvimento e
avaliação das atividades de ensino.
avaliação das atividades de ensino.
 +
10. Ser capaz de articular no âmbito da prática pedagógica
10. Ser capaz de articular no âmbito da prática pedagógica
os objetivos e a prática pedagógica da Educação Física com o
os objetivos e a prática pedagógica da Educação Física com o
projeto da escola.
projeto da escola.
-
1.4.2 Habilidades do professor de Educação Física
+
====1.4.2 Habilidades do professor de Educação Física====
 +
 
1. Analisar criticamente as orientações da Proposta Curricular
1. Analisar criticamente as orientações da Proposta Curricular
de Educação Física e sua adequação para a Educação Básica.
de Educação Física e sua adequação para a Educação Básica.
 +
2. Identificar em diferentes relatos de experiências didáticas,
2. Identificar em diferentes relatos de experiências didáticas,
os elementos relevantes às estratégias de ensino adequadas.
os elementos relevantes às estratégias de ensino adequadas.
 +
3. Identificar dificuldades e facilidades apresentadas pelos
3. Identificar dificuldades e facilidades apresentadas pelos
alunos por ocasião do desenvolvimento de atividades de ensino.
alunos por ocasião do desenvolvimento de atividades de ensino.
 +
4. Reconhecer nas diferentes teorias e métodos de ensino
4. Reconhecer nas diferentes teorias e métodos de ensino
as que melhor permitem a transposição didática de conhecimentos
as que melhor permitem a transposição didática de conhecimentos
sobre os jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas para
sobre os jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas para
a Educação Básica.
a Educação Básica.
 +
5. Reconhecer aspectos biológicos, neurocomportamentais
5. Reconhecer aspectos biológicos, neurocomportamentais
e sociais aplicáveis em situações didáticas, que permitam trabalhar
e sociais aplicáveis em situações didáticas, que permitam trabalhar
a educação física na perspectiva do currículo.
a educação física na perspectiva do currículo.
 +
6. Conhecer os fundamentos teórico-metodológicos da Proposta
6. Conhecer os fundamentos teórico-metodológicos da Proposta
Curricular de Educação Física, a fim de subsidiar a reflexão
Curricular de Educação Física, a fim de subsidiar a reflexão
constante sobre a própria prática pedagógica.
constante sobre a própria prática pedagógica.
 +
7. Identificar estratégias de ensino que favoreçam a criatividade
7. Identificar estratégias de ensino que favoreçam a criatividade
e a autonomia do aluno.
e a autonomia do aluno.
 +
8. Analisar criticamente os conhecimentos da cultura de
8. Analisar criticamente os conhecimentos da cultura de
movimento disponíveis aos alunos, discriminando os procedimentos
movimento disponíveis aos alunos, discriminando os procedimentos
que utilizaram para acessá-los.
que utilizaram para acessá-los.
 +
9. Identificar instrumentos que possibilitem a coleta de
9. Identificar instrumentos que possibilitem a coleta de
informações sobre o patrimônio cultural da comunidade, visando
informações sobre o patrimônio cultural da comunidade, visando
um diagnóstico da realidade com vistas ao planejamento
um diagnóstico da realidade com vistas ao planejamento
de ensino.
de ensino.
 +
10. Interpretar contextos históricos e sociais de produção
10. Interpretar contextos históricos e sociais de produção
das práticas corporais.
das práticas corporais.
 +
11. Reconhecer e valorizar a expressão corporal dos alunos,
11. Reconhecer e valorizar a expressão corporal dos alunos,
bem como do seu desenvolvimento em contextos sociais
bem como do seu desenvolvimento em contextos sociais
diferenciados, estabelecendo relações com as demais práticas
diferenciados, estabelecendo relações com as demais práticas
corporais presentes na sociedade.
corporais presentes na sociedade.
 +
12. Analisar criticamente a presença contemporânea maciça
12. Analisar criticamente a presença contemporânea maciça
das práticas corporais, fazendo interagir conceitos e valores
das práticas corporais, fazendo interagir conceitos e valores
ideológicos.
ideológicos.
 +
13. Identificar as diferentes classificações dos jogos, esportes,
13. Identificar as diferentes classificações dos jogos, esportes,
danças, lutas e ginásticas e os elementos que as caracterizam.
danças, lutas e ginásticas e os elementos que as caracterizam.
 +
14. Reconhecer os fundamentos das diversas funções
14. Reconhecer os fundamentos das diversas funções
atribuídas às práticas corporais (lazer, educação, melhoria da
atribuídas às práticas corporais (lazer, educação, melhoria da
aptidão física e trabalho).
aptidão física e trabalho).
 +
15. Relacionar as modificações técnicas e táticas das modalidades
15. Relacionar as modificações técnicas e táticas das modalidades
esportivas às transformações sociais.
esportivas às transformações sociais.
 +
16. Analisar os recursos gestuais utilizados pelos alunos
16. Analisar os recursos gestuais utilizados pelos alunos
durante as atividades e compará-los com os gestos específicos
durante as atividades e compará-los com os gestos específicos
da cada tema.
da cada tema.
 +
17. Identificar as formas de desenvolvimento, manutenção e
17. Identificar as formas de desenvolvimento, manutenção e
avaliação das capacidades físicas condicionantes.
avaliação das capacidades físicas condicionantes.
 +
18. Identificar as variáveis envolvidas na realização de atividades
18. Identificar as variáveis envolvidas na realização de atividades
físicas voltadas para a melhoria do desempenho.
físicas voltadas para a melhoria do desempenho.
 +
19. Identificar a organização das diferentes manifestações
19. Identificar a organização das diferentes manifestações
rítmico-expressivas presentes na sociedade.
rítmico-expressivas presentes na sociedade.
 +
20. Analisar os reflexos do discurso midiático na construção
20. Analisar os reflexos do discurso midiático na construção
de padrões e estereótipos de beleza corporal e na espetacularização
de padrões e estereótipos de beleza corporal e na espetacularização
do esporte.
do esporte.
-
1.4.3 Bibliografia para Educação Física
+
====1.4.3 Bibliografia para Educação Física====
-
1. BETTI, M. Imagem e ação: a televisão e a Educação Física
+
 
-
escolar. In: ---------- (Org.) Educação Física e mídia: novos olhares,
+
1. BETTI, M. Imagem e ação: a televisão e a Educação Física escolar. In: ---------- (Org.) Educação Física e mídia: novos olhares, outras práticas. São Paulo: Hucitec, 2003.
-
outras práticas. São Paulo: Hucitec, 2003.
+
 
-
2. BORGES, C. L. A formação de docentes de Educação
+
2. BORGES, C. L. A formação de docentes de Educação Física e seus saberes profissionais. In: BORGES, C. L.; DESBIENS, J. F. (Org.). Saber, formar e intervir para uma Educação Física em mudança. Campinas: Autores Associados, 2005. p. 157-190.
-
Física e seus saberes profissionais. In: BORGES, C. L.; DESBIENS,
+
 
-
J. F. (Org.). Saber, formar e intervir para uma Educação Física
+
3. GOELLNER, S. V. A produção cultural do corpo. In: LOURO, G. L.; NECKEL, J. F. e GOELLNER, S. V. Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. Petrópolis: Vozes, 2003.
-
em mudança. Campinas: Autores Associados, 2005. p. 157-190.
+
 
-
3. GOELLNER, S. V. A produção cultural do corpo. In: LOURO,
+
4. GUEDES, D. P. Educação para a saúde mediante programas de Educação Física escolar. Motriz: Revista de Educação Física. Rio Claro, v. 5, n. 1, p. 10-14, jun. 1999. Disponível em: [http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/05n1/5n1-ART04.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010
-
G. L.; NECKEL, J. F. e GOELLNER, S. V. Corpo, gênero e sexualidade:
+
 
-
um debate contemporâneo na educação. Petrópolis:
+
5. KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1997.
-
Vozes, 2003.
+
 
-
4. GUEDES, D. P. Educação para a saúde mediante programas
+
6. LOMAKINE, L. Fazer, conhecer, interpretar e apreciar: a dança no contexto da escola. In: SCARPATO, M (Org.). Educação Física: como planejar as aulas na educação básica. São Paulo: Avercamp, 2007, p. 39-57.
-
de Educação Física escolar. Motriz: Revista de Educação
+
 
-
Física. Rio Claro, v. 5, n. 1, p. 10-14, jun. 1999. Disponível em:
+
7. MARCELLINO, N. C. Lazer e Educação Física. In: DE MARCO, A. (Org.) Educação Física: cultura e sociedade. Campinas: Papirus, 2006.
-
<http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/05n1/5n1-ART04.pdf>
+
 
-
Acesso em: 26 jan. 2010
+
8. NASCIMENTO, P. R. B.; ALMEIDA, L. A tematização das lutas na Educação Física escolar: restrições e possibilidades. Movimento: revista da Escola de Educação Física, Porto Alegre, v.13, n.3, p. 91-110, set./dez. 2007. Disponível em: [http://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/3567/1968] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
5. KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação.
+
 
-
São Paulo: Cortez, 1997.
+
9. PAES, R. R. A pedagogia do esporte e os jogos coletivos. In: ROSE JÚNIOR, D. Esporte e atividade física na infância e na adolescência: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2009.
-
6. LOMAKINE, L. Fazer, conhecer, interpretar e apreciar: a
+
 
-
dança no contexto da escola. In: SCARPATO, M (Org.). Educação
+
10. PALMA, A. Atividade física, processo saúde-doença e condições sócio-econômicas. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 97-106, 2000. Disponível em: [http://www.usp.br/eef/rpef/v14n1/v14n1p97.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
Física: como planejar as aulas na educação básica. São Paulo:
+
 
-
Avercamp, 2007, p. 39-57.
+
11. RAMOS, V.; GRAÇA, A. B. S; NASCIMENTO, J. V. O conhecimento pedagógico do conteúdo: estrutura e implicações à formação em educação física. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v.22, n. 2, p. 161-171, abr./jun., 2008. Disponível em: [http://www.usp.br/eef/rbefe/v22n22008/7-RBEFE-v22-n2-2008-p161-64.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
7. MARCELLINO, N. C. Lazer e Educação Física. In: DE
+
 
-
MARCO, A. (Org.) Educação Física: cultura e sociedade. Campinas:
+
12. SCHIAVON, L. M.; NISTA-PICOLLO, Vilma L. Desafios da ginástica na escola. In: MOREIRA, E. C. (Org.). Educação Física escolar: desafios e propostas 2. Jundiaí: Fontoura, 2006, p.35-60.
-
Papirus, 2006.
+
 
-
8. NASCIMENTO, P. R. B.; ALMEIDA, L. A tematização das
+
13. SOARES, C. L. (Org.) Corpo e história. Campinas: Autores Associados, 2001.
-
lutas na Educação Física escolar: restrições e possibilidades.
+
 
-
Movimento: revista da Escola de Educação Física, Porto Alegre,
+
14. SOUSA, E. S.; ALTMAN, H. Meninos e meninas: expectativas corporais e implicações na Educação Física escolar. Cadernos Cedes, Campinas, v. 19, n. 48, p. 52-68, 1999. Disponível em: [http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v19n48/v1948a04.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
v.13, n.3, p. 91-110, set./dez. 2007. Disponível em: <http://seer.
+
 
-
ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/3567/1968> Acesso
+
15. STIGGER, M. P. Educação Física, esporte e diversidade. Campinas: Autores Associados, 2005.
-
em: 26 jan. 2010.
+
 
-
9. PAES, R. R. A pedagogia do esporte e os jogos coletivos.
+
====1.4.4 Documentos para Educação Física====
-
In: ROSE JÚNIOR, D. Esporte e atividade física na infância e na
+
 
-
adolescência: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre:
+
1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Escola de tempo integral: oficinas curriculares de atividades esportivas e motoras; esporte, ginástica, jogo – ciclos I e II. São Paulo: SEE/CENP, 2007. Disponível em: [http://cenp.edunet.sp.gov.br/escolaintegral/2007/arquivos/educaçãofisicacicloIII.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
Artmed, 2009.
+
 
-
10. PALMA, A. Atividade física, processo saúde-doença
+
2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Educação Física para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-EDF-COMP-redmd-20-03.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
e condições sócio-econômicas. Revista Paulista de Educação
+
 
-
Física, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 97-106, 2000. Disponível em:
+
===1.5 Perfil desejado para o professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês===
-
<http://www.usp.br/eef/rpef/v14n1/v14n1p97.pdf> Acesso em:
+
 
-
26 jan. 2010.
+
-
11. RAMOS, V.; GRAÇA, A. B. S; NASCIMENTO, J. V. O
+
-
conhecimento pedagógico do conteúdo: estrutura e implicações
+
-
à formação em educação física. Revista Brasileira de Educação
+
-
Física e Esporte, São Paulo, v.22, n. 2, p. 161-171, abr./jun., 2008.
+
-
Disponível em: <http://www.usp.br/eef/rbefe/v22n22008/7-RBEFE-
+
-
v22-n2-2008-p161-64.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
12. SCHIAVON, L. M.; NISTA-PICOLLO, Vilma L. Desafios da
+
-
ginástica na escola. In: MOREIRA, E. C. (Org.). Educação Física
+
-
escolar: desafios e propostas 2. Jundiaí: Fontoura, 2006, p.35-60.
+
-
13. SOARES, C. L. (Org.) Corpo e história. Campinas: Autores
+
-
Associados, 2001.
+
-
14. SOUSA, E. S.; ALTMAN, H. Meninos e meninas: expectativas
+
-
corporais e implicações na Educação Física escolar. Cadernos
+
-
Cedes, Campinas, v. 19, n. 48, p. 52-68, 1999. Disponível em:
+
-
<http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v19n48/v1948a04.pdf> Acesso
+
-
em: 26 jan. 2010.
+
-
15. STIGGER, M. P. Educação Física, esporte e diversidade.
+
-
Campinas: Autores Associados, 2005.
+
-
1.4.4 Documentos para Educação Física
+
-
1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria
+
-
de Estudos e Normas Pedagógicas. Escola de tempo
+
-
integral: oficinas curriculares de atividades esportivas e motoras;
+
-
esporte, ginástica, jogo – ciclos I e II. São Paulo: SEE/CENP,
+
-
2007. Disponível em: <http://cenp.edunet.sp.gov.br/escolaintegral/
+
-
2007/arquivos/educaçãofisicacicloIII.pdf> Acesso em:
+
-
26 jan. 2010.
+
-
2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta
+
-
Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Educação
+
-
Física para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio.
+
-
São Paulo: SE, 2008. Disponível em: <http://www.rededosaber.
+
-
sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-EDF-COMP-redmd-
+
-
20-03.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
1.5 Perfil desejado para o professor de Língua Estrangeira
+
-
Moderna - Inglês
+
Aprender uma língua estrangeira se mostra relevante pela
Aprender uma língua estrangeira se mostra relevante pela
utilidade desse conhecimento e dessa habilidade para a vida
utilidade desse conhecimento e dessa habilidade para a vida
Linha 1 032: Linha 1 194:
diversidade cultural e social presente nas relações estabelecidas
diversidade cultural e social presente nas relações estabelecidas
no universo da linguagem.
no universo da linguagem.
 +
Ressalte-se que essas aprendizagens assumem sua verdadeira
Ressalte-se que essas aprendizagens assumem sua verdadeira
razão de ser quando possibilitam que o aluno-cidadão
razão de ser quando possibilitam que o aluno-cidadão
Linha 1 043: Linha 1 206:
ser considerados melhores ou priores, mais desejáveis ou menos
ser considerados melhores ou priores, mais desejáveis ou menos
desejáveis independente de seus contextos.
desejáveis independente de seus contextos.
 +
Sendo assim, ensinar uma língua estrangeira significa ensinar
Sendo assim, ensinar uma língua estrangeira significa ensinar
a lidar com a heterogeneidade, a diversidade e a diferença,
a lidar com a heterogeneidade, a diversidade e a diferença,
Linha 1 058: Linha 1 222:
e ver o mundo, por meio da aprendizagem e conhecimento de
e ver o mundo, por meio da aprendizagem e conhecimento de
uma língua estrangeira.
uma língua estrangeira.
-
1.5.1 o professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês
+
 
-
deve apresentar o seguinte perfil:
+
====1.5.1 o professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês deve apresentar o seguinte perfil:====
 +
 
1. Conhecer e avaliar criticamente a presença das LEMs, em
1. Conhecer e avaliar criticamente a presença das LEMs, em
especial da língua inglesa, na cultura e na vida em sociedade, e
especial da língua inglesa, na cultura e na vida em sociedade, e
articular essa presença ao despertar do interesse e à instauração
articular essa presença ao despertar do interesse e à instauração
do desejo de aprender.
do desejo de aprender.
 +
2. Compreender um texto (oral ou escrito) em língua inglesa
2. Compreender um texto (oral ou escrito) em língua inglesa
que aborde tanto temas concretos quanto abstratos, incluindo
que aborde tanto temas concretos quanto abstratos, incluindo
Linha 1 069: Linha 1 235:
bem como compreender as relações entre o texto e seu
bem como compreender as relações entre o texto e seu
contexto de produção.
contexto de produção.
 +
3. Produzir textos (orais ou escritos) em língua inglesa
3. Produzir textos (orais ou escritos) em língua inglesa
claros sobre uma gama de assuntos e explicar um ponto de
claros sobre uma gama de assuntos e explicar um ponto de
vista mostrando vantagens e desvantagens sob vários aspectos.
vista mostrando vantagens e desvantagens sob vários aspectos.
 +
4. Compreender a linguagem como uma prática social, o
4. Compreender a linguagem como uma prática social, o
que a torna heterogênea considerando-se que ela se constrói
que a torna heterogênea considerando-se que ela se constrói
Linha 1 078: Linha 1 246:
de sentidos, considerando-se que a linguagem é produzida de
de sentidos, considerando-se que a linguagem é produzida de
forma situada e contextual.
forma situada e contextual.
 +
5. Compreender e analisar as intertextualidades e multimodalidades
5. Compreender e analisar as intertextualidades e multimodalidades
inerentes à linguagem e à comunicação na sociedade
inerentes à linguagem e à comunicação na sociedade
atual, tanto na língua materna quanto nas línguas estrangeiras.
atual, tanto na língua materna quanto nas línguas estrangeiras.
 +
6. Compreender que o ensino de língua inglesa na escola
6. Compreender que o ensino de língua inglesa na escola
deve, além do focalizar os objetivos linguísticos e instrumentais,
deve, além do focalizar os objetivos linguísticos e instrumentais,
considerar objetivos educacionais e culturais.
considerar objetivos educacionais e culturais.
 +
7. Refletir sobre o papel educacional da língua inglesa
7. Refletir sobre o papel educacional da língua inglesa
no currículo escolar, reconhecendo que seu espaço didáticopedagógico
no currículo escolar, reconhecendo que seu espaço didáticopedagógico
Linha 1 089: Linha 1 260:
sua prática em um exercício de autonomia, criação e crítica, e
sua prática em um exercício de autonomia, criação e crítica, e
estando sempre apto e pronto a aprender.
estando sempre apto e pronto a aprender.
 +
8. Compreender o valor da construção de conhecimento
8. Compreender o valor da construção de conhecimento
realizada conjuntamente entre professor e alunos e promover
realizada conjuntamente entre professor e alunos e promover
Linha 1 094: Linha 1 266:
para criar na sala de aula um ambiente e processos propícios
para criar na sala de aula um ambiente e processos propícios
para a aprendizagem.
para a aprendizagem.
 +
9. Perceber que a leitura e a escrita são atividades culturais
9. Perceber que a leitura e a escrita são atividades culturais
e sociais - em que relações, visões de mundo e convenções são
e sociais - em que relações, visões de mundo e convenções são
partilhadas - e, ao mesmo tempo, atividades individuais - em que
partilhadas - e, ao mesmo tempo, atividades individuais - em que
estão envolvidas imaginação, criatividade e emoções.
estão envolvidas imaginação, criatividade e emoções.
 +
10. Compreender a importância do diálogo e da interação
10. Compreender a importância do diálogo e da interação
com professores de outros componentes curriculares de forma a
com professores de outros componentes curriculares de forma a
garantir conteúdos e atividades que contribuam para a educação
garantir conteúdos e atividades que contribuam para a educação
global dos aprendizes.
global dos aprendizes.
-
1.5.2 Habilidades do professor de Língua Estrangeira
+
 
-
Moderna - Inglês
+
====1.5.2 Habilidades do professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês====
 +
 
1. Identificar situações coletivas de diálogo, bem como
1. Identificar situações coletivas de diálogo, bem como
situações de interação em pequenos grupos, que promovem a
situações de interação em pequenos grupos, que promovem a
Linha 1 109: Linha 1 284:
atividades articuladas em torno de textos (orais ou escritos) em
atividades articuladas em torno de textos (orais ou escritos) em
língua inglesa.
língua inglesa.
 +
2. Reconhecer entre situações propostas aquelas que promovem
2. Reconhecer entre situações propostas aquelas que promovem
o diálogo e a aproximação entre temáticas e conteúdos
o diálogo e a aproximação entre temáticas e conteúdos
curriculares e contextos da escola e realidade do aluno.
curriculares e contextos da escola e realidade do aluno.
 +
3. Identificar as contribuições de diferentes ferramentas
3. Identificar as contribuições de diferentes ferramentas
de apoio didático (Cadernos do Aluno e do Professor, dicionários
de apoio didático (Cadernos do Aluno e do Professor, dicionários
Linha 1 117: Linha 1 294:
equipamentos audiovisuais, laboratório de informática) para a
equipamentos audiovisuais, laboratório de informática) para a
promoção da aprendizagem.
promoção da aprendizagem.
 +
4. Indicar, dentre dispositivos didáticos de diferenciação,
4. Indicar, dentre dispositivos didáticos de diferenciação,
aqueles que acolhem a diversidade no âmbito do grupo-classe,
aqueles que acolhem a diversidade no âmbito do grupo-classe,
sem reduzir as situações de aprendizagem à tradução literal de
sem reduzir as situações de aprendizagem à tradução literal de
textos ou à confecção de listas bilíngues de vocabulário.
textos ou à confecção de listas bilíngues de vocabulário.
 +
5. Compreender as tecnologias da informação e da comunicação
5. Compreender as tecnologias da informação e da comunicação
como elos que aproximam as vivências com a língua
como elos que aproximam as vivências com a língua
inglesa que os alunos têm fora da escola daquelas que são
inglesa que os alunos têm fora da escola daquelas que são
promovidas no interior da sala de aula.
promovidas no interior da sala de aula.
 +
6. Reconhecer, em situações de sala de aula, as concepções
6. Reconhecer, em situações de sala de aula, as concepções
de língua, de ensino e de aprendizagem que subsidiam as práticas,
de língua, de ensino e de aprendizagem que subsidiam as práticas,
Linha 1 130: Linha 1 310:
linguísticos daquelas que combinam objetivos linguísticos,
linguísticos daquelas que combinam objetivos linguísticos,
culturais e educacionais.
culturais e educacionais.
 +
7. Reconhecer e interpretar as limitações de práticas
7. Reconhecer e interpretar as limitações de práticas
pedagógicas bastante difundidas como atividade principal, tais
pedagógicas bastante difundidas como atividade principal, tais
como a tradução e a reprodução de textos (da lousa ou de outro
como a tradução e a reprodução de textos (da lousa ou de outro
suporte para o caderno).
suporte para o caderno).
 +
8. Indicar alternativas de práticas pedagógicas que apresentem
8. Indicar alternativas de práticas pedagógicas que apresentem
maior sintonia entre os objetivos do currículo e as condições
maior sintonia entre os objetivos do currículo e as condições
do contexto de ensino de Língua Estrangeira Moderna.
do contexto de ensino de Língua Estrangeira Moderna.
 +
9. Relacionar os temas e conteúdos previstos no currículo
9. Relacionar os temas e conteúdos previstos no currículo
de língua inglesa às possibilidades de construção, análise e
de língua inglesa às possibilidades de construção, análise e
problematização de visões de mundo.
problematização de visões de mundo.
 +
10. Interpretar criticamente a diversidade de perspectivas
10. Interpretar criticamente a diversidade de perspectivas
da língua inglesa no mundo e na história (inglês nativo e nãonativo,
da língua inglesa no mundo e na história (inglês nativo e nãonativo,
Linha 1 145: Linha 1 329:
inglês como língua global) e relacionar essas perspectivas
inglês como língua global) e relacionar essas perspectivas
aos objetivos de ensino da língua.
aos objetivos de ensino da língua.
 +
11. Indicar situações didáticas que promovam e estimulem
11. Indicar situações didáticas que promovam e estimulem
formas adequadas e novas de aprender a aprender.
formas adequadas e novas de aprender a aprender.
 +
12. Identificar o dinamismo das relações entre oralidade e
12. Identificar o dinamismo das relações entre oralidade e
escrita, tanto em sua dimensão fonológico-grafológica (relação
escrita, tanto em sua dimensão fonológico-grafológica (relação
grafema-fonema), quanto em sua dimensão sociodiscursiva.
grafema-fonema), quanto em sua dimensão sociodiscursiva.
 +
13. Analisar estrutura, organização e significação de textos
13. Analisar estrutura, organização e significação de textos
(descritivos, narrativos e argumentativos), em língua inglesa.
(descritivos, narrativos e argumentativos), em língua inglesa.
 +
14. Indicar estratégias de leitura que destaquem as relações
14. Indicar estratégias de leitura que destaquem as relações
entre um texto e seu contexto de produção, e justificar essa
entre um texto e seu contexto de produção, e justificar essa
indicação com base na análise de elementos do próprio texto.
indicação com base na análise de elementos do próprio texto.
 +
15. Identificar estratégias de leitura que destaquem a
15. Identificar estratégias de leitura que destaquem a
diferenças entre o contexto de leitura e o contexto de produção
diferenças entre o contexto de leitura e o contexto de produção
do texto.
do texto.
 +
16. Inferir o objetivo de um texto e a quem ele se dirige com
16. Inferir o objetivo de um texto e a quem ele se dirige com
base em pistas verbais e não verbais.
base em pistas verbais e não verbais.
 +
17. Identificar, dentre os vários sentidos de uma palavra
17. Identificar, dentre os vários sentidos de uma palavra
ou expressão, aquele que é pertinente ao contexto em que
ou expressão, aquele que é pertinente ao contexto em que
está inserida.
está inserida.
 +
18. Reconhecer a ideia central de um texto, tanto em situações
18. Reconhecer a ideia central de um texto, tanto em situações
em que é possível recuperar informações explícitas quanto
em que é possível recuperar informações explícitas quanto
naquelas em que as informações não estão proeminentes e é
naquelas em que as informações não estão proeminentes e é
necessário fazer inferências.
necessário fazer inferências.
 +
19. Aplicar o conhecimento de regras e de convenções da
19. Aplicar o conhecimento de regras e de convenções da
língua inglesa (relativas à formação e classificação de palavras,
língua inglesa (relativas à formação e classificação de palavras,
Linha 1 172: Linha 1 365:
entre outras), relacionando-as a seus contextos de uso e às
entre outras), relacionando-as a seus contextos de uso e às
intenções que permeiam a comunicação.
intenções que permeiam a comunicação.
 +
20. Confrontar temas e visões de mundo expressos em textos
20. Confrontar temas e visões de mundo expressos em textos
diferentes, sejam eles ficccionais ou não-ficcionais.
diferentes, sejam eles ficccionais ou não-ficcionais.
-
1.5.3 Bibliografia para Língua Estrangeira Moderna - Inglês
+
====1.5.3 Bibliografia para Língua Estrangeira Moderna - Inglês====
-
1. BARCELOS, A. M. F. Reflexões acerca da mudança de
+
 
-
crenças sobre ensino e aprendizagem de línguas. Revista Brasileira
+
1. BARCELOS, A. M. F. Reflexões acerca da mudança de crenças sobre ensino e aprendizagem de línguas. Revista Brasileira de Linguística Aplicada. Belo Horizonte, v. 7. n. 2. p. 109-38, 2007. Disponível em: [http://www.letras.ufmg.br/rbla/2007-2/05-Ana-Maria-Barcelos.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
de Linguística Aplicada. Belo Horizonte, v. 7. n. 2. p. 109-38,
+
 
-
2007. Disponível em: <http://www.letras.ufmg.br/rbla/2007-
+
2. BRAIT, Beth (org). Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005.
-
2/05-Ana-Maria-Barcelos.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
2. BRAIT, Beth (org). Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo:
+
3. CELANI, M. A. A. (org.). Professores e formadores em mudança: relato de um processo de reflexão e transformação da prática docente. Campinas, Mercado de Letras, 2003.
-
Contexto, 2005.
+
 
-
3. CELANI, M. A. A. (org.). Professores e formadores em
+
4. COPE, B.; KALANTZIS, M.. Multiliteracies: literacy learning and the design of social futures. London: Routledge, 2000.
-
mudança: relato de um processo de reflexão e transformação da
+
 
-
prática docente. Campinas, Mercado de Letras, 2003.
+
5. GEE, J. P. Situated Language and Learning: a critique of traditional schooling. London, Routdlege, 2004.
-
4. COPE, B.; KALANTZIS, M.. Multiliteracies: literacy learning
+
 
-
and the design of social futures. London: Routledge, 2000.
+
6. GRADDOL, D. English Next. UK: British Council, 2006. Disponível em: [http://www.britishcouncil.org/learning-researchenglishnext.htm] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
5. GEE, J. P. Situated Language and Learning: a critique of
+
 
-
traditional schooling. London, Routdlege, 2004.
+
7. KERN, R. Literacy and language teaching. Oxford: Oxford University Press, 2000.
-
6. GRADDOL, D. English Next. UK: British Council, 2006. Disponível
+
 
-
em: <http://www.britishcouncil.org/learning-researchenglishnext.
+
8. LUKE, A.; Freebody, P. Shaping the Social Practices of Reading. In MUSPRATT, S.; LUKE, A.; FREEBODY P. (Ed.) Constructing Critical Literacies. New Jersey: Hampton, 1997.
-
htm> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
7. KERN, R. Literacy and language teaching. Oxford: Oxford
+
9. McCRUM, R.; MACNEIL, R.; CRAM, W. The Story of English. 3. ed. New York: Penguin, 2003.
-
University Press, 2000.
+
 
-
8. LUKE, A.; Freebody, P. Shaping the Social Practices of Reading.
+
10. NUNAN, D. Task based language teaching. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
-
In MUSPRATT, S.; LUKE, A.; FREEBODY P. (Ed.) Constructing
+
 
-
Critical Literacies. New Jersey: Hampton, 1997.
+
11. PENNYCOOK, A. Global Englishes and Transcultural Flows. New York: Routlege, 2007.
-
9. McCRUM, R.; MACNEIL, R.; CRAM, W. The Story of
+
 
-
English. 3. ed. New York: Penguin, 2003.
+
12. RICHARDS, J. C.; RENANDYA, W. A. (Ed.). Methodology in language teaching: an anthology of current practice. Cambridge: Cambridge University Press, 2002.
-
10. NUNAN, D. Task based language teaching. Cambridge:
+
 
-
Cambridge University Press, 2004.
+
13. SMITH, Frank. Compreendendo a leitura. Porto Alegre: Artmed, 2003.
-
11. PENNYCOOK, A. Global Englishes and Transcultural
+
 
-
Flows. New York: Routlege, 2007.
+
14. SWAN, M. Practical English Usage. Oxford: Oxford University Press, 2005.
-
12. RICHARDS, J. C.; RENANDYA, W. A. (Ed.). Methodology in
+
 
-
language teaching: an anthology of current practice. Cambridge:
+
15. UR, Penny. A course in language teaching. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.
-
Cambridge University Press, 2002.
+
 
-
13. SMITH, Frank. Compreendendo a leitura. Porto Alegre:
+
====1.5.4 Documentos para Língua Estrangeira Moderna - Inglês====
-
Artmed, 2003.
+
 
-
14. SWAN, M. Practical English Usage. Oxford: Oxford
+
1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-LEMCOMP-red-md-20-03.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
University Press, 2005.
+
 
-
15. UR, Penny. A course in language teaching. Cambridge:
+
===1.6 Perfil desejado para o professor de Matemática===
-
Cambridge University Press, 1999.
+
 
-
1.5.4 Documentos para Língua Estrangeira Moderna - Inglês
+
-
1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta
+
-
Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Língua
+
-
Estrangeira Moderna para o Ensino Fundamental Ciclo II e
+
-
Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: <http://www.
+
-
rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-LEMCOMP-
+
-
red-md-20-03.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
1.6 Perfil desejado para o professor de Matemática
+
Duas são as dimensões fundamentais na formação profissional
Duas são as dimensões fundamentais na formação profissional
do professor de Matemática:
do professor de Matemática:
 +
* a competência técnica, no sentido do conhecimento dos
* a competência técnica, no sentido do conhecimento dos
conteúdos matemáticos a serem ensinados, bem como dos
conteúdos matemáticos a serem ensinados, bem como dos
Linha 1 228: Linha 1 415:
referentes aos universos da cultura, do trabalho, da arte, da
referentes aos universos da cultura, do trabalho, da arte, da
ciência ou da tecnologia;
ciência ou da tecnologia;
 +
* o compromisso público com a Educação, decorrente de
* o compromisso público com a Educação, decorrente de
uma compreensão dos aspectos históricos, filosóficos, sociológicos,
uma compreensão dos aspectos históricos, filosóficos, sociológicos,
Linha 1 234: Linha 1 422:
professor como agente formador, tanto na conservação quanto
professor como agente formador, tanto na conservação quanto
na transformação da realidade.
na transformação da realidade.
 +
As duas dimensões citadas – a competência técnica e o
As duas dimensões citadas – a competência técnica e o
compromisso público – são complementares e interdependentes,
compromisso público – são complementares e interdependentes,
devendo ser avaliadas em provas gerais e de conteúdos
devendo ser avaliadas em provas gerais e de conteúdos
específicos.
específicos.
 +
Para a caracterização da competência específica do professor
Para a caracterização da competência específica do professor
de Matemática, explicitaremos a seguir um elenco de dez
de Matemática, explicitaremos a seguir um elenco de dez
formas mais usuais de manifestação das mesmas:
formas mais usuais de manifestação das mesmas:
-
1.6.1 o professor de Matemática deve apresentar o seguinte
+
 
-
perfil:
+
====1.6.1 o professor de Matemática deve apresentar o seguinte perfil:====
 +
 
1. Gostar de Matemática, compreendendo o papel de sua
1. Gostar de Matemática, compreendendo o papel de sua
disciplina como uma linguagem que complementa a língua
disciplina como uma linguagem que complementa a língua
Linha 1 248: Linha 1 439:
cidadãos, e munindo a ciência de instrumentos fundamentais
cidadãos, e munindo a ciência de instrumentos fundamentais
para seu desenvolvimento;
para seu desenvolvimento;
 +
2. Conhecer os conteúdos matemáticos com uma profundidade
2. Conhecer os conteúdos matemáticos com uma profundidade
e um discernimento que lhe possibilite apresentá-los como
e um discernimento que lhe possibilite apresentá-los como
Linha 1 254: Linha 1 446:
como futuros matemáticos, ou professores de matemática, mas
como futuros matemáticos, ou professores de matemática, mas
sim como cidadãos que aspiram a uma boa formação pessoal;
sim como cidadãos que aspiram a uma boa formação pessoal;
 +
3. Saber criar centros de interesse para os alunos, explorando
3. Saber criar centros de interesse para os alunos, explorando
situações de aprendizagem em torno das quais organizará
situações de aprendizagem em torno das quais organizará
Linha 1 259: Linha 1 452:
da cultura, da ciência, da tecnologia ou do trabalho, levando em
da cultura, da ciência, da tecnologia ou do trabalho, levando em
consideração o contexto social da escola;
consideração o contexto social da escola;
 +
4. Saber mediar conflitos de interesse, dando a palavra aos
4. Saber mediar conflitos de interesse, dando a palavra aos
alunos e buscando aproximar seus interesses, às vezes difusos,
alunos e buscando aproximar seus interesses, às vezes difusos,
daqueles que estão presentes no planejamento escolar;
daqueles que estão presentes no planejamento escolar;
 +
5. Ser capaz de identificar as ideias fundamentais presentes
5. Ser capaz de identificar as ideias fundamentais presentes
em cada conteúdo que ensina, uma vez que tais ideias ajudam
em cada conteúdo que ensina, uma vez que tais ideias ajudam
a articular internamente os diversos temas da matemática, e a
a articular internamente os diversos temas da matemática, e a
aproximar a matemática das outras disciplinas;
aproximar a matemática das outras disciplinas;
 +
6. Ser capaz de mapear os diversos conteúdos relevantes,
6. Ser capaz de mapear os diversos conteúdos relevantes,
sabendo articulá-los de modo a oferecer aos alunos uma visão
sabendo articulá-los de modo a oferecer aos alunos uma visão
panorâmica dos mesmos, plena de significações tanto para a
panorâmica dos mesmos, plena de significações tanto para a
vida cotidiana quanto para uma formação cultural mais rica;
vida cotidiana quanto para uma formação cultural mais rica;
 +
7. Saber escolher uma escala adequada em cada turma,
7. Saber escolher uma escala adequada em cada turma,
em cada situação concreta, para apresentar os conteúdos que
em cada situação concreta, para apresentar os conteúdos que
Linha 1 275: Linha 1 472:
alunos aprenderem, nem tratando os temas com excesso de
alunos aprenderem, nem tratando os temas com excesso de
pormenores, de interesse apenas de especialistas;
pormenores, de interesse apenas de especialistas;
 +
8. Ser capaz de construir relações significativas entre os
8. Ser capaz de construir relações significativas entre os
conteúdos apresentados aos alunos e os temas presentes
conteúdos apresentados aos alunos e os temas presentes
Linha 1 280: Linha 1 478:
disciplinas, favorecendo, assim, a interdisciplinaridade e a
disciplinas, favorecendo, assim, a interdisciplinaridade e a
transdisciplinaridade;
transdisciplinaridade;
 +
9. Saber construir narrativas que articulem os diversos
9. Saber construir narrativas que articulem os diversos
elementos presentes nos conteúdos ensinados, inspirando-se na
elementos presentes nos conteúdos ensinados, inspirando-se na
Linha 1 285: Linha 1 484:
dos quais ascendemos da efemeridade das informações isoladas
dos quais ascendemos da efemeridade das informações isoladas
à estabilidade do conhecimento organizado;
à estabilidade do conhecimento organizado;
 +
10. Ser capaz de alimentar permanentemente os interesses
10. Ser capaz de alimentar permanentemente os interesses
dos alunos, estimulando a investigação e a capacidade de
dos alunos, estimulando a investigação e a capacidade de
Linha 1 290: Linha 1 490:
interesses menos relevantes, assumindo, com tolerância, a responsabilidade
interesses menos relevantes, assumindo, com tolerância, a responsabilidade
inerente à função que exerce.
inerente à função que exerce.
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1.6.2 Habilidades do professor de Matemática
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====1.6.2 Habilidades do professor de Matemática====
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Um professor de Matemática deve ser capaz de mobilizar
Um professor de Matemática deve ser capaz de mobilizar
os conteúdos específicos de sua disciplina, tendo em vista o
os conteúdos específicos de sua disciplina, tendo em vista o
Linha 1 302: Linha 1 504:
com o prático-utilitário, e de formulação de propostas de
com o prático-utilitário, e de formulação de propostas de
intervenção solidária na realidade.
intervenção solidária na realidade.
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Para construir uma ponte entre os conteúdos específicos e
Para construir uma ponte entre os conteúdos específicos e
tais competências gerais, é necessário identificar, em cada conteúdo,
tais competências gerais, é necessário identificar, em cada conteúdo,
Linha 1 307: Linha 1 510:
equivalência, ordem, medida, aproximação, problematização,
equivalência, ordem, medida, aproximação, problematização,
otimização são alguns exemplos de tais ideias.
otimização são alguns exemplos de tais ideias.
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Para isso, o professor deve apresentar certas habilidades
Para isso, o professor deve apresentar certas habilidades
específicas, associadas aos conteúdos da área, tendo sempre
específicas, associadas aos conteúdos da área, tendo sempre
o discernimento suficiente para reconhecer que tais conteúdos
o discernimento suficiente para reconhecer que tais conteúdos
constituem meios para a formação pessoal dos alunos.
constituem meios para a formação pessoal dos alunos.
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São apresentadas, a seguir, vinte de tais habilidades específicas
São apresentadas, a seguir, vinte de tais habilidades específicas
a serem demonstradas pelo professor de Matemática:
a serem demonstradas pelo professor de Matemática:
 +
1. Tendo por base as ideias de equivalência e ordem, construir
1. Tendo por base as ideias de equivalência e ordem, construir
o significado dos números (naturais, inteiros, racionais, irracionais,
o significado dos números (naturais, inteiros, racionais, irracionais,
reais, complexos), bem como das operações realizadas
reais, complexos), bem como das operações realizadas
com eles em diferentes contextos;
com eles em diferentes contextos;
 +
2. Enfrentar situações-problema em diferentes contextos,
2. Enfrentar situações-problema em diferentes contextos,
sabendo traduzir as perguntas por meio de equações, inequações
sabendo traduzir as perguntas por meio de equações, inequações
ou sistemas de equações, e mobilizar os instrumentos
ou sistemas de equações, e mobilizar os instrumentos
matemáticos para resolver tais equações, inequações ou sistemas;
matemáticos para resolver tais equações, inequações ou sistemas;
 +
3. Tendo por base a dimensão simbólica do conceito de
3. Tendo por base a dimensão simbólica do conceito de
número, desenvolver de modo significativo a notação e as técnicas
número, desenvolver de modo significativo a notação e as técnicas
Linha 1 327: Linha 1 535:
números (contagem de pixels em uma tela, coeficientes de um
números (contagem de pixels em uma tela, coeficientes de um
sistema de equações lineares etc.);
sistema de equações lineares etc.);
 +
4. Reconhecer equações e inequações como perguntas,
4. Reconhecer equações e inequações como perguntas,
saber resolver sistematicamente equações e inequações polinomiais
saber resolver sistematicamente equações e inequações polinomiais
Linha 1 333: Linha 1 542:
mesmas, em alguns casos (relações entre coeficientes e raízes,
mesmas, em alguns casos (relações entre coeficientes e raízes,
redução de grau, fatoração etc.);
redução de grau, fatoração etc.);
 +
5. Tendo como referência as situações de contagem direta,
5. Tendo como referência as situações de contagem direta,
construir estratégias e recursos de contagem indireta em
construir estratégias e recursos de contagem indireta em
situações contextualizadas (cálculo combinatório, binômio de
situações contextualizadas (cálculo combinatório, binômio de
Newton, arranjos, combinações, permutações);
Newton, arranjos, combinações, permutações);
 +
6. Conhecer a ideia de medida de grandezas de variados
6. Conhecer a ideia de medida de grandezas de variados
tipos (comprimento, área, volume, massa, tempo, temperatura,
tipos (comprimento, área, volume, massa, tempo, temperatura,
Linha 1 344: Linha 1 555:
não-padronizadas, e valorizando as ideias de estimativa e de
não-padronizadas, e valorizando as ideias de estimativa e de
aproximações;
aproximações;
 +
7. Explorar de modo significativo a ideia de proporcionalidade
7. Explorar de modo significativo a ideia de proporcionalidade
(razões, proporções, grandezas direta e inversamente
(razões, proporções, grandezas direta e inversamente
Linha 1 349: Linha 1 561:
problemas contextualizados de regra de três simples e
problemas contextualizados de regra de três simples e
composta, direta e inversa;
composta, direta e inversa;
 +
8. Explorar regularidades e relações de interdependência
8. Explorar regularidades e relações de interdependência
de diversos tipos, inclusive as sucessões aritméticas e geométricas,
de diversos tipos, inclusive as sucessões aritméticas e geométricas,
Linha 1 354: Linha 1 567:
gráficos de variadas formas, e construindo significativamente o
gráficos de variadas formas, e construindo significativamente o
conceito de função;
conceito de função;
 +
9. Conhecer as principais características das funções polinomiais
9. Conhecer as principais características das funções polinomiais
de grau 1, grau 2,... grau n, sabendo esboçar seu gráfico
de grau 1, grau 2,... grau n, sabendo esboçar seu gráfico
Linha 1 359: Linha 1 573:
e explorar intuitivamente as taxas de crescimento e
e explorar intuitivamente as taxas de crescimento e
decrescimento das funções correspondentes;
decrescimento das funções correspondentes;
 +
10. Conhecer as propriedades fundamentais de potências
10. Conhecer as propriedades fundamentais de potências
e logaritmos, sabendo utilizá-las em diferentes contextos, bem
e logaritmos, sabendo utilizá-las em diferentes contextos, bem
como sistematizá-las no estudo das funções exponenciais e
como sistematizá-las no estudo das funções exponenciais e
logarítmicas;
logarítmicas;
 +
11. Compreender e aplicar as relações de proporcionalidade
11. Compreender e aplicar as relações de proporcionalidade
que caracterizam as razões trigonométricas (seno, cosseno, tangente,
que caracterizam as razões trigonométricas (seno, cosseno, tangente,
Linha 1 369: Linha 1 585:
associando as mesmas aos fenômenos periódicos
associando as mesmas aos fenômenos periódicos
em diferentes contextos;
em diferentes contextos;
 +
12. A partir da percepção do espaço e das formas, construir
12. A partir da percepção do espaço e das formas, construir
uma linguagem adequada para a representação de tais percepções,
uma linguagem adequada para a representação de tais percepções,
Linha 1 375: Linha 1 592:
e espaciais (cubos, paralelepípedos, prismas, pirâmides, cilindros,
e espaciais (cubos, paralelepípedos, prismas, pirâmides, cilindros,
cones, esferas, entre outras);
cones, esferas, entre outras);
 +
13. com base nas propriedades características de objetos
13. com base nas propriedades características de objetos
planos ou espaciais, desenvolver estratégias para construções
planos ou espaciais, desenvolver estratégias para construções
Linha 1 381: Linha 1 599:
ampla do espaço em que vivemos, de suas representações e de
ampla do espaço em que vivemos, de suas representações e de
suas propriedades;
suas propriedades;
 +
14. Explorar a linguagem e as ideias geométricas para
14. Explorar a linguagem e as ideias geométricas para
desenvolver a capacidade de observação, de percepção de relações
desenvolver a capacidade de observação, de percepção de relações
Linha 1 387: Linha 1 606:
partir de fatos fundamentais diretamente intuídos ou já demonstrados
partir de fatos fundamentais diretamente intuídos ou já demonstrados
anteriormente;
anteriormente;
 +
15. Explorar algumas relações geométricas especialmente
15. Explorar algumas relações geométricas especialmente
significativas, como as relativas às somas de ângulos de polígonos,
significativas, como as relativas às somas de ângulos de polígonos,
Linha 1 392: Linha 1 612:
as relações métricas relativas ao cálculo de comprimentos,
as relações métricas relativas ao cálculo de comprimentos,
áreas e volumes de objetos planos e espaciais;
áreas e volumes de objetos planos e espaciais;
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16. Explorar uma abordagem algébrica da geometria – ou
16. Explorar uma abordagem algébrica da geometria – ou
seja, a geometria analítica, representando retas e curvas, como
seja, a geometria analítica, representando retas e curvas, como
Linha 1 397: Linha 1 618:
e sabendo resolver problemas geométricos simples por meio
e sabendo resolver problemas geométricos simples por meio
de mobilização de recursos algébricos;
de mobilização de recursos algébricos;
 +
17. Explorar de modo significativo as relações métricas e
17. Explorar de modo significativo as relações métricas e
geométricas na esfera terrestre, especialmente no que tange a
geométricas na esfera terrestre, especialmente no que tange a
latitudes, longitudes, fusos horários;
latitudes, longitudes, fusos horários;
 +
18. Resolver problemas de escolhas que envolvem a ideia
18. Resolver problemas de escolhas que envolvem a ideia
de otimização (máximos ou mínimos) em diferentes contextos,
de otimização (máximos ou mínimos) em diferentes contextos,
Linha 1 405: Linha 1 628:
incluem, entre outros temas, a função polinomial do 2º grau e
incluem, entre outros temas, a função polinomial do 2º grau e
algumas noções de geometria analítica;
algumas noções de geometria analítica;
 +
19. Compreender a ideia de aleatoriedade, reconhecendo-a
19. Compreender a ideia de aleatoriedade, reconhecendo-a
em diferentes contextos, incluindo-se jogos e outras classes
em diferentes contextos, incluindo-se jogos e outras classes
Linha 1 410: Linha 1 634:
cálculo de probabilidades em situações que envolvem as noções
cálculo de probabilidades em situações que envolvem as noções
de independência de eventos e de probabilidade condicional;
de independência de eventos e de probabilidade condicional;
 +
20. Saber organizar e/ou interpretar conjuntos de dados
20. Saber organizar e/ou interpretar conjuntos de dados
expressos em diferentes linguagens, recorrendo a noções básicas
expressos em diferentes linguagens, recorrendo a noções básicas
Linha 1 416: Linha 1 641:
distribuição normal, entre outras noções) para tomar decisões
distribuição normal, entre outras noções) para tomar decisões
em situações que envolvem incerteza.
em situações que envolvem incerteza.
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1.6.3 Bibliografia para Matemática
+
 
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====1.6.3 Bibliografia para Matemática====
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1. BESSON, Jean-Louis (Org.). A ilusão das estatísticas. São
1. BESSON, Jean-Louis (Org.). A ilusão das estatísticas. São
Paulo: UNESP, 1995.
Paulo: UNESP, 1995.
 +
2. BOYER, Carl B. História da matemática. São Paulo: Edgard
2. BOYER, Carl B. História da matemática. São Paulo: Edgard
Blucher, 1996.
Blucher, 1996.
 +
3. COURANT, Richard; ROBBINS, Herbert. O que é matemática?
3. COURANT, Richard; ROBBINS, Herbert. O que é matemática?
Uma abordagem elementar de métodos e conceitos. Rio de
Uma abordagem elementar de métodos e conceitos. Rio de
Janeiro: Ciência Moderna, 2000.
Janeiro: Ciência Moderna, 2000.
 +
4. DAVIS, Philip J.; HERSH, Reuben. O sonho de Descartes: o
4. DAVIS, Philip J.; HERSH, Reuben. O sonho de Descartes: o
mundo de acordo com a matemática. Rio de Janeiro: Francisco
mundo de acordo com a matemática. Rio de Janeiro: Francisco
Alves, 1988.
Alves, 1988.
 +
5. DEVLIN, Keith. O gene da matemática: o talento para lidar
5. DEVLIN, Keith. O gene da matemática: o talento para lidar
com números e a evolução do pensamento matemático. Rio de
com números e a evolução do pensamento matemático. Rio de
Janeiro: Record, 2004.
Janeiro: Record, 2004.
 +
6. EGAN, Kieran. A mente educada: os males da educação e
6. EGAN, Kieran. A mente educada: os males da educação e
a ineficiência educacional das escolas. Rio de Janeiro: Bertrand
a ineficiência educacional das escolas. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2002.
Brasil, 2002.
 +
7. EVES, Howard. Introdução à história da Matemática.
7. EVES, Howard. Introdução à história da Matemática.
Campinas: UNICAMP, 2004.
Campinas: UNICAMP, 2004.
 +
8. GARBI, Gilberto G. A rainha das ciências: um passeio
8. GARBI, Gilberto G. A rainha das ciências: um passeio
histórico pelo maravilhoso mundo da Matemática. São Paulo:
histórico pelo maravilhoso mundo da Matemática. São Paulo:
Editora Livraria da Física, 2007.
Editora Livraria da Física, 2007.
 +
9. IFRAH, Georges. Os números: a história de uma grande
9. IFRAH, Georges. Os números: a história de uma grande
invenção. Rio de Janeiro: Globo, 1989.
invenção. Rio de Janeiro: Globo, 1989.
 +
10. LIMA, Elon Lajes et al. A matemática do Ensino Médio.
10. LIMA, Elon Lajes et al. A matemática do Ensino Médio.
Rio de Janeiro: SBM, 1999. v. 1, 2, 3 (Coleção do Professor de
Rio de Janeiro: SBM, 1999. v. 1, 2, 3 (Coleção do Professor de
Matemática).
Matemática).
 +
11. LOJKINE, Jean. A revolução informacional. São Paulo:
11. LOJKINE, Jean. A revolução informacional. São Paulo:
Cortez, 1995.
Cortez, 1995.
 +
12. MLODINOW, Leonard. A janela de Euclides. A história
12. MLODINOW, Leonard. A janela de Euclides. A história
da geometria, das linhas paralelas ao hiperespaço. São Paulo:
da geometria, das linhas paralelas ao hiperespaço. São Paulo:
Geração Editorial, 2004.
Geração Editorial, 2004.
 +
13. MOLES, Abraham. A criação científica. São Paulo: Perspectiva,
13. MOLES, Abraham. A criação científica. São Paulo: Perspectiva,
1998
1998
 +
14. SATOY, Marcus Du. A música dos números primos: a
14. SATOY, Marcus Du. A música dos números primos: a
história de um problema não resolvido na matemática. Rio de
história de um problema não resolvido na matemática. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2007.
Janeiro: Jorge Zahar, 2007.
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1.6.4 Documentos para Matemática
+
 
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1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta
+
====1.6.4 Documentos para Matemática====
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Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Matemática
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para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo:
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1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Matemática para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-MAT-COMP-red-md-20-03.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
SE, 2008. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/
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portais/Portals/18/arquivos/Prop-MAT-COMP-red-md-20-03.
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===1.7 Perfil desejado para o professor de Ciências===
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pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
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1.7 Perfil desejado para o professor de Ciências
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Embora esta não seja a única competência que se espera do
Embora esta não seja a única competência que se espera do
professor de Ciências do Ensino Fundamental, é essencial que
professor de Ciências do Ensino Fundamental, é essencial que
Linha 1 471: Linha 1 711:
e que dizem respeito à aplicação didática e metodológica desses
e que dizem respeito à aplicação didática e metodológica desses
conhecimentos na prática de sala de aula.
conhecimentos na prática de sala de aula.
 +
Essa competência técnica pode se expressar, entre outras,
Essa competência técnica pode se expressar, entre outras,
pelas seguintes características desejáveis dos professores da
pelas seguintes características desejáveis dos professores da
disciplina:
disciplina:
-
1.7.1 o professor de Ciências deve apresentar o seguinte
+
 
-
perfil:
+
====1.7.1 o professor de Ciências deve apresentar o seguinte perfil:====
 +
 
1. Reconhecer a presença das ciências na cultura e na vida
1. Reconhecer a presença das ciências na cultura e na vida
em sociedade, na investigação de materiais e substâncias, da
em sociedade, na investigação de materiais e substâncias, da
Linha 1 482: Linha 1 724:
serviços, assim como enfatizar esta presença para aproximar o
serviços, assim como enfatizar esta presença para aproximar o
conhecimento científico do interesse de crianças e jovens.
conhecimento científico do interesse de crianças e jovens.
 +
2. Identificar as ciências como dimensão da cultura humana,
2. Identificar as ciências como dimensão da cultura humana,
de caráter histórico, portanto, como produção de conhecimento
de caráter histórico, portanto, como produção de conhecimento
Linha 1 487: Linha 1 730:
cultura humana, das quais também depende, e com critérios de
cultura humana, das quais também depende, e com critérios de
verificação fundados em permanente exercício da dúvida.
verificação fundados em permanente exercício da dúvida.
 +
3. Promover e valorizar a alfabetização científico-tecnológica,
3. Promover e valorizar a alfabetização científico-tecnológica,
ou seja, a capacidade de expressar e comunicar a partir das
ou seja, a capacidade de expressar e comunicar a partir das
linguagens da ciência, bem como de expressar o saber científico
linguagens da ciência, bem como de expressar o saber científico
por meio de diferentes linguagens.
por meio de diferentes linguagens.
 +
4. Ser capaz de construir relações significativas entre os
4. Ser capaz de construir relações significativas entre os
diferentes campos de conhecimento das ciências naturais (Física,
diferentes campos de conhecimento das ciências naturais (Física,
Linha 1 496: Linha 1 741:
outras áreas, favorecendo, assim, a interdisciplinaridade e a
outras áreas, favorecendo, assim, a interdisciplinaridade e a
transdisciplinaridade.
transdisciplinaridade.
 +
5. Compreender que o ensino de Ciências deve compor o
5. Compreender que o ensino de Ciências deve compor o
desenvolvimento da cultura científica juntamente com a promoção
desenvolvimento da cultura científica juntamente com a promoção
de competências, habilidades e valores humanos.
de competências, habilidades e valores humanos.
 +
6. Conduzir a aprendizagem de forma a promover a
6. Conduzir a aprendizagem de forma a promover a
emancipação e a capacidade de trabalho coletivo dos alunos,
emancipação e a capacidade de trabalho coletivo dos alunos,
Linha 1 504: Linha 1 751:
e também demandando consulta e cooperação entre eles, em
e também demandando consulta e cooperação entre eles, em
questões de caráter prático, crítico e propositivo.
questões de caráter prático, crítico e propositivo.
 +
7. Tratar temáticas que dialoguem com o contexto da escola
7. Tratar temáticas que dialoguem com o contexto da escola
e com a realidade dos alunos, antecedendo aquelas que transcendem
e com a realidade dos alunos, antecedendo aquelas que transcendem
Linha 1 509: Linha 1 757:
mas orientando a construção conceitual com vistas a uma
mas orientando a construção conceitual com vistas a uma
cultura científica de sentido universal.
cultura científica de sentido universal.
 +
8. Respeitar as etapas de desenvolvimento cognitivo dos
8. Respeitar as etapas de desenvolvimento cognitivo dos
alunos, utilizando linguagens e níveis de complexidade dos
alunos, utilizando linguagens e níveis de complexidade dos
conteúdos disciplinares de forma compatível com a maturidade
conteúdos disciplinares de forma compatível com a maturidade
esperada da faixa etária típica de cada série.
esperada da faixa etária típica de cada série.
 +
9. Realizar e sugerir observações e medidas práticas que
9. Realizar e sugerir observações e medidas práticas que
não se limitem a experiências demonstrativas ou laboratoriais,
não se limitem a experiências demonstrativas ou laboratoriais,
Linha 1 518: Linha 1 768:
real, em que sejam relevantes a participação e o registro feitos
real, em que sejam relevantes a participação e o registro feitos
pelos alunos.
pelos alunos.
 +
10. Ser capaz de motivar e fomentar os interesses dos
10. Ser capaz de motivar e fomentar os interesses dos
alunos, estimulando a investigação e a capacidade de pesquisar
alunos, estimulando a investigação e a capacidade de pesquisar
Linha 1 523: Linha 1 774:
responsabilidade inerente à função que exerce, o que também
responsabilidade inerente à função que exerce, o que também
inclui cuidados com a sua própria formação contínua.
inclui cuidados com a sua própria formação contínua.
-
1.7.2 Habilidades do professor de Ciências
+
 
 +
====1.7.2 Habilidades do professor de Ciências====
 +
 
1. Reconhecer argumentos favoráveis e desfavoráveis à
1. Reconhecer argumentos favoráveis e desfavoráveis à
adoção de diferentes estratégias de ensino de Ciências, a partir
adoção de diferentes estratégias de ensino de Ciências, a partir
da descrição de situações de ensino e de aprendizagem.
da descrição de situações de ensino e de aprendizagem.
 +
2. Estabelecer relações efetivas entre ambiente natural e
2. Estabelecer relações efetivas entre ambiente natural e
ambiente construído pela intervenção humana, caracterizando o
ambiente construído pela intervenção humana, caracterizando o
Linha 1 533: Linha 1 787:
uso sustentável dos recursos naturais, revelando necessidades
uso sustentável dos recursos naturais, revelando necessidades
e buscando discutir limites para a ação humana sobre o meio.
e buscando discutir limites para a ação humana sobre o meio.
 +
3. Compreender a participação do ar, da água, do solo e
3. Compreender a participação do ar, da água, do solo e
do fluxo de energia nos ecossistemas, com a função essencial
do fluxo de energia nos ecossistemas, com a função essencial
Linha 1 538: Linha 1 793:
assim como as relações alimentares entre produtores, consumidores
assim como as relações alimentares entre produtores, consumidores
e decompositores.
e decompositores.
 +
4. Caracterizar a dependência entre os sistemas vivos e as
4. Caracterizar a dependência entre os sistemas vivos e as
características ambientais geográficas de cada região, situando
características ambientais geográficas de cada região, situando
a diversidade de ecossistemas nas várias regiões brasileiras e a
a diversidade de ecossistemas nas várias regiões brasileiras e a
importância de sua preservação.
importância de sua preservação.
 +
5. Identificar as características básicas dos seres vivos,
5. Identificar as características básicas dos seres vivos,
como organização celular, obtenção de matéria e de energia e
como organização celular, obtenção de matéria e de energia e
transferência de energia entre seres vivos.
transferência de energia entre seres vivos.
 +
6. Comparar diferentes grupos de plantas sob diferentes
6. Comparar diferentes grupos de plantas sob diferentes
aspectos e, em particular, a reprodução de plantas com e sem
aspectos e, em particular, a reprodução de plantas com e sem
flores.
flores.
 +
7. Classificar e agrupar para compreender a variedade de
7. Classificar e agrupar para compreender a variedade de
espécies, apontando os reinos na classificação dos seres vivos e
espécies, apontando os reinos na classificação dos seres vivos e
destacando semelhanças e diferenças entre eles.
destacando semelhanças e diferenças entre eles.
 +
8. Identificar características de grupos de vertebrados e
8. Identificar características de grupos de vertebrados e
invertebrados, identificando semelhanças e diferenças entre eles.
invertebrados, identificando semelhanças e diferenças entre eles.
 +
9. Identificar hipóteses e teorias sobre a origem e a evolução
9. Identificar hipóteses e teorias sobre a origem e a evolução
dos seres vivos, que revelam como fósseis e outros registros
dos seres vivos, que revelam como fósseis e outros registros
Linha 1 558: Linha 1 819:
seres vivos ao longo do tempo, reconhecendo igualmente as
seres vivos ao longo do tempo, reconhecendo igualmente as
causas e as consequências da extinção de espécies.
causas e as consequências da extinção de espécies.
 +
10. Demonstrar compreensão das estratégias e processos de
10. Demonstrar compreensão das estratégias e processos de
ocupação dos espaços pelos seres humanos e das consequências
ocupação dos espaços pelos seres humanos e das consequências
Linha 1 563: Linha 1 825:
subsolo e da atmosfera e, ainda, da domesticação de vegetais
subsolo e da atmosfera e, ainda, da domesticação de vegetais
e animais.
e animais.
 +
11. Demonstrar compreensão de como os ciclos naturais
11. Demonstrar compreensão de como os ciclos naturais
do ar e da água e a biomassa viva ou fóssil são aproveitados e
do ar e da água e a biomassa viva ou fóssil são aproveitados e
processados para uso energético.
processados para uso energético.
 +
12. Identificar, em representações variadas, fontes e transformações
12. Identificar, em representações variadas, fontes e transformações
de energia que ocorrem em processos naturais e
de energia que ocorrem em processos naturais e
Linha 1 572: Linha 1 836:
adequadas ou viáveis para suprir as necessidades de determinada
adequadas ou viáveis para suprir as necessidades de determinada
região.
região.
 +
13. Reconhecer transformações químicas do cotidiano e
13. Reconhecer transformações químicas do cotidiano e
do sistema produtivo através da diferença de propriedades dos
do sistema produtivo através da diferença de propriedades dos
Linha 1 578: Linha 1 843:
ambientais relacionados a alterações de processos naturais e à
ambientais relacionados a alterações de processos naturais e à
contaminação por resíduos.
contaminação por resíduos.
 +
14. Compreender a constituição dos materiais, diferenciando
14. Compreender a constituição dos materiais, diferenciando
conceitos de elementos, substâncias químicas, misturas,
conceitos de elementos, substâncias químicas, misturas,
Linha 1 584: Linha 1 850:
ter uma compreensão das muitas radiações e de seu espectro,
ter uma compreensão das muitas radiações e de seu espectro,
em correlação com as suas diversas aplicações.
em correlação com as suas diversas aplicações.
 +
15. Caracterizar a saúde como bem estar físico, mental e
15. Caracterizar a saúde como bem estar físico, mental e
social, identificando seus condicionantes (alimentação, moradia,
social, identificando seus condicionantes (alimentação, moradia,
Linha 1 590: Linha 1 857:
econômicos para diagnosticar a situação de estados ou regiões
econômicos para diagnosticar a situação de estados ou regiões
brasileiras.
brasileiras.
 +
16. Reconhecer os agravos mais frequentes à saúde, suas
16. Reconhecer os agravos mais frequentes à saúde, suas
causas, prevenção, tratamento e distribuição, bem como as funções
causas, prevenção, tratamento e distribuição, bem como as funções
dos diferentes nutrientes na manutenção da saúde.
dos diferentes nutrientes na manutenção da saúde.
 +
17. Compreender o caráter sistêmico do corpo humano, descrevendo
17. Compreender o caráter sistêmico do corpo humano, descrevendo
relações entre os sistemas, ósseo-muscular, endócrino,
relações entre os sistemas, ósseo-muscular, endócrino,
Linha 1 598: Linha 1 867:
relacionam sexualidade e saúde reprodutiva e como as drogas
relacionam sexualidade e saúde reprodutiva e como as drogas
interferem no organismo.
interferem no organismo.
 +
18. Construir uma representação da Terra, com suas dimensões,
18. Construir uma representação da Terra, com suas dimensões,
estrutura interna e modelos de placas tectônicas, associando
estrutura interna e modelos de placas tectônicas, associando
essa compreensão com fenômenos naturais como vulcões,
essa compreensão com fenômenos naturais como vulcões,
terremotos ou tsunamis.
terremotos ou tsunamis.
 +
19. Situar a Terra no universo, associando os movimentos da
19. Situar a Terra no universo, associando os movimentos da
Terra aos aparentes da Lua, do Sol e das estrelas, às medidas de
Terra aos aparentes da Lua, do Sol e das estrelas, às medidas de
Linha 1 607: Linha 1 878:
compreensão do Sistema Solar, com as dimensões, distâncias e
compreensão do Sistema Solar, com as dimensões, distâncias e
características dos planetas.
características dos planetas.
 +
20. Reconhecer o aspecto cultural relacionado às constelações,
20. Reconhecer o aspecto cultural relacionado às constelações,
bem como o movimento das estrelas no céu e sua relação
bem como o movimento das estrelas no céu e sua relação
Linha 1 612: Linha 1 884:
estabelecer o conceito de galáxia, compreendendo o movimento
estabelecer o conceito de galáxia, compreendendo o movimento
do Sol na Via Láctea.
do Sol na Via Láctea.
-
1.7.3 Bibliografia para Ciências
+
 
-
1. AMBROGI, A.; LISBOA, J. C. F. Química para o magistério.
+
====1.7.3 Bibliografia para Ciências====
-
São Paulo: Harbra, 1995.
+
 
-
2. ATKINS, P.; LORETTA, J. Princípios de Química: questionando
+
1. AMBROGI, A.; LISBOA, J. C. F. Química para o magistério.São Paulo: Harbra, 1995.
-
a vida moderna e o meio ambiente. 2. ed. Porto Alegre:
+
 
-
Bookman, 2006.
+
2. ATKINS, P.; LORETTA, J. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
-
3. BOUER, J. Sexo & Cia: as dúvidas mais comuns (e as
+
 
-
mais estranhas) que rolam na adolescência. 2. ed. São Paulo:
+
3. BOUER, J. Sexo & Cia: as dúvidas mais comuns (e as mais estranhas) que rolam na adolescência. 2. ed. São Paulo: Publifolha, 2002.
-
Publifolha, 2002.
+
 
-
4. CACHAPUZ, A; CARVALHO, A. M. P.; GIZ-PÉREZ, D. A
+
4. CACHAPUZ, A; CARVALHO, A. M. P.; GIZ-PÉREZ, D. A necessária renovação do Ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 2005.
-
necessária renovação do Ensino de Ciências. São Paulo: Cortez,
+
 
-
2005.
+
5. CARVALHO, A. M. P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de Ciências. São Paulo: Cortez, 2003. (Questões da Nossa Época, 26).
-
5. CARVALHO, A. M. P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores
+
 
-
de Ciências. São Paulo: Cortez, 2003. (Questões da Nossa
+
6. CARVALHO, Isabel C. M., Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2006. cap.1, 3 e 5.
-
Época, 26).
+
 
-
6. CARVALHO, Isabel C. M., Educação Ambiental: a formação
+
7. CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. Livreto informativo sobre drogas psicotrópicas. Disponível em: [http://200.144.91.102/cebridweb/default.aspx] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
do sujeito ecológico. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2006. cap.
+
 
-
1, 3 e 5.
+
8. DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
-
7. CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas
+
 
-
Psicotrópicas. Livreto informativo sobre drogas psicotrópicas.
+
9. FRIAÇA, A. C. S. et al. (Orgs.) Astronomia: uma visão geral do universo. São Paulo: EDUSP, 2000.
-
Disponível em: <http://200.144.91.102/cebridweb/default.
+
 
-
aspx> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
10. GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA. Física. 5 ed. São Paulo: EDUSP, 2001/2005. v. 1, 2 e 3.
-
8. DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A; PERNAMBUCO, M. M.
+
 
-
Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez,
+
11. KORMONDY, E. J.; BROWN, D. E. Ecologia humana. São Paulo: Atheneu, 2002. cap. 1, 4, 5, 9 e 10.
-
2002.
+
 
-
9. FRIAÇA, A. C. S. et al. (Orgs.) Astronomia: uma visão geral
+
12. OKUNO, E. Radiações: efeitos, riscos e benefícios. São Paulo: Harbra, 1998.
-
do universo. São Paulo: EDUSP, 2000.
+
 
-
10. GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA.
+
13. SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. v. 1, 2 e 3.
-
Física. 5 ed. São Paulo: EDUSP, 2001/2005. v. 1, 2 e 3.
+
 
-
11. KORMONDY, E. J.; BROWN, D. E. Ecologia humana. São
+
14. TEIXEIRA, W. et al. (Org.). Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.
-
Paulo: Atheneu, 2002. cap. 1, 4, 5, 9 e 10.
+
 
-
12. OKUNO, E. Radiações: efeitos, riscos e benefícios. São
+
-
Paulo: Harbra, 1998.
+
-
13. SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. 9. ed. Porto
+
-
Alegre: Artmed, 2009. v. 1, 2 e 3.
+
-
14. TEIXEIRA, W. et al. (Org.). Decifrando a Terra. 2. ed. São
+
-
Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.
+
15. UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO
15. UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO
-
DO RIO GRANDE DO SUL. Grupo Interdepartamental de Pesquisa
+
DO RIO GRANDE DO SUL. Grupo Interdepartamental de Pesquisa sobre Educação em Ciências. Geração e gerenciamento dos resíduos sólidos provenientes das atividades humanas. 2. ed. rev. Ijuí: Unijuí, 2003. (Situação de estudo: ciências no ensino fundamental, 1). Disponível em: [http://www.projetos.unijui.edu.br/gipec/gipec-main.html] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
sobre Educação em Ciências. Geração e gerenciamento dos
+
 
-
resíduos sólidos provenientes das atividades humanas. 2. ed.
+
====1.7.4 Documentos para Ciências====
-
rev. Ijuí: Unijuí, 2003. (Situação de estudo: ciências no ensino
+
 
-
fundamental, 1). Disponível em: <http://www.projetos.unijui.
+
1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Ciências para o Ensino Fundamental Ciclo II. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-CIEN-COMP-red-md-20-03.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
edu.br/gipec/gipec-main.html> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
1.7.4 Documentos para Ciências
+
===1.8 Perfil desejado para o professor de Física===
-
1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta
+
 
-
Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Ciências
+
-
para o Ensino Fundamental Ciclo II. São Paulo: SE, 2008. Disponível
+
-
em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/
+
-
arquivos/Prop-CIEN-COMP-red-md-20-03.pdf> Acesso em: 26
+
-
jan. 2010.
+
-
1.8 Perfil desejado para o professor de Física
+
O professor de Física para a Educação Básica deve antes de
O professor de Física para a Educação Básica deve antes de
tudo revelar domínio de conhecimentos específicos de Física, ou
tudo revelar domínio de conhecimentos específicos de Física, ou
Linha 1 676: Linha 1 936:
na prática de sala de aula, ou seja, ser capaz de fazer uso efetivo
na prática de sala de aula, ou seja, ser capaz de fazer uso efetivo
dessa cultura pedagógica.
dessa cultura pedagógica.
 +
Esta competência científica e técnica deve se expressar,
Esta competência científica e técnica deve se expressar,
sobretudo, pelas seguintes características desejáveis nos professores
sobretudo, pelas seguintes características desejáveis nos professores
da disciplina:
da disciplina:
-
1.8.1 o professor de Física deve apresentar o seguinte perfil:
+
 
 +
====1.8.1 o professor de Física deve apresentar o seguinte perfil:====
 +
 
1. Reconhecer a presença das ciências, e entre elas especialmente
1. Reconhecer a presença das ciências, e entre elas especialmente
da Física, na cultura e na vida em sociedade, na investigação
da Física, na cultura e na vida em sociedade, na investigação
Linha 1 687: Linha 1 950:
esta presença para aproximar o conhecimento científico do
esta presença para aproximar o conhecimento científico do
interesse de crianças e jovens.
interesse de crianças e jovens.
 +
2. Identificar as ciências como dimensão da cultura humana,
2. Identificar as ciências como dimensão da cultura humana,
de caráter histórico, portanto, com produção de conhecimento
de caráter histórico, portanto, com produção de conhecimento
Linha 1 694: Linha 1 958:
da dúvida, assim compreendendo a Física como composta de
da dúvida, assim compreendendo a Física como composta de
saberes em contínuo aperfeiçoamento e transformação.
saberes em contínuo aperfeiçoamento e transformação.
 +
3. Promover e valorizar a alfabetização científico-tecnológica,
3. Promover e valorizar a alfabetização científico-tecnológica,
ou seja, a capacidade de expressar e se comunicar com as
ou seja, a capacidade de expressar e se comunicar com as
Linha 1 700: Linha 1 965:
grandezas e processos físicos para fazerem parte do acervo
grandezas e processos físicos para fazerem parte do acervo
vocabular e conceitual dos estudantes.
vocabular e conceitual dos estudantes.
 +
4. Ser capaz de construir relações significativas entre a
4. Ser capaz de construir relações significativas entre a
Física e os diferentes campos de conhecimento das ciências
Física e os diferentes campos de conhecimento das ciências
Linha 1 705: Linha 1 971:
em contextos de caráter cultural, social, histórico e, em geral,
em contextos de caráter cultural, social, histórico e, em geral,
interdisciplinar.
interdisciplinar.
 +
5. Compreender que o ensino da Física além de contribuir
5. Compreender que o ensino da Física além de contribuir
para o desenvolvimento da cultura científica, deve ao mesmo
para o desenvolvimento da cultura científica, deve ao mesmo
tempo promover competências gerais, habilidades técnicas e
tempo promover competências gerais, habilidades técnicas e
valores humanos.
valores humanos.
 +
6. Conduzir a aprendizagem da Física de forma a promover
6. Conduzir a aprendizagem da Física de forma a promover
a capacidade de trabalho coletivo dos alunos, planejando e
a capacidade de trabalho coletivo dos alunos, planejando e
Linha 1 714: Linha 1 982:
demandando consulta e cooperação entre eles, em questões de
demandando consulta e cooperação entre eles, em questões de
caráter prático, crítico e propositivo.
caráter prático, crítico e propositivo.
 +
7. Tratar temáticas que, envolvendo a Física de forma significativa,
7. Tratar temáticas que, envolvendo a Física de forma significativa,
dialoguem com o contexto da escola e com a realidade
dialoguem com o contexto da escola e com a realidade
Linha 1 719: Linha 1 988:
construção conceitual com vistas a uma cultura científica de
construção conceitual com vistas a uma cultura científica de
sentido universal.
sentido universal.
 +
8. Respeitar as etapas de desenvolvimento cognitivo dos
8. Respeitar as etapas de desenvolvimento cognitivo dos
alunos, utilizando linguagens e níveis de complexidade dos
alunos, utilizando linguagens e níveis de complexidade dos
conteúdos disciplinares da Física de forma compatível com a
conteúdos disciplinares da Física de forma compatível com a
maturidade esperada dos estudantes da educação básica.
maturidade esperada dos estudantes da educação básica.
 +
9. Realizar e sugerir observações e medidas físicas práticas
9. Realizar e sugerir observações e medidas físicas práticas
que não se limitem a experiências demonstrativas ou laboratoriais,
que não se limitem a experiências demonstrativas ou laboratoriais,
Linha 1 730: Linha 2 001:
como de fenômenos naturais e de procedimentos do sistema
como de fenômenos naturais e de procedimentos do sistema
produtivo e de serviços.
produtivo e de serviços.
 +
10. Ser capaz de motivar e fomentar os interesses dos
10. Ser capaz de motivar e fomentar os interesses dos
alunos, estimulando a investigação e a capacidade de pesquisar
alunos, estimulando a investigação e a capacidade de pesquisar
Linha 1 735: Linha 2 007:
responsabilidades da função que exerce, o que também inclui
responsabilidades da função que exerce, o que também inclui
uma contínua atenção à sua própria formação.
uma contínua atenção à sua própria formação.
-
1.8.2 Competências específicas do professor de Física
+
 
 +
====1.8.2 Competências específicas do professor de Física====
 +
 
Complementando as características gerais esperadas,
Complementando as características gerais esperadas,
demandam-se competências específicas dos professores de
demandam-se competências específicas dos professores de
Física do Ensino Médio, como ter condições para:
Física do Ensino Médio, como ter condições para:
 +
1. Dar continuidade ao aprendizado científico desenvolvido
1. Dar continuidade ao aprendizado científico desenvolvido
no Ensino Fundamental, que partiu da realidade próxima do
no Ensino Fundamental, que partiu da realidade próxima do
Linha 1 746: Linha 2 021:
da problemática a ser tratada e seu contexto, quanto da compreensão
da problemática a ser tratada e seu contexto, quanto da compreensão
das práticas científicas na física.
das práticas científicas na física.
 +
2. Desenvolver essa nova compreensão, contando com crescente
2. Desenvolver essa nova compreensão, contando com crescente
protagonismo dos alunos já intelectualmente mais maduros,
protagonismo dos alunos já intelectualmente mais maduros,
Linha 1 751: Linha 2 027:
e Conservações; Universo, Terra e Vida; Calor, Ambiente e
e Conservações; Universo, Terra e Vida; Calor, Ambiente e
Usos de Energia; Equipamentos Elétricos; Matéria e Radiação.
Usos de Energia; Equipamentos Elétricos; Matéria e Radiação.
 +
3. Ao organizar o ensino sob tais temas de estudo, compreender
3. Ao organizar o ensino sob tais temas de estudo, compreender
que correspondem a um rearranjo, com mais contexto e
que correspondem a um rearranjo, com mais contexto e
Linha 1 757: Linha 2 034:
física moderna, combinados de outra forma e acrescentados
física moderna, combinados de outra forma e acrescentados
de elementos de cosmologia e de tecnologias contemporâneas.
de elementos de cosmologia e de tecnologias contemporâneas.
-
1.8.3 Habilidades do professor de Física
+
 
 +
====1.8.3 Habilidades do professor de Física====
 +
 
Espera-se especialmente que os professores de Física do
Espera-se especialmente que os professores de Física do
Ensino Médio estejam preparados para desenvolver esses temas
Ensino Médio estejam preparados para desenvolver esses temas
Linha 1 765: Linha 2 044:
situações-problema em contextos reais de caráter vivencial,
situações-problema em contextos reais de caráter vivencial,
prático, tecnológico ou histórico, o que envolve a capacidade de:
prático, tecnológico ou histórico, o que envolve a capacidade de:
 +
1. Identificar, caracterizar e estimar grandezas do movimento:
1. Identificar, caracterizar e estimar grandezas do movimento:
observar movimentos do cotidiano em termos de variáveis
observar movimentos do cotidiano em termos de variáveis
Linha 1 771: Linha 2 051:
e outras características; realizar medida de tempo, percurso,
e outras características; realizar medida de tempo, percurso,
velocidade média e demais grandezas mecânicas.
velocidade média e demais grandezas mecânicas.
 +
2. Compreender e calcular a quantidade de movimento
2. Compreender e calcular a quantidade de movimento
linear, sua variação e conservação: a modificação nos movimentos
linear, sua variação e conservação: a modificação nos movimentos
Linha 1 780: Linha 2 061:
de partes de um sistema mecânico e relacionadas com as leis
de partes de um sistema mecânico e relacionadas com as leis
de conservação.
de conservação.
 +
3. Conceituar e fazer uso prático de trabalho e energia
3. Conceituar e fazer uso prático de trabalho e energia
mecânica: trabalho de uma força como medida da variação do
mecânica: trabalho de uma força como medida da variação do
Linha 1 785: Linha 2 067:
reais e práticas, como em um bate-estacas; estimativa de
reais e práticas, como em um bate-estacas; estimativa de
riscos em situações de alta velocidade.
riscos em situações de alta velocidade.
 +
4. Conceituar e quantificar equilíbrio estático e dinâmico:
4. Conceituar e quantificar equilíbrio estático e dinâmico:
condições para o equilíbrio de objetos e veículos no solo, na
condições para o equilíbrio de objetos e veículos no solo, na
Linha 1 790: Linha 2 073:
e máquinas; conservação do trabalho mecânico; evolução
e máquinas; conservação do trabalho mecânico; evolução
do trabalho mecânico nos transportes e máquinas.
do trabalho mecânico nos transportes e máquinas.
 +
5. Conhecer e dimensionar os constituintes do universo:
5. Conhecer e dimensionar os constituintes do universo:
massas, tamanhos, distâncias, velocidades, grupamentos e
massas, tamanhos, distâncias, velocidades, grupamentos e
outras características de planetas, sistema solar, estrelas, galáxias
outras características de planetas, sistema solar, estrelas, galáxias
e demais corpos astronômicos.
e demais corpos astronômicos.
 +
6. Comparar modelos explicativos do Sistema Solar (da
6. Comparar modelos explicativos do Sistema Solar (da
visão geocêntrica à heliocêntrica) e da origem e constituição do
visão geocêntrica à heliocêntrica) e da origem e constituição do
Universo (em diferentes culturas).
Universo (em diferentes culturas).
 +
7. Compreender o campo gravitacional em sua relação com
7. Compreender o campo gravitacional em sua relação com
massas e distâncias envolvidas, nos movimentos junto à superfície
massas e distâncias envolvidas, nos movimentos junto à superfície
Linha 1 802: Linha 2 088:
do trabalho mecânico e das quantidades de movimento lineares
do trabalho mecânico e das quantidades de movimento lineares
e angulares em interações astronômicas.
e angulares em interações astronômicas.
 +
8. Discutir teorias e hipóteses históricas e atuais sobre
8. Discutir teorias e hipóteses históricas e atuais sobre
origem, constituição e evolução do universo: etapas de evolução
origem, constituição e evolução do universo: etapas de evolução
Linha 1 810: Linha 2 097:
de Universo – matéria, radiações e interações fundamentais; o
de Universo – matéria, radiações e interações fundamentais; o
modelo cosmológico atual – espaço curvo, inflação e Big Bang.
modelo cosmológico atual – espaço curvo, inflação e Big Bang.
 +
9. Conceituar calor como energia: histórico da unificação
9. Conceituar calor como energia: histórico da unificação
calor-trabalho mecânico e da formulação do princípio de conservação
calor-trabalho mecânico e da formulação do princípio de conservação
Linha 1 815: Linha 2 103:
como mudanças de estado e em máquinas mecânicas e térmicas
como mudanças de estado e em máquinas mecânicas e térmicas
ou em ciclos naturais. Fazer uso de propriedades térmicas.
ou em ciclos naturais. Fazer uso de propriedades térmicas.
 +
10. Caracterizar a operação de máquinas térmicas sem
10. Caracterizar a operação de máquinas térmicas sem
ciclos fechados: potência e rendimento em máquinas térmicas
ciclos fechados: potência e rendimento em máquinas térmicas
Linha 1 820: Linha 2 109:
do surgimento das máquinas térmicas na primeira revolução
do surgimento das máquinas térmicas na primeira revolução
industrial.
industrial.
 +
11. Associar entropia e degradação da energia: fontes de
11. Associar entropia e degradação da energia: fontes de
energia na Terra; transformações e degradação; o ciclo de energia
energia na Terra; transformações e degradação; o ciclo de energia
Linha 1 825: Linha 2 115:
realizar um balanço energético nas transformações envolvidas
realizar um balanço energético nas transformações envolvidas
no uso e na geração de energia.
no uso e na geração de energia.
 +
12. Caracterizar o som e suas fontes: ruídos e sons harmônicos;
12. Caracterizar o som e suas fontes: ruídos e sons harmônicos;
timbres e fontes de produção; amplitude, frequência,
timbres e fontes de produção; amplitude, frequência,
Linha 1 830: Linha 2 121:
questões de som no cotidiano contemporâneo - audição
questões de som no cotidiano contemporâneo - audição
humana, poluição sonora, limites e conforto acústicos.
humana, poluição sonora, limites e conforto acústicos.
 +
13. Caracterizar a luz e suas fontes: formação de imagens,
13. Caracterizar a luz e suas fontes: formação de imagens,
propagação, reflexão e refração da luz; sistemas de ampliação
propagação, reflexão e refração da luz; sistemas de ampliação
Linha 1 837: Linha 2 129:
sistema humano de percepção e nos aparelhos e equipamentos,
sistema humano de percepção e nos aparelhos e equipamentos,
adequação e conforto na iluminação de ambientes.
adequação e conforto na iluminação de ambientes.
 +
14. Interpretar o caráter eletromagnético de diferentes
14. Interpretar o caráter eletromagnético de diferentes
radiações e da luz e compreender suas características: emissão
radiações e da luz e compreender suas características: emissão
Linha 1 845: Linha 2 138:
como rádio e TV, celulares e fibras óticas; evolução da transmissão
como rádio e TV, celulares e fibras óticas; evolução da transmissão
de informações e seus impactos sociais.
de informações e seus impactos sociais.
 +
15. Utilizar, conceituar e dimensionar circuitos elétricos:
15. Utilizar, conceituar e dimensionar circuitos elétricos:
aparelhos e dispositivos domésticos e suas especificações
aparelhos e dispositivos domésticos e suas especificações
Linha 1 852: Linha 2 146:
de economia; perigos da eletricidade e medidas de prevenção
de economia; perigos da eletricidade e medidas de prevenção
e segurança.
e segurança.
 +
16. Dominar e utilizar conceitos envolvendo correntes,
16. Dominar e utilizar conceitos envolvendo correntes,
forças e campos eletromagnéticos: propriedades elétricas e magnéticas
forças e campos eletromagnéticos: propriedades elétricas e magnéticas
Linha 1 860: Linha 2 155:
Oersted e da indução de Faraday; a evolução das leis do eletromagnetismo
Oersted e da indução de Faraday; a evolução das leis do eletromagnetismo
como unificação de fenômenos antes separados.
como unificação de fenômenos antes separados.
 +
17. Compreender e dimensionar motores e geradores em
17. Compreender e dimensionar motores e geradores em
seu uso prático: constituição de motores e de geradores, a
seu uso prático: constituição de motores e de geradores, a
Linha 1 869: Linha 2 165:
da produção e do uso da energia elétrica e sua relação com o
da produção e do uso da energia elétrica e sua relação com o
desenvolvimento econômico e social.
desenvolvimento econômico e social.
 +
18. Conhecer a constituição da matéria: modelos de átomos
18. Conhecer a constituição da matéria: modelos de átomos
e moléculas para explicar características macroscópicas mensuráveis;
e moléculas para explicar características macroscópicas mensuráveis;
Linha 1 878: Linha 2 175:
seu uso tecnológico, da iluminação incandescente e fluorescente
seu uso tecnológico, da iluminação incandescente e fluorescente
aos raios X e ao laser.
aos raios X e ao laser.
 +
19. Relacionar o núcleo atômico e sua constituição com sua
19. Relacionar o núcleo atômico e sua constituição com sua
radiatividade: núcleos estáveis e instáveis, radiatividade natural
radiatividade: núcleos estáveis e instáveis, radiatividade natural
Linha 1 886: Linha 2 184:
das partículas sua detecção e identificação; a natureza e a intensidade
das partículas sua detecção e identificação; a natureza e a intensidade
das forças entre partículas.
das forças entre partículas.
 +
20. Demonstrar domínio conceitual e prático de eletrônica e
20. Demonstrar domínio conceitual e prático de eletrônica e
informática: propriedades e papéis dos semicondutores nos dispositivos
informática: propriedades e papéis dos semicondutores nos dispositivos
Linha 1 892: Linha 2 191:
CDs, DVDs, leitoras e processadores; impacto social e
CDs, DVDs, leitoras e processadores; impacto social e
econômico contemporâneo da automação e da informatização.
econômico contemporâneo da automação e da informatização.
-
1.8.4 Bibliografia para Física
+
 
 +
====1.8.4 Bibliografia para Física====
 +
 
1. AMALDI, Ugo. Imagens da física: as idéias e as experiências
1. AMALDI, Ugo. Imagens da física: as idéias e as experiências
do pêndulo aos quarks. São Paulo: Scipione, 2007.
do pêndulo aos quarks. São Paulo: Scipione, 2007.
 +
2. AZEVEDO, Maria Cristina P. S. de. Ensino por investigação:
2. AZEVEDO, Maria Cristina P. S. de. Ensino por investigação:
problematizando as atividades em sala de aula. In: CARVALHO,
problematizando as atividades em sala de aula. In: CARVALHO,
Anna Maria Pessoa de. (Org.). Ensino de ciências: unindo a pesquisa
Anna Maria Pessoa de. (Org.). Ensino de ciências: unindo a pesquisa
e a prática. São Paulo: Thomson, 2005. p. 19-33.
e a prática. São Paulo: Thomson, 2005. p. 19-33.
 +
3. BEN-DOV, Yoav. Convite à Física. Rio de Janeiro: Jorge
3. BEN-DOV, Yoav. Convite à Física. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 1996.
Zahar, 1996.
 +
4. BERMANN, Célio. Energia no Brasil: para quê? para
4. BERMANN, Célio. Energia no Brasil: para quê? para
quem? Crise e alternativas para um país sustentável. 2. ed. São
quem? Crise e alternativas para um país sustentável. 2. ed. São
Paulo: Livraria da Física, 2003.
Paulo: Livraria da Física, 2003.
 +
5. CACHAPUZ, Antonio et al. A necessária renovação do
5. CACHAPUZ, Antonio et al. A necessária renovação do
ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 2005.
ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 2005.
 +
6. CHAVES, Alaor S.; VALADARES, Eduardo C.; ALVES, Esdras
6. CHAVES, Alaor S.; VALADARES, Eduardo C.; ALVES, Esdras
G. Aplicações da Física Quântica: do transistor à nanotecnologia.
G. Aplicações da Física Quântica: do transistor à nanotecnologia.
São Paulo: Livraria da Física. 2005. (Temas Atuais de Física/SBF).
São Paulo: Livraria da Física. 2005. (Temas Atuais de Física/SBF).
 +
7. DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO,
7. DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO,
Marta Maria. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos.
Marta Maria. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos.
São Paulo: Cortez, 2003.
São Paulo: Cortez, 2003.
 +
8. EINSTEIN, Albert; INFELD, Leopold. A evolução da Física.
8. EINSTEIN, Albert; INFELD, Leopold. A evolução da Física.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2008.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2008.
 +
9. FEYNMAN, Richard. Física em 12 lições. 2. ed. Rio de
9. FEYNMAN, Richard. Física em 12 lições. 2. ed. Rio de
Janeiro: Ediouro, 2009.
Janeiro: Ediouro, 2009.
 +
10. FRIAÇA, Amâncio (Org.). Astronomia: uma visão geral
10. FRIAÇA, Amâncio (Org.). Astronomia: uma visão geral
do universo. São Paulo: EDUSP, 2002.
do universo. São Paulo: EDUSP, 2002.
 +
11. GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA.
11. GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA.
Física. São Paulo: EDUSP, 2001/2005. v. 1, 2 e 3.
Física. São Paulo: EDUSP, 2001/2005. v. 1, 2 e 3.
 +
12. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 9. ed. São Paulo:
12. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 9. ed. São Paulo:
Bookman, 2002.
Bookman, 2002.
 +
13. OKUNO, E. Radiação: efeitos, riscos e benefícios. São
13. OKUNO, E. Radiação: efeitos, riscos e benefícios. São
Paulo: Harbra, 1998.
Paulo: Harbra, 1998.
 +
14. RESNICK, Robert; HALLIDAY, David; WALKER, Jearl.
14. RESNICK, Robert; HALLIDAY, David; WALKER, Jearl.
Fundamentos de física. 8. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Fundamentos de física. 8. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 2009. v. 1, 2, 3 e 4.
Científicos, 2009. v. 1, 2, 3 e 4.
 +
15. ROCHA, José Fernando. Origens e evolução das idéias da
15. ROCHA, José Fernando. Origens e evolução das idéias da
Física. Salvador: EDUFBA, 2002.
Física. Salvador: EDUFBA, 2002.
-
1.8.5 Documentos para Física
+
 
-
1. BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
+
====1.8.5 Documentos para Física====
-
PCN+ Ensino Médio: orientações educacionais complementares
+
 
-
aos Parâmetros Curriculares Nacionais; Ciências da Natureza,
+
1. BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais; Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdfAcesso em: 26 jan. 2010.
-
Matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
+
 
-
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.
+
2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Física para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-FIS-COMP-red-md-20-03.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
pdf > Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta
+
===1.9 Perfil desejado para o professor de Química===
-
Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Física para
+
 
-
o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: <http://
+
-
www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-
+
-
FIS-COMP-red-md-20-03.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
1.9 Perfil desejado para o professor de Química
+
Os professores de Química do Ensino Médio devem ter
Os professores de Química do Ensino Médio devem ter
domínio dos conteúdos a serem ensinados, bem como dos
domínio dos conteúdos a serem ensinados, bem como dos
Linha 1 953: Linha 2 264:
se veja como um participante ativo, crítico e capaz de intervir
se veja como um participante ativo, crítico e capaz de intervir
na realidade.
na realidade.
 +
Além das características gerais esperadas de todos os professores
Além das características gerais esperadas de todos os professores
de Ciências da Natureza, demandam-se competências
de Ciências da Natureza, demandam-se competências
mais específicas dos professores de Química, apresentadas a
mais específicas dos professores de Química, apresentadas a
seguir.
seguir.
-
1.9.1 o professor de Química deve apresentar o seguinte
+
 
-
perfil:
+
====1.9.1 o professor de Química deve apresentar o seguinte perfil:====
 +
 
1. Reconhecer a Química como parte da cultura humana,
1. Reconhecer a Química como parte da cultura humana,
portanto de caráter histórico, que influencia outras áreas do
portanto de caráter histórico, que influencia outras áreas do
saber, e é influenciada por elas.
saber, e é influenciada por elas.
 +
2. Compreender o conhecimento químico como sendo
2. Compreender o conhecimento químico como sendo
estruturado sobre o tripé: transformações químicas, materiais
estruturado sobre o tripé: transformações químicas, materiais
e suas propriedades e modelos explicativos, entremeados pela
e suas propriedades e modelos explicativos, entremeados pela
linguagem científica simbólica própria da Química.
linguagem científica simbólica própria da Química.
 +
3. Conhecer os conteúdos fundamentais da Química com
3. Conhecer os conteúdos fundamentais da Química com
uma profundidade que permita identificar as ideias principais
uma profundidade que permita identificar as ideias principais
Linha 1 971: Linha 2 286:
entre eles e abordando-os sob diferentes perspectivas,
entre eles e abordando-os sob diferentes perspectivas,
tendo em vista a formação do aluno como cidadão.
tendo em vista a formação do aluno como cidadão.
 +
4. Avaliar as relações entre os conhecimentos científicos
4. Avaliar as relações entre os conhecimentos científicos
e tecnológicos e os aspectos sociais, econômicos, políticos
e tecnológicos e os aspectos sociais, econômicos, políticos
Linha 1 978: Linha 2 294:
torno de temáticas que permitam compreender o mundo em
torno de temáticas que permitam compreender o mundo em
sua complexidade.
sua complexidade.
 +
5. Organizar o estudo da Química a partir de fatos perceptíveis,
5. Organizar o estudo da Química a partir de fatos perceptíveis,
mensuráveis e próximos à vivência do estudante,
mensuráveis e próximos à vivência do estudante,
Linha 1 984: Linha 2 301:
respeitar o nível de desenvolvimento cognitivo do estudante e
respeitar o nível de desenvolvimento cognitivo do estudante e
criar condições para seu desenvolvimento.
criar condições para seu desenvolvimento.
 +
6. Compreender a ciência como construção humana, social
6. Compreender a ciência como construção humana, social
e historicamente situada, estando, portanto, sujeita a debates,
e historicamente situada, estando, portanto, sujeita a debates,
Linha 1 990: Linha 2 308:
contraposição à ideia de ciência como verdades absolutas e
contraposição à ideia de ciência como verdades absolutas e
imutáveis.
imutáveis.
 +
7. Propor e realizar atividades experimentais de caráter
7. Propor e realizar atividades experimentais de caráter
investigativo com objetivo de conhecer fatos químicos e construir
investigativo com objetivo de conhecer fatos químicos e construir
Linha 1 999: Linha 2 318:
estando ciente das possibilidades e limitações da experimentação
estando ciente das possibilidades e limitações da experimentação
no desenvolvimento e na aprendizagem da ciência.
no desenvolvimento e na aprendizagem da ciência.
 +
8. Valorizar, ao propor temas para o ensino, o tratamento
8. Valorizar, ao propor temas para o ensino, o tratamento
de questões ambientais, de maneira articulada com outras áreas
de questões ambientais, de maneira articulada com outras áreas
do conhecimento, tendo em vista o desenvolvimento de atitudes
do conhecimento, tendo em vista o desenvolvimento de atitudes
pró-ambientais, tanto em âmbito individual quanto coletivo.
pró-ambientais, tanto em âmbito individual quanto coletivo.
 +
9. Evidenciar, nas situações concretas da vida dos alunos,
9. Evidenciar, nas situações concretas da vida dos alunos,
situações em que o conhecimento químico tratado em sala de
situações em que o conhecimento químico tratado em sala de
Linha 2 008: Linha 2 329:
corroborando ou aprofundando as concepções prévias dos
corroborando ou aprofundando as concepções prévias dos
estudantes.
estudantes.
 +
10. Reconhecer o papel ativo do aluno na construção de
10. Reconhecer o papel ativo do aluno na construção de
seu próprio conhecimento, sabendo propor atividades que
seu próprio conhecimento, sabendo propor atividades que
Linha 2 014: Linha 2 336:
consistentes, de comunicar ideias e de buscar informações em
consistentes, de comunicar ideias e de buscar informações em
diferentes fontes.
diferentes fontes.
-
1.9.2 Habilidades do professor de Química
+
 
 +
====1.9.2 Habilidades do professor de Química====
 +
 
Espera-se que os professores de Química do Ensino Médio,
Espera-se que os professores de Química do Ensino Médio,
ao desenvolver os temas de ensino, considerem que estão preparando
ao desenvolver os temas de ensino, considerem que estão preparando
Linha 2 025: Linha 2 349:
de Química devem estar aptos para realizar e tornar seus alunos
de Química devem estar aptos para realizar e tornar seus alunos
capazes de:
capazes de:
 +
1. Identificar as transformações químicas que ocorrem no
1. Identificar as transformações químicas que ocorrem no
dia-a-dia e no sistema produtivo, analisando as evidências de
dia-a-dia e no sistema produtivo, analisando as evidências de
Linha 2 032: Linha 2 357:
utilizando símbolos, fórmulas moleculares e estruturais e
utilizando símbolos, fórmulas moleculares e estruturais e
equações químicas.
equações químicas.
 +
2. Aplicar conhecimentos sobre propriedades específicas
2. Aplicar conhecimentos sobre propriedades específicas
das substâncias para: identificar reagentes e produtos em uma
das substâncias para: identificar reagentes e produtos em uma
Linha 2 040: Linha 2 366:
e mudanças de estado físico, e relacionar tais propriedades
e mudanças de estado físico, e relacionar tais propriedades
aos usos que a sociedade faz de diferentes materiais.
aos usos que a sociedade faz de diferentes materiais.
 +
3. Analisar reações de combustão e outras transformações
3. Analisar reações de combustão e outras transformações
químicas de modo a: compreender aspectos qualitativos de uma
químicas de modo a: compreender aspectos qualitativos de uma
Linha 2 048: Linha 2 375:
poder calorífico de combustíveis; avaliar impactos ambientais
poder calorífico de combustíveis; avaliar impactos ambientais
relativos à obtenção e aos usos de combustíveis e metais.
relativos à obtenção e aos usos de combustíveis e metais.
 +
4. Descrever e historiar as ideias sobre a constituição da
4. Descrever e historiar as ideias sobre a constituição da
matéria propostas por John Dalton utilizando-as para: explicar
matéria propostas por John Dalton utilizando-as para: explicar
as transformações químicas como rearranjos de átomos; interpretar
as transformações químicas como rearranjos de átomos; interpretar
as leis de Lavoisier e Proust.
as leis de Lavoisier e Proust.
 +
5. Compreender os modelos sobre a constituição da matéria
5. Compreender os modelos sobre a constituição da matéria
propostos por Thomson, Rutherford e Bohr utilizando-os para
propostos por Thomson, Rutherford e Bohr utilizando-os para
Linha 2 059: Linha 2 388:
número de massa e algumas das propriedades específicas das
número de massa e algumas das propriedades específicas das
substâncias.
substâncias.
 +
6. A partir da interpretação da constituição dos materiais ao
6. A partir da interpretação da constituição dos materiais ao
nível microscópico, fazer previsões sobre: a polaridade de ligações
nível microscópico, fazer previsões sobre: a polaridade de ligações
Linha 2 066: Linha 2 396:
elétrica, temperaturas de fusão e de ebulição, e o estado
elétrica, temperaturas de fusão e de ebulição, e o estado
físico, em determinadas condições de temperatura e pressão.
físico, em determinadas condições de temperatura e pressão.
 +
7. Considerando as modificações ocorridas ao longo do
7. Considerando as modificações ocorridas ao longo do
tempo, compreender a estrutura da Tabela Periódica e os critérios
tempo, compreender a estrutura da Tabela Periódica e os critérios
Linha 2 073: Linha 2 404:
átomos tendem a estabelecer e as propriedades das substâncias
átomos tendem a estabelecer e as propriedades das substâncias
formadas.
formadas.
 +
8. Compreender as ligações químicas em termos de forças
8. Compreender as ligações químicas em termos de forças
elétricas de atração e repulsão e as transformações químicas
elétricas de atração e repulsão e as transformações químicas
Linha 2 080: Linha 2 412:
energia de ligação, de modo a diferenciar processos endotérmicos
energia de ligação, de modo a diferenciar processos endotérmicos
e exotérmicos.
e exotérmicos.
 +
9. Estabelecer relações quantitativas envolvidas na transformação
9. Estabelecer relações quantitativas envolvidas na transformação
química em termos de quantidade de matéria, massa
química em termos de quantidade de matéria, massa
Linha 2 087: Linha 2 420:
a importância social, econômica e ambiental destas relações
a importância social, econômica e ambiental destas relações
nesses processos.
nesses processos.
 +
10. Identificar as matérias primas, os produtos formados,
10. Identificar as matérias primas, os produtos formados,
os usos considerando suas propriedades específicas, envolvidos
os usos considerando suas propriedades específicas, envolvidos
Linha 2 092: Linha 2 426:
cobre, bem como as implicações econômicas e ambientais na
cobre, bem como as implicações econômicas e ambientais na
produção e no descarte desses metais.
produção e no descarte desses metais.
 +
11. Avaliar a qualidade de diferentes águas considerando
11. Avaliar a qualidade de diferentes águas considerando
o critério brasileiro de potabilidade e a demanda bioquímica
o critério brasileiro de potabilidade e a demanda bioquímica
Linha 2 097: Linha 2 432:
e cálculos com dados expressos em diferentes unidades (g.L-1,
e cálculos com dados expressos em diferentes unidades (g.L-1,
mol. L-1, ppm, % em massa) e temperaturas
mol. L-1, ppm, % em massa) e temperaturas
 +
12. Reconhecer fontes causadoras de poluição da água e
12. Reconhecer fontes causadoras de poluição da água e
identificar os procedimentos envolvidos no tratamento de água
identificar os procedimentos envolvidos no tratamento de água
Linha 2 104: Linha 2 440:
sabendo propor medidas que tenham em vista a preservação
sabendo propor medidas que tenham em vista a preservação
dos recursos hídricos e o uso consciente da água tratada.
dos recursos hídricos e o uso consciente da água tratada.
 +
13. Compreender e aplicar os conceitos de oxidação,
13. Compreender e aplicar os conceitos de oxidação,
redução e reatividade para explicar as transformações químicas
redução e reatividade para explicar as transformações químicas
Linha 2 109: Linha 2 446:
transformações químicas, reconhecendo as implicações sociais e
transformações químicas, reconhecendo as implicações sociais e
ambientais desses processos
ambientais desses processos
 +
14. Reconhecer o ar atmosférico como fonte de materiais
14. Reconhecer o ar atmosférico como fonte de materiais
úteis ao ser humano, identificando os processos industriais
úteis ao ser humano, identificando os processos industriais
Linha 2 117: Linha 2 455:
uso de catalisadores afetam a rapidez e a extensão desta síntese,
uso de catalisadores afetam a rapidez e a extensão desta síntese,
viabilizando-a ou não.
viabilizando-a ou não.
 +
15. Reconhecer e controlar as variáveis que podem modificar
15. Reconhecer e controlar as variáveis que podem modificar
a rapidez das transformações químicas e utilizar o modelo de
a rapidez das transformações químicas e utilizar o modelo de
Linha 2 123: Linha 2 462:
para representar e avaliar as variações de energia envolvidas nas
para representar e avaliar as variações de energia envolvidas nas
diferentes etapas das transformações químicas.
diferentes etapas das transformações químicas.
 +
16. A partir do conhecimento da distribuição da água no
16. A partir do conhecimento da distribuição da água no
planeta e da composição das águas naturais, reconhecer a
planeta e da composição das águas naturais, reconhecer a
Linha 2 129: Linha 2 469:
partir da água do mar, aplicando conhecimentos sobre equilíbrio
partir da água do mar, aplicando conhecimentos sobre equilíbrio
químico e identificando as variáveis que podem perturbá-lo.
químico e identificando as variáveis que podem perturbá-lo.
 +
17. A partir das ideias de Arrhenius e do conceito de equilíbrio
17. A partir das ideias de Arrhenius e do conceito de equilíbrio
químico, interpretar e representar a ionização de ácidos,
químico, interpretar e representar a ionização de ácidos,
Linha 2 136: Linha 2 477:
na avaliação das características da água no ambiente e
na avaliação das características da água no ambiente e
no sistema produtivo.
no sistema produtivo.
 +
18. Reconhecer a biosfera como fonte de materiais úteis ao
18. Reconhecer a biosfera como fonte de materiais úteis ao
ser humano, identificando os principais componentes da matéria
ser humano, identificando os principais componentes da matéria
Linha 2 142: Linha 2 484:
estruturas das substâncias orgânicas para explicar as diferentes
estruturas das substâncias orgânicas para explicar as diferentes
funções orgânicas e o fenômeno da isomeria.
funções orgânicas e o fenômeno da isomeria.
 +
19. Compreender e avaliar os processos de obtenção de
19. Compreender e avaliar os processos de obtenção de
combustíveis a partir da biomassa, de derivados do petróleo,
combustíveis a partir da biomassa, de derivados do petróleo,
de carvão mineral e de gás natural, e as implicações sócioambientais
de carvão mineral e de gás natural, e as implicações sócioambientais
relacionadas aos usos desses materiais.
relacionadas aos usos desses materiais.
 +
20. Avaliar de maneira sistêmica – interrelacionando os
20. Avaliar de maneira sistêmica – interrelacionando os
ciclos biogeoquímicos da água, do nitrogênio, do oxigênio, e
ciclos biogeoquímicos da água, do nitrogênio, do oxigênio, e
Linha 2 157: Linha 2 501:
ações corretivas e preventivas e busca de alternativas para a
ações corretivas e preventivas e busca de alternativas para a
preservação da vida no planeta.
preservação da vida no planeta.
-
1.9.3 Bibliografia para Química
+
 
-
1. BAIRD, Colin. Química ambiental. Tradução de M. A. L
+
====1.9.3 Bibliografia para Química====
-
Recio e L. C. M. Carrera. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
+
 
-
2. CANTO, E. L. Minerais, minérios, metais: de onde vêm?
+
1. BAIRD, Colin. Química ambiental. Tradução de M. A. L Recio e L. C. M. Carrera. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
-
para onde vão? 2. ed. São Paulo: Moderna, 2008.
+
 
-
3. CHALMERS, A. F. O que é ciência afinal? Tradução de R.
+
2. CANTO, E. L. Minerais, minérios, metais: de onde vêm? para onde vão? 2. ed. São Paulo: Moderna, 2008.
-
Fifer. São Paulo: Brasiliense, 2009.
+
 
-
4. CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios
+
3. CHALMERS, A. F. O que é ciência afinal? Tradução de R. Fifer. São Paulo: Brasiliense, 2009.
-
para a educação. 2. ed. Ijuí: Unijuí, 2001.
+
 
-
5. GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações
+
4. CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 2. ed. Ijuí: Unijuí, 2001.
-
e Transformações: química para o Ensino Médio. São Paulo:
+
 
-
EDUSP, 1995/2007. livros I, II. Guia do professor, Livro do aluno.
+
5. GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações e Transformações: química para o Ensino Médio. São Paulo: EDUSP, 1995/2007. livros I, II. Guia do professor, Livro do aluno.
-
6. GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações
+
 
-
e Transformações: química e a sobrevivência, atmosfera,
+
6. GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações e Transformações: química e a sobrevivência, atmosfera, fonte de materiais. São Paulo, EDUSP, 1998.
-
fonte de materiais. São Paulo, EDUSP, 1998.
+
 
-
7. KOTZ, J. C.; TREICHELJ JR, P. M. Química geral e reações
+
7. KOTZ, J. C.; TREICHELJ JR, P. M. Química geral e reações químicas. São Paulo: Thomson, 2005/2009. v. 1 e 2.
-
químicas. São Paulo: Thomson, 2005/2009. v. 1 e 2.
+
 
-
8. MARZZOCO, A.T.; TORRES, B.B. Bioquímica básica. 3. ed.
+
8. MARZZOCO, A.T.; TORRES, B.B. Bioquímica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
-
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
+
 
-
9. PESSOA de CARVALHO, A. M.; GIL-PEREZ, D. (2001). Formação
+
9. PESSOA de CARVALHO, A. M.; GIL-PEREZ, D. (2001). Formação de professores de ciências. 9. ed. São Paulo: Ed Cortez, 2009 (Questões da nossa época, 26).
-
de professores de ciências. 9. ed. São Paulo: Ed Cortez,
+
 
-
2009 (Questões da nossa época, 26).
+
10. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, cadernos temáticos n. 1, 2, 3, 4, 5 e 7. Disponível em: [http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
10. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA. São Paulo: Sociedade
+
 
-
Brasileira de Química, cadernos temáticos n. 1, 2, 3, 4, 5 e 7.
+
11. ROCHA, J. C.; ROSA, A. H.; CARDOSO, A. A. Introdução à química ambiental. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.
-
Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos> Acesso
+
 
-
em: 26 jan. 2010.
+
12. SOLOMONS, T. W. G. Química Orgânica. Rio de janeiro: LTC, 2009. v. 1 e 2.
-
11. ROCHA, J. C.; ROSA, A. H.; CARDOSO, A. A. Introdução à
+
 
-
química ambiental. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.
+
13. TOLENTINO, M.; ROCHA-FILHO, R. C.; SILVA, R. R. A atmosfera terrestre. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2008. (Polêmica)
-
12. SOLOMONS, T. W. G. Química Orgânica. Rio de janeiro:
+
 
-
LTC, 2009. v. 1 e 2.
+
14. ZANON, L. B.; MALDANER, o A. (Orgs). Fundamentos e propostas de ensino de Química para a Educação Básica no Brasil. Ijuí: Unijuí, 2007.
-
13. TOLENTINO, M.; ROCHA-FILHO, R. C.; SILVA, R. R. A
+
 
-
atmosfera terrestre. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2008. (Polêmica)
+
====1.9.4 Documentos para Química====
-
14. ZANON, L. B.; MALDANER, o A. (Orgs). Fundamentos
+
 
-
e propostas de ensino de Química para a Educação Básica no
+
1. BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ ensino médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais; ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdfAcesso em: 26 jan. 2010.
-
Brasil. Ijuí: Unijuí, 2007.
+
 
-
1.9.4 Documentos para Química
+
2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. CENP. Oficinas temáticas no ensino público: formação continuada de professores. São Paulo: SE/CENP, 2007. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/download.asp?IDUpload=127] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
1. BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
+
 
-
PCN+ ensino médio: orientações educacionais complementares
+
3. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Química para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-QUI-COMP-red-md-20-03.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
aos Parâmetros Curriculares Nacionais; ciências da natureza,
+
 
-
matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
+
===1.10 Perfil desejado para o professor de Biologia===
-
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.
+
 
-
pdf > Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. CENP.
+
-
Oficinas temáticas no ensino público: formação continuada de
+
-
professores. São Paulo: SE/CENP, 2007. Disponível em: <http://
+
-
www.rededosaber.sp.gov.br/download.asp?IDUpload=127>
+
-
Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
3. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta
+
-
Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Química
+
-
para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em:
+
-
<http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/
+
-
Prop-QUI-COMP-red-md-20-03.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
1.10 Perfil desejado para o professor de Biologia
+
Os professores da Área de Ciências da Natureza devem
Os professores da Área de Ciências da Natureza devem
ter domínio dos conteúdos a serem ensinados, bem como dos
ter domínio dos conteúdos a serem ensinados, bem como dos
Linha 2 217: Linha 2 549:
como nos universos da cultura, do trabalho, da arte, da ciência
como nos universos da cultura, do trabalho, da arte, da ciência
ou da tecnologia.
ou da tecnologia.
 +
Além das características gerais esperadas de todos os professores
Além das características gerais esperadas de todos os professores
de Ciências da Natureza, demandam-se competências
de Ciências da Natureza, demandam-se competências
mais específicas dos professores de Biologia, listadas a seguir:
mais específicas dos professores de Biologia, listadas a seguir:
-
1.10.1 o professor de Biologia deve apresentar o seguinte
+
 
-
perfil:
+
====1.10.1 o professor de Biologia deve apresentar o seguinte perfil:====
 +
 
1. Reconhecer a Biologia como um ramo do conhecimento
1. Reconhecer a Biologia como um ramo do conhecimento
científico, passível de análise, teste, experimentação e dúvida.
científico, passível de análise, teste, experimentação e dúvida.
Linha 2 227: Linha 2 561:
conhecimento e de avanços tecnológicos, além de contribuir
conhecimento e de avanços tecnológicos, além de contribuir
para a qualidade de vida das pessoas.
para a qualidade de vida das pessoas.
 +
2. Reconhecer a Biologia como parte da cultura humana,
2. Reconhecer a Biologia como parte da cultura humana,
portanto de caráter histórico, que influencia outras áreas, como
portanto de caráter histórico, que influencia outras áreas, como
as artes, as ciências humanas, as tecnologias, a produção de
as artes, as ciências humanas, as tecnologias, a produção de
bens e serviços, e é influenciada por elas.
bens e serviços, e é influenciada por elas.
 +
3. Conhecer os conteúdos fundamentais da Biologia com
3. Conhecer os conteúdos fundamentais da Biologia com
uma profundidade e desenvoltura que lhe permita abordá-los
uma profundidade e desenvoltura que lhe permita abordá-los
Linha 2 236: Linha 2 572:
como caminhos para que os alunos atinjam seus próprios
como caminhos para que os alunos atinjam seus próprios
objetivos pessoais.
objetivos pessoais.
 +
4. Ser capaz de organizar os conteúdos da Biologia em
4. Ser capaz de organizar os conteúdos da Biologia em
torno de situações de aprendizagem que sejam significativas
torno de situações de aprendizagem que sejam significativas
Linha 2 244: Linha 2 581:
pela Biologia, aqueles que melhor se prestam para atingir
pela Biologia, aqueles que melhor se prestam para atingir
os objetivos da escola.
os objetivos da escola.
 +
5. Articular os conteúdos de Biologia com os de outras áreas
5. Articular os conteúdos de Biologia com os de outras áreas
do saber, promovendo o aprendizado e a integração do conhecimento
do saber, promovendo o aprendizado e a integração do conhecimento
Linha 2 249: Linha 2 587:
a interdisciplinaridade e demonstrando a contribuição
a interdisciplinaridade e demonstrando a contribuição
da sua área para a resolução de problemas reais da sociedade.
da sua área para a resolução de problemas reais da sociedade.
 +
6. Evidenciar, nas situações concretas da vida dos alunos,
6. Evidenciar, nas situações concretas da vida dos alunos,
situações em que o conhecimento biológico tratado em sala de
situações em que o conhecimento biológico tratado em sala de
aula tangencia a experiência cotidiana, seja refutando, corroborando
aula tangencia a experiência cotidiana, seja refutando, corroborando
ou aprofundando as concepções prévias dos estudantes.
ou aprofundando as concepções prévias dos estudantes.
 +
7. Ser capaz de conduzir experimentos e observações da
7. Ser capaz de conduzir experimentos e observações da
natureza viva, explorando não só a sua dimensão exata e didática,
natureza viva, explorando não só a sua dimensão exata e didática,
Linha 2 259: Linha 2 599:
o protagonismo dos alunos na construção de seu próprio
o protagonismo dos alunos na construção de seu próprio
conhecimento e para evidenciar o modo científico de pensar.
conhecimento e para evidenciar o modo científico de pensar.
 +
8. Valorizar aspectos regionais da fauna e da flora em suas
8. Valorizar aspectos regionais da fauna e da flora em suas
aulas utilizando, por exemplo, estudos de meio, sem perder de
aulas utilizando, por exemplo, estudos de meio, sem perder de
vista observações e conclusões mais universais, orientando os
vista observações e conclusões mais universais, orientando os
estudantes para a percepção de padrões biológicos gerais.
estudantes para a percepção de padrões biológicos gerais.
 +
9. Sensibilizar os estudantes para questões ambientais e
9. Sensibilizar os estudantes para questões ambientais e
de saúde pública, contribuindo para orientá-los em relação a
de saúde pública, contribuindo para orientá-los em relação a
alternativas de comportamento e consumo menos agressivas
alternativas de comportamento e consumo menos agressivas
ao ambiente, a cuidados com o próprio corpo e riscos à saúde.
ao ambiente, a cuidados com o próprio corpo e riscos à saúde.
 +
10. Ser capaz de mediar discussões científicas entre os estudantes,
10. Ser capaz de mediar discussões científicas entre os estudantes,
estimulando seus interesses e instigando-os à pesquisa,
estimulando seus interesses e instigando-os à pesquisa,
Linha 2 272: Linha 2 615:
as teorias científicas vigentes, orientando e depurando interesses
as teorias científicas vigentes, orientando e depurando interesses
menos relevantes em vista dos objetivos gerais da escola.
menos relevantes em vista dos objetivos gerais da escola.
 +
Isso deve ser feito de modo a oferecer uma visão panorâmica
Isso deve ser feito de modo a oferecer uma visão panorâmica
dos conteúdos, plena de significações tanto para a vida cotidiana
dos conteúdos, plena de significações tanto para a vida cotidiana
quanto para uma formação cultural mais rica.
quanto para uma formação cultural mais rica.
-
1.10.2 Habilidades do professor de Biologia
+
 
 +
====1.10.2 Habilidades do professor de Biologia====
 +
 
O professor de Biologia deve ser capaz de utilizar os conteúdos
O professor de Biologia deve ser capaz de utilizar os conteúdos
da área como meios para atingir o objetivo maior da
da área como meios para atingir o objetivo maior da
Linha 2 288: Linha 2 634:
várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos
várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos
e resolução de problemas.
e resolução de problemas.
 +
O curso de Biologia deve colaborar para que os alunos
O curso de Biologia deve colaborar para que os alunos
desenvolvam essas competências e sejam capazes de utilizarse
desenvolvam essas competências e sejam capazes de utilizarse
Linha 2 295: Linha 2 642:
Para auxiliar os alunos nesse objetivo, os professores de Biologia
Para auxiliar os alunos nesse objetivo, os professores de Biologia
deverão possuir certas habilidades específicas:
deverão possuir certas habilidades específicas:
 +
1. Contextualizar os conteúdos dentro de uma visão sistêmica
1. Contextualizar os conteúdos dentro de uma visão sistêmica
da natureza, enfatizando os fluxos de energia e matéria na
da natureza, enfatizando os fluxos de energia e matéria na
manutenção da vida e a existência de ciclos globais que incluem
manutenção da vida e a existência de ciclos globais que incluem
os seres vivos, mas estendem-se além deles.
os seres vivos, mas estendem-se além deles.
 +
2. Identificar, no nível das populações e comunidades,
2. Identificar, no nível das populações e comunidades,
relações de competição e de cooperação que podem levar a
relações de competição e de cooperação que podem levar a
oscilações nos tamanhos das populações de seres vivos.
oscilações nos tamanhos das populações de seres vivos.
 +
3. Identificar fatores causadores de problemas ambientais,
3. Identificar fatores causadores de problemas ambientais,
tais como crescimento e adensamento da população humana,
tais como crescimento e adensamento da população humana,
mudanças nos padrões de produção e consumo ou interferências
mudanças nos padrões de produção e consumo ou interferências
artificiais nos ciclos biogeoquímicos.
artificiais nos ciclos biogeoquímicos.
 +
4. Localizar problemas ambientais contemporâneos e apontar
4. Localizar problemas ambientais contemporâneos e apontar
ações individuais e coletivas que possam minimizá-los,
ações individuais e coletivas que possam minimizá-los,
Linha 2 311: Linha 2 662:
menos nocivas para questões como obtenção de energia, controle
menos nocivas para questões como obtenção de energia, controle
de pragas e disposição do lixo.
de pragas e disposição do lixo.
 +
5. Reconhecer a saúde como bem estar físico, mental e
5. Reconhecer a saúde como bem estar físico, mental e
social, seus condicionantes (alimentação, moradia, saneamento,
social, seus condicionantes (alimentação, moradia, saneamento,
Linha 2 316: Linha 2 668:
e os principais riscos à sua manutenção, tendo em conta a
e os principais riscos à sua manutenção, tendo em conta a
realidade brasileira.
realidade brasileira.
 +
6. Reconhecer os elementos em jogo durante um experimento,
6. Reconhecer os elementos em jogo durante um experimento,
distinguindo a hipótese que está sendo testada, identificando
distinguindo a hipótese que está sendo testada, identificando
Linha 2 321: Linha 2 674:
além de ser capaz de fazer previsões a partir de hipóteses e
além de ser capaz de fazer previsões a partir de hipóteses e
confrontá-las com os resultados observados.
confrontá-las com os resultados observados.
 +
7. Reconhecer a gravidez na adolescência e as doenças
7. Reconhecer a gravidez na adolescência e as doenças
sexualmente transmissíveis, especialmente a AIDS, como problemas
sexualmente transmissíveis, especialmente a AIDS, como problemas
Linha 2 326: Linha 2 680:
ção quanto as consequências da aquisição dessas situações ou
ção quanto as consequências da aquisição dessas situações ou
doenças para a vida futura.
doenças para a vida futura.
 +
8. Interpretar a teoria celular como central na Biologia,
8. Interpretar a teoria celular como central na Biologia,
entendendo a organização celular como característica fundamental
entendendo a organização celular como característica fundamental
dos seres vivos.
dos seres vivos.
 +
9. Reconhecer a importância do núcleo celular para a
9. Reconhecer a importância do núcleo celular para a
reprodução da célula e caracterizá-lo como o portador das
reprodução da célula e caracterizá-lo como o portador das
características hereditárias.
características hereditárias.
 +
10. Enfrentar situações-problema envolvendo a transmissão
10. Enfrentar situações-problema envolvendo a transmissão
de informação hereditária, traduzindo a informação presente em
de informação hereditária, traduzindo a informação presente em
textos para esquemas e vice-versa.
textos para esquemas e vice-versa.
 +
11. Reconhecer o papel dos fatores genéticos na determinação
11. Reconhecer o papel dos fatores genéticos na determinação
das características dos seres vivos.
das características dos seres vivos.
 +
12. Associar adequadamente o DNA à transmissão de
12. Associar adequadamente o DNA à transmissão de
informação hereditária, identificando as correspondências entre
informação hereditária, identificando as correspondências entre
a genética clássica (mendeliana) e a biologia molecular.
a genética clássica (mendeliana) e a biologia molecular.
 +
13. Compreender as discussões atuais sobre tecnologias
13. Compreender as discussões atuais sobre tecnologias
de manipulação do DNA, seus eventuais riscos e benefícios de
de manipulação do DNA, seus eventuais riscos e benefícios de
maneira suficiente para utilizá-las para abordar outros tópicos
maneira suficiente para utilizá-las para abordar outros tópicos
de genética.
de genética.
 +
14. Reconhecer o desafio da classificação biológica, ter
14. Reconhecer o desafio da classificação biológica, ter
familiaridade com o sistema de nomenclatura e com as representações
familiaridade com o sistema de nomenclatura e com as representações
de parentesco entre os seres vivos.
de parentesco entre os seres vivos.
 +
15. Compreender a biologia das plantas e os aspectos
15. Compreender a biologia das plantas e os aspectos
comparativos de sua evolução.
comparativos de sua evolução.
 +
16. Compreender a biologia dos animais e os aspectos
16. Compreender a biologia dos animais e os aspectos
comparativos de sua evolução.
comparativos de sua evolução.
 +
17. Analisar as diferentes hipóteses e teorias em torno da
17. Analisar as diferentes hipóteses e teorias em torno da
origem da vida, distinguindo a construção do conhecimento
origem da vida, distinguindo a construção do conhecimento
científico de outros tipos de conhecimento.
científico de outros tipos de conhecimento.
 +
18. Reconhecer a teoria da evolução como ideia unificadora
18. Reconhecer a teoria da evolução como ideia unificadora
da Biologia e como única explicação científica para a diversidade
da Biologia e como única explicação científica para a diversidade
de seres vivos.
de seres vivos.
 +
19. Ser capaz de analisar criticamente evidências da evolução
19. Ser capaz de analisar criticamente evidências da evolução
biológica em grupos específicos.
biológica em grupos específicos.
 +
20. Discutir a origem do ser humano dentro do paradigma
20. Discutir a origem do ser humano dentro do paradigma
evolucionista.
evolucionista.
-
1.10.3 Bibliografia para Biologia
+
 
 +
====1.10.3 Bibliografia para Biologia====
 +
 
1. ALBERTS, B.; et al. Fundamentos da biologia celular. 2. ed.
1. ALBERTS, B.; et al. Fundamentos da biologia celular. 2. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2006. cap. 1, 4, 6, 7, 8, 10 a 19.
Porto Alegre: Artmed, 2006. cap. 1, 4, 6, 7, 8, 10 a 19.
 +
2. BOUER, J. Sexo & Cia: as dúvidas mais comuns (e as
2. BOUER, J. Sexo & Cia: as dúvidas mais comuns (e as
mais estranhas) que rolam na adolescência. 2 ed. São Paulo:
mais estranhas) que rolam na adolescência. 2 ed. São Paulo:
Publifolha, 2002.
Publifolha, 2002.
 +
3. CARVALHO F.H; PIMENTEL S. M. R. A célula. Barueri:
3. CARVALHO F.H; PIMENTEL S. M. R. A célula. Barueri:
Manole, 2007.
Manole, 2007.
 +
4. CARVALHO, Isabel C. M. Educação ambiental: a formação
4. CARVALHO, Isabel C. M. Educação ambiental: a formação
do sujeito ecológico. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2008. cap. 1, 3 e 5.
do sujeito ecológico. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2008. cap. 1, 3 e 5.
 +
5. DEAN, W. A ferro e fogo: a história e a devastação da
5. DEAN, W. A ferro e fogo: a história e a devastação da
Mata Atlântica brasileira, São Paulo: Companhia das Letras,
Mata Atlântica brasileira, São Paulo: Companhia das Letras,
1996.
1996.
 +
6. GRIFFITHS, A.J. F. et al. Introdução à Genética. 9. ed. Rio
6. GRIFFITHS, A.J. F. et al. Introdução à Genética. 9. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. cap. 1 a 17, 19.
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. cap. 1 a 17, 19.
 +
7. HICKMAN JR., Cleveland P.; ROBERTS, L. S.; LARSON,
7. HICKMAN JR., Cleveland P.; ROBERTS, L. S.; LARSON,
Allan. Princípios Integrados de Zoologia. 11. ed. Rio de Janeiro:
Allan. Princípios Integrados de Zoologia. 11. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2004.
Guanabara Koogan, 2004.
 +
8. KORMONDY, E. J.; BROWN, D. E. Ecologia humana. São
8. KORMONDY, E. J.; BROWN, D. E. Ecologia humana. São
Paulo: Atheneu, 2002.
Paulo: Atheneu, 2002.
 +
9. KRASILCHIK, M. Prática de ensino de Biologia. 4. ed. São
9. KRASILCHIK, M. Prática de ensino de Biologia. 4. ed. São
Paulo: EDUSP, 2008.
Paulo: EDUSP, 2008.
 +
10. MARGULIS, L.; SCHWARTZ, K. V. Cinco reinos: um guia
10. MARGULIS, L.; SCHWARTZ, K. V. Cinco reinos: um guia
ilustrado dos filos da vida na Terra. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
ilustrado dos filos da vida na Terra. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2001.
Koogan, 2001.
 +
11. RAVEN, P. H.; EVERT R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia
11. RAVEN, P. H.; EVERT R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia
Vegetal. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. seções
Vegetal. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. seções
4, 5, 6 e 7.
4, 5, 6 e 7.
 +
12. RIDLEY, M. Evolução. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
12. RIDLEY, M. Evolução. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
 +
13. SCHMIDT-NIELSEN, K. Fisiologia Animal. Adaptação e
13. SCHMIDT-NIELSEN, K. Fisiologia Animal. Adaptação e
meio ambiente. 5. ed. São Paulo: Livraria Santos, 2002.
meio ambiente. 5. ed. São Paulo: Livraria Santos, 2002.
 +
14. SENE, F. M. Cada caso, um caso... puro acaso - Os
14. SENE, F. M. Cada caso, um caso... puro acaso - Os
Processos de evolução biológica dos seres vivos. Ribeirão Preto:
Processos de evolução biológica dos seres vivos. Ribeirão Preto:
SBG, 2009.
SBG, 2009.
 +
15. TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia
15. TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia
e fisiologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
e fisiologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
-
1.10.4 Documentos para Biologia
+
 
-
1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta
+
====1.10.4 Documentos para Biologia====
-
Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Biologia
+
 
-
para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em:
+
1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Biologia para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-BIO-COMP-red-md-20-03.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
<http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/
+
 
-
Prop-BIO-COMP-red-md-20-03.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
===1.11 Perfil desejado para o professor de História===
-
1.11 Perfil desejado para o professor de História
+
 
As indicações a seguir apresentam o perfil do profissional
As indicações a seguir apresentam o perfil do profissional
da Educação que se vislumbra para ensinar História nas escolas
da Educação que se vislumbra para ensinar História nas escolas
Linha 2 412: Linha 2 795:
conhecimento e familiaridade e que deverão ser aplicados – a
conhecimento e familiaridade e que deverão ser aplicados – a
partir de sua adequação – nas aulas da Educação Básica?
partir de sua adequação – nas aulas da Educação Básica?
 +
A partir dessas preocupações e reconhecendo – sem
A partir dessas preocupações e reconhecendo – sem
quaisquer compromissos com formas preconceituosas de hierarquização
quaisquer compromissos com formas preconceituosas de hierarquização
Linha 2 423: Linha 2 807:
que possam comprometer os padrões de qualidade que deve
que possam comprometer os padrões de qualidade que deve
ter a escola pública.
ter a escola pública.
 +
É importante registrar, ainda, que se espera do professor
É importante registrar, ainda, que se espera do professor
a organização do aprendizado da História em harmonia com
a organização do aprendizado da História em harmonia com
Linha 2 440: Linha 2 825:
da realidade histórico-social, por meio das várias produções
da realidade histórico-social, por meio das várias produções
culturais disponíveis.
culturais disponíveis.
-
1.11.1 o professor de História deve apresentar o seguinte
+
 
-
perfil:
+
====1.11.1 o professor de História deve apresentar o seguinte perfil:====
 +
 
A dimensão formativa do saber histórico demanda um conjunto
A dimensão formativa do saber histórico demanda um conjunto
de competências que se relacionam aos valores e atitudes
de competências que se relacionam aos valores e atitudes
integrantes do conhecimento histórico e sua função social.
integrantes do conhecimento histórico e sua função social.
 +
Nesta perspectiva, como competências gerais, os professores
Nesta perspectiva, como competências gerais, os professores
de História devem apresentar condições didático-pedagógicas
de História devem apresentar condições didático-pedagógicas
que permitam:
que permitam:
 +
1. Reconhecer diferenças entre as temporalidades: tempo
1. Reconhecer diferenças entre as temporalidades: tempo
do indivíduo e o tempo social; tempo cronológico e tempo histórico,
do indivíduo e o tempo social; tempo cronológico e tempo histórico,
identificando características dos sistemas sociais e culturais
identificando características dos sistemas sociais e culturais
de notação e registro de tempo ao longo da história.
de notação e registro de tempo ao longo da história.
 +
2. Compreender e problematizar conceitos historiográficos,
2. Compreender e problematizar conceitos historiográficos,
política e ideologicamente determinados, enfatizando a importância
política e ideologicamente determinados, enfatizando a importância
do uso de fontes e documentos de natureza variada para
do uso de fontes e documentos de natureza variada para
o estudo da História.
o estudo da História.
 +
3. Reconhecer e valorizar as diferenças socioculturais que
3. Reconhecer e valorizar as diferenças socioculturais que
caracterizam os espaços sociais (escola, a localidade, a cidade, o
caracterizam os espaços sociais (escola, a localidade, a cidade, o
país e o mundo) considerando o respeito aos direitos humanos e
país e o mundo) considerando o respeito aos direitos humanos e
a diversidade cultural como fundamentos da vida social.
a diversidade cultural como fundamentos da vida social.
 +
4. Identificar os elementos socioculturais que constituem
4. Identificar os elementos socioculturais que constituem
a formação histórica brasileira, promovendo o estudo das
a formação histórica brasileira, promovendo o estudo das
Linha 2 465: Linha 2 856:
reconhecimento e valorização da diversidade, responsáveis pela
reconhecimento e valorização da diversidade, responsáveis pela
construção das identidades individual e coletiva.
construção das identidades individual e coletiva.
 +
5. Estimular o desenvolvimento da capacidade leitora, interpretativa
5. Estimular o desenvolvimento da capacidade leitora, interpretativa
e analítica de situações históricas nos alunos do Ensino
e analítica de situações históricas nos alunos do Ensino
Linha 2 470: Linha 2 862:
da História nas formas de convivência social do tempo presente
da História nas formas de convivência social do tempo presente
e do passado.
e do passado.
 +
6. Demonstrar conhecimento dos conteúdos fundamentais
6. Demonstrar conhecimento dos conteúdos fundamentais
que expressam a diversidade das experiências históricas através
que expressam a diversidade das experiências históricas através
Linha 2 477: Linha 2 870:
possível, da interdisciplinaridade para construção do conhecimento
possível, da interdisciplinaridade para construção do conhecimento
histórico.
histórico.
 +
7. Analisar características essenciais das relações sociais
7. Analisar características essenciais das relações sociais
de trabalho ao longo da história, reconhecendo os impactos
de trabalho ao longo da história, reconhecendo os impactos
da tecnologia nas transformações dos processos de trabalho, e
da tecnologia nas transformações dos processos de trabalho, e
estabelecer relações entre trabalho e cidadania.
estabelecer relações entre trabalho e cidadania.
 +
8. Estimular a reflexão critica na análise das decisões políticas
8. Estimular a reflexão critica na análise das decisões políticas
contemporâneas, reconhecendo a importância do voto e da
contemporâneas, reconhecendo a importância do voto e da
participação coletiva e percebendo-se como agente da história
participação coletiva e percebendo-se como agente da história
e seu tempo.
e seu tempo.
 +
9. Propor e justificar um problema de investigação histórica,
9. Propor e justificar um problema de investigação histórica,
estabelecendo suas delimitações (cronológica, espacial,
estabelecendo suas delimitações (cronológica, espacial,
Linha 2 491: Linha 2 887:
interpretações utilizando-se dos conceitos, categorias e vocabulário
interpretações utilizando-se dos conceitos, categorias e vocabulário
pertinentes ao discurso historiográfico;
pertinentes ao discurso historiográfico;
 +
10. Reconhecer o papel dos vários sujeitos históricos, percebendo
10. Reconhecer o papel dos vários sujeitos históricos, percebendo
e interpretando as relações/tensões entre suas ações e as
e interpretando as relações/tensões entre suas ações e as
determinações que as orientam no processo histórico.
determinações que as orientam no processo histórico.
-
1.11.2 Habilidades do professor de História
+
 
 +
====1.11.2 Habilidades do professor de História====
 +
 
Em função do perfil apresentado acima, foi elaborado um
Em função do perfil apresentado acima, foi elaborado um
conjunto de habilidades, visando aferir se o professor está
conjunto de habilidades, visando aferir se o professor está
apto a:
apto a:
 +
1. Destacar características essenciais das relações de trabalho
1. Destacar características essenciais das relações de trabalho
ao longo da história, reconhecendo a importância do
ao longo da história, reconhecendo a importância do
Linha 2 504: Linha 2 904:
formal: pré-história, antiguidade, Idade Média, modernidade e
formal: pré-história, antiguidade, Idade Média, modernidade e
contemporaneidade;
contemporaneidade;
 +
2. Identificar materiais que permitam observar as principais
2. Identificar materiais que permitam observar as principais
características das civilizações antigas quanto à organização da
características das civilizações antigas quanto à organização da
vida material e cultural, relevando questões centrais como o surgimento
vida material e cultural, relevando questões centrais como o surgimento
do Estado e as formas de sociedade e de religiosidade.
do Estado e as formas de sociedade e de religiosidade.
 +
3. Demonstrar a importância de estudos sobre a história da
3. Demonstrar a importância de estudos sobre a história da
África, identificando características essenciais do continente em
África, identificando características essenciais do continente em
sua organização econômica, social, religiosa e cultural.
sua organização econômica, social, religiosa e cultural.
 +
4. Definir as características dos principais sistemas dos
4. Definir as características dos principais sistemas dos
movimentos populacionais ao longo da História.
movimentos populacionais ao longo da História.
 +
5. Reconhecer e analisar as principais características e resultados
5. Reconhecer e analisar as principais características e resultados
do encontro entre os europeus e as diferentes civilizações
do encontro entre os europeus e as diferentes civilizações
da Ásia, África e América.
da Ásia, África e América.
 +
6. Problematizar no processo de formação dos Estados
6. Problematizar no processo de formação dos Estados
nacionais as permanências e descontinuidades que se relacionam
nacionais as permanências e descontinuidades que se relacionam
ao Renascimento cultural, urbano e comercial e suas interfaces
ao Renascimento cultural, urbano e comercial e suas interfaces
com a expansão marítimo-comercial dos séculos XV e XVI.
com a expansão marítimo-comercial dos séculos XV e XVI.
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7. Destacar aspectos das sociedades pré-colombianas da
7. Destacar aspectos das sociedades pré-colombianas da
América, caracterizando as diferenças socioculturais e materiais
América, caracterizando as diferenças socioculturais e materiais
destas civilizações no momento do contato América-Europa.
destas civilizações no momento do contato América-Europa.
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8. Compreender e caracterizar os processos dos conflitos
8. Compreender e caracterizar os processos dos conflitos
religiosos e das rebeldias camponesas que culminaram na Reforma
religiosos e das rebeldias camponesas que culminaram na Reforma
e na Contra-Reforma entendendo-as em sua simultaneidade.
e na Contra-Reforma entendendo-as em sua simultaneidade.
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9. Compreender a influência das instituições e movimentos
9. Compreender a influência das instituições e movimentos
político-sociais europeus sobre o espaço colonial americano,
político-sociais europeus sobre o espaço colonial americano,
identificando traços responsáveis pelo desenho das sociedades
identificando traços responsáveis pelo desenho das sociedades
que se formaram nos séculos XIX, XX e nos tempos atuais.
que se formaram nos séculos XIX, XX e nos tempos atuais.
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10. Identificar, comparar e analisar as principais características
10. Identificar, comparar e analisar as principais características
e diferenças da colonização européia na América e
e diferenças da colonização européia na América e
analisar o processo de independência e constituição das nações
analisar o processo de independência e constituição das nações
no continente.
no continente.
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11. Analisar as relações entre os processos da Revolução
11. Analisar as relações entre os processos da Revolução
Industrial Inglesa e da Revolução Francesa e seu impacto sobre
Industrial Inglesa e da Revolução Francesa e seu impacto sobre
os empreendimentos coloniais europeus na América, África e
os empreendimentos coloniais europeus na América, África e
Ásia.
Ásia.
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12. Diferenciar singularidades do socialismo, do comunismo,
12. Diferenciar singularidades do socialismo, do comunismo,
do anarquismo e seus desdobramentos nos Estados nacionais
do anarquismo e seus desdobramentos nos Estados nacionais
liberais.
liberais.
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13. Conceber o processo histórico como ação coletiva de
13. Conceber o processo histórico como ação coletiva de
diferentes sujeitos reconhecendo os movimentos sociais rurais
diferentes sujeitos reconhecendo os movimentos sociais rurais
e urbanos como formas de resistência política, econômica e
e urbanos como formas de resistência política, econômica e
cultural ao ideário capitalista em suas várias fases.
cultural ao ideário capitalista em suas várias fases.
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14. Reconhecer as formas atuais das sociedades como
14. Reconhecer as formas atuais das sociedades como
resultado das lutas pelo poder entre as nações, compreendendo
resultado das lutas pelo poder entre as nações, compreendendo
que a formação das instituições sociais é resultado de interações
que a formação das instituições sociais é resultado de interações
e conflitos de caráter econômico, político e cultural.
e conflitos de caráter econômico, político e cultural.
 +
15. Reconhecer e analisar os acontecimentos desencadeadores
15. Reconhecer e analisar os acontecimentos desencadeadores
das guerras mundiais, identificando as razões do desenvolvimento
das guerras mundiais, identificando as razões do desenvolvimento
da supremacia dos Estados Unidos da América e do
da supremacia dos Estados Unidos da América e do
declínio da hegemonia européia.
declínio da hegemonia européia.
 +
16. Comparar as características dos regimes autocráticos
16. Comparar as características dos regimes autocráticos
europeus e as principais influências nazi-fascistas nos movimentos
europeus e as principais influências nazi-fascistas nos movimentos
políticos brasileiros da década de 1930.
políticos brasileiros da década de 1930.
 +
17. Identificar acontecimentos formadores do processo político
17. Identificar acontecimentos formadores do processo político
na década de 1930 no Brasil em relação ao enfrentamento
na década de 1930 no Brasil em relação ao enfrentamento
da crise de 1929 e suas consequências sobre os movimentos de
da crise de 1929 e suas consequências sobre os movimentos de
trabalhadores da época.
trabalhadores da época.
 +
18. Demonstrar as principais características do populismo
18. Demonstrar as principais características do populismo
no Brasil, especialmente as propostas que orientaram a política
no Brasil, especialmente as propostas que orientaram a política
desenvolvimentista e o Golpe Militar de 1964.
desenvolvimentista e o Golpe Militar de 1964.
 +
19. Estabelecer comparações no contexto da Guerra Fria
19. Estabelecer comparações no contexto da Guerra Fria
entre a situação política latino-americana e o Brasil e caracterizar
entre a situação política latino-americana e o Brasil e caracterizar
Linha 2 568: Linha 2 986:
o Chile e a Argentina, pela supressão das liberdades e pelos
o Chile e a Argentina, pela supressão das liberdades e pelos
mecanismos utilizados pela repressão à oposição.
mecanismos utilizados pela repressão à oposição.
 +
20. Identificar os principais movimentos de resistência aos
20. Identificar os principais movimentos de resistência aos
governos militares na América Latina e o papel das Organizações
governos militares na América Latina e o papel das Organizações
Internacionais de Direitos Humanos.
Internacionais de Direitos Humanos.
-
1.11.3 Bibliografia para História
+
 
 +
====1.11.3 Bibliografia para História====
 +
 
1. BITENCOURT, Circe Maria F. (org.). O saber histórico na
1. BITENCOURT, Circe Maria F. (org.). O saber histórico na
sala de aula. 2. ed. São Paulo: Contexto, 1998.
sala de aula. 2. ed. São Paulo: Contexto, 1998.
 +
2. BITENCOURT, Circe Maria F. Ensino de História – fundamentos
2. BITENCOURT, Circe Maria F. Ensino de História – fundamentos
e métodos. São Paulo: Cortez, 2005.
e métodos. São Paulo: Cortez, 2005.
 +
3. BLOCH, Marc. Apologia da História ou ofício do historiador.
3. BLOCH, Marc. Apologia da História ou ofício do historiador.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
 +
4. BURKE, Peter. O que é História Cultural? Rio de Janeiro:
4. BURKE, Peter. O que é História Cultural? Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2005.
Jorge Zahar, 2005.
 +
5. FAUSTO, Boris. História do Brasil. 13. ed. São Paulo:
5. FAUSTO, Boris. História do Brasil. 13. ed. São Paulo:
EDUSP, 2008.
EDUSP, 2008.
 +
6. FERRO, Marc. A manipulação da história no ensino e nos
6. FERRO, Marc. A manipulação da história no ensino e nos
meios de comunicação. A história dos dominados em todo o
meios de comunicação. A história dos dominados em todo o
mundo. São Paulo: IBRASA, 1983.
mundo. São Paulo: IBRASA, 1983.
 +
7. FONSECA, Selva G. Caminhos da História Ensinada.
7. FONSECA, Selva G. Caminhos da História Ensinada.
Campinas: Papirus, 2009.
Campinas: Papirus, 2009.
 +
8. FONSECA, Selva G. Didática e Prática de Ensino de História.
8. FONSECA, Selva G. Didática e Prática de Ensino de História.
Campinas: Papirus, 2005.
Campinas: Papirus, 2005.
 +
9. FUNARI, Pedro Paulo; SILVA, Glaydson José da. Teoria da
9. FUNARI, Pedro Paulo; SILVA, Glaydson José da. Teoria da
História. São Paulo: Brasiliense, 2008.
História. São Paulo: Brasiliense, 2008.
 +
10. HERNANDEZ, Leila Leite. África na sala de aula: visita
10. HERNANDEZ, Leila Leite. África na sala de aula: visita
à história contemporânea. 2. ed. São Paulo: Selo Negro, 2008.
à história contemporânea. 2. ed. São Paulo: Selo Negro, 2008.
 +
11. HEYWOOD, Linda M. (Org.). Diáspora negra no Brasil.
11. HEYWOOD, Linda M. (Org.). Diáspora negra no Brasil.
São Paulo: Contexto, 2008.
São Paulo: Contexto, 2008.
 +
12. KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos,
12. KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos,
práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003.
práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003.
 +
13. LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas:
13. LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas:
UNICAMP, 2003. cap. “Memória”, “Documento/monumento”,
UNICAMP, 2003. cap. “Memória”, “Documento/monumento”,
“História”, “Passado/presente”.
“História”, “Passado/presente”.
 +
14. PINSKY, Carla Bassanezi (Org.). Novos temas nas aulas
14. PINSKY, Carla Bassanezi (Org.). Novos temas nas aulas
de história. São Paulo: Contexto, 2009
de história. São Paulo: Contexto, 2009
 +
15. SOUZA, Marina de Melo. África e o Brasil Africano. 2. ed.
15. SOUZA, Marina de Melo. África e o Brasil Africano. 2. ed.
São Paulo: Ática, 2007.
São Paulo: Ática, 2007.
-
1.11.4 Documentos para História
+
 
-
1. BRASIL, MEC/INEP. ENCCEJA. História e geografia, ciências
+
====1.11.4 Documentos para História====
-
humanas e suas tecnologias: livro do professor – ensino
+
 
-
fundamental e médio. Brasília: MEC/INEP, 2002. Disponível
+
1. BRASIL, MEC/INEP. ENCCEJA. História e geografia, ciências humanas e suas tecnologias: livro do professor – ensino fundamental e médio. Brasília: MEC/INEP, 2002. Disponível em: [http://encceja.inep.gov.br/images/pdfs/historia-geografiacompleto.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
em: <http://encceja.inep.gov.br/images/pdfs/historia-geografiacompleto.
+
 
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pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
2. BRASIL. MEC/SEB. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias; História. Brasília, MEC/SEB, 2006. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book-volume-03-internet.pdf] Acesso em: 26 jan.2010.
-
2. BRASIL. MEC/SEB. Orientações Curriculares para o Ensino
+
 
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Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias; História. Brasília,
+
3. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de História para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-HIST-COMP-red-md-20-03.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
MEC/SEB, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/
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arquivos/pdf/book-volume-03-internet.pdf> Acesso em: 26 jan.
+
===1.12 Perfil desejado para o professor de Geografia===
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2010.
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3. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta
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Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de História para
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o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SE,
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2008. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/
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Portals/18/arquivos/Prop-HIST-COMP-red-md-20-03.pdf>
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Acesso em: 26 jan. 2010.
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1.12 Perfil desejado para o professor de Geografia
+
O espaço geográfico é formado pela articulação entre objetos
O espaço geográfico é formado pela articulação entre objetos
técnicos e informacionais, fluxos de matéria e informação e
técnicos e informacionais, fluxos de matéria e informação e
Linha 2 629: Linha 3 057:
cidadãos capacitados a decifrar a sociedade, por meio de sua
cidadãos capacitados a decifrar a sociedade, por meio de sua
dimensão espacial.
dimensão espacial.
 +
No mundo contemporâneo, marcado pela aceleração dos
No mundo contemporâneo, marcado pela aceleração dos
fluxos e pelo elevado conteúdo de ciência e tecnologia nos
fluxos e pelo elevado conteúdo de ciência e tecnologia nos
Linha 2 639: Linha 3 068:
região e o território nacional na análise dos fenômenos que
região e o território nacional na análise dos fenômenos que
ocorrem no lugar.
ocorrem no lugar.
 +
O processo de urbanização, por exemplo, quando analisado
O processo de urbanização, por exemplo, quando analisado
na escala global, revela-se descompassado: no século XIX, com
na escala global, revela-se descompassado: no século XIX, com
Linha 2 652: Linha 3 082:
revela-se sempre única e particular, ainda que conectada ao
revela-se sempre única e particular, ainda que conectada ao
espaço global.
espaço global.
 +
A preocupação com esse jogo escalar orientou tanto a
A preocupação com esse jogo escalar orientou tanto a
elaboração do corpo de competências e habilidades quanto a
elaboração do corpo de competências e habilidades quanto a
Linha 2 658: Linha 3 089:
e habilidades quanto o corpo de conceitos que perpassam os
e habilidades quanto o corpo de conceitos que perpassam os
conteúdos programáticos.
conteúdos programáticos.
 +
Por isso mesmo, o arcabouço conceitual da geografia
Por isso mesmo, o arcabouço conceitual da geografia
deve estar incorporado na prova, pois ele é o ponto de partida
deve estar incorporado na prova, pois ele é o ponto de partida
Linha 2 663: Linha 3 095:
sociedade. Diversas obras presentes na bibliografia dedicam-se
sociedade. Diversas obras presentes na bibliografia dedicam-se
a esse tema.
a esse tema.
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Mas esses conceitos só adquirem relevância se forem
Mas esses conceitos só adquirem relevância se forem
mobilizados para desvendar a dimensão espacial dos arranjos
mobilizados para desvendar a dimensão espacial dos arranjos
econômicos, das estratégias políticas e das identidades culturais.
econômicos, das estratégias políticas e das identidades culturais.
 +
A prova aferirá se os professores são capazes de operacionalizar
A prova aferirá se os professores são capazes de operacionalizar
os conceitos para decifrar a lógica das políticas públicas
os conceitos para decifrar a lógica das políticas públicas
Linha 2 680: Linha 3 114:
como abrigo. Cabe ao professor de geografia reconhecer e saber
como abrigo. Cabe ao professor de geografia reconhecer e saber
fazer reconhecer a diferença entre um e outro.
fazer reconhecer a diferença entre um e outro.
-
1.12.1 o professor de Geografia deve apresentar o seguinte
+
 
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perfil:
+
====1.12.1 o professor de Geografia deve apresentar o seguinte perfil:====
 +
 
1. Reconhecer e dominar conceitos e diferentes procedimentos
1. Reconhecer e dominar conceitos e diferentes procedimentos
metodológicos com vistas a desenvolver a análise e a formulação
metodológicos com vistas a desenvolver a análise e a formulação
de hipóteses explicativas acerca da produção do espaço
de hipóteses explicativas acerca da produção do espaço
geográfico e da articulação de diferentes escalas geográficas.
geográfico e da articulação de diferentes escalas geográficas.
 +
2. Reconhecer o caráter provisório das ciências diante da
2. Reconhecer o caráter provisório das ciências diante da
realidade em permanente transformação, considerando a importância
realidade em permanente transformação, considerando a importância
das concepções teóricas e metodológicas da Geografia
das concepções teóricas e metodológicas da Geografia
para o desenvolvimento do conhecimento humano.
para o desenvolvimento do conhecimento humano.
 +
3. Demonstrar o domínio do conhecimento de ciências afins
3. Demonstrar o domínio do conhecimento de ciências afins
da Geografia que contribuam para ampliar a capacidade de
da Geografia que contribuam para ampliar a capacidade de
interpretação, argumentação e expressão da realidade geográfica,
interpretação, argumentação e expressão da realidade geográfica,
numa perspectiva interdisciplinar.
numa perspectiva interdisciplinar.
 +
4. Compreender os fundamentos e as relações espaçotemporais
4. Compreender os fundamentos e as relações espaçotemporais
pretéritas e atuais do planeta com vistas a identificar,
pretéritas e atuais do planeta com vistas a identificar,
Linha 2 699: Linha 3 137:
relativos ao sistema terrestre e suas interações com as sociedades
relativos ao sistema terrestre e suas interações com as sociedades
na produção do espaço geográfico em diferentes escalas.
na produção do espaço geográfico em diferentes escalas.
 +
5. Compreender a importância e as diferentes formas de
5. Compreender a importância e as diferentes formas de
aplicação de inovações teóricas, metodológicas e tecnológicas
aplicação de inovações teóricas, metodológicas e tecnológicas
para o avanço da pesquisa e do ensino em Geografia, considerando
para o avanço da pesquisa e do ensino em Geografia, considerando
a aprendizagem da linguagem cartográfica.
a aprendizagem da linguagem cartográfica.
 +
6. Reconhecer o papel das sociedades nas transformações
6. Reconhecer o papel das sociedades nas transformações
do espaço geográfico, decorrentes das inúmeras relações entre
do espaço geográfico, decorrentes das inúmeras relações entre
Linha 2 708: Linha 3 148:
aos referenciais teóricos da análise geográfica com vistas a
aos referenciais teóricos da análise geográfica com vistas a
elaborar propostas de intervenção solidária em processos sócioambientais.
elaborar propostas de intervenção solidária em processos sócioambientais.
 +
7. Compreender as formas de organização econômica,
7. Compreender as formas de organização econômica,
política, social do espaço mundial e brasileiro, resultantes da
política, social do espaço mundial e brasileiro, resultantes da
Linha 2 713: Linha 3 154:
e intensificação dos fluxos da produção, do consumo e da
e intensificação dos fluxos da produção, do consumo e da
circulação de pessoas, informações e ideias.
circulação de pessoas, informações e ideias.
 +
8. Aproveitar as situações de aprendizagem disponíveis
8. Aproveitar as situações de aprendizagem disponíveis
no material didático ampliando-as por intermédio de novos
no material didático ampliando-as por intermédio de novos
Linha 2 718: Linha 3 160:
realidade local, de modo a ampliar o repertório de leitura de
realidade local, de modo a ampliar o repertório de leitura de
mundo dos alunos.
mundo dos alunos.
 +
9. Aplicar diferentes formas de avaliação do ensino-aprendizagem,
9. Aplicar diferentes formas de avaliação do ensino-aprendizagem,
considerando-as como parte primordial do processo
considerando-as como parte primordial do processo
de aquisição do conhecimento, reconhecendo o seu caráter
de aquisição do conhecimento, reconhecendo o seu caráter
processual e sua relevância na aprendizagem.
processual e sua relevância na aprendizagem.
 +
10. Compreender a importância curricular de aprendizagens
10. Compreender a importância curricular de aprendizagens
relativas aos processos histórico-geográficos relativos à
relativas aos processos histórico-geográficos relativos à
Linha 2 727: Linha 3 171:
África, considerando sua relevância e influência na formação da
África, considerando sua relevância e influência na formação da
identidade brasileira e latino americana.
identidade brasileira e latino americana.
-
1.12.2 Habilidades do professor de Geografia
+
 
 +
====1.12.2 Habilidades do professor de Geografia====
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Com base nas Competências Gerais espera-se que os professores
Com base nas Competências Gerais espera-se que os professores
estejam aptos a:
estejam aptos a:
 +
1. Observar, descrever e analisar o uso e apropriação do
1. Observar, descrever e analisar o uso e apropriação do
território brasileiro, considerando a formação sócio-espacial e as
território brasileiro, considerando a formação sócio-espacial e as
transformações da divisão territorial do trabalho.
transformações da divisão territorial do trabalho.
 +
2. Comparar os contextos geográficos e a produção do lugar
2. Comparar os contextos geográficos e a produção do lugar
social, no espaço e no tempo, a partir da análise da formação do
social, no espaço e no tempo, a partir da análise da formação do
Estado Nação em diferentes regiões, das fronteiras internacionais
Estado Nação em diferentes regiões, das fronteiras internacionais
e da ordem mundial.
e da ordem mundial.
 +
3. Ler e interpretar a dinâmica da paisagem, identificando
3. Ler e interpretar a dinâmica da paisagem, identificando
interações entre elementos dos sistemas naturais e padrões e
interações entre elementos dos sistemas naturais e padrões e
tendências das mudanças locais e globais
tendências das mudanças locais e globais
 +
4. Ler, interpretar e representar formas, estruturas e processos
4. Ler, interpretar e representar formas, estruturas e processos
espaciais, demonstrando o domínio de linguagens numéricodigitais,
espaciais, demonstrando o domínio de linguagens numéricodigitais,
gráficas e cartográficas.
gráficas e cartográficas.
 +
5. Reconhecer, aplicar e estabelecer relações entre conhecimentos
5. Reconhecer, aplicar e estabelecer relações entre conhecimentos
geográficos na interpretação de textos jornalísticos,
geográficos na interpretação de textos jornalísticos,
Linha 2 748: Linha 3 199:
artísticas, como pinturas, esculturas, músicas, danças e projetos
artísticas, como pinturas, esculturas, músicas, danças e projetos
arquitetônicos.
arquitetônicos.
 +
6. Utilizar os diversos produtos e técnicas cartográficas
6. Utilizar os diversos produtos e técnicas cartográficas
para localizar-se no espaço, visualizar informações, de modo a
para localizar-se no espaço, visualizar informações, de modo a
Linha 2 754: Linha 3 206:
formas de intervenção no território e as lógicas geográficas
formas de intervenção no território e as lógicas geográficas
desses fenômenos.
desses fenômenos.
 +
7. Identificar problemas e propor soluções decorrentes do
7. Identificar problemas e propor soluções decorrentes do
uso e da ocupação do solo no campo e na cidade, considerando
uso e da ocupação do solo no campo e na cidade, considerando
as políticas de gestão e de planejamento urbano, regional e
as políticas de gestão e de planejamento urbano, regional e
ambiental.
ambiental.
 +
8. Realizar escolhas mais adequadas de técnicas e procedimentos
8. Realizar escolhas mais adequadas de técnicas e procedimentos
de análise da dinâmica ambiental, de estudos populacionais
de análise da dinâmica ambiental, de estudos populacionais
e da produção econômica do espaço geográfico.
e da produção econômica do espaço geográfico.
 +
9. Situar o Brasil na geopolítica mundial, considerando a
9. Situar o Brasil na geopolítica mundial, considerando a
globalização e sua inserção na América Latina e nos blocos
globalização e sua inserção na América Latina e nos blocos
econômicos internacionais.
econômicos internacionais.
 +
10. Reconhecer as distintas abordagens de análise do
10. Reconhecer as distintas abordagens de análise do
espaço agrário no Brasil e no mundo, confrontando diferentes
espaço agrário no Brasil e no mundo, confrontando diferentes
pontos de vista.
pontos de vista.
 +
11. Comparar padrões espaciais gerados pela produção
11. Comparar padrões espaciais gerados pela produção
agropecuária e pelas cadeias produtivas industriais e pelas
agropecuária e pelas cadeias produtivas industriais e pelas
novas formas de gestão no campo.
novas formas de gestão no campo.
 +
12. Compreender as transformações do mundo do trabalho
12. Compreender as transformações do mundo do trabalho
a partir das inovações tecnológicas e das interações entre diferentes
a partir das inovações tecnológicas e das interações entre diferentes
lugares na economia flexível.
lugares na economia flexível.
 +
13. Interpretar dados e indicadores de diferentes formas de
13. Interpretar dados e indicadores de diferentes formas de
desigualdade social organizados em tabelas ou expressos em
desigualdade social organizados em tabelas ou expressos em
gráficos e cartogramas.
gráficos e cartogramas.
 +
14. Fazer prognósticos a respeito da crise ambiental, estabelecendo
14. Fazer prognósticos a respeito da crise ambiental, estabelecendo
relações de causa e efeito da intervenção humana
relações de causa e efeito da intervenção humana
nos ciclos naturais, fluxos de energia e no manejo de recursos
nos ciclos naturais, fluxos de energia e no manejo de recursos
naturais.
naturais.
 +
15. Discriminar as relações assimétricas de poder entre
15. Discriminar as relações assimétricas de poder entre
os organismos internacionais (Banco Mundial, FMI, diferentes
os organismos internacionais (Banco Mundial, FMI, diferentes
organismos da ONU), os Estados Nações, as corporações transnacionais
organismos da ONU), os Estados Nações, as corporações transnacionais
e as organizações não-governamentais.
e as organizações não-governamentais.
 +
16. Comparar propostas de regionalização do espaço
16. Comparar propostas de regionalização do espaço
mundial a partir de parâmetros econômicos, políticos e étnicoreligiosos.
mundial a partir de parâmetros econômicos, políticos e étnicoreligiosos.
 +
17. Avaliar a situação de diferentes países e regiões da
17. Avaliar a situação de diferentes países e regiões da
África e da América, considerando as transformações econômicas
África e da América, considerando as transformações econômicas
recentes e a inserção desigual e diferenciada no mercado
recentes e a inserção desigual e diferenciada no mercado
mundial.
mundial.
 +
18. Explicar os processos geológicos e geofísicos e suas
18. Explicar os processos geológicos e geofísicos e suas
interações com a evolução da vida e a organização dos domínios
interações com a evolução da vida e a organização dos domínios
morfoclimáticos.
morfoclimáticos.
 +
19. Analisar o processo de urbanização mundial, com
19. Analisar o processo de urbanização mundial, com
destaque para a metropolização, explicando a importância das
destaque para a metropolização, explicando a importância das
cidades globais nos circuitos da economia-mundo.
cidades globais nos circuitos da economia-mundo.
 +
20. Discutir a dinâmica demográfica, avaliando as políticas
20. Discutir a dinâmica demográfica, avaliando as políticas
migratórias e a situação dos refugiados internacionais.
migratórias e a situação dos refugiados internacionais.
-
1.12.3 Bibliografia para Geografia
+
 
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====1.12.3 Bibliografia para Geografia====
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1. AB’SABER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil:
1. AB’SABER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil:
potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê, 2007.
potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê, 2007.
 +
2. CASTELLS, Manuel. A Galáxia da internet: reflexões sobre
2. CASTELLS, Manuel. A Galáxia da internet: reflexões sobre
a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge
a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2003.
Zahar, 2003.
 +
3. CASTROGIOVANNI, A. Carlos; CALLAI, Helena; KAERCHER,
3. CASTROGIOVANNI, A. Carlos; CALLAI, Helena; KAERCHER,
Nestor André. Ensino de Geografia: práticas e textualizações
Nestor André. Ensino de Geografia: práticas e textualizações
no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2001.
no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2001.
 +
4. DURAND, Marie-Françoise et. al. Atlas da Mundialização:
4. DURAND, Marie-Françoise et. al. Atlas da Mundialização:
compreender o espaço mundial contemporâneo. Tradução de
compreender o espaço mundial contemporâneo. Tradução de
Carlos Roberto Sanchez Milani. São Paulo: Saraiva, 2009.
Carlos Roberto Sanchez Milani. São Paulo: Saraiva, 2009.
 +
5. ELIAS, Denise. Globalização e Agricultura. São Paulo:
5. ELIAS, Denise. Globalização e Agricultura. São Paulo:
EDUSP, 2003.
EDUSP, 2003.
 +
6. GUERRA, José Teixeira; COELHO Maria Célia Nunes. Unidades
6. GUERRA, José Teixeira; COELHO Maria Célia Nunes. Unidades
de Conservação: abordagens e características geográficas.
de Conservação: abordagens e características geográficas.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.
 +
7. HAESBAERT, Rogério; PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter.
7. HAESBAERT, Rogério; PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter.
A nova des-ordem mundial. São Paulo: UNESP, 2006.
A nova des-ordem mundial. São Paulo: UNESP, 2006.
 +
8. HUERTAS, Daniel Monteiro. da fachada atlântica à imensidão
8. HUERTAS, Daniel Monteiro. da fachada atlântica à imensidão
amazônica: fronteira agrícola e integração territorial. São
amazônica: fronteira agrícola e integração territorial. São
Paulo: Annablume, 2009
Paulo: Annablume, 2009
 +
9. MAGNOLI, Demétrio. Relações Internacionais: teoria e
9. MAGNOLI, Demétrio. Relações Internacionais: teoria e
história. São Paulo: Saraiva, 2004.
história. São Paulo: Saraiva, 2004.
 +
10. MARTINELLI, Marcelo. Mapas da Geografia e da Cartografia
10. MARTINELLI, Marcelo. Mapas da Geografia e da Cartografia
Temática. São Paulo: Contexto, 2003.
Temática. São Paulo: Contexto, 2003.
 +
11. SALGADO-LABOURIAU, Maria Léa. História ecológica da
11. SALGADO-LABOURIAU, Maria Léa. História ecológica da
Terra. São Paulo: Edgard Blucher, 1996.
Terra. São Paulo: Edgard Blucher, 1996.
 +
12. SANTOS, Milton. Por uma outra Globalização. Rio de
12. SANTOS, Milton. Por uma outra Globalização. Rio de
Janeiro: Record, 2004.
Janeiro: Record, 2004.
 +
13. SOUZA, Marcelo Lopes. O ABC do Desenvolvimento
13. SOUZA, Marcelo Lopes. O ABC do Desenvolvimento
Urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
Urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
 +
14. THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida. Atlas do Brasil:
14. THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida. Atlas do Brasil:
disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: EDUSP, 2008
disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: EDUSP, 2008
 +
15. TOLEDO, Maria Cristina Motta de; FAIRCHILD, Thomas
15. TOLEDO, Maria Cristina Motta de; FAIRCHILD, Thomas
Rich; TEIXEIRA, Wilson. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo:
Rich; TEIXEIRA, Wilson. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo:
IBEP, 2009.
IBEP, 2009.
-
1.12.4 Documentos para Geografia
+
 
-
1. BRASIL, MEC/INEP. ENCCEJA. História e geografia, ciências
+
====1.12.4 Documentos para Geografia====
-
humanas e suas tecnologias: livro do professor – ensino
+
 
-
fundamental e médio. Brasília: MEC/INEP, 2002. Disponível
+
1. BRASIL, MEC/INEP. ENCCEJA. História e geografia, ciências humanas e suas tecnologias: livro do professor – ensino fundamental e médio. Brasília: MEC/INEP, 2002. Disponível em: [http://encceja.inep.gov.br/images/pdfs/historia-geografiacompleto.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
em: <http://encceja.inep.gov.br/images/pdfs/historia-geografiacompleto.
+
 
-
pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
2. BRASIL. MEC/SEB. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias; Geografia. Brasília, MEC/SEB, 2006. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book-volume-03-internet.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
2. BRASIL. MEC/SEB. Orientações Curriculares para o Ensino
+
 
-
Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias; Geografia. Brasília,
+
3. BRASIL. MEC/SEB. Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia. Brasília, MEC/SEB, 1998. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/index.php?option=comcontent&view=article&id=12640%25%203Aparametros-curriculares-%20nacionais1o-a-4o-series&catid=195%3Aseb-educação-%20%20basica&Itemid=859] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
MEC/SEB, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/
+
 
-
seb/arquivos/pdf/book-volume-03-internet.pdf> Acesso em: 26
+
4. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Geografia para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo:SE, 2008. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-GEO-COMP-red-md-20-03.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
jan. 2010.
+
 
-
3. BRASIL. MEC/SEB. Parâmetros Curriculares Nacionais:
+
===1.13 Perfil desejado para o professor de Filosofia===
-
Geografia. Brasília, MEC/SEB, 1998. Disponível
+
 
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em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=comcontent&
+
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view=article&id=12640%25%203Aparametros-curriculares-%
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20nacionais1o-a-4o-series&catid=195%3Aseb-educação-%
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-
20%20basica&Itemid=859> Acesso em: 26 jan. 2010.
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4. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta
+
-
Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Geografia
+
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para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo:
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SE, 2008. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/
+
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portais/Portals/18/arquivos/Prop-GEO-COMP-red-md-20-03.
+
-
pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
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-
1.13 Perfil desejado para o professor de Filosofia
+
Este texto foi elaborado com o objetivo de apresentar,
Este texto foi elaborado com o objetivo de apresentar,
sucintamente, o perfil do profissional da Educação que se vislumbra
sucintamente, o perfil do profissional da Educação que se vislumbra
Linha 2 864: Linha 3 335:
Paulo e, ao mesmo tempo, oferecer informações básicas sobre
Paulo e, ao mesmo tempo, oferecer informações básicas sobre
competências e conteúdos que serão avaliados no concurso.
competências e conteúdos que serão avaliados no concurso.
 +
Quais os elementos de sua formação a serem valorizados para
Quais os elementos de sua formação a serem valorizados para
identificar a capacidade de ensinar a disciplina nas escolas de
identificar a capacidade de ensinar a disciplina nas escolas de
Linha 2 870: Linha 3 342:
deverão ser aplicados – a partir de sua necessária adequação –
deverão ser aplicados – a partir de sua necessária adequação –
nas aulas da Ensino Básica?
nas aulas da Ensino Básica?
 +
Considerando as especificidades de cada nível de ensino,
Considerando as especificidades de cada nível de ensino,
com suas características e objetivos próprios, este documento
com suas características e objetivos próprios, este documento
Linha 2 880: Linha 3 353:
possam comprometer os padrões de qualidade que deve
possam comprometer os padrões de qualidade que deve
ter a Escola Pública.
ter a Escola Pública.
 +
Os cursos de graduação em Filosofia oferecidos no País,
Os cursos de graduação em Filosofia oferecidos no País,
como é sabido, visam à formação de bacharéis e/ou licenciados.
como é sabido, visam à formação de bacharéis e/ou licenciados.
Linha 2 899: Linha 3 373:
do Ensino Médio o legado da tradição e o gosto pelo pensamento
do Ensino Médio o legado da tradição e o gosto pelo pensamento
inovador, crítico e independente”. (1)
inovador, crítico e independente”. (1)
 +
A partir desses compromissos, com o objetivo de orientar
A partir desses compromissos, com o objetivo de orientar
os candidatos em sua preparação para o concurso, apresentamos
os candidatos em sua preparação para o concurso, apresentamos
Linha 2 905: Linha 3 380:
foi elaborado em direta sintonia com o currículo implantado,
foi elaborado em direta sintonia com o currículo implantado,
em 2008, pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.
em 2008, pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.
 +
I – Temas e conteúdos:
I – Temas e conteúdos:
 +
* o ensino de filosofia e suas indagações na atualidade.
* o ensino de filosofia e suas indagações na atualidade.
 +
A tradução do saber filosófico. Estratégias didáticas e seleção
A tradução do saber filosófico. Estratégias didáticas e seleção
dos conteúdos. Os objetivos da filosofia no Ensino Médio. A
dos conteúdos. Os objetivos da filosofia no Ensino Médio. A
contribuição das aulas de filosofia para o desenvolvimento do
contribuição das aulas de filosofia para o desenvolvimento do
senso crítico.
senso crítico.
 +
* a Filosofia: a atitude filosófica e o seu caráter crítico,
* a Filosofia: a atitude filosófica e o seu caráter crítico,
reflexivo e sistemático. Temas e áreas tradicionais da filosofia:
reflexivo e sistemático. Temas e áreas tradicionais da filosofia:
Linha 2 916: Linha 3 395:
Teoria do Conhecimento, Lógica e Filosofia da arte
Teoria do Conhecimento, Lógica e Filosofia da arte
ou Estética.
ou Estética.
 +
* Técnica e ciência. A ciência e seus métodos. A razão instrumental.
* Técnica e ciência. A ciência e seus métodos. A razão instrumental.
O pensamento filosófico e sua relação com as ciências.
O pensamento filosófico e sua relação com as ciências.
 +
* o pensamento filosófico e as concepções de política:
* o pensamento filosófico e as concepções de política:
a política antiga e medieval. O liberalismo: antecedentes e
a política antiga e medieval. O liberalismo: antecedentes e
desenvolvimento. O socialismo. A democracia: histórico do ideal
desenvolvimento. O socialismo. A democracia: histórico do ideal
democrático. A cidadania.
democrático. A cidadania.
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* o racionalismo ético e os princípios da vida moral:
* o racionalismo ético e os princípios da vida moral:
Sócrates e Aristóteles. Os epicuristas, hedonistas e estóicos. O
Sócrates e Aristóteles. Os epicuristas, hedonistas e estóicos. O
formalismo kantiano. Os críticos do racionalismo ético.
formalismo kantiano. Os críticos do racionalismo ético.
 +
* Temas contemporâneos: os direitos humanos – ideal e
* Temas contemporâneos: os direitos humanos – ideal e
histórico.
histórico.
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* História da Filosofia: Os modos de pensar que antecederam
* História da Filosofia: Os modos de pensar que antecederam
a filosofia na Grécia Antiga: o mito e a tragédia. As condições
a filosofia na Grécia Antiga: o mito e a tragédia. As condições
Linha 2 940: Linha 3 424:
técnica. A noção de ideologia. A inserção das questões econômicas
técnica. A noção de ideologia. A inserção das questões econômicas
e sociais. Os questionamentos da filosofia da existência.
e sociais. Os questionamentos da filosofia da existência.
-
1.13.1 o professor de Filosofia deve apresentar o seguinte
+
 
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perfil:
+
====1.13.1 o professor de Filosofia deve apresentar o seguinte perfil:====
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As características de um professor de Filosofia para atuar na
As características de um professor de Filosofia para atuar na
escola básica devem associar domínio do conhecimento específico
escola básica devem associar domínio do conhecimento específico
Linha 2 951: Linha 3 436:
oportuna afirmação de Kant de que “não se ensina Filosofia,
oportuna afirmação de Kant de que “não se ensina Filosofia,
ensina-se a Filosofar”, espera-se que o candidato esteja apto a:
ensina-se a Filosofar”, espera-se que o candidato esteja apto a:
 +
1. Elaborar reflexões sobre o caráter crítico, reflexivo e
1. Elaborar reflexões sobre o caráter crítico, reflexivo e
sistemático da atitude filosófica, aplicadas aos temas e áreas
sistemático da atitude filosófica, aplicadas aos temas e áreas
Linha 2 956: Linha 3 442:
Filosofia Política, Epistemologia, Teoria do Conhecimento, Lógica
Filosofia Política, Epistemologia, Teoria do Conhecimento, Lógica
e Filosofia da arte ou Estética.
e Filosofia da arte ou Estética.
 +
2. Identificar e desenvolver reflexões sobre as principais
2. Identificar e desenvolver reflexões sobre as principais
características da Filosofia Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea.
características da Filosofia Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea.
 +
3. Desenvolver com os alunos formas de consciência crítica
3. Desenvolver com os alunos formas de consciência crítica
sobre conhecimento, razão e realidade social, histórica e política,
sobre conhecimento, razão e realidade social, histórica e política,
formulando e propondo, em linguagem filosófica, soluções para
formulando e propondo, em linguagem filosófica, soluções para
problemas nos diversos campos do conhecimento;
problemas nos diversos campos do conhecimento;
 +
4. Analisar e interpretar textos teóricos, segundo os procedimentos
4. Analisar e interpretar textos teóricos, segundo os procedimentos
de técnica hermenêutica;
de técnica hermenêutica;
 +
5. Compreender a importância das questões acerca do
5. Compreender a importância das questões acerca do
sentido e da significação da própria existência e das produções
sentido e da significação da própria existência e das produções
culturais;
culturais;
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6. Identificar a integração necessária entre a Filosofia e a
6. Identificar a integração necessária entre a Filosofia e a
produção científica e artística, bem como com o agir pessoal
produção científica e artística, bem como com o agir pessoal
e político;
e político;
 +
7. Aplicar o conhecimento filosófico na análise de temas e
7. Aplicar o conhecimento filosófico na análise de temas e
problemas contemporâneos, relacionados aos direitos humanos
problemas contemporâneos, relacionados aos direitos humanos
e às questões de alteridade, visando à compreensão e superação
e às questões de alteridade, visando à compreensão e superação
das variadas formas de preconceito e humilhação.
das variadas formas de preconceito e humilhação.
 +
8. Relacionar o exercício da crítica filosófica com a promoção
8. Relacionar o exercício da crítica filosófica com a promoção
integral da cidadania e com o respeito à pessoa, dentro da
integral da cidadania e com o respeito à pessoa, dentro da
tradição histórica de defesa dos direitos humanos.
tradição histórica de defesa dos direitos humanos.
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9. Reconhecer e analisar os principais elementos formadores
9. Reconhecer e analisar os principais elementos formadores
dos conceitos de Mito, Cultura, Alteridade, Etnocentrismo e
dos conceitos de Mito, Cultura, Alteridade, Etnocentrismo e
Relativismo Cultural.
Relativismo Cultural.
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10. Reconhecer em textos e/ou imagens elementos que
10. Reconhecer em textos e/ou imagens elementos que
identifiquem o papel da Arte na inserção ao universo subjetivo
identifiquem o papel da Arte na inserção ao universo subjetivo
das representações simbólicas.
das representações simbólicas.
-
1.13.2 Habilidades do professor de Filosofia
+
 
 +
====1.13.2 Habilidades do professor de Filosofia====
 +
 
1. A partir de textos, analisar as correntes do pensamento
1. A partir de textos, analisar as correntes do pensamento
filosófico, para compreender de que forma foram construídos os
filosófico, para compreender de que forma foram construídos os
alicerces do conhecimento científico e da cultura, em diferentes
alicerces do conhecimento científico e da cultura, em diferentes
tempos e por diferentes povos.
tempos e por diferentes povos.
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2. Analisar e interpretar textos teóricos, segundo os procedimentos
2. Analisar e interpretar textos teóricos, segundo os procedimentos
de técnica hermenêutica.
de técnica hermenêutica.
 +
3. Identificar, a partir de textos, as principais características
3. Identificar, a partir de textos, as principais características
da Filosofia Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea.
da Filosofia Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea.
 +
4. A partir de textos, analisar os pressupostos do conhecimento
4. A partir de textos, analisar os pressupostos do conhecimento
científico, reconhecendo e analisando os principais
científico, reconhecendo e analisando os principais
fatores sócio-culturais que interferem na atividade científica.
fatores sócio-culturais que interferem na atividade científica.
 +
5. Construir uma visão crítica da ciência, superando o entendimento
5. Construir uma visão crítica da ciência, superando o entendimento
de conhecimento científico como verdade absoluta.
de conhecimento científico como verdade absoluta.
 +
6. Desenvolver noções sobre os limites da racionalidade
6. Desenvolver noções sobre os limites da racionalidade
e, ao mesmo tempo, abrir espaço para o diálogo baseado nas
e, ao mesmo tempo, abrir espaço para o diálogo baseado nas
questões de alteridade.
questões de alteridade.
 +
7. Reconhecer e analisar os principais elementos formadores
7. Reconhecer e analisar os principais elementos formadores
dos conceitos de Mito, Cultura, Alteridade, Etnocentrismo e
dos conceitos de Mito, Cultura, Alteridade, Etnocentrismo e
Relativismo Cultural.
Relativismo Cultural.
 +
8. Estabelecer a distinção entre o “filosofar” espontâneo,
8. Estabelecer a distinção entre o “filosofar” espontâneo,
próprio do senso comum, e o filosofar propriamente dito, típico
próprio do senso comum, e o filosofar propriamente dito, típico
dos filósofos especialistas;
dos filósofos especialistas;
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9. Reconhecer em textos e/ou imagens elementos que identifiquem
9. Reconhecer em textos e/ou imagens elementos que identifiquem
o papel da arte na inserção ao universo subjetivo das
o papel da arte na inserção ao universo subjetivo das
representações simbólicas.
representações simbólicas.
 +
10. Compreender de que forma os fundamentos da Filosofia
10. Compreender de que forma os fundamentos da Filosofia
Política permitem identificar as funções do Estado, suas diversas
Política permitem identificar as funções do Estado, suas diversas
concepções e as formas como as teorias políticas interferem no
concepções e as formas como as teorias políticas interferem no
desenho das sociedades.
desenho das sociedades.
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11. Compreender as diferenças entre moral e ética e identificar,
11. Compreender as diferenças entre moral e ética e identificar,
a partir da História da Filosofia, os fundamentos básicos
a partir da História da Filosofia, os fundamentos básicos
da Ética e dos valores que a definem, por meio de textos queexpressem o pensamento filosófico de Sócrates, Aristóteles e
da Ética e dos valores que a definem, por meio de textos queexpressem o pensamento filosófico de Sócrates, Aristóteles e
Epicuro.
Epicuro.
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12. Analisar, por meio de textos e/ou iconografias, situações
12. Analisar, por meio de textos e/ou iconografias, situações
que expressem individualidades falsas ou pseudo-individualidades,
que expressem individualidades falsas ou pseudo-individualidades,
a partir da industrialização e produção em série de
a partir da industrialização e produção em série de
mercadorias culturais.
mercadorias culturais.
 +
13. Desenvolver reflexões sobre os conceitos de indústria
13. Desenvolver reflexões sobre os conceitos de indústria
cultural e alienação moral e suas relações com os meios de
cultural e alienação moral e suas relações com os meios de
comunicação.
comunicação.
 +
14. Desenvolver reflexões sobre a condição estética e existencial
14. Desenvolver reflexões sobre a condição estética e existencial
dos seres humanos.
dos seres humanos.
 +
15. Analisar as relações entre cultura e natureza.
15. Analisar as relações entre cultura e natureza.
 +
16. Compreender os fundamentos e conceitos centrais das
16. Compreender os fundamentos e conceitos centrais das
principais correntes do pensamento político contemporâneo
principais correntes do pensamento político contemporâneo
(anarquismo, socialismo e liberalismo).
(anarquismo, socialismo e liberalismo).
 +
17. Problematizar o mundo do trabalho e da política a partir
17. Problematizar o mundo do trabalho e da política a partir
de teorias filosóficas.
de teorias filosóficas.
 +
18. Compreender o conceito de liberdade com base nas
18. Compreender o conceito de liberdade com base nas
teorias filosóficas.
teorias filosóficas.
 +
19. Analisar a condição dos seres humanos, a partir de
19. Analisar a condição dos seres humanos, a partir de
reflexão filosófica sobre diferenças e igualdades entre homens
reflexão filosófica sobre diferenças e igualdades entre homens
e mulheres.
e mulheres.
 +
20. Reconhecer a relevância da reflexão filosófica para
20. Reconhecer a relevância da reflexão filosófica para
análise dos temas e problemas que atingem as sociedades contemporâneas,
análise dos temas e problemas que atingem as sociedades contemporâneas,
especialmente os relacionados às variadas formas
especialmente os relacionados às variadas formas
de preconceito e humilhação.
de preconceito e humilhação.
-
1.13.3 Bibliografia para Filosofia
+
 
-
1. ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo:
+
====1.13.3 Bibliografia para Filosofia====
-
Martins Fontes, 2007.
+
 
-
2. ARENDT, Hannah. A condição humana. 10. ed. Rio de
+
1. ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
-
Janeiro: Forense Universitária, 2005.
+
 
 +
2. ARENDT, Hannah. A condição humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.
 +
 
3. ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
3. ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
-
4. CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia, 13. ed. São Paulo:
+
 
-
Ática, 2003.
+
4. CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia, 13. ed. São Paulo: Ática, 2003.
-
5. COMTE-SPONVILLE, André. Apresentação da filosofia. São
+
 
-
Paulo: Martins Fontes, 2003.
+
5. COMTE-SPONVILLE, André. Apresentação da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
-
6. DESCARTES, René. Discurso do Método/Meditações. São
+
 
-
Paulo: Martin Claret, 2008.
+
6. DESCARTES, René. Discurso do Método/Meditações. São Paulo: Martin Claret, 2008.
-
7. EPICURO. Pensamentos. São Paulo: Martin Claret, 2005.
+
 
-
(A Obra-Prima de cada autor).
+
7. EPICURO. Pensamentos. São Paulo: Martin Claret, 2005. (A Obra-Prima de cada autor).
-
8. MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de ética: de Platão a
+
 
-
Foucault. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.
+
8. MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de ética: de Platão a Foucault. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.
-
9. MORIN, Edgar. Ciência com consciência. 6. ed. Rio de
+
 
-
Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
+
9. MORIN, Edgar. Ciência com consciência. 6. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
-
10. MORTARI, Cezar. Introdução à lógica. São Paulo: UNESP,
+
 
-
2001.
+
10. MORTARI, Cezar. Introdução à lógica. São Paulo: UNESP, 2001.
 +
 
11. PLATÃO. A República. São Paulo: Martin Claret, 2000.
11. PLATÃO. A República. São Paulo: Martin Claret, 2000.
-
12. RIDENTI, Marcelo; REIS, Daniel Aarão (Org.). História do
+
 
-
Marxismo no Brasil: partidos e movimentos após os anos 1960.
+
12. RIDENTI, Marcelo; REIS, Daniel Aarão (Org.). História do Marxismo no Brasil: partidos e movimentos após os anos 1960. Campinas: UNICAMP, 2007. v. 6.
-
Campinas: UNICAMP, 2007. v. 6.
+
 
-
13. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. Disponível
+
13. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. Disponível em: [http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/contrato.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
em: <http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/contrato.pdf> Acesso em:
+
 
-
26 jan. 2010.
+
14. WEFFORT, Francisco C. (Org.) Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 2006. v. 1 e 2.
-
14. WEFFORT, Francisco C. (Org.) Os clássicos da política.
+
 
-
São Paulo: Ática, 2006. v. 1 e 2.
+
15. WIGGERSHAUS, Rolf: a Escola de Frankfurt. História, desenvolvimento teórico, significação política. Rio de Janeiro: DIFEL, 2002.
-
15. WIGGERSHAUS, Rolf: a Escola de Frankfurt. História,
+
 
-
desenvolvimento teórico, significação política. Rio de Janeiro:
+
====1.13.4 Documentos====
-
DIFEL, 2002.
+
 
-
1.13.4 Documentos
+
1. BRASIL. MEC/SEB. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias: Filosofia. Brasília,MEC/SEB, 2006. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book-volume-03-internet.pdf] Acesso em: 26 jan.2010.
-
1. BRASIL. MEC/SEB. Orientações Curriculares para o Ensino
+
 
-
Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias: Filosofia. Brasília,
+
2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Filosofia para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-FILO-COMP-red-md-20-03.pdf] e [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Grade-FILO-Volume-1-cor.pdf] Acessos em: 26 jan. 2010.
-
MEC/SEB, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/
+
 
-
arquivos/pdf/book-volume-03-internet.pdf> Acesso em: 26 jan.
+
===1.14 Perfil desejado para o professor de Sociologia===
-
2010.
+
 
-
2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta
+
-
Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Filosofia para
+
-
o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: <http://
+
-
www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop-
+
-
FILO-COMP-red-md-20-03.pdf> e <http://www.rededosaber.
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sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Grade-FILO-Volume-1-cor.
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pdf> Acessos em: 26 jan. 2010.
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1.14 Perfil desejado para o professor de Sociologia
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O ensino da sociologia não envolve apenas a manipulação e
O ensino da sociologia não envolve apenas a manipulação e
o domínio da discussão sociológica contemporânea ou clássica,
o domínio da discussão sociológica contemporânea ou clássica,
Linha 3 096: Linha 3 607:
questões mais amplas da atualidade, por meio da discussão de
questões mais amplas da atualidade, por meio da discussão de
temas consagrados da análise sociológica.
temas consagrados da análise sociológica.
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1.14.1 o professor de Sociologia deve apresentar o seguinte
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perfil:
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====1.14.1 o professor de Sociologia deve apresentar o seguinte perfil:====
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1. Contribuir para o estabelecimento da distinção entre o
1. Contribuir para o estabelecimento da distinção entre o
conhecimento de senso comum e o conhecimento científico,
conhecimento de senso comum e o conhecimento científico,
e explicitar a especificidade da tarefa do sociólogo enquanto
e explicitar a especificidade da tarefa do sociólogo enquanto
cientista social.
cientista social.
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2. Entender que o conhecimento sociológico é produzido
2. Entender que o conhecimento sociológico é produzido
a partir de uma postura diante dos fatos sociais, marcada pelo
a partir de uma postura diante dos fatos sociais, marcada pelo
Linha 3 107: Linha 3 620:
processos sociais são fruto de fenômenos históricos, culturais
processos sociais são fruto de fenômenos históricos, culturais
e sociais.
e sociais.
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3. Compreender que o ensino da sociologia deve ter como
3. Compreender que o ensino da sociologia deve ter como
objetivo desenvolver no aluno um olhar sociológico ou uma
objetivo desenvolver no aluno um olhar sociológico ou uma
sensibilidade sociológica que lhe permita entender o seu lugar
sensibilidade sociológica que lhe permita entender o seu lugar
na sociedade e situar-se nela.
na sociedade e situar-se nela.
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4. Dominar os conhecimentos sociológicos necessários que
4. Dominar os conhecimentos sociológicos necessários que
permitam ao aluno perceber as dinâmicas de relação e interação
permitam ao aluno perceber as dinâmicas de relação e interação
sociais e construir explicações a respeito da sociedade e de suas
sociais e construir explicações a respeito da sociedade e de suas
transformações.
transformações.
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5. Compreender que o ensino das ciências sociais deve
5. Compreender que o ensino das ciências sociais deve
propiciar o conhecimento da e o respeito à sociedade brasileira,
propiciar o conhecimento da e o respeito à sociedade brasileira,
de sua posição no contexto internacional, bem como da diversidade,
de sua posição no contexto internacional, bem como da diversidade,
das desigualdades e diferenças que a constituem.
das desigualdades e diferenças que a constituem.
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6. Ser capaz de, ao desenvolver as atividades pedagógicas,
6. Ser capaz de, ao desenvolver as atividades pedagógicas,
a partir do aluno, do seu contexto social de origem, das suas
a partir do aluno, do seu contexto social de origem, das suas
vivências e experiências como forma de introdução, desenvolvimento
vivências e experiências como forma de introdução, desenvolvimento
e apreensão do saber sociológico.
e apreensão do saber sociológico.
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7. Promover e valorizar a capacidade de elaboração de um
7. Promover e valorizar a capacidade de elaboração de um
conhecimento crítico a respeito das questões sociais, incentivando
conhecimento crítico a respeito das questões sociais, incentivando
a autonomia intelectual.
a autonomia intelectual.
 +
8. Reconhecer a importância da formalização dos direitos
8. Reconhecer a importância da formalização dos direitos
de cidadania, do conhecimento sobre o papel do cidadão e da
de cidadania, do conhecimento sobre o papel do cidadão e da
Linha 3 131: Linha 3 650:
que capacitem o aluno a exercer de forma plena e consciente
que capacitem o aluno a exercer de forma plena e consciente
seus direitos e deveres civis, sociais e políticos.
seus direitos e deveres civis, sociais e políticos.
 +
9. Dominar as teorias clássicas e contemporâneas da sociologia,
9. Dominar as teorias clássicas e contemporâneas da sociologia,
das metodologias científicas de investigação e das formas
das metodologias científicas de investigação e das formas
de ensiná-las, adequando-as à capacidade cognitiva dos alunos.
de ensiná-las, adequando-as à capacidade cognitiva dos alunos.
 +
10. Reconhecer a importância da pesquisa como recurso
10. Reconhecer a importância da pesquisa como recurso
didático fundamental para o desenvolvimento do olhar sociológico,
didático fundamental para o desenvolvimento do olhar sociológico,
Linha 3 141: Linha 3 662:
para a elaboração de um projeto de pesquisa, a definição do
para a elaboração de um projeto de pesquisa, a definição do
problema de investigação e o levantamento e análise de dados.
problema de investigação e o levantamento e análise de dados.
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1.14.2 Habilidades do professor de Sociologia
+
 
 +
====1.14.2 Habilidades do professor de Sociologia====
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1. Reconhecer a especificidade do conhecimento sociológico,
1. Reconhecer a especificidade do conhecimento sociológico,
enquanto forma de conhecimento científico que permite
enquanto forma de conhecimento científico que permite
Linha 3 149: Linha 3 672:
sociológicas e a compreensão do processo de nascimento e
sociológicas e a compreensão do processo de nascimento e
desenvolvimento da sociologia.
desenvolvimento da sociologia.
 +
2. Entender o significado antropológico do estranhamento
2. Entender o significado antropológico do estranhamento
como postura metodológica que orienta a prática científica, com
como postura metodológica que orienta a prática científica, com
Linha 3 155: Linha 3 679:
lidade social questionando-a e construindo um distanciamento
lidade social questionando-a e construindo um distanciamento
em relação a ela.
em relação a ela.
 +
3. Compreender a desnaturalização como a atitude de não
3. Compreender a desnaturalização como a atitude de não
tomar como naturais os acontecimentos, as explicações e concepções
tomar como naturais os acontecimentos, as explicações e concepções
existentes a respeito da vida em sociedade, recusando
existentes a respeito da vida em sociedade, recusando
os argumentos que “naturalizam” as ações e relações sociais.
os argumentos que “naturalizam” as ações e relações sociais.
 +
4. Identificar o processo social básico na vida de todo
4. Identificar o processo social básico na vida de todo
ser humano – o processo de socialização – determinando
ser humano – o processo de socialização – determinando
Linha 3 167: Linha 3 693:
e modos de pensar que fazem parte da herança cultural de um
e modos de pensar que fazem parte da herança cultural de um
grupo social humano.
grupo social humano.
 +
5. Compreender como se dá a construção social da identidade,
5. Compreender como se dá a construção social da identidade,
explicitando seu caráter processual e relacional, considerando
explicitando seu caráter processual e relacional, considerando
Linha 3 174: Linha 3 701:
símbolos que ajudam o indivíduo a construir identidades para
símbolos que ajudam o indivíduo a construir identidades para
si e para o outro.
si e para o outro.
 +
6. Apreender a ideia de cultura de um ponto de vista
6. Apreender a ideia de cultura de um ponto de vista
antropológico e identificar suas características. Reconhecer
antropológico e identificar suas características. Reconhecer
Linha 3 180: Linha 3 708:
instinto da vida dos homens, considerando que a humanidade
instinto da vida dos homens, considerando que a humanidade
só existe na diferença.
só existe na diferença.
 +
7. Identificar o que une e o que diferencia os seres humanos,
7. Identificar o que une e o que diferencia os seres humanos,
qual é a relação do homem com seus instintos e o que o
qual é a relação do homem com seus instintos e o que o
Linha 3 186: Linha 3 715:
geográfico e seus limites e possibilidades para a compreensão
geográfico e seus limites e possibilidades para a compreensão
das diferenças entre os homens.
das diferenças entre os homens.
 +
8. Reconhecer a existência da desigualdade social, apontando
8. Reconhecer a existência da desigualdade social, apontando
as diferenças que situam indivíduos e grupos em posições
as diferenças que situam indivíduos e grupos em posições
Linha 3 193: Linha 3 723:
da pele, classe etc. e que estabelecem diferenças no acesso às
da pele, classe etc. e que estabelecem diferenças no acesso às
condições de vida.
condições de vida.
 +
9. Compreender criticamente a noção de raça e etnia.
9. Compreender criticamente a noção de raça e etnia.
Distinguir as diferentes abordagens sociológicas do conceito de
Distinguir as diferentes abordagens sociológicas do conceito de
classe e de estratificação social.
classe e de estratificação social.
 +
10. Conhecer as reflexões acerca do trabalho de Émile
10. Conhecer as reflexões acerca do trabalho de Émile
Durkheim: Compreender os conceitos de çõesão social, solidariedade
Durkheim: Compreender os conceitos de çõesão social, solidariedade
e a função da divisão social do trabalho em Durkheim.
e a função da divisão social do trabalho em Durkheim.
 +
11. Conhecer as reflexões acerca do trabalho de Karl Marx.
11. Conhecer as reflexões acerca do trabalho de Karl Marx.
Identificar o trabalho como mediação entre o homem e a natureza
Identificar o trabalho como mediação entre o homem e a natureza
Linha 3 205: Linha 3 738:
de fetichismo da mercadoria, alienação no processo de produção
de fetichismo da mercadoria, alienação no processo de produção
capitalista e acumulação primitiva.
capitalista e acumulação primitiva.
 +
12. Conhecer as reflexões acerca do trabalho de Max Weber.
12. Conhecer as reflexões acerca do trabalho de Max Weber.
Entender a afinidade eletiva entre a ética protestante e o espírito
Entender a afinidade eletiva entre a ética protestante e o espírito
do capitalismo.
do capitalismo.
 +
13. Explicar as transformações no processo e na organização
13. Explicar as transformações no processo e na organização
do trabalho e suas implicações no emprego e desemprego
do trabalho e suas implicações no emprego e desemprego
Linha 3 213: Linha 3 748:
mais atingidas pelo desemprego no Brasil. Ter noções da situação
mais atingidas pelo desemprego no Brasil. Ter noções da situação
do jovem no mercado de trabalho brasileiro.
do jovem no mercado de trabalho brasileiro.
 +
14. Identificar criticamente a problemática da violência no
14. Identificar criticamente a problemática da violência no
contexto brasileiro. Reconhecer as diferentes formas de violência:
contexto brasileiro. Reconhecer as diferentes formas de violência:
simbólica, física e psicológica.
simbólica, física e psicológica.
 +
15. Identificar e compreender de forma crítica como a violência
15. Identificar e compreender de forma crítica como a violência
doméstica, a violência sexual e a violência na escola são
doméstica, a violência sexual e a violência na escola são
Linha 3 221: Linha 3 758:
crítica quanto ao papel de professores, gestores e alunos na
crítica quanto ao papel de professores, gestores e alunos na
produção e reprodução da violência.
produção e reprodução da violência.
 +
16. Analisar criticamente as condições de exercício da
16. Analisar criticamente as condições de exercício da
cidadania no Brasil ao longo da sua história. Distinguir o que
cidadania no Brasil ao longo da sua história. Distinguir o que
Linha 3 227: Linha 3 765:
brasileiro e a constituição dos direitos civis, políticos, sociais e
brasileiro e a constituição dos direitos civis, políticos, sociais e
humanos no Brasil.
humanos no Brasil.
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17. Elaborar uma reflexão crítica sobre a formalização dos
17. Elaborar uma reflexão crítica sobre a formalização dos
direitos da cidadania e as suas possibilidades de efetivação,
direitos da cidadania e as suas possibilidades de efetivação,
Linha 3 233: Linha 3 772:
da cidadania e identificar a ampliação dos direitos de cidadania
da cidadania e identificar a ampliação dos direitos de cidadania
a grupos sociais específicos, como mulheres, indígenas e negros.
a grupos sociais específicos, como mulheres, indígenas e negros.
 +
18. Compreender os conceitos, os elementos constitutivos
18. Compreender os conceitos, os elementos constitutivos
e as características do Estado. Distinguir entre os conceitos
e as características do Estado. Distinguir entre os conceitos
Linha 3 238: Linha 3 778:
Estado moderno e identificar e reconhecer diferentes sistemas
Estado moderno e identificar e reconhecer diferentes sistemas
de governo.
de governo.
 +
19. Analisar a organização política do Estado brasileiro,
19. Analisar a organização política do Estado brasileiro,
com a divisão dos Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) e
com a divisão dos Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) e
identificando sua natureza e funções.
identificando sua natureza e funções.
 +
20. Demonstrar noções claras sobre o funcionamento das
20. Demonstrar noções claras sobre o funcionamento das
eleições no Brasil, a formação dos partidos, a importância do
eleições no Brasil, a formação dos partidos, a importância do
voto e o papel do eleitor no sistema democrático.
voto e o papel do eleitor no sistema democrático.
-
1.14.3 Bibliografia para Sociologia
+
 
 +
====1.14.3 Bibliografia para Sociologia====
 +
 
1. BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social
1. BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social
da realidade, Petrópolis: Vozes, 2006.
da realidade, Petrópolis: Vozes, 2006.
 +
2. BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista: a
2. BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista: a
degradação do trabalho no século XX. Rio de Janeiro: LTC, 1987.
degradação do trabalho no século XX. Rio de Janeiro: LTC, 1987.
cap. 1, 2 e 3.
cap. 1, 2 e 3.
 +
3. BRYM, Robert, J. et al. Sociologia: uma bússola para um
3. BRYM, Robert, J. et al. Sociologia: uma bússola para um
novo mundo. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
novo mundo. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
 +
4. CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. Rio de
4. CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
 +
5. CICCO, C.; GONZAGA, Álvaro de A. Teoria Geral do Estado
5. CICCO, C.; GONZAGA, Álvaro de A. Teoria Geral do Estado
e Ciência Política. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.
e Ciência Política. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.
 +
6. CUCHE, Dennys. A noção de cultura nas ciências sociais.
6. CUCHE, Dennys. A noção de cultura nas ciências sociais.
2. ed. Bauru: EDUSC, 2002.
2. ed. Bauru: EDUSC, 2002.
 +
7. DAMATTA, Roberto. A Antropologia no quadro das ciências.
7. DAMATTA, Roberto. A Antropologia no quadro das ciências.
In: -------. Relativizando: uma introdução à antropologia
In: -------. Relativizando: uma introdução à antropologia
social. Rio de Janeiro: Rocco, 1981. p. 17-57.
social. Rio de Janeiro: Rocco, 1981. p. 17-57.
 +
8. DUBAR, Claude. A socialização: construção das identidades
8. DUBAR, Claude. A socialização: construção das identidades
sociais e profissionais. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
sociais e profissionais. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
 +
9. GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed,
9. GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed,
2008.
2008.
 +
10. GOFFMANN, Erving. A representação do Eu na vida
10. GOFFMANN, Erving. A representação do Eu na vida
cotidiana. Petrópolis: Vozes, 2009.
cotidiana. Petrópolis: Vozes, 2009.
 +
11. GUIMARÃES, Antonio Sérgio A. Racismo e anti-racismo
11. GUIMARÃES, Antonio Sérgio A. Racismo e anti-racismo
no Brasil. 34. ed. São Paulo: Fundação de Apoio à Universidade
no Brasil. 34. ed. São Paulo: Fundação de Apoio à Universidade
de São Paulo, 1999.
de São Paulo, 1999.
 +
12. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico.
12. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico.
23. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.
23. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.
 +
13. MARRA, Célia A. dos Santos. Violência escolar: a percepção
13. MARRA, Célia A. dos Santos. Violência escolar: a percepção
dos atores escolares e a repercussão no cotidiano da escola.
dos atores escolares e a repercussão no cotidiano da escola.
São Paulo: Annablume, 2007.
São Paulo: Annablume, 2007.
 +
14. PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla B. (org.) História da Cidadania.
14. PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla B. (org.) História da Cidadania.
São Paulo: Contexto, 2003.
São Paulo: Contexto, 2003.
 +
15. SANTOS, Vicente Tavares dos. Violências e conflitualidades.
15. SANTOS, Vicente Tavares dos. Violências e conflitualidades.
Porto Alegre: Tomo Editorial, 2009.
Porto Alegre: Tomo Editorial, 2009.
-
1.14.4 Documentos para Sociologia
+
 
-
1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta
+
====1.14.4 Documentos para Sociologia====
-
Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Sociologia
+
 
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para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2009. Disponível em:
+
1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Sociologia para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2009. Disponível em: [http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/PPC-soc-revisado.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
<http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/
+
 
-
PPC-soc-revisado.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
==2 PERFIL DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL==
-
2 PERFIL DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
+
 
O professor atuante na modalidade de Educação Especial
O professor atuante na modalidade de Educação Especial
deve ter como princípio a Educação Inclusiva, partindo do
deve ter como princípio a Educação Inclusiva, partindo do
pressuposto de que todos os alunos têm direito de estar juntos,
pressuposto de que todos os alunos têm direito de estar juntos,
convivendo e aprendendo.
convivendo e aprendendo.
 +
O professor especializado deve estar atento às possibilidades
O professor especializado deve estar atento às possibilidades
de acesso, tanto físico como de comunicação, a partir
de acesso, tanto físico como de comunicação, a partir
do conhecimento dos recursos necessários e disponíveis, o que
do conhecimento dos recursos necessários e disponíveis, o que
permite o desenvolvimento pleno do humano.
permite o desenvolvimento pleno do humano.
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Aliado a isso, coloca-se a questão didática, pois o professor
Aliado a isso, coloca-se a questão didática, pois o professor
especializado deve ter a clareza das características próprias
especializado deve ter a clareza das características próprias
Linha 3 301: Linha 3 861:
próprio deste último a competência para trabalhar com o aluno
próprio deste último a competência para trabalhar com o aluno
as questões relativas às dificuldades geradas pela deficiência.
as questões relativas às dificuldades geradas pela deficiência.
 +
Não pode ser esquecida, também, a amplitude do olhar que
Não pode ser esquecida, também, a amplitude do olhar que
o professor especializado deve ter em relação a seus colegas da
o professor especializado deve ter em relação a seus colegas da
sala comum, à equipe escolar como um todo e à comunidade,
sala comum, à equipe escolar como um todo e à comunidade,
principalmente, à família do aluno.
principalmente, à família do aluno.
 +
Enfim, impõe-se ao professor especializado a percepção
Enfim, impõe-se ao professor especializado a percepção
das contínuas mudanças sociais que foram se concretizando ao
das contínuas mudanças sociais que foram se concretizando ao
longo do tempo, tendo como referência a questão da diversidade.
longo do tempo, tendo como referência a questão da diversidade.
 +
Neste contexto, é importante o conhecimento da evolução
Neste contexto, é importante o conhecimento da evolução
das políticas públicas, refletidas na legislação atual, principalmente
das políticas públicas, refletidas na legislação atual, principalmente
no que se refere ao Brasil e ao estado de São Paulo.
no que se refere ao Brasil e ao estado de São Paulo.
-
2.1 o professor de Educação Especial deve apresentar o
+
 
-
seguinte perfil
+
===2.1 o professor de Educação Especial deve apresentar o seguinte perfil:===
 +
 
1. Demonstrar conhecimento dos aspectos históricos da
1. Demonstrar conhecimento dos aspectos históricos da
relação da sociedade com as deficiências e com a pessoa portadora
relação da sociedade com as deficiências e com a pessoa portadora
de deficiência.
de deficiência.
 +
2. Conhecer as várias tendências de abordagem teórica da
2. Conhecer as várias tendências de abordagem teórica da
educação em relação às pessoas que apresentam necessidades
educação em relação às pessoas que apresentam necessidades
educacionais especiais.
educacionais especiais.
 +
3. Ser capaz de produzir e selecionar material didático com
3. Ser capaz de produzir e selecionar material didático com
vistas ao trabalho pedagógico.
vistas ao trabalho pedagógico.
 +
4. Dominar noções dos aspectos fisiológicos e clínicos das
4. Dominar noções dos aspectos fisiológicos e clínicos das
deficiências.
deficiências.
 +
5. Identificar as necessidades educacionais de cada aluno
5. Identificar as necessidades educacionais de cada aluno
por meio de avaliação pedagógica.
por meio de avaliação pedagógica.
 +
6. Elaborar Plano de Atendimento no Serviço de Apoio
6. Elaborar Plano de Atendimento no Serviço de Apoio
Pedagógico Especializado – SAPE, visando intervenção pedagógica
Pedagógico Especializado – SAPE, visando intervenção pedagógica
nas áreas do desenvolvimento global e encaminhamentos
nas áreas do desenvolvimento global e encaminhamentos
educacionais necessários.
educacionais necessários.
 +
7. Desenvolver com os alunos matriculados em classes
7. Desenvolver com os alunos matriculados em classes
comuns atividades escolares complementares, submetendo-as a
comuns atividades escolares complementares, submetendo-as a
flexibilizações, promovendo adaptações de acesso ao currículo e
flexibilizações, promovendo adaptações de acesso ao currículo e
recursos específicos necessários.
recursos específicos necessários.
 +
8. Conhecer os indicadores que definam a evolução do
8. Conhecer os indicadores que definam a evolução do
aluno em relação ao domínio dos conteúdos curriculares e
aluno em relação ao domínio dos conteúdos curriculares e
elaborar os registros adequados.
elaborar os registros adequados.
 +
9. Interagir com seus pares, com a equipe escolar como
9. Interagir com seus pares, com a equipe escolar como
um todo, com a família e com a comunidade, favorecendo a
um todo, com a família e com a comunidade, favorecendo a
compreensão das características das deficiências.
compreensão das características das deficiências.
 +
10. Utilizar-se das diversas contribuições culturais para facilitar
10. Utilizar-se das diversas contribuições culturais para facilitar
aos alunos sua compreensão e inserção no mundo.
aos alunos sua compreensão e inserção no mundo.
-
2.2 Habilidades do professor de Educação Especial
+
 
-
2.2.1 Deficiência Física
+
===2.2 Habilidades do professor de Educação Especial===
 +
 
 +
====2.2.1 Deficiência Física====
 +
 
1. Identificar os vários aspectos de como se apresentam
1. Identificar os vários aspectos de como se apresentam
a deficiência e decidir sobre os recursos pedagógicos a serem
a deficiência e decidir sobre os recursos pedagógicos a serem
utilizados.
utilizados.
 +
2. Conhecer os Recursos de Comunicação Alternativa.
2. Conhecer os Recursos de Comunicação Alternativa.
 +
3. Conhecer Recursos de Acessibilidade ao Computador.
3. Conhecer Recursos de Acessibilidade ao Computador.
 +
4. Reconhecer e identificar materiais pedagógicos: engrossadores
4. Reconhecer e identificar materiais pedagógicos: engrossadores
de lápis, plano inclinado, tesouras adaptadas, entre
de lápis, plano inclinado, tesouras adaptadas, entre
outros.
outros.
 +
5. Identificar formas adequadas de acompanhamento do
5. Identificar formas adequadas de acompanhamento do
uso dos recursos alternativos em sala de aula comum.
uso dos recursos alternativos em sala de aula comum.
-
2.2.2 Deficiência Auditiva
+
 
 +
====2.2.2 Deficiência Auditiva====
 +
 
1. Identificar aspectos culturais próprios da comunidade
1. Identificar aspectos culturais próprios da comunidade
surda.
surda.
 +
2. Dominar a metodologia de ensino da Língua Portuguesa
2. Dominar a metodologia de ensino da Língua Portuguesa
para Surdos.
para Surdos.
 +
3. Dominar a metodologia do ensino da Língua Brasileira
3. Dominar a metodologia do ensino da Língua Brasileira
de Sinais – LIBRAS.
de Sinais – LIBRAS.
 +
4. Dominar o ensino com LIBRAS.
4. Dominar o ensino com LIBRAS.
 +
5. Reconhecer e identificar materiais didáticos e pedagógicos
5. Reconhecer e identificar materiais didáticos e pedagógicos
com base na pedagogia visual e na Libras, entre outros.
com base na pedagogia visual e na Libras, entre outros.
-
2.2.3 Deficiência Visual
+
 
 +
====2.2.3 Deficiência Visual====
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1. Dominar o ensino do Sistema Braille.
1. Dominar o ensino do Sistema Braille.
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2. Demonstrar o domínio de conhecimentos sobre orientação
2. Demonstrar o domínio de conhecimentos sobre orientação
e mobilidade e sobre atividades da vida autônoma.
e mobilidade e sobre atividades da vida autônoma.
 +
3. Dominar conhecimentos para uso de ferramentas de
3. Dominar conhecimentos para uso de ferramentas de
comunicação: sintetizadores de voz para ler e escrever por meio
comunicação: sintetizadores de voz para ler e escrever por meio
de computador.
de computador.
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4. Dominar a técnica de Soroban.
4. Dominar a técnica de Soroban.
 +
5. Identificar material didático adaptado e adequado, de
5. Identificar material didático adaptado e adequado, de
acordo com a necessidade gerada pela deficiência (visão subnormal
acordo com a necessidade gerada pela deficiência (visão subnormal
ou cegueira).
ou cegueira).
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2.2.4 Deficiência Intelectual
+
 
 +
====2.2.4 Deficiência Intelectual====
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1. Identificar e ser capaz de avaliar a necessidade de elaboração
1. Identificar e ser capaz de avaliar a necessidade de elaboração
de Adaptação Curricular.
de Adaptação Curricular.
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2. Diante de situações de diagnóstico, ser capaz de avaliar a
2. Diante de situações de diagnóstico, ser capaz de avaliar a
necessidade de Currículo Natural Funcional para a vida prática,
necessidade de Currículo Natural Funcional para a vida prática,
e habilidades acadêmicas funcionais.
e habilidades acadêmicas funcionais.
 +
3. Identificar materiais didáticos facilitadores da aprendizagem
3. Identificar materiais didáticos facilitadores da aprendizagem
como alternativas de se atingir o mesmo objetivo proposto
como alternativas de se atingir o mesmo objetivo proposto
para sala do ensino comum, levando em conta os limites impostos
para sala do ensino comum, levando em conta os limites impostos
pela deficiência.
pela deficiência.
 +
4. Identificar habilidades básicas de autogestão e específicas
4. Identificar habilidades básicas de autogestão e específicas
visando o mercado de trabalho.
visando o mercado de trabalho.
 +
5. Reconhecer situações de favorecimento da autonomia do
5. Reconhecer situações de favorecimento da autonomia do
educando com deficiência intelectual.
educando com deficiência intelectual.
-
2.3 Bibliografia para Educação Especial
+
 
-
2.3.1 Deficiências/Inclusão - Geral
+
===2.3 Bibliografia para Educação Especial===
 +
 
 +
====2.3.1 Deficiências/Inclusão - Geral====
 +
 
1. BIANCHETTI, L.; FREIRE, I. M. Um Olhar sobre a Diferença.
1. BIANCHETTI, L.; FREIRE, I. M. Um Olhar sobre a Diferença.
Campinas: Papirus, 1998.
Campinas: Papirus, 1998.
 +
2. CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva com os
2. CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva com os
Pingos nos Is. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.
Pingos nos Is. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.
 +
3. MANTOAN, Maria Teresa Egler. Inclusão Escolar: o que é ?
3. MANTOAN, Maria Teresa Egler. Inclusão Escolar: o que é ?
por quê? como fazer? 2. ed. São Paulo: Moderna, 2006.
por quê? como fazer? 2. ed. São Paulo: Moderna, 2006.
 +
4. MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Educação Especial
4. MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Educação Especial
no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996.
no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996.
 +
5. MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: contextos sociais.
5. MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: contextos sociais.
Porto Alegre: Artmed, 2003.
Porto Alegre: Artmed, 2003.
 +
6. SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma
6. SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma
sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
 +
7. STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para
7. STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para
educadores. Tradução de Magda França Lopes. Porto Alegre:
educadores. Tradução de Magda França Lopes. Porto Alegre:
Artmed, 1999.
Artmed, 1999.
-
2.3.2 Deficiência Auditiva
+
 
 +
====2.3.2 Deficiência Auditiva====
 +
 
8. GOES, M. C. R. de. Linguagem, Surdez e Educação. Campinas:
8. GOES, M. C. R. de. Linguagem, Surdez e Educação. Campinas:
Autores Associados, 1996.
Autores Associados, 1996.
 +
9. GOLDFELD, M. A criança surda: linguagem e cognição
9. GOLDFELD, M. A criança surda: linguagem e cognição
numa perspectiva sóciointeracionista. São Paulo: Plexus, 1997.
numa perspectiva sóciointeracionista. São Paulo: Plexus, 1997.
 +
10. SKLIAR, Carlos. A surdez: um olhar sobre as diferenças.
10. SKLIAR, Carlos. A surdez: um olhar sobre as diferenças.
3. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.
3. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.
-
2.3.3 Deficiência Física
+
 
 +
====2.3.3 Deficiência Física====
 +
 
11. BASIL, Carmen. Os alunos com paralisia cerebral: desenvolvimento
11. BASIL, Carmen. Os alunos com paralisia cerebral: desenvolvimento
e educação. In: COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI,
e educação. In: COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI,
Linha 3 418: Linha 4 031:
especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed,
especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed,
1995. v. 3. p. 252-271.
1995. v. 3. p. 252-271.
-
2.3.4 Deficiência Mental
+
 
 +
====2.3.4 Deficiência Mental====
 +
 
12. AMERICAN ASSOCIATION ON MENTAL RETARDATION.
12. AMERICAN ASSOCIATION ON MENTAL RETARDATION.
Retardo mental: definição, classificação e sistemas de apoio.
Retardo mental: definição, classificação e sistemas de apoio.
Tradução de Magda França Lopes. 10. ed. Porto Alegre: Artmed,
Tradução de Magda França Lopes. 10. ed. Porto Alegre: Artmed,
2006
2006
 +
13. OMS - Organização Mundial da Saúde. CIF: Classificação
13. OMS - Organização Mundial da Saúde. CIF: Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. São
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. São
Paulo: EDUSP, 2003.
Paulo: EDUSP, 2003.
-
2.3.5 Deficiência Visual
+
 
 +
====2.3.5 Deficiência Visual====
 +
 
14. AMORIN, Célia Maria Araújo de; ALVES, Maria Glicélia.
14. AMORIN, Célia Maria Araújo de; ALVES, Maria Glicélia.
A criança cega vai à escola: preparando para alfabetização. São
A criança cega vai à escola: preparando para alfabetização. São
Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, 2008.
Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, 2008.
 +
15. LIMA, Eliana Cunha; NASSIF, Maria Christina Martins;
15. LIMA, Eliana Cunha; NASSIF, Maria Christina Martins;
FELLIPE, Maria Cristina Godoy Cryuz. Convivendo com a baixavisão:
FELLIPE, Maria Cristina Godoy Cryuz. Convivendo com a baixavisão:
da criança à pessoa idosa. São Paulo: Fundação Dorina
da criança à pessoa idosa. São Paulo: Fundação Dorina
Nowill para Cegos, 2008.
Nowill para Cegos, 2008.
-
2.4 Documentos para Educação Especial
+
 
-
2.4.1 Deficiências/Inclusão - Geral
+
===2.4 Documentos para Educação Especial===
-
1. ONU. Convenção sobre os direitos das pessoas com
+
 
-
deficiência. 2006. Ratificada pelo Brasil, através do Decreto
+
====2.4.1 Deficiências/Inclusão - Geral====
-
Legislativo de 11/06/2008 – Preâmbulo, Art. 1º ao 5º, 7º ao 8º e
+
 
-
24. Disponível em: <http://cape.edunet.sp.gov.br/cape-arquivos/
+
1. ONU. Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência. 2006. Ratificada pelo Brasil, através do Decreto Legislativo de 11/06/2008 – Preâmbulo, Art. 1º ao 5º, 7º ao 8º e 24. Disponível em: [http://cape.edunet.sp.gov.br/cape-arquivos/convenção-onu.asp] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
convenção-onu.asp> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
2. ONU. Declaração de Salamanca. 1994. Disponível em:
+
2. ONU. Declaração de Salamanca. 1994. Disponível em: [http://cape.edunet.sp.gov.br/cape-arquivos/declaração-salamanca.asp] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
<http://cape.edunet.sp.gov.br/cape-arquivos/declaração-salamanca.
+
 
-
asp> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
3. BRASIL. MEC/SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações curriculares; estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília, MEC/SEF, 1998. Disponível em: [http://www.musica.ufrn.br/licenciatura/pcn.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
3. BRASIL. MEC/SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais:
+
 
-
adaptações curriculares; estratégias para a educação de alunos
+
4. BRASIL. MEC/SEESP. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, MEC/SEESP, 2008. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
com necessidades educacionais especiais. Brasília, MEC/SEF,
+
 
-
1998. Disponível em: <http://www.musica.ufrn.br/licenciatura/
+
====2.4.2 Deficiência Auditiva====
-
pcn.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
4. BRASIL. MEC/SEESP. Política Nacional de Educação Especial
+
5. BRASIL. MEC/SEESP. Atendimento educacional especializado: pessoa com surdez. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee-da.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, MEC/SEESP,
+
 
-
2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/
+
6. BRASIL. MEC/SEESP. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/alunossurdos.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
politicaeducespecial.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
2.4.2 Deficiência Auditiva
+
7. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Leitura, escrita e surdez. Organização de Maria Cristina da Cunha Pereira. 2. ed. São Paulo: FDE, 2009. Disponível em: [http://cape.edunet.sp.gov.br/textos/textos/leituraescritaesurdez.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
5. BRASIL. MEC/SEESP. Atendimento educacional especializado:
+
 
-
pessoa com surdez. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível
+
====2.4.3 Deficiência Física====
-
em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee-da.pdf>
+
 
-
Acesso em: 26 jan. 2010.
+
8. BRASIL. MEC/SEESP. Atendimento educacional especializado: deficiência física. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee-df.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
6. BRASIL. MEC/SEESP. Saberes e práticas da inclusão:
+
 
-
desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades
+
9. BRASIL. MEC/SEESP. Portal de ajudas técnicas para educação: equipamento e material pedagógico para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência física: recursos pedagógicos adaptados. Brasília: MEC/SEESP, 2002. fascículo 1. Disponível em: [[http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/rec-adaptados.pdf]] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
educacionais especiais de alunos surdos. Brasília: MEC/
+
 
-
SEESP, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/
+
10. BRASIL. MEC/SEESP. Portal de ajudas técnicas para educação: equipamento e material pedagógico para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência física: recursos para comunicação alternativa. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ajudas-tec.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
arquivos/pdf/alunossurdos.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
7. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Leitura,
+
11. BRASIL. MEC/SEESP. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência física/neuromotora. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/alunosdeficienciafisica.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
escrita e surdez. Organização de Maria Cristina da Cunha
+
 
-
Pereira. 2. ed. São Paulo: FDE, 2009. Disponível em: <http://
+
====2.4.4 Deficiência Mental====
-
cape.edunet.sp.gov.br/textos/textos/leituraescritaesurdez.pdf>
+
 
-
Acesso em: 26 jan. 2010.
+
12. BRASIL. MEC/SEESP. Atendimento Educacional Especializado: Deficiência Mental. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível em: [[http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee-dm.pdf]] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
2.4.3 Deficiência Física
+
 
-
8. BRASIL. MEC/SEESP. Atendimento educacional especializado:
+
13. BRASIL. MEC/SEESP. Educação Inclusiva: atendimento educacional especializado para a deficiência mental. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/defmental.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
deficiência física. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível
+
 
-
em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee-df.pdf>
+
====2.4.5 Deficiência Visual====
-
Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
9. BRASIL. MEC/SEESP. Portal de ajudas técnicas para
+
14. BRASIL. MEC/SEESP. Atendimento Educacional Especializado: Deficiência visual. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee-dv.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
educação: equipamento e material pedagógico para educação,
+
 
-
capacitação e recreação da pessoa com deficiência física: recursos
+
15. BRASIL. MEC/SEESP. A construção do conceito de número e o pré-soroban. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/pre-soroban.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
pedagógicos adaptados. Brasília: MEC/SEESP, 2002. fascículo
+
 
-
1. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/
+
16. BRASIL. MEC/SEESP. Grafia Braille para a Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/grafiaport.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
rec-adaptados.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
10. BRASIL. MEC/SEESP. Portal de ajudas técnicas para
+
17. BRASIL. MEC/SEESP. Orientação e Mobilidade: conhecimentos básicos para a inclusão da pessoa com deficiência visual. Brasília: MEC/SEESP, 2003. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ori-mobi.pdf] Acesso em: 26 jan.2010.
-
educação: equipamento e material pedagógico para educação,
+
 
-
capacitação e recreação da pessoa com deficiência física:
+
===2.5 Legislação para Educação Especial===
-
recursos para comunicação alternativa. Brasília: MEC/SEESP,
+
 
-
2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/
+
====2.5.1 Federal====
-
pdf/ajudas-tec.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
11. BRASIL. MEC/SEESP. Saberes e práticas da inclusão:
+
1. LEI N.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Art. 4º, Inc. III, Art.58, Par 1º a 3º, Art. 59, Art. 60. Disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394-ldbn1.pdf] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades
+
 
-
educacionais especiais de alunos com deficiência física/
+
====2.5.2 Estadual====
-
neuromotora. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: <http://
+
 
-
portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/alunosdeficienciafisica.
+
2. DELIBERAÇÃO CEE N.º 68/2007. Fixa normas para a educação de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, no sistema estadual de ensino. Disponível em: [http://www.ceesp.sp.gov.br/Deliberações/de-68-07.htm] Acesso em:26 jan. 2010.
-
pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
 
-
2.4.4 Deficiência Mental
+
3. RESOLUÇÃO SE N.º 11/2008, de 31 de janeiro de 2008. Dispõe sobre a educação escolar de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas da rede estadual de ensino e dá providências correlatas. Disponível em: [http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/11-08.HTM] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
12. BRASIL. MEC/SEESP. Atendimento Educacional Especializado:
+
 
-
Deficiência Mental. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível
+
4. RESOLUÇÃO SE N.º 31/2008, de 24 de março de 2008. Altera dispositivo da Resolução nº 11, de 31 de janeiro 2008. Disponível em: [http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/31-08.HTM] Acesso em: 26 jan. 2010.
-
em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee-dm.pdf>
+
 
-
Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
13. BRASIL. MEC/SEESP. Educação Inclusiva: atendimento
+
-
educacional especializado para a deficiência mental. Brasília:
+
-
MEC/SEESP, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/
+
-
seesp/arquivos/pdf/defmental.pdf> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
2.4.5 Deficiência Visual
+
-
14. BRASIL. MEC/SEESP. Atendimento Educacional Especializado:
+
-
Deficiência visual. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível
+
-
em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee-dv.pdf>
+
-
Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
15. BRASIL. MEC/SEESP. A construção do conceito de número
+
-
e o pré-soroban. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em:
+
-
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/pre-soroban.pdf>
+
-
Acesso em: 26 jan. 2010.
+
-
16. BRASIL. MEC/SEESP. Grafia Braille para a Língua Portuguesa.
+
-
Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: <http://portal.
+
-
mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/grafiaport.pdf> Acesso em: 26
+
-
jan. 2010.
+
-
17. BRASIL. MEC/SEESP. Orientação e Mobilidade: conhecimentos
+
-
básicos para a inclusão da pessoa com deficiência
+
-
visual. Brasília: MEC/SEESP, 2003. Disponível em: <http://portal.
+
-
mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ori-mobi.pdf> Acesso em: 26 jan.
+
-
2010.
+
-
2.5 Legislação para Educação Especial
+
-
2.5.1 Federal
+
-
1. LEI N.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece
+
-
as diretrizes e bases da educação nacional. Art. 4º, Inc. III, Art.
+
-
58, Par 1º a 3º, Art. 59, Art. 60. Disponível em: <http://portal.
+
-
mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394-ldbn1.pdf> Acesso em:
+
-
26 jan. 2010.
+
-
2.5.2 Estadual
+
-
2. DELIBERAÇÃO CEE N.º 68/2007. Fixa normas para a
+
-
educação de alunos que apresentam necessidades educacionais
+
-
especiais, no sistema estadual de ensino. Disponível em: <http://
+
-
www.ceesp.sp.gov.br/Deliberações/de-68-07.htm> Acesso em:
+
-
26 jan. 2010.
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-
3. RESOLUÇÃO SE N.º 11/2008, de 31 de janeiro de 2008.
+
-
Dispõe sobre a educação escolar de alunos com necessidades
+
-
educacionais especiais nas escolas da rede estadual de ensino
+
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e dá providências correlatas. Disponível em: <http://siau.edunet.
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sp.gov.br/ItemLise/arquivos/11-08.HTM> Acesso em: 26 jan.
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2010.
+
-
4. RESOLUÇÃO SE N.º 31/2008, de 24 de março de 2008.
+
-
Altera dispositivo da Resolução nº 11, de 31 de janeiro 2008.
+
-
Disponível em: <http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/
+
-
31-08.HTM> Acesso em: 26 jan. 2010.
+
Despachos do Secretário, de 27-1-2010
Despachos do Secretário, de 27-1-2010
-
Ratificando
+
 
-
no Processo: 014/3500/2010 - Interessado: Conselho Estadual
+
Ratificando no Processo: 014/3500/2010 - Interessado: Conselho Estadual de Educação – CEE - Assunto: Contratação de empresa para prestação de serviços especializados, diante do que consta dos autos, com fundamento no artigo 26 da Lei Federal nº 8.666/93 e suas alterações, a declaração de inexigibilidade de licitação, proferida nos termos do “caput” do artigo 25, Lei Federal nº 8.666/93, c.c. com a Lei Estadual nº 6.544/89, a favor da Empresa Telecomunicações de São Paulo S.A. – TELESP, objetivando a prestação de serviços de telefonia, no valor estimado de R$ 21.600,00 , conforme despacho do Presidente do Conselho Estadual de Educação, exarado em fls. 11 do presente processo; no Processo: 0154/0400/2009 - Interessado: Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas - Assunto: Projeto Ações Preventivas na Escola, diante do que consta dos autos, com fundamento no artigo 26, da Lei Federal 8.666/93 c.c. o mesmo artigo da Lei Estadual 6.544/89, a dispensa da licitação, a favor da Fundação Faculdade de Medicina – FFM, objetivando a prestação de serviços técnicos especializados para a execução do Projeto Ações Preventivas na Escola, que visa oferecer suporte e implementar uma política educacional e preventiva de promoção e proteção à saúde individual e coletiva, dentro do Programa Escola da Família, proferida nos termos do inciso XIII do artigo 24 da Lei Federal 8.666/93, por despacho da Chefia de Gabinete, exarado em fl.292 do presente processo
-
de Educação – CEE - Assunto: Contratação de empresa para
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prestação de serviços especializados, diante do que consta dos
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autos, com fundamento no artigo 26 da Lei Federal nº 8.666/93
+
 
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e suas alterações, a declaração de inexigibilidade de licitação,
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==Dados da Publicação==
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proferida nos termos do “caput” do artigo 25, Lei Federal nº
+
 
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8.666/93, c.c. com a Lei Estadual nº 6.544/89, a favor da Empresa
+
Publicado no DOE, aos 28 de janeiro de 2010. [http://www.imprensaoficial.com.br/PortalIO/DO/BuscaDO2001Documento_11_4.aspx?link=/2010/executivo%2520secao%2520i/janeiro/28/pag_0020_8358QNDHUK0E6e8FGI3INNG64FT.pdf&pagina=20&data=28/01/2010&caderno=Executivo%20I&paginaordenacao=100020 Consultar DOE]
-
Telecomunicações de São Paulo S.A. – TELESP, objetivando
+
 
-
a prestação de serviços de telefonia, no valor estimado de R$
+
 
-
21.600,00 , conforme despacho do Presidente do Conselho
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[[Categoria: Resolução]]
-
Estadual de Educação, exarado em fls. 11 do presente processo;
+
[[Categoria: Resolução 2010]]
-
no Processo: 0154/0400/2009 - Interessado: Coordenadoria
+
[[Categoria: 2010]]
-
de Estudos e Normas Pedagógicas - Assunto: Projeto Ações
+
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Preventivas na Escola, diante do que consta dos autos, com
+
-
fundamento no artigo 26, da Lei Federal 8.666/93 c.c. o mesmo
+
-
artigo da Lei Estadual 6.544/89, a dispensa da licitação, a favor
+
-
da Fundação Faculdade de Medicina – FFM, objetivando a prestação
+
-
de serviços técnicos especializados para a execução do
+
-
Projeto Ações Preventivas na Escola, que visa oferecer suporte
+
-
e implementar uma política educacional e preventiva de promoção
+
-
e proteção à saúde individual e coletiva, dentro do Programa
+
-
Escola da Família, proferida nos termos do inciso XIII do artigo
+
-
24 da Lei Federal 8.666/93, por despacho da Chefia de Gabinete,
+
-
exarado em fl.292 do presente processo
+

Edição atual tal como 18h25min de 25 de agosto de 2011

Dispõe sobre a definição de perfis de competências e habilidades requeridos dos Professores de Educação Básica II – PEB II, e de Educação Especial, bem como da bibliografia para o concurso de ingresso em 2010


O Secretário da Educação, à vista do que lhe representou o Comitê Gestor de elaboração de provas, de que trata a Resolução SE 69/2009,

Resolve:


Art. 1º - Aprova-se o Anexo que integra esta resolução com a indicação dos perfis de habilidades e competências requeridos de Professores de Educação Básica II - PEB-II, e de Educação Especial, bem como da bibliografia básica, para o concurso de ingresso de 2010.


Art. 2º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.


Tabela de conteúdo

Anexo

Concurso de Ingresso de Professores 2010

PEB II

Perfis Profissionais e Referências Bibliográficas

26 de Janeiro de 2010

SUMÁRIO

1 PERFIL DOS PROFESSORES PEB-II 4


1.1 Parte Geral comum a todas as áreas 4

1.1.1 O professor PEB-II deve apresentar o seguinte perfil 6

1.1.2 Habilidades do professor PEB-II 8

1.1.3 Bibliografia para Parte Geral 9

1.1.4 Documentos para Parte Geral 11

1.1.5 Legislação Básica 12


1.2 Perfil desejado para o professor de Língua Portuguesa 14

1.2.1 O professor de Língua Portuguesa deve apresentar o seguinte perfil: 14

1.2.2 Habilidades do professor de Língua Portuguesa 15

1.2.3 Bibliografia para Língua Portuguesa 17

1.2.4 Documentos para Língua Portuguesa 18


1.3 Perfil desejado para o professor de Arte 19

1.3.1 O professor de Arte deve apresentar o seguinte perfil: 19

1.3.2 Habilidades do professor de Arte 20

1.3.3 Bibliografia para Arte 23

1.3.4 Documentos para Arte 24


1.4 Perfil desejado para o professor de Educação Física 25

1.4.1 O professor de Educação Física deve apresentar o seguinte perfil: 25

1.4.2 Habilidades do professor de Educação Física 26

1.4.3 Bibliografia para Educação Física 27

1.4.4 Documentos para Educação Física 29


1.5 Perfil desejado para o professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês 30

1.5.1 O professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês deve apresentar o seguinte perfil: 30

1.5.2 Habilidades do professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês 31

1.5.3 Bibliografia para Língua Estrangeira Moderna - Inglês 33

1.5.4 Documentos para Língua Estrangeira Moderna - Inglês 35


1.6 Perfil desejado para o professor de Matemática 36

1.6.1 O professor de Matemática deve apresentar o seguinte perfil: 36

1.6.2 Habilidades do professor de Matemática 37

1.6.3 Bibliografia para Matemática 40

1.6.4 Documentos para Matemática 42


1.7 Perfil desejado para o professor de Ciências 43

1.7.1 O professor de Ciências deve apresentar o seguinte perfil: 43

1.7.2 Habilidades do professor de Ciências 44

1.7.3 Bibliografia para Ciências 46

1.7.4 Documentos para Ciências 48


1.8 Perfil desejado para o professor de Física 49

1.8.1 O professor de Física deve apresentar o seguinte perfil: 49

1.8.2 Competências específicas do professor de Física 50

1.8.3 Habilidades do professor de Física 51

1.8.4 Bibliografia para Física 54

1.8.5 Documentos para Física 55


1.9 Perfil desejado para o professor de Química 57

1.9.1 O professor de Química deve apresentar o seguinte perfil: 57

1.9.2 Habilidades do professor de Química 58

1.9.3 Bibliografia para Química 62

1.9.4 Documentos para Química 63


1.10 Perfil desejado para o professor de Biologia 64

1.10.1 O professor de Biologia deve apresentar o seguinte perfil: 64

1.10.2 Habilidades do professor de Biologia 65

1.10.3 Bibliografia para Biologia 67

1.10.4 Documentos para Biologia 69


1.11 Perfil desejado para o professor de História 70

1.11.1 O professor de História deve apresentar o seguinte perfil: 70

1.11.2 Habilidades do professor de História 72

1.11.3 Bibliografia para História 74

1.11.4 Documentos para História 75


1.12 Perfil desejado para o professor de Geografia 76

1.12.1 O professor de Geografia deve apresentar o seguinte perfil: 77

1.12.2 Habilidades do professor de Geografia 78

1.12.3 Bibliografia para Geografia 80

1.12.4 Documentos para Geografia 81


1.13 Perfil desejado para o professor de Filosofia 83

1.13.1 O professor de Filosofia deve apresentar o seguinte perfil: 84

1.13.2 Habilidades do professor de Filosofia 85

1.13.3 Bibliografia para Filosofia 87

1.13.4 Documentos 88


1.14 Perfil desejado para o professor de Sociologia 89

1.14.1 O professor de Sociologia deve apresentar o seguinte perfil: 89

1.14.2 Habilidades do professor de Sociologia 90

1.14.3 Bibliografia para Sociologia 92

1.14.4 Documentos para Sociologia 94


2 PERFIL DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL 95

2.1 O professor de Educação Especial deve apresentar o seguinte perfil 95


2.2 Habilidades do professor de Educação Especial 96

2.2.1 Deficiência Física 96

2.2.2 Deficiência Auditiva 96

2.2.3 Deficiência Visual 97

2.2.4 Deficiência Intelectual 97


2.3 Bibliografia para Educação Especial 97

2.3.1 Deficiências/Inclusão - Geral 97

2.3.2 Deficiência Auditiva 98

2.3.3 Deficiência Física 98

2.3.4 Deficiência Mental 98

2.3.5 Deficiência Visual 99


2.4 Documentos para Educação Especial 99

2.4.1 Deficiências/Inclusão - Geral 99

2.4.2 Deficiência Auditiva 100

2.4.3 Deficiência Física 100

2.4.4 Deficiência Mental 101

2.4.5 Deficiência Visual 101


2.5 Legislação para Educação Especial 102

2.5.1 Federal 102

2.5.2 Estadual 102

1 PERFIL DOS PROFESSORES PEB-II

1.1 Parte Geral comum a todas as áreas

Cultura geral e profissional

Uma cultura geral ampla favorece o desenvolvimento da sensibilidade, da imaginação, a possibilidade de produzir significados e interpretações do que se vive e de fazer conexões – o que, por sua vez, potencializa a qualidade da intervenção educativa.

Do modo como é entendida aqui, cultura geral inclui um amplo espectro de temáticas: familiaridade com as diferentes produções da cultura popular e erudita e da cultura de massas e atualização em relação às tendências de transformação do mundo contemporâneo.

A cultura profissional, por sua vez, refere-se àquilo que é próprio da atuação do professor no exercício da docência. Fazem parte desse âmbito temas relativos às tendências da educação e do papel do professor no mundo atual.

Conhecimentos sobre a dimensão cultural, social, política e econômica da educação

Este âmbito, bastante amplo, refere-se a conhecimentos relativos à realidade social e política brasileira e a sua repercussão na educação, ao papel social do professor, à discussão das leis relacionadas à infância, adolescência, educação e profissão, às questões da ética e da cidadania, às múltiplas expressões culturais e às questões de poder associadas a todos esses temas.

Diz respeito, portanto, à necessária contextualização dos conteúdos, assim como o tratamento dos Temas Transversais – questões sociais atuais que permeiam a prática educativa como ética, meio ambiente, saúde, pluralidade cultural, trabalho, consumo e outras – seguem o mesmo princípio: o compromisso da educação básica com a formação para a cidadania e buscam a mesma finalidade: possibilitar aos alunos a construção de significados e a necessária aprendizagem de participação social.

Igualmente, políticas públicas da educação, dados estatísticos, quadro geral da situação da educação no país, relações da educação com o trabalho, relações entre escola e sociedade são informações essenciais para o conhecimento do sistema educativo e, ainda, a análise da escola como instituição – sua organização, relações internas e externas – concepção de comunidade escolar, gestão escolar democrática, Conselho Escolar e projeto pedagógico da escola, entre outros.

Conhecimento pedagógico

Este âmbito refere-se ao conhecimento de diferentes concepções sobre temas próprios da docência, tais como, currículo e desenvolvimento curricular, transposição didática, contrato didático, planejamento, organização de tempo e espaço, gestão de classe, interação grupal, criação, realização e avaliação das situações didáticas, avaliação de aprendizagens dos alunos, consideração de suas especificidades, trabalho diversificado, relação professor-aluno, análises de situações educativas e de ensino complexas, entre outros. São deste âmbito, também, as pesquisas dos processos de aprendizagem dos alunos e os procedimentos para produção de conhecimento pedagógico pelo professor.

Conhecimentos sobre crianças, jovens e adultos

A formação de professores deve assegurar o conhecimento dos aspectos físicos, cognitivos, afetivos e emocionais do desenvolvimento individual tanto de uma perspectiva científica quanto à relativa às representações culturais e às práticas sociais de diferentes grupos e classes sociais. Igualmente relevante é a compreensão das formas diversas pelas quais as diferentes culturas atribuem papéis sociais e características psíquicas a faixas etárias diversas.

A formação de professores deve assegurar a aquisição de conhecimentos sobre o desenvolvimento humano e sobre a forma como diferentes culturas caracterizam as diferentes faixas etárias e sobre as representações sociais e culturais dos diferentes períodos: infância, adolescência, juventude e vida adulta. Igualmente importante é o conhecimento sobre as peculiaridades dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais.

Para que possa compreender quem são seus alunos e identificar as necessidades de atenção, sejam relativas aos afetos e emoções, aos cuidados corporais, de nutrição e saúde, sejam relativas às aprendizagens escolares e de socialização, o professor precisa conhecer aspectos psicológicos que lhe permitam atuar nos processos de aprendizagem e socialização; ter conhecimento do desenvolvimento físico e dos processos de crescimento, assim como dos processos de aprendizagem dos diferentes conteúdos escolares em diferentes momentos do desenvolvimento cognitivo, das experiências institucionais e do universo cultural e social em que seus alunos se inserem. São esses conhecimentos que o ajudarão a lidar com a diversidade dos alunos e a trabalhar na perspectiva da escola inclusiva.

É importante que, independentemente da etapa da escolaridade em que o futuro professor vai atuar, ele tenha uma visão global sobre esta temática, aprofundando seus conhecimentos sobre as especificidades da faixa etária e das práticas dos diferentes grupos sociais com a qual vai trabalhar.


1.1.1 o professor PEB-II deve apresentar o seguinte perfil

1. Compreender o processo de sociabilidade e de ensino e aprendizagem na escola e nas suas relações com o contexto no qual se inserem as instituições de ensino e atuar sobre ele.

2. Situar a escola pública no seu ambiente institucional e explicar as relações (hierarquias, articulações, obrigatoriedade, autonomia) que ela mantém com as diferentes instâncias da gestão pública, utilizando conceitos tais como:

  • sistema de ensino; sistema de ensino estadual e municipal;
  • âmbitos da gestão das políticas educacionais - nacional,

estadual e municipal, MEC, Secretarias Estaduais e Municipais, Conselho Nacional de Educação;

  • legislação básica da educação: LDB, diretrizes curriculares

nacionais, atos normativos da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e papel do Conselho Estadual de Educação de SP;

  • carreira do magistério – legislação e mudanças recentes.

3. Reconhecer a importância de participação coletiva e cooperativa na elaboração, gestão, desenvolvimento e avaliação da Proposta Pedagógica e curricular da escola, identificando formas positivas de atuação em diferentes contextos da prática profissional, além da sala de aula.

4. Compreender a natureza dos fatores socioeconômicos que afetam o desempenho do aluno na escola e identificar ações para trabalhar com esses impactos externos, seja no sentido de aproveitá-los como enriquecimento dos conteúdos curriculares seja no sentido de atenuar eventuais efeitos negativos.

5. Compreender o significado e a importância do currículo para garantir que todos os alunos façam um percurso básico comum e aprendam as competências e habilidades que têm o direito de aprender.

6. Diante de informações gerais sobre a escola, a idade da turma, a etapa (Fundamental ou Médio) e o ano/série, bem como sobre os recursos pedagógicos existentes e outras condições pertinentes da escola, propor sequências didáticas de sua disciplina, nas quais sejam explicitadas e explicadas. O que o aluno deverá aprender com a situação proposta:

  • o conteúdo a ser assimilado e as competências e habilidades

a ele associados;

  • as estratégias a serem adotadas;
  • os materiais e recursos de apoio à aprendizagem;
  • as formas de agrupamento dos alunos nas atividades

previstas;

  • as atividades de professor e aluno distribuídas no tempo,

de modo a ficar claro o percurso a ser realizado para que a aprendizagem aconteça;

  • o tipo de acompanhamento que o professor deve fazer

ao longo do percurso;

  • as estratégias de avaliação e as possíveis estratégias de

recuperação na hipótese de dificuldades de aprendizagem.

7. Demonstrar domínio de conceitos que envolvem as questões sobre violência na escola e no seu entorno, de bulling e de indisciplina geral.

8. Incentivar o desenvolvimento do espírito crítico dos alunos e de toda a comunidade escolar, preparando-os para enfrentar os conflitos sociais, as desigualdades, o racismo, o preconceito e à questão ambiental.

9. Compreender os mecanismos institucionais de monitoramento de desempenho acadêmico dos alunos, ao longo de sua trajetória escolar, tais como:

  • organização em ciclos;
  • progressão continuada;
  • recuperação da aprendizagem conforme organizado no

sistema de ensino público do Estado de São Paulo.

10. Demonstrar domínio de processos de ação e investigação que possibilitem o aperfeiçoamento da prática pedagógica.

1.1.2 Habilidades do professor PEB-II

1. Identificar as novas demandas que a sociedade do conhecimento está colocando para a educação escolar.

2. Identificar formas de atuação docente, possíveis de serem implementadas, considerando o contexto das políticas de currículo da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, nas dimensões sala de aula e escola.

3. Identificar a composição, os papéis e funções da equipe de uma escola e as normas que devem reger as relações entre os profissionais que nela trabalham.

4. Reconhecer principais leis e normas que regulamentam a profissão de professor, sendo capaz de identificar as incumbências do professor, tal como prescritas pelo Art. 13 da LDB, em situações concretas que lhe são apresentadas.

5. Diante de um problema de uma escola caracterizada, indicar os aspectos que devem ser discutidos e trabalhados coletivamente pela equipe escolar.

6. Identificar os diferentes componentes da Proposta Pedagógica.

7. Identificar práticas educativas que leve em conta as características dos alunos e de seu meio social, seus temas e necessidades do mundo contemporâneo e os princípios, prioridades e objetivos da Proposta Pedagógica.

8. Compreender as fases de desenvolvimento da criança e do jovem e associar e explicar como a escola e o professor devem agir para adequar o ensino e promover a aprendizagem em cada uma dessas etapas.

9. Identificar e justificar a importância dos organizadores de situações de aprendizagem (competências e habilidades que os alunos deverão constituir; conteúdos curriculares selecionados; atividades do aluno e do professor; avaliação e recuperação).

10. Reconhecer estratégias para gerenciar o tempo em sala de aula, nas seguintes situações, considerando a diversidade dos alunos, os objetivos das atividades propostas e as características dos próprios conteúdos:

  • Existência de alunos que aprendem mais depressa e

alunos mais lentos;

  • Tempo insuficiente para dar conta do conteúdo previsto

no plano de trabalho (anual, bimestral, semanal);

  • Sugerir e explicar formas de agrupamento dos alunos,

indicando as situações para as quais são adequadas.

11. Utilizar estratégias e instrumentos diversificados de avaliação da aprendizagem e, a partir de seus resultados, reconhecer propostas de intervenção pedagógica, considerando o desenvolvimento de diferentes capacidades dos alunos;

12. Compreender o significado das avaliações externas – nacionais e internacionais – que vêm sendo aplicadas no Brasil e reconhecer alcances e limites do uso dos resultados que o país vem apresentando nessas avaliações na última década.

13. Identificar as principais características do SARESP após suas modificações de 2007.

14. Interpretar adequadamente o IDESP – como se constrói, para que serve, o que significa para a educação escolar paulista.

15. Diante de situações-problema relativas às relações interpessoais que ocorrem na escola, identificar a origem do problema e as possíveis soluções.

16. Identificar os diferentes componentes que organizam os planos de ensino dos professores, nas diferentes disciplinas.

17. Identificar estratégias preventivas e precauções que serão utilizadas no âmbito da escola e nos planos de cada professor, em relação aos temas de violência na escola e no entorno dela.

18. Reconhecer a existência de diferentes formas de violência: simbólica, física e psicológica.

19. Caracterizar as diferentes modalidades de recuperação da aprendizagem e seus objetivos específicos.

20. Identificar as principais características do regime de progressão continuada e as vantagens apresentadas na legislação, que institui a organização escolar em ciclos, do sistema de ensino público do Estado de São Paulo.

1.1.3 Bibliografia para Parte Geral

1. ASSMANN, Hugo. Metáforas novas para reencantar a educação: epistemologia e didática. Piracicaba: Unimep, 2001.

2. BEAUDOIN, M.-N.; TAYLOR, M. Bullying e desrespeito: como acabar com essa cultura na escola. Porto Alegre: Artmed, 2006.

3. CASTRO, Maria Helena Guimarães de. Sistemas Nacionais de Avaliação e de Informações Educacionais. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v.14, n. 1, p.121-128, 2000. Disponível em: [1] Acesso em: 26 jan. 2010.

4. CHRISPINO, Álvaro. Gestão do conflito escolar: da classificação dos conflitos aos modelos de mediação. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 15, n. 54, p. 11-28, jan./mar 2007. Disponível em: [2]. Acesso em: 26 jan. 2010.

5. COLL, César et al. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática, 2006.

6. CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002.

7. DELORS, Jacques et al. Educação: um tesouro a descobrir. Disponível em: [3] Acesso em: 26 jan. 2010.

8. HARGREAVES, Andy. O ensino na sociedade do conhecimento: educação na era da insegurança. Porto Alegre: Artmed, 2003.

9. HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001.

10. LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o real, o possível, o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.

11. MARZANO, Robert J.; PICKERING, Debra J.; POLLOCK, Jane E. O ensino que funciona: estratégias baseadas em evidências para melhorar o desempenho dos alunos. Porto Alegre: Artmed, 2008.

12. PERRENOUD, Philippe. 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.

13. TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.

14. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação da Aprendizagem: práticas de mudança: por uma praxis transformadora. São Paulo: Libertad, 2003.

15. ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

1.1.4 Documentos para Parte Geral

1. BRASIL. MEC. DCNs do Ensino Fundamental. Disponível em: [4] Acesso em: 26 jan. 2010.

2. BRASIL. MEC. DCNs do Ensino Médio - Parecer 15/98. Disponível em:[5] Acesso em: 26 jan. 2010

3. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio: documento de apresentação. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [6] Acesso em: 26 jan. 2010.

4. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Matrizes de referência para avaliação: documento básico; SARESP. São Paulo: SEE, 2009. Disponível em: [7] Acesso em: 26 jan. 2010.

5. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2008. v. 1. Disponível em: [8] Acesso em: 26 jan. 2010.

6. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2008. v. 2. Disponível em: [9] Acesso em: 26 jan. 2010.

7. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2008. v. 3. Disponível em: [10] Acesso em: 26 jan. 2010.

8. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2009. v. 1. Disponível em: [11] Acesso em: 26 jan. 2010.

9. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2009. v. 2. Disponível em: [12] Acesso em: 26 jan. 2010.

10. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Gestão do currículo na escola: Caderno do Gestor. São Paulo: SE, 2009. v. 3. Disponível em: [13] Acesso em: 26 jan. 2010.

11. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Programa de qualidade da escola: nota técnica. São Paulo: SE, 2009. Disponível em: [14] Acesso em 26 jan. 2010.

1.1.5 Legislação Básica

1. LEI COMPLEMENTAR N.º 1.078, de 17 de dezembro de 2008 - Institui Bonificação por Resultados – BR, no âmbito da Secretaria da Educação, e dá providências correlatas. Disponível em: [15] Acesso em: 26 jan. 2010.

2. LEI COMPLEMENTAR N.º 1.097, de 27 de outubro de 2009 - Institui o Sistema de Promoção para os integrantes do Quadro do Magistério na Secretaria da Educação e dá outras providências. Disponível em: [16] Acesso em: 26 jan. 2010.

3. DELIBERAÇÃO CEE nº 9/97 e Indicação CEE nº 8/97 - Institui, no Sistema de Ensino do Estado de São Paulo, o Regime de Progressão Continuada no Ensino Fundamental. Disponíveis em: [17] Acesso em: 26 jan. 2010.

4. PARECER CEE nº 67/1998 - Normas Regimentais Básicas para as Escolas Estaduais. Disponível em: [18] Acesso em: 26 jan. 2010.

5. RESOLUÇÃO SE N.º 92/2009, de 8 de dezembro de 2009. Dispõe sobre estudos de recuperação aos alunos do ciclo I do ensino fundamental das escolas da rede pública estadual. Disponível em: [19] Acesso em: 26 jan. 2010.

6. INSTRUÇÃO CENP N.º 1/2010, de 11 de janeiro de 2010. Dispõe sobre o processo de recuperação de estudos de alunos do Ciclo II do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, nas escolas da rede estadual de ensino. Disponível em: [20] Acesso em: 26 jan. 2010.

1.2 Perfil desejado para o professor de Língua Portuguesa

Ensinar português é respeitar, antes de tudo, a língua que o aluno traz. É saber não emudecê-lo em sua enunciação. É interagir com seus enunciados, fazendo aí ampliar a palavra que garante a expressão genuína da relação eu-outro.

Esse professor e esse aluno devem construir juntos saberes e fazeres que os levem a compartilhar conhecimentos da língua e da literatura, vivenciar experiências tanto na grandeza da dimensão social, quanto no mergulho das singularidades do eu. Só assim se constroem sentidos e significados.

Só assim se tece a ética da convivência, firmada no compromisso da liberdade.

Saber lidar com o movimento pendular entre teoria e prática, tendo como norte o ato didático, é buscar intencionalidades para que os conteúdos sejam problematizados e as formas ajustadas em processos de criação.

1.2.1 o professor de Língua Portuguesa deve apresentar o seguinte perfil:

1. Conhecer, compreender e problematizar o fenômeno linguístico e o literário nas dimensões discursiva, semântica, gramatical e pragmática.

2. Construir um olhar dialético, no espaço didático, entre o que é intrinsecamente linguístico e as instâncias subjetivas e sociais.

3. Reconhecer as múltiplas possibilidades de construção de sentidos, em situações de produção e recepção textuais.

4. Construir intertextualidades, analisando tema, estrutura composicional e estilo de objetos culturais em diferentes linguagens, tais como literatura, pintura, escultura, fotografia e textos do universo digital.

5. Reconhecer os pressupostos teóricos que embasam os conceitos fundantes da disciplina na práxis didática dos processos de ensino-aprendizagem.

6. Ampliar sua história de leitor, desenvolvendo maior autonomia e fruição estética.

7. Refletir sobre a prática docente, articulando dialogicamente os sujeitos envolvidos, os materiais pedagógicos, as metodologias adequadas e os procedimentos de avaliação.

8. Reconhecer o ato didático como processo dinâmico de investigação, intencionalidade e criação.

9. Saber criar situações didáticas que favoreçam a autonomia, a liberdade e a sensibilidade do aluno.

10. Desenvolver uma atuação profissional pautada pela ética e pela responsabilidade das interações sociais.


1.2.2 Habilidades do professor de Língua Portuguesa

1. Estabelecer relações entre diferentes teorias sobre a linguagem, reconhecendo a pluralidade da natureza, da gênese e da função de formas de expressão verbais e não verbais.

2. Reconhecer a língua como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais e de experiências humanas manifestas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social, com base na análise de sua constituição e representação simbólica.

3. Identificar e justificar marcas de variação linguística, relativas aos fatores geográficos, históricos, sociológicos e técnicos; às diferenças entre a linguagem oral e a escrita; à seleção de registro em situação interlocutiva (formal, informal); aos diversos componentes do sistema linguístico em que a variação se manifesta: na fonética, no léxico, na morfologia e na sintaxe.

4. Justificar a presença de variedades linguísticas em registros de fala e de escrita, nos seguintes domínios: sistema pronominal; sistema de tempos verbais e emprego dos tempos verbais; casos de concordância e regência nominal e verbal para recuperação de referência e manutenção da çõesão do texto

5. Analisar as implicações discursivas decorrentes de possíveis relações estabelecidas entre forma e sentido, por meio de recursos expressivos: utilização de recursos sintáticos e morfológicos que permitam alterar o sentido da sentença para expressar diferentes pontos de vista.

6. Identificar e justificar o uso de recursos linguísticos expressivos em textos, relacionando-os às intenções do enunciador, articulando conhecimentos prévios e informações textuais, inclusive as que dependem de pressuposições e inferências (semânticas e pragmáticas) autorizadas pelo texto, para explicar ambiguidades, ironias e expressões figuradas, opiniões e valores implícitos, bem como as intenções do enunciador/autor.

7. Analisar, comparar e justificar os diferentes discursos, em língua falada e em língua escrita, observando sua estrutura, sua organização e seu significado relacionado às condições de produção e recepção.

8. Articular informações linguísticas, literárias e culturais, estabelecendo relações entre linguagem e cultura, comparando situações de uso da língua em diferentes contextos históricos, sociais e espaciais e reconhecendo as variedades linguísticas existentes e os vários níveis e registros de linguagem.

9. Relacionar o texto literário com os problemas e concepções dominantes na cultura do período em que foi escrito e com os problemas e concepções do momento presente.

10. Analisar criticamente as obras literárias, não somente por meio de uma interpretação derivada do contato direto com elas, mas também pela aplicação das categorias de diferentes obras de crítica e de teoria literárias.

11. Analisar criticamente textos literários e identificar a intertextualidade (gêneros, temas e representações) nas obras da literatura em língua portuguesa.

12. Estabelecer e discutir as relações dos textos literários com outros tipos de discurso e com os contextos em que se inserem.

13. Reconhecer e valorizar a expressão literária popular, estabelecendo diálogos intertextuais com a produção literária erudita, identificando e justificando pela análise de texto, formas e modos de representação linguística do imaginário coletivo e da cultura.

14. Identificar as características de textos em linguagens verbais e não verbais, analisando e comparando suas especificidades na transposição de uma para outra.

15. Analisar criticamente propostas curriculares de Língua e Literatura para a Educação Básica, identificando os pressupostos teóricos no processo de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, com base na metodologia indicada no Currículo do Estado de São Paulo para Língua Portuguesa.

16. Identificar a aplicação adequada de diferentes experiências didáticas para solucionar problemas de ensino-aprendizagem de produção de texto escrito na escola, justificando os elementos relevantes e as estratégias utilizadas.

17. Identificar e justificar o uso adequado de diferentes teorias e métodos de leitura, em análise de casos, para resolver problemas relacionados ao ensino-aprendizagem de leitura na escola.

18. Identificar e justificar o uso de materiais didáticos em diferentes experiências de ensino-aprendizagem de língua e literatura, reconhecendo os elementos relevantes e as estratégias adequadas.

19. Identificar e justificar estratégias de ensino, em análise de casos, que favoreçam o processo criativo e a autonomia do aluno.

20. Justificar estratégias de ensino, em análises de casos, que possibilitem a fruição estética de objetos culturais.

1.2.3 Bibliografia para Língua Portuguesa

1. BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

2. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1997.

3. CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 10. ed. São Paulo: Ouro sobre Azul, 2008.

4. COLOMER, Teresa; CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002.

5. EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Martins, 2006.

6. FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social. Brasília: UNB, 2008.

7. KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. Campinas: Pontes, 2005.

8. KOCH, Ingedore G. Villaça. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, 2008.

9. MARCUSCHI, Luiz Antônio: da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2007.

10. MARTINS, Nilce Sant’anna. Introdução à estilística: a expressividade na Língua Portuguesa. São Paulo: EDUSP, 2008.

11. MOISES, Massaud. A literatura portuguesa. São Paulo: Cultrix, 2008.

12. NOLL, Volker. O português brasileiro: formação e contrastes. São Paulo: Globo, 2008.

13. SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004.

14. SOUZA, Mauro Wilton de (org.). Sujeito, o lado oculto do receptor. São Paulo: Brasiliense, 1995.

1.2.4 Documentos para Língua Portuguesa

1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio.São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [21] Acesso em: 26 jan. 2010.

1.3 Perfil desejado para o professor de Arte

A Arte é área de trânsito entre fronteiras do conhecimento. As diversas linguagens artísticas são manifestações da dimensão simbólica do ser humano. A articulação das diversas linguagens (gestual, visual, sonora, corporal, verbal) e seus usos cotidianos se reflete na especificidade da experiência estética através das formas de Arte, que geram um tipo particular de conhecimento, diferente dos conhecimentos científicos, filosóficos, religiosos, um conhecimento humano, articulado no âmbito da sensibilidade, da percepção, da imaginação e da cognição.

O processo de ensino-aprendizagem da arte pressupõe um professor capaz de refletir acerca de sua prática e de agir intencionalmente, guiando-se por princípios éticos e humanísticos, um professor que se revê no processo, aperfeiçoa-se na práxis educadora e constrói-se com seus alunos. Sua prática é inovadora, feita de materiais objetivos e subjetivos, do sonho e da realidade, do possível e do utópico, e está fundamentada em conhecimentos construídos durante sua trajetória.

Como agente do processo de produção e recepção, o professor concebe a aula de Arte como proposições de experiências estéticas e artísticas, organizadas em torno do princípio dialógico, atento às histórias de vida de seus educandos e ao seu direito de conhecer e desfrutar do patrimônio cultural da humanidade.

Lapidando suas potencialidades, oferece oportunidades e desafios para que eles criem, se expressem, leiam o mundo ao seu redor e ajam sobre ele.

Assim, esse professor estabelece relações entre arte, conhecimento e cultura; cultiva o diálogo, a curiosidade, a cooperação, a pesquisa, a experimentação, a inventividade e a elaboração e instaura processos de concepção e de realização de projetos significativos para os alunos e a comunidade em que vive.

Para isto, o professor deve respeitar o eixo epistemológico da linguagem de sua formação: teatro, música, dança, artes visuais e promover a articulação com as demais linguagens artísticas, possibilitando um entendimento mais acurado das relações transversais e interdisciplinares que a Arte é capaz de estabelecer com outros campos de conhecimento.

1.3.1 o professor de Arte deve apresentar o seguinte perfil:

1. Promover o processo simbólico inerente ao ser humano através das linguagens gestual, visual, sonora, corporal, verbal em situações de produção e apreciação, construindo com os alunos a relação dialética entre o eu e o outro, entre diferentes contextos culturais e diante de múltiplas manifestações artísticas.

2. Respeitar o eixo epistemológico da linguagem de sua formação específica em teatro, música, dança, artes visuais.

3. Ler e operar as relações entre forma-conteúdo em diálogo com a materialidade (matérias, suportes, ferramentas e procedimentos) nas linguagens das artes visuais, da dança, da música e do teatro, de acordo com sua formação.

4. Compreender, ampliar e construir conceitos sobre as linguagens da arte a partir de saberes estéticos, artísticos e culturais, tais como: história da arte, filosofia da arte, práticas culturais, relações entre arte e sociedade e o fazer artístico.

5. Valorizar os patrimônios culturais materiais e imateriais, promover a educação patrimonial e instigar a frequentação às salas de espetáculos e concertos, museus, instituições culturais e acontecimentos de cada região.

6. Trabalhar a intertextualidade e a interdisciplinaridade relacionando as diferentes formas de arte (teatro, dança, música e artes visuais) às demais áreas do conhecimento.

7. Compreender e pesquisar processos de criação em arte na construção de poéticas pessoais, coletivas ou colaborativas.

8. Compreender a aula de arte como um processo dinâmico, um ato comunicativo dialógico, ético e estético e como espaço de constituição de seres humanos dotados de autonomia, sensibilidade, criticidade e inventividade.

9. Refletir a respeito da prática docente, considerando dialogicamente os sujeitos envolvidos, os materiais pedagógicos, os procedimentos de avaliação e as metodologias adequadas, superando a dicotomia entre teoria e prática e colocando-se como agente do processo de produção e recepção que amplia seus conhecimentos e vivências nos campos da arte e da educação.

10. Empenhar-se na construção de uma práxis docente social e humana que reconhece o valor da experiência, do diálogo, da sensibilidade, da pesquisa, da imaginação, da experimentação e da criação, no exercício docente e nos processos formativos em arte.

1.3.2 Habilidades do professor de Arte

1. Demonstrar atualização em relação à produção artística contemporânea brasileira e estrangeira em sua multiplicidade de manifestações.

2. Demonstrar competência estética, reconhecendo processos que envolvem criação, pesquisa, experimentação, produção e apreciação, superando a dicotomia entre teoria e prática.

3. Demonstrar capacidade de ler, interpretar, criticar e relacionar e analisar comparativamente formas de arte produzidas em diferentes linguagens.

4. Demonstrar capacidade de ler e analisar criticamente as formas de arte, identificar e reconhecer situações de intertextualidades entre as diversas linguagens artísticas e entre elas e outras áreas de conhecimento, mantendo sempre o principio do eixo epistemológico de sua formação ao propor projetos de criação com os alunos.

5. Demonstrar capacidade de leitura, interpretação e compreensão de elementos visuais, sonoros, gestuais e sígnicos, nos mais variados textos verbais e não-verbais, interagindo, analisando, questionando, avaliando, reagindo à cultura visual, às sonoridades, aos gestos de pessoas e grupos, às diferentes mídias, à cultura de massa e à sociedade de consumo.

6. Reconhecer processos e experiências que valorizem a singularidade dos saberes populares e eruditos como fruto da intensa interação do ser humano consigo mesmo, com o outro, com seu meio, sua cultura e com seu tempo e espaço.

7. Demonstrar conhecimento de instrumentos que permitam identificar as características de seus alunos e a comunidade onde vivem, buscando aproximações e modos de acesso aos seus universos, instigando o contato significativo com a arte.

8. Reconhecer experiências que despertem a curiosidade do aluno em conhecer, fruir e fazer arte e contribuam para a ampliação de seu universo artístico e cultural.

9. Analisar e avaliar os processos criativos do/com o aluno a partir do eixo epistemológico da linguagem de sua formação em música, teatro, dança ou artes visuais, ao desenvolver projetos na linguagem específica e também projetos interdisciplinares entre as linguagens artísticas e com as outras áreas de conhecimento do currículo.

10. Ser capaz de operar com a linguagem artística de sua formação, com a especificidade de seus saberes e fazeres, contribuindo para o seu aprofundamento e as potenciais relações com as demais linguagens, especialmente por meio de conceitos abordados na proposta curricular.

11. Identificar experiências artísticas e estéticas que propiciem a ampliação do olhar, a escuta, a sensibilidade e as possibilidades de ação dos alunos e que indiquem a importância da escuta e da observação dos professores em relação às respostas dos alunos às ações propostas.

12. Identificar referenciais teóricos e recursos didáticos disponíveis, de acordo com as características dos contextos educativos, às necessidades dos alunos e às propostas educativas.

13. Demonstrar capacidade em operar com conceitos, conteúdos, técnicas, procedimentos, materiais, ferramentas e instrumentos envolvidos nos processos de trabalho propostos nas linguagens das artes visuais, da dança, da música e do teatro, de acordo com sua formação, compreendendo e articulando diferentes teorias e métodos de ensino que permitam a transposição didática dos conhecimentos sobre arte para situações de sala de aula.

14. Reconhecer e justificar a utilização de propostas que apresentem problemas relacionados à arte e estimulem o espírito investigativo, o desenvolvimento cognitivo e a práxis criadora dos alunos.

15. Ser capaz de operar com a práxis educativa em arte envolvendo o trabalho colaborativo com seus pares e a comunidade escolar de modo a buscar ultrapassar os limites e desafios apresentados pelas realidades escolares.

16. Demonstrar conhecimento sobre a mediação cultural no modo de organizar, acompanhar e orientar visitas a museus e mostras de arte, apresentações de espetáculos de teatro, música e dança, exibições de filmes, visitas a ateliês de artistas, entre outros, para aproximação entre as manifestações artísticas e a experiência estética dos alunos vivenciadas em sala de aula e na vida cotidiana.

17. Identificar e justificar a realização de projetos que propiciem a conquista da autonomia da expressão artística dos alunos e alimentem o desenvolvimento de ações que se estendam para além da sala de aula e do espaço escolar.

18. Demonstrar conhecimento no campo da história do ensino da arte no Brasil, bem como as diversas teorias e propostas metodológicas que fundamentam as práticas educativas em arte.

19. Identificar e selecionar processos de formação contínua, buscando modos de atualizar-se, participando da vida cultural de sua região.

20. Analisar criticamente propostas curriculares de Arte e participar dos debates e processos de formação contínua oferecidos pelas instituições culturais e educacionais.

1.3.3 Bibliografia para Arte

1. ALMEIDA, Berenice; PUCCI, Magda. Outras terras, outros sons. São Paulo: Callis, 2003.

2. BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2007.

3. BERTHOLT, Margot. História Mundial do Teatro. São Paulo: Perspectiva, 2004.

4. BOURCIER, Paul. História da dança no Ocidente. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

5. OLIVEIRA, Marilda Oliveira de (org). Arte, educação e cultura. Santa Maria: UFSM, 2007.

6. OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

7. PAVIS, Patrice. A análise dos espetáculos. São Paulo: Perspectiva, 2008.

8. PILLAR, Analice Dutra (Org.). A educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 1999.

9. PUPO, Maria Lúcia de Souza Barros. Entre o Mediterrâneo e o Atlântico: uma aventura teatral. São Paulo: Perspectiva, 2005.

10. SALLES, Cecília Almeida. Gesto inacabado: processo de criação artística. São Paulo: Annablume, 2007.

11. SANTAELLA, Lúcia. O que é cultura. In: -----------. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003, p. 29-49.

12. SANTOS, Inaicyra Falcão dos. Corpo e ancestralidade: uma proposta pluricultural de dança, arte, educação. São Paulo: Terceira Margem, 2006.

13. SCHAFER, R. Murray. O ouvido pensante. São Paulo: UNESP, 2000.

14. SPOLIN, Viola. Jogos teatrais na sala de aula. São Paulo: Perspectiva, 2008.

15. VERTAMATTI, Leila Rosa Gonçalves. Ampliando o repertório do coro infanto-juvenil: um estudo de repertório inserido em uma nova estética. São Paulo: UNESP, 2008.

1.3.4 Documentos para Arte

1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Programa Cultura é Currículo. Disponível em: [22] Acesso em: 26 jan. 2010.

2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Arte para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [23] Acesso em: 26 jan. 2010.

1.4 Perfil desejado para o professor de Educação Física

Ensinar Educação Física é tratar pedagogicamente dos conteúdos culturais relacionados às práticas corporais. É reconhecer o patrimônio disponível na comunidade para aprofundá-lo, ampliá-lo e qualificá-lo criticamente. O ensino da Educação física proporciona aos alunos melhores condições para usufruto, participação, intervenção e transformação das manifestações da cultura de movimentos. Recorre a situações didáticas que promovem a análise e a interpretação dos jogos, danças, ginásticas, lutas e esportes, concebidos como textos historicamente produzidos e reproduzidos pelos diversos grupos que coabitam a sociedade. Portanto, significa conhecer o contexto no qual são produzidas estas práticas corporais, tratar pedagogicamente este conteúdo específico, conhecer os alunos e o currículo (programa de ensino), promover práticas de avaliação que levem o aluno ao conhecimento de si, da vida em grupo, da aprendizagem de conteúdos e da ética. Nas aulas, os artefatos culturais receberão, quando necessário, novos sentidos e significados, a fim de que se estabeleçam as condições necessárias para um diálogo respeitoso entre os alunos e destes com a pluralidade de formas expressivas presente na paisagem social.

1.4.1 o professor de Educação Física deve apresentar o seguinte perfil:

1. Reconhecer as manifestações da cultura corporal como formas legítimas de expressão de um determinado grupo social, bem como artefatos históricos, sociais e políticos.

2. Conhecer e compreender a realidade social para nela intervir, por meio da produção e ressignificação das manifestações e expressões do movimento humano com atenção à variedade presente na paisagem social.

3. Demonstrar atitude crítico-reflexiva perante a produção de conhecimento da área, visando obter subsídios para o aprimoramento constante de seu trabalho no âmbito da Educação Física escolar.

4. Ser conhecedor das influências sócio-históricas que conferem à cultura de movimentos sua característica plástica e mutável.

5. Dominar os conhecimentos específicos da Educação Física e suas interfaces com as demais disciplinas do currículo escolar.

6. Relacionar os diferentes atributos das práticas corporais sistematizadas às demandas da sociedade contemporânea.

7. Dominar métodos e procedimentos que permitam adequar as atividades de ensino às características dos alunos, a fim de desenvolver situações didáticas que potencializem o enriquecimento da linguagem corporal por meio da participação democrática.

8. Demonstrar capacidade de resolver problemas concretos da prática docente e da dinâmica da instituição escolar, zelando pela aprendizagem e pelo desenvolvimento do educando.

9. Considerar criticamente características, interesses, necessidades, expectativas e diversidades presentes na comunidade escolar nos momentos de planejamento, desenvolvimento e avaliação das atividades de ensino.

10. Ser capaz de articular no âmbito da prática pedagógica os objetivos e a prática pedagógica da Educação Física com o projeto da escola.

1.4.2 Habilidades do professor de Educação Física

1. Analisar criticamente as orientações da Proposta Curricular de Educação Física e sua adequação para a Educação Básica.

2. Identificar em diferentes relatos de experiências didáticas, os elementos relevantes às estratégias de ensino adequadas.

3. Identificar dificuldades e facilidades apresentadas pelos alunos por ocasião do desenvolvimento de atividades de ensino.

4. Reconhecer nas diferentes teorias e métodos de ensino as que melhor permitem a transposição didática de conhecimentos sobre os jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas para a Educação Básica.

5. Reconhecer aspectos biológicos, neurocomportamentais e sociais aplicáveis em situações didáticas, que permitam trabalhar a educação física na perspectiva do currículo.

6. Conhecer os fundamentos teórico-metodológicos da Proposta Curricular de Educação Física, a fim de subsidiar a reflexão constante sobre a própria prática pedagógica.

7. Identificar estratégias de ensino que favoreçam a criatividade e a autonomia do aluno.

8. Analisar criticamente os conhecimentos da cultura de movimento disponíveis aos alunos, discriminando os procedimentos que utilizaram para acessá-los.

9. Identificar instrumentos que possibilitem a coleta de informações sobre o patrimônio cultural da comunidade, visando um diagnóstico da realidade com vistas ao planejamento de ensino.

10. Interpretar contextos históricos e sociais de produção das práticas corporais.

11. Reconhecer e valorizar a expressão corporal dos alunos, bem como do seu desenvolvimento em contextos sociais diferenciados, estabelecendo relações com as demais práticas corporais presentes na sociedade.

12. Analisar criticamente a presença contemporânea maciça das práticas corporais, fazendo interagir conceitos e valores ideológicos.

13. Identificar as diferentes classificações dos jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas e os elementos que as caracterizam.

14. Reconhecer os fundamentos das diversas funções atribuídas às práticas corporais (lazer, educação, melhoria da aptidão física e trabalho).

15. Relacionar as modificações técnicas e táticas das modalidades esportivas às transformações sociais.

16. Analisar os recursos gestuais utilizados pelos alunos durante as atividades e compará-los com os gestos específicos da cada tema.

17. Identificar as formas de desenvolvimento, manutenção e avaliação das capacidades físicas condicionantes.

18. Identificar as variáveis envolvidas na realização de atividades físicas voltadas para a melhoria do desempenho.

19. Identificar a organização das diferentes manifestações rítmico-expressivas presentes na sociedade.

20. Analisar os reflexos do discurso midiático na construção de padrões e estereótipos de beleza corporal e na espetacularização do esporte.

1.4.3 Bibliografia para Educação Física

1. BETTI, M. Imagem e ação: a televisão e a Educação Física escolar. In: ---------- (Org.) Educação Física e mídia: novos olhares, outras práticas. São Paulo: Hucitec, 2003.

2. BORGES, C. L. A formação de docentes de Educação Física e seus saberes profissionais. In: BORGES, C. L.; DESBIENS, J. F. (Org.). Saber, formar e intervir para uma Educação Física em mudança. Campinas: Autores Associados, 2005. p. 157-190.

3. GOELLNER, S. V. A produção cultural do corpo. In: LOURO, G. L.; NECKEL, J. F. e GOELLNER, S. V. Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. Petrópolis: Vozes, 2003.

4. GUEDES, D. P. Educação para a saúde mediante programas de Educação Física escolar. Motriz: Revista de Educação Física. Rio Claro, v. 5, n. 1, p. 10-14, jun. 1999. Disponível em: [24] Acesso em: 26 jan. 2010

5. KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1997.

6. LOMAKINE, L. Fazer, conhecer, interpretar e apreciar: a dança no contexto da escola. In: SCARPATO, M (Org.). Educação Física: como planejar as aulas na educação básica. São Paulo: Avercamp, 2007, p. 39-57.

7. MARCELLINO, N. C. Lazer e Educação Física. In: DE MARCO, A. (Org.) Educação Física: cultura e sociedade. Campinas: Papirus, 2006.

8. NASCIMENTO, P. R. B.; ALMEIDA, L. A tematização das lutas na Educação Física escolar: restrições e possibilidades. Movimento: revista da Escola de Educação Física, Porto Alegre, v.13, n.3, p. 91-110, set./dez. 2007. Disponível em: [25] Acesso em: 26 jan. 2010.

9. PAES, R. R. A pedagogia do esporte e os jogos coletivos. In: ROSE JÚNIOR, D. Esporte e atividade física na infância e na adolescência: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2009.

10. PALMA, A. Atividade física, processo saúde-doença e condições sócio-econômicas. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 97-106, 2000. Disponível em: [26] Acesso em: 26 jan. 2010.

11. RAMOS, V.; GRAÇA, A. B. S; NASCIMENTO, J. V. O conhecimento pedagógico do conteúdo: estrutura e implicações à formação em educação física. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v.22, n. 2, p. 161-171, abr./jun., 2008. Disponível em: [27] Acesso em: 26 jan. 2010.

12. SCHIAVON, L. M.; NISTA-PICOLLO, Vilma L. Desafios da ginástica na escola. In: MOREIRA, E. C. (Org.). Educação Física escolar: desafios e propostas 2. Jundiaí: Fontoura, 2006, p.35-60.

13. SOARES, C. L. (Org.) Corpo e história. Campinas: Autores Associados, 2001.

14. SOUSA, E. S.; ALTMAN, H. Meninos e meninas: expectativas corporais e implicações na Educação Física escolar. Cadernos Cedes, Campinas, v. 19, n. 48, p. 52-68, 1999. Disponível em: [28] Acesso em: 26 jan. 2010.

15. STIGGER, M. P. Educação Física, esporte e diversidade. Campinas: Autores Associados, 2005.

1.4.4 Documentos para Educação Física

1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Escola de tempo integral: oficinas curriculares de atividades esportivas e motoras; esporte, ginástica, jogo – ciclos I e II. São Paulo: SEE/CENP, 2007. Disponível em: [29] Acesso em: 26 jan. 2010.

2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Educação Física para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [30] Acesso em: 26 jan. 2010.

1.5 Perfil desejado para o professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês

Aprender uma língua estrangeira se mostra relevante pela utilidade desse conhecimento e dessa habilidade para a vida das pessoas e, principalmente, pela experiência marcante e enriquecedora de vivenciar o outro, sejam eles os vários outros das línguas estrangeiras, ou os vários outros de uma mesma língua estrangeira. Desse modo, aprender uma língua estrangeira amplia a percepção sobre como os sentidos se constroem contextualmente e sobre a heterogeneidade que marca a linguagem, a língua e a comunicação; amplia, também, a percepção da diversidade cultural e social presente nas relações estabelecidas no universo da linguagem.

Ressalte-se que essas aprendizagens assumem sua verdadeira razão de ser quando possibilitam que o aluno-cidadão dialogue criticamente com outras culturas e com a sua própria; essa possibilidade oferece ao aprendiz a percepção crítica de que embora a heterogeneidade e a variação sejam características da linguagem, tais variações não são livres e aleatórias e sim determinadas e restritas por contextos sociais específicos. Dessa maneira, as formas linguísticas e culturais do eu e do outro originam e pertencem cada qual a contextos diferentes, não podendo ser considerados melhores ou priores, mais desejáveis ou menos desejáveis independente de seus contextos.

Sendo assim, ensinar uma língua estrangeira significa ensinar a lidar com a heterogeneidade, a diversidade e a diferença, compreendendo a relação dialógica eu-outro inerente à comunicação, à linguagem e às relações que se estabelecem cultural e socialmente. Significa também conhecer a relação entre a teoria e a prática e estar atento para a dinâmica entre ambas. Isso permite que o professor permanentemente seja protagonista de sua ação e tome, com autonomia e responsabilidade, as decisões pedagógicas que concorrem para a realização de seu trabalho e a consecução de seus objetivos. Ensinar uma língua estrangeira no mundo de hoje significa, ainda, promover uma formação de pessoas - alunos e cidadãos - com mente aberta para conhecimentos novos, para maneiras diferentes de pensar e ver o mundo, por meio da aprendizagem e conhecimento de uma língua estrangeira.

1.5.1 o professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês deve apresentar o seguinte perfil:

1. Conhecer e avaliar criticamente a presença das LEMs, em especial da língua inglesa, na cultura e na vida em sociedade, e articular essa presença ao despertar do interesse e à instauração do desejo de aprender.

2. Compreender um texto (oral ou escrito) em língua inglesa que aborde tanto temas concretos quanto abstratos, incluindo discussões educacionais pertinentes a seu campo de especialização, bem como compreender as relações entre o texto e seu contexto de produção.

3. Produzir textos (orais ou escritos) em língua inglesa claros sobre uma gama de assuntos e explicar um ponto de vista mostrando vantagens e desvantagens sob vários aspectos.

4. Compreender a linguagem como uma prática social, o que a torna heterogênea considerando-se que ela se constrói dentro de contextos variados, em que há diversidade cultural e social e reconhecer as múltiplas possibilidades de construção de sentidos, considerando-se que a linguagem é produzida de forma situada e contextual.

5. Compreender e analisar as intertextualidades e multimodalidades inerentes à linguagem e à comunicação na sociedade atual, tanto na língua materna quanto nas línguas estrangeiras.

6. Compreender que o ensino de língua inglesa na escola deve, além do focalizar os objetivos linguísticos e instrumentais, considerar objetivos educacionais e culturais.

7. Refletir sobre o papel educacional da língua inglesa no currículo escolar, reconhecendo que seu espaço didáticopedagógico lhe oferece possibilidades de investigação sobre a sua prática em um exercício de autonomia, criação e crítica, e estando sempre apto e pronto a aprender.

8. Compreender o valor da construção de conhecimento realizada conjuntamente entre professor e alunos e promover procedimentos didáticos, metodológicos e de avaliação adequados para criar na sala de aula um ambiente e processos propícios para a aprendizagem.

9. Perceber que a leitura e a escrita são atividades culturais e sociais - em que relações, visões de mundo e convenções são partilhadas - e, ao mesmo tempo, atividades individuais - em que estão envolvidas imaginação, criatividade e emoções.

10. Compreender a importância do diálogo e da interação com professores de outros componentes curriculares de forma a garantir conteúdos e atividades que contribuam para a educação global dos aprendizes.

1.5.2 Habilidades do professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês

1. Identificar situações coletivas de diálogo, bem como situações de interação em pequenos grupos, que promovem a autonomia dos alunos, ajudando-os a planejar, realizar e avaliar atividades articuladas em torno de textos (orais ou escritos) em língua inglesa.

2. Reconhecer entre situações propostas aquelas que promovem o diálogo e a aproximação entre temáticas e conteúdos curriculares e contextos da escola e realidade do aluno.

3. Identificar as contribuições de diferentes ferramentas de apoio didático (Cadernos do Aluno e do Professor, dicionários bilíngues e monolíngues, livros didáticos e paradidáticos, equipamentos audiovisuais, laboratório de informática) para a promoção da aprendizagem.

4. Indicar, dentre dispositivos didáticos de diferenciação, aqueles que acolhem a diversidade no âmbito do grupo-classe, sem reduzir as situações de aprendizagem à tradução literal de textos ou à confecção de listas bilíngues de vocabulário.

5. Compreender as tecnologias da informação e da comunicação como elos que aproximam as vivências com a língua inglesa que os alunos têm fora da escola daquelas que são promovidas no interior da sala de aula.

6. Reconhecer, em situações de sala de aula, as concepções de língua, de ensino e de aprendizagem que subsidiam as práticas, distinguindo aquelas associadas a objetivos estritamente linguísticos daquelas que combinam objetivos linguísticos, culturais e educacionais.

7. Reconhecer e interpretar as limitações de práticas pedagógicas bastante difundidas como atividade principal, tais como a tradução e a reprodução de textos (da lousa ou de outro suporte para o caderno).

8. Indicar alternativas de práticas pedagógicas que apresentem maior sintonia entre os objetivos do currículo e as condições do contexto de ensino de Língua Estrangeira Moderna.

9. Relacionar os temas e conteúdos previstos no currículo de língua inglesa às possibilidades de construção, análise e problematização de visões de mundo.

10. Interpretar criticamente a diversidade de perspectivas da língua inglesa no mundo e na história (inglês nativo e nãonativo, inglês como língua franca, inglês como língua internacional, inglês como língua global) e relacionar essas perspectivas aos objetivos de ensino da língua.

11. Indicar situações didáticas que promovam e estimulem formas adequadas e novas de aprender a aprender.

12. Identificar o dinamismo das relações entre oralidade e escrita, tanto em sua dimensão fonológico-grafológica (relação grafema-fonema), quanto em sua dimensão sociodiscursiva.

13. Analisar estrutura, organização e significação de textos (descritivos, narrativos e argumentativos), em língua inglesa.

14. Indicar estratégias de leitura que destaquem as relações entre um texto e seu contexto de produção, e justificar essa indicação com base na análise de elementos do próprio texto.

15. Identificar estratégias de leitura que destaquem a diferenças entre o contexto de leitura e o contexto de produção do texto.

16. Inferir o objetivo de um texto e a quem ele se dirige com base em pistas verbais e não verbais.

17. Identificar, dentre os vários sentidos de uma palavra ou expressão, aquele que é pertinente ao contexto em que está inserida.

18. Reconhecer a ideia central de um texto, tanto em situações em que é possível recuperar informações explícitas quanto naquelas em que as informações não estão proeminentes e é necessário fazer inferências.

19. Aplicar o conhecimento de regras e de convenções da língua inglesa (relativas à formação e classificação de palavras, tempos e modos verbais, conjunções, discurso direto e indireto, entre outras), relacionando-as a seus contextos de uso e às intenções que permeiam a comunicação.

20. Confrontar temas e visões de mundo expressos em textos diferentes, sejam eles ficccionais ou não-ficcionais.

1.5.3 Bibliografia para Língua Estrangeira Moderna - Inglês

1. BARCELOS, A. M. F. Reflexões acerca da mudança de crenças sobre ensino e aprendizagem de línguas. Revista Brasileira de Linguística Aplicada. Belo Horizonte, v. 7. n. 2. p. 109-38, 2007. Disponível em: [31] Acesso em: 26 jan. 2010.

2. BRAIT, Beth (org). Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005.

3. CELANI, M. A. A. (org.). Professores e formadores em mudança: relato de um processo de reflexão e transformação da prática docente. Campinas, Mercado de Letras, 2003.

4. COPE, B.; KALANTZIS, M.. Multiliteracies: literacy learning and the design of social futures. London: Routledge, 2000.

5. GEE, J. P. Situated Language and Learning: a critique of traditional schooling. London, Routdlege, 2004.

6. GRADDOL, D. English Next. UK: British Council, 2006. Disponível em: [32] Acesso em: 26 jan. 2010.

7. KERN, R. Literacy and language teaching. Oxford: Oxford University Press, 2000.

8. LUKE, A.; Freebody, P. Shaping the Social Practices of Reading. In MUSPRATT, S.; LUKE, A.; FREEBODY P. (Ed.) Constructing Critical Literacies. New Jersey: Hampton, 1997.

9. McCRUM, R.; MACNEIL, R.; CRAM, W. The Story of English. 3. ed. New York: Penguin, 2003.

10. NUNAN, D. Task based language teaching. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.

11. PENNYCOOK, A. Global Englishes and Transcultural Flows. New York: Routlege, 2007.

12. RICHARDS, J. C.; RENANDYA, W. A. (Ed.). Methodology in language teaching: an anthology of current practice. Cambridge: Cambridge University Press, 2002.

13. SMITH, Frank. Compreendendo a leitura. Porto Alegre: Artmed, 2003.

14. SWAN, M. Practical English Usage. Oxford: Oxford University Press, 2005.

15. UR, Penny. A course in language teaching. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

1.5.4 Documentos para Língua Estrangeira Moderna - Inglês

1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [33] Acesso em: 26 jan. 2010.

1.6 Perfil desejado para o professor de Matemática

Duas são as dimensões fundamentais na formação profissional do professor de Matemática:

  • a competência técnica, no sentido do conhecimento dos

conteúdos matemáticos a serem ensinados, bem como dos recursos metodológicos para apresentá-los aos alunos, com a compreensão do significado dos mesmos em contextos adequados, referentes aos universos da cultura, do trabalho, da arte, da ciência ou da tecnologia;

  • o compromisso público com a Educação, decorrente de

uma compreensão dos aspectos históricos, filosóficos, sociológicos, psicológicos, antropológicos, políticos e econômicos da educação e do ensino, o que viabilizará uma participação efetiva do professor como agente formador, tanto na conservação quanto na transformação da realidade.

As duas dimensões citadas – a competência técnica e o compromisso público – são complementares e interdependentes, devendo ser avaliadas em provas gerais e de conteúdos específicos.

Para a caracterização da competência específica do professor de Matemática, explicitaremos a seguir um elenco de dez formas mais usuais de manifestação das mesmas:

1.6.1 o professor de Matemática deve apresentar o seguinte perfil:

1. Gostar de Matemática, compreendendo o papel de sua disciplina como uma linguagem que complementa a língua materna, enriquecendo as formas de expressão para todos os cidadãos, e munindo a ciência de instrumentos fundamentais para seu desenvolvimento;

2. Conhecer os conteúdos matemáticos com uma profundidade e um discernimento que lhe possibilite apresentá-los como meios para a realização dos projetos dos alunos, não tratando os conteúdos como um fim em si mesmo, nem vendo os alunos como futuros matemáticos, ou professores de matemática, mas sim como cidadãos que aspiram a uma boa formação pessoal;

3. Saber criar centros de interesse para os alunos, explorando situações de aprendizagem em torno das quais organizará os conteúdos a serem ensinados, a partir dos universos da arte, da cultura, da ciência, da tecnologia ou do trabalho, levando em consideração o contexto social da escola;

4. Saber mediar conflitos de interesse, dando a palavra aos alunos e buscando aproximar seus interesses, às vezes difusos, daqueles que estão presentes no planejamento escolar;

5. Ser capaz de identificar as ideias fundamentais presentes em cada conteúdo que ensina, uma vez que tais ideias ajudam a articular internamente os diversos temas da matemática, e a aproximar a matemática das outras disciplinas;

6. Ser capaz de mapear os diversos conteúdos relevantes, sabendo articulá-los de modo a oferecer aos alunos uma visão panorâmica dos mesmos, plena de significações tanto para a vida cotidiana quanto para uma formação cultural mais rica;

7. Saber escolher uma escala adequada em cada turma, em cada situação concreta, para apresentar os conteúdos que considera relevantes, não subestimando a capacidade de os alunos aprenderem, nem tratando os temas com excesso de pormenores, de interesse apenas de especialistas;

8. Ser capaz de construir relações significativas entre os conteúdos apresentados aos alunos e os temas presentes em múltiplos contextos, incluindo-se os conteúdos de outras disciplinas, favorecendo, assim, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade;

9. Saber construir narrativas que articulem os diversos elementos presentes nos conteúdos ensinados, inspirando-se na História da Matemática para articular ideias e enredos por meio dos quais ascendemos da efemeridade das informações isoladas à estabilidade do conhecimento organizado;

10. Ser capaz de alimentar permanentemente os interesses dos alunos, estimulando a investigação e a capacidade de pesquisar, de fazer perguntas, bem como de orientar e depurar interesses menos relevantes, assumindo, com tolerância, a responsabilidade inerente à função que exerce.

1.6.2 Habilidades do professor de Matemática

Um professor de Matemática deve ser capaz de mobilizar os conteúdos específicos de sua disciplina, tendo em vista o desenvolvimento das competências pessoais dos alunos. De acordo com a Proposta Curricular, as competências gerais a serem visadas são a capacidade de expressão em diferentes linguagens, de compreensão de fenômenos nas diversas áreas da vida social, de construção de argumentações consistentes, de enfrentamento de situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações imaginadas, não diretamente relacionadas com o prático-utilitário, e de formulação de propostas de intervenção solidária na realidade.

Para construir uma ponte entre os conteúdos específicos e tais competências gerais, é necessário identificar, em cada conteúdo, as ideias fundamentais a serem estudadas: proporcionalidade, equivalência, ordem, medida, aproximação, problematização, otimização são alguns exemplos de tais ideias.

Para isso, o professor deve apresentar certas habilidades específicas, associadas aos conteúdos da área, tendo sempre o discernimento suficiente para reconhecer que tais conteúdos constituem meios para a formação pessoal dos alunos.

São apresentadas, a seguir, vinte de tais habilidades específicas a serem demonstradas pelo professor de Matemática:

1. Tendo por base as ideias de equivalência e ordem, construir o significado dos números (naturais, inteiros, racionais, irracionais, reais, complexos), bem como das operações realizadas com eles em diferentes contextos;

2. Enfrentar situações-problema em diferentes contextos, sabendo traduzir as perguntas por meio de equações, inequações ou sistemas de equações, e mobilizar os instrumentos matemáticos para resolver tais equações, inequações ou sistemas;

3. Tendo por base a dimensão simbólica do conceito de número, desenvolver de modo significativo a notação e as técnicas para representar algebricamente números e operações com eles, incluindo-se a ideia de matriz para representar tabelas de números (contagem de pixels em uma tela, coeficientes de um sistema de equações lineares etc.);

4. Reconhecer equações e inequações como perguntas, saber resolver sistematicamente equações e inequações polinomiais de grau 1 e 2, e conhecer propriedades das equações polinomiais de grau superior a 2, que possibilitem a solução das mesmas, em alguns casos (relações entre coeficientes e raízes, redução de grau, fatoração etc.);

5. Tendo como referência as situações de contagem direta, construir estratégias e recursos de contagem indireta em situações contextualizadas (cálculo combinatório, binômio de Newton, arranjos, combinações, permutações);

6. Conhecer a ideia de medida de grandezas de variados tipos (comprimento, área, volume, massa, tempo, temperatura, ângulo etc.), sabendo expressar ou estimar tais medidas por meio da comparação direta da grandeza com o padrão escolhido, utilizando tanto unidades padronizadas quanto unidades não-padronizadas, e valorizando as ideias de estimativa e de aproximações;

7. Explorar de modo significativo a ideia de proporcionalidade (razões, proporções, grandezas direta e inversamente proporcionais) em diferentes situações, equacionando e resolvendo problemas contextualizados de regra de três simples e composta, direta e inversa;

8. Explorar regularidades e relações de interdependência de diversos tipos, inclusive as sucessões aritméticas e geométricas, representando relações de interdependência por meio de gráficos de variadas formas, e construindo significativamente o conceito de função;

9. Conhecer as principais características das funções polinomiais de grau 1, grau 2,... grau n, sabendo esboçar seu gráfico e relacioná-lo com as raízes das equações polinomiais correspondentes, e explorar intuitivamente as taxas de crescimento e decrescimento das funções correspondentes;

10. Conhecer as propriedades fundamentais de potências e logaritmos, sabendo utilizá-las em diferentes contextos, bem como sistematizá-las no estudo das funções exponenciais e logarítmicas;

11. Compreender e aplicar as relações de proporcionalidade que caracterizam as razões trigonométricas (seno, cosseno, tangente, entre outras) em situações práticas, bem como ampliar o significado de tais razões por meio do estudo das funções trigonométricas, associando as mesmas aos fenômenos periódicos em diferentes contextos;

12. A partir da percepção do espaço e das formas, construir uma linguagem adequada para a representação de tais percepções, reconhecendo e classificando formas planas (ângulos, triângulos, quadriláteros, polígonos, circunferências, entre outras) e espaciais (cubos, paralelepípedos, prismas, pirâmides, cilindros, cones, esferas, entre outras);

13. com base nas propriedades características de objetos planos ou espaciais, desenvolver estratégias para construções geométricas dos mesmos, especialmente com instrumentos como régua e compasso, tendo em vista uma compreensão mais ampla do espaço em que vivemos, de suas representações e de suas propriedades;

14. Explorar a linguagem e as ideias geométricas para desenvolver a capacidade de observação, de percepção de relações como as de simetria e de semelhança, de conceituação, de demonstração, ou seja, de extração de consequências lógicas a partir de fatos fundamentais diretamente intuídos ou já demonstrados anteriormente;

15. Explorar algumas relações geométricas especialmente significativas, como as relativas às somas de ângulos de polígonos, aos Teoremas de Tales e de Pitágoras, e muito especialmente as relações métricas relativas ao cálculo de comprimentos, áreas e volumes de objetos planos e espaciais;

16. Explorar uma abordagem algébrica da geometria – ou seja, a geometria analítica, representando retas e curvas, como as circunferências e as cônicas, por meio de expressões analíticas e sabendo resolver problemas geométricos simples por meio de mobilização de recursos algébricos;

17. Explorar de modo significativo as relações métricas e geométricas na esfera terrestre, especialmente no que tange a latitudes, longitudes, fusos horários;

18. Resolver problemas de escolhas que envolvem a ideia de otimização (máximos ou mínimos) em diferentes contextos, recorrendo aos instrumentos matemáticos já conhecidos, que incluem, entre outros temas, a função polinomial do 2º grau e algumas noções de geometria analítica;

19. Compreender a ideia de aleatoriedade, reconhecendo-a em diferentes contextos, incluindo-se jogos e outras classes de fenômenos, e sabendo quantificar a incerteza por meio do cálculo de probabilidades em situações que envolvem as noções de independência de eventos e de probabilidade condicional;

20. Saber organizar e/ou interpretar conjuntos de dados expressos em diferentes linguagens, recorrendo a noções básicas de estatística descritiva e de inferência estatística (média, mediana, desvios, população, amostra, distribuição binomial, distribuição normal, entre outras noções) para tomar decisões em situações que envolvem incerteza.


1.6.3 Bibliografia para Matemática

1. BESSON, Jean-Louis (Org.). A ilusão das estatísticas. São Paulo: UNESP, 1995.

2. BOYER, Carl B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blucher, 1996.

3. COURANT, Richard; ROBBINS, Herbert. O que é matemática? Uma abordagem elementar de métodos e conceitos. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2000.

4. DAVIS, Philip J.; HERSH, Reuben. O sonho de Descartes: o mundo de acordo com a matemática. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988.

5. DEVLIN, Keith. O gene da matemática: o talento para lidar com números e a evolução do pensamento matemático. Rio de Janeiro: Record, 2004.

6. EGAN, Kieran. A mente educada: os males da educação e a ineficiência educacional das escolas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

7. EVES, Howard. Introdução à história da Matemática. Campinas: UNICAMP, 2004.

8. GARBI, Gilberto G. A rainha das ciências: um passeio histórico pelo maravilhoso mundo da Matemática. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2007.

9. IFRAH, Georges. Os números: a história de uma grande invenção. Rio de Janeiro: Globo, 1989.

10. LIMA, Elon Lajes et al. A matemática do Ensino Médio. Rio de Janeiro: SBM, 1999. v. 1, 2, 3 (Coleção do Professor de Matemática).

11. LOJKINE, Jean. A revolução informacional. São Paulo: Cortez, 1995.

12. MLODINOW, Leonard. A janela de Euclides. A história da geometria, das linhas paralelas ao hiperespaço. São Paulo: Geração Editorial, 2004.

13. MOLES, Abraham. A criação científica. São Paulo: Perspectiva, 1998

14. SATOY, Marcus Du. A música dos números primos: a história de um problema não resolvido na matemática. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

1.6.4 Documentos para Matemática

1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Matemática para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [34] Acesso em: 26 jan. 2010.

1.7 Perfil desejado para o professor de Ciências

Embora esta não seja a única competência que se espera do professor de Ciências do Ensino Fundamental, é essencial que este profissional revele o domínio de conhecimentos específicos de Ciências Naturais - seus fenômenos, princípios, leis, modelos, suas linguagens, seus métodos de experimentação e investigação, sua contextualização histórica e social, suas tecnologias e relações com outras áreas do conhecimento, como também dos fundamentos que estruturam o trabalho curricular na disciplina e que dizem respeito à aplicação didática e metodológica desses conhecimentos na prática de sala de aula.

Essa competência técnica pode se expressar, entre outras, pelas seguintes características desejáveis dos professores da disciplina:

1.7.1 o professor de Ciências deve apresentar o seguinte perfil:

1. Reconhecer a presença das ciências na cultura e na vida em sociedade, na investigação de materiais e substâncias, da vida, da Terra e do cosmo e, em associação com as tecnologias, na produção de conhecimentos, manifestações artísticas, bens e serviços, assim como enfatizar esta presença para aproximar o conhecimento científico do interesse de crianças e jovens.

2. Identificar as ciências como dimensão da cultura humana, de caráter histórico, portanto, como produção de conhecimento dinamicamente relacionada a tecnologias e a outros âmbitos da cultura humana, das quais também depende, e com critérios de verificação fundados em permanente exercício da dúvida.

3. Promover e valorizar a alfabetização científico-tecnológica, ou seja, a capacidade de expressar e comunicar a partir das linguagens da ciência, bem como de expressar o saber científico por meio de diferentes linguagens.

4. Ser capaz de construir relações significativas entre os diferentes campos de conhecimento das ciências naturais (Física, Química e Biologia) em múltiplos contextos, incluindo-se os de outras áreas, favorecendo, assim, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade.

5. Compreender que o ensino de Ciências deve compor o desenvolvimento da cultura científica juntamente com a promoção de competências, habilidades e valores humanos.

6. Conduzir a aprendizagem de forma a promover a emancipação e a capacidade de trabalho coletivo dos alunos, planejando e realizando atividades com sua participação ativa, e também demandando consulta e cooperação entre eles, em questões de caráter prático, crítico e propositivo.

7. Tratar temáticas que dialoguem com o contexto da escola e com a realidade dos alunos, antecedendo aquelas que transcendem seu espaço vivencial, respeitando as culturas regionais, mas orientando a construção conceitual com vistas a uma cultura científica de sentido universal.

8. Respeitar as etapas de desenvolvimento cognitivo dos alunos, utilizando linguagens e níveis de complexidade dos conteúdos disciplinares de forma compatível com a maturidade esperada da faixa etária típica de cada série.

9. Realizar e sugerir observações e medidas práticas que não se limitem a experiências demonstrativas ou laboratoriais, mas que também envolvam percepções e verificações do mundo real, em que sejam relevantes a participação e o registro feitos pelos alunos.

10. Ser capaz de motivar e fomentar os interesses dos alunos, estimulando a investigação e a capacidade de pesquisar e de fazer perguntas, assumindo, com tolerância e respeito, a responsabilidade inerente à função que exerce, o que também inclui cuidados com a sua própria formação contínua.

1.7.2 Habilidades do professor de Ciências

1. Reconhecer argumentos favoráveis e desfavoráveis à adoção de diferentes estratégias de ensino de Ciências, a partir da descrição de situações de ensino e de aprendizagem.

2. Estabelecer relações efetivas entre ambiente natural e ambiente construído pela intervenção humana, caracterizando o primeiro pela relação entre seres entre si e com os componentes inanimados do seu meio, e compreendendo o que deveria ser um uso sustentável dos recursos naturais, revelando necessidades e buscando discutir limites para a ação humana sobre o meio.

3. Compreender a participação do ar, da água, do solo e do fluxo de energia nos ecossistemas, com a função essencial da energia luminosa do Sol na produção primária de alimentos, assim como as relações alimentares entre produtores, consumidores e decompositores.

4. Caracterizar a dependência entre os sistemas vivos e as características ambientais geográficas de cada região, situando a diversidade de ecossistemas nas várias regiões brasileiras e a importância de sua preservação.

5. Identificar as características básicas dos seres vivos, como organização celular, obtenção de matéria e de energia e transferência de energia entre seres vivos.

6. Comparar diferentes grupos de plantas sob diferentes aspectos e, em particular, a reprodução de plantas com e sem flores.

7. Classificar e agrupar para compreender a variedade de espécies, apontando os reinos na classificação dos seres vivos e destacando semelhanças e diferenças entre eles.

8. Identificar características de grupos de vertebrados e invertebrados, identificando semelhanças e diferenças entre eles.

9. Identificar hipóteses e teorias sobre a origem e a evolução dos seres vivos, que revelam como fósseis e outros registros do passado mostram como se operaram transformações dos seres vivos ao longo do tempo, reconhecendo igualmente as causas e as consequências da extinção de espécies.

10. Demonstrar compreensão das estratégias e processos de ocupação dos espaços pelos seres humanos e das consequências da produção de alimentos, da obtenção de materiais do solo, do subsolo e da atmosfera e, ainda, da domesticação de vegetais e animais.

11. Demonstrar compreensão de como os ciclos naturais do ar e da água e a biomassa viva ou fóssil são aproveitados e processados para uso energético.

12. Identificar, em representações variadas, fontes e transformações de energia que ocorrem em processos naturais e tecnológicos, bem como selecionar, dentre as diferentes formas de se obter um mesmo recurso material ou energético, as mais adequadas ou viáveis para suprir as necessidades de determinada região.

13. Reconhecer transformações químicas do cotidiano e do sistema produtivo através da diferença de propriedades dos materiais e do envolvimento de energia nessas transformações e apontar necessidades e benefícios, assim como riscos e prejuízos ambientais relacionados a alterações de processos naturais e à contaminação por resíduos.

14. Compreender a constituição dos materiais, diferenciando conceitos de elementos, substâncias químicas, misturas, com suas propriedades físicas, revelando também uma visão microscópica que responda por suas propriedades, assim como ter uma compreensão das muitas radiações e de seu espectro, em correlação com as suas diversas aplicações.

15. Caracterizar a saúde como bem estar físico, mental e social, identificando seus condicionantes (alimentação, moradia, saneamento, meio ambiente, renda, trabalho, educação, transporte e lazer), e recorrendo a indicadores de saúde, sociais e econômicos para diagnosticar a situação de estados ou regiões brasileiras.

16. Reconhecer os agravos mais frequentes à saúde, suas causas, prevenção, tratamento e distribuição, bem como as funções dos diferentes nutrientes na manutenção da saúde.

17. Compreender o caráter sistêmico do corpo humano, descrevendo relações entre os sistemas, ósseo-muscular, endócrino, nervoso e os órgãos dos sentidos, mostrando também como se relacionam sexualidade e saúde reprodutiva e como as drogas interferem no organismo.

18. Construir uma representação da Terra, com suas dimensões, estrutura interna e modelos de placas tectônicas, associando essa compreensão com fenômenos naturais como vulcões, terremotos ou tsunamis.

19. Situar a Terra no universo, associando os movimentos da Terra aos aparentes da Lua, do Sol e das estrelas, às medidas de tempo diário, às estações do ano e eclipses, assim como ter uma compreensão do Sistema Solar, com as dimensões, distâncias e características dos planetas.

20. Reconhecer o aspecto cultural relacionado às constelações, bem como o movimento das estrelas no céu e sua relação com movimentos da Terra. Identificar o Sol como uma estrela e estabelecer o conceito de galáxia, compreendendo o movimento do Sol na Via Láctea.

1.7.3 Bibliografia para Ciências

1. AMBROGI, A.; LISBOA, J. C. F. Química para o magistério.São Paulo: Harbra, 1995.

2. ATKINS, P.; LORETTA, J. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

3. BOUER, J. Sexo & Cia: as dúvidas mais comuns (e as mais estranhas) que rolam na adolescência. 2. ed. São Paulo: Publifolha, 2002.

4. CACHAPUZ, A; CARVALHO, A. M. P.; GIZ-PÉREZ, D. A necessária renovação do Ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 2005.

5. CARVALHO, A. M. P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de Ciências. São Paulo: Cortez, 2003. (Questões da Nossa Época, 26).

6. CARVALHO, Isabel C. M., Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2006. cap.1, 3 e 5.

7. CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. Livreto informativo sobre drogas psicotrópicas. Disponível em: [35] Acesso em: 26 jan. 2010.

8. DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.

9. FRIAÇA, A. C. S. et al. (Orgs.) Astronomia: uma visão geral do universo. São Paulo: EDUSP, 2000.

10. GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA. Física. 5 ed. São Paulo: EDUSP, 2001/2005. v. 1, 2 e 3.

11. KORMONDY, E. J.; BROWN, D. E. Ecologia humana. São Paulo: Atheneu, 2002. cap. 1, 4, 5, 9 e 10.

12. OKUNO, E. Radiações: efeitos, riscos e benefícios. São Paulo: Harbra, 1998.

13. SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. v. 1, 2 e 3.

14. TEIXEIRA, W. et al. (Org.). Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.

15. UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Grupo Interdepartamental de Pesquisa sobre Educação em Ciências. Geração e gerenciamento dos resíduos sólidos provenientes das atividades humanas. 2. ed. rev. Ijuí: Unijuí, 2003. (Situação de estudo: ciências no ensino fundamental, 1). Disponível em: [36] Acesso em: 26 jan. 2010.

1.7.4 Documentos para Ciências

1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Ciências para o Ensino Fundamental Ciclo II. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [37] Acesso em: 26 jan. 2010.

1.8 Perfil desejado para o professor de Física

O professor de Física para a Educação Básica deve antes de tudo revelar domínio de conhecimentos específicos de Física, ou seja, de seus fenômenos, princípios, leis, modelos, linguagens, métodos de experimentação e investigação, sua contextualização histórica e social, assim como de sua relação com as tecnologias e as demais ciências da natureza, mesmo com outras áreas do conhecimento. Tão essencial quanto isso, para sua atuação docente, deve também conhecer os fundamentos que estruturam o trabalho curricular na disciplina e que dizem respeito à aplicação didática e metodológica desses conhecimentos na prática de sala de aula, ou seja, ser capaz de fazer uso efetivo dessa cultura pedagógica.

Esta competência científica e técnica deve se expressar, sobretudo, pelas seguintes características desejáveis nos professores da disciplina:

1.8.1 o professor de Física deve apresentar o seguinte perfil:

1. Reconhecer a presença das ciências, e entre elas especialmente da Física, na cultura e na vida em sociedade, na investigação da Terra, do cosmo, da vida, de materiais e substâncias e, em associação com as tecnologias, na produção de conhecimentos, manifestações artísticas, bens e serviços, assim como enfatizar esta presença para aproximar o conhecimento científico do interesse de crianças e jovens.

2. Identificar as ciências como dimensão da cultura humana, de caráter histórico, portanto, com produção de conhecimento dinamicamente relacionada às tecnologias que produz e a outros âmbitos da cultura humana, das quais também depende e com critérios de verificação fundados em permanente exercício da dúvida, assim compreendendo a Física como composta de saberes em contínuo aperfeiçoamento e transformação.

3. Promover e valorizar a alfabetização científico-tecnológica, ou seja, a capacidade de expressar e se comunicar com as linguagens da ciência, bem como de expressar o saber científico em diferentes linguagens. Nesse sentido, saber ensinar as variáveis, grandezas e processos físicos para fazerem parte do acervo vocabular e conceitual dos estudantes.

4. Ser capaz de construir relações significativas entre a Física e os diferentes campos de conhecimento das ciências naturais, como os da Astronomia, Biologia, Geologia e Química, em contextos de caráter cultural, social, histórico e, em geral, interdisciplinar.

5. Compreender que o ensino da Física além de contribuir para o desenvolvimento da cultura científica, deve ao mesmo tempo promover competências gerais, habilidades técnicas e valores humanos.

6. Conduzir a aprendizagem da Física de forma a promover a capacidade de trabalho coletivo dos alunos, planejando e realizando atividades com sua participação ativa, e também demandando consulta e cooperação entre eles, em questões de caráter prático, crítico e propositivo.

7. Tratar temáticas que, envolvendo a Física de forma significativa, dialoguem com o contexto da escola e com a realidade do aluno, respeitando as culturas regionais, mas orientando a construção conceitual com vistas a uma cultura científica de sentido universal.

8. Respeitar as etapas de desenvolvimento cognitivo dos alunos, utilizando linguagens e níveis de complexidade dos conteúdos disciplinares da Física de forma compatível com a maturidade esperada dos estudantes da educação básica.

9. Realizar e sugerir observações e medidas físicas práticas que não se limitem a experiências demonstrativas ou laboratoriais, mas que também envolvam percepções e verificações do mundo real, em que sejam relevantes a participação e o registro feitos pelos alunos em situações de sua vivência pessoal, assim como de fenômenos naturais e de procedimentos do sistema produtivo e de serviços.

10. Ser capaz de motivar e fomentar os interesses dos alunos, estimulando a investigação e a capacidade de pesquisar e de fazer perguntas, assumindo com tolerância e respeito as responsabilidades da função que exerce, o que também inclui uma contínua atenção à sua própria formação.

1.8.2 Competências específicas do professor de Física

Complementando as características gerais esperadas, demandam-se competências específicas dos professores de Física do Ensino Médio, como ter condições para:

1. Dar continuidade ao aprendizado científico desenvolvido no Ensino Fundamental, que partiu da realidade próxima do aluno e o conduziu a uma primeira visão formal dos processos físicos, da constituição e propriedades da matéria e do cosmo, para agora garantir um maior aprofundamento conceitual tanto da problemática a ser tratada e seu contexto, quanto da compreensão das práticas científicas na física.

2. Desenvolver essa nova compreensão, contando com crescente protagonismo dos alunos já intelectualmente mais maduros, tendo como temas de estudo centrais: Movimentos - Variações e Conservações; Universo, Terra e Vida; Calor, Ambiente e Usos de Energia; Equipamentos Elétricos; Matéria e Radiação.

3. Ao organizar o ensino sob tais temas de estudo, compreender que correspondem a um rearranjo, com mais contexto e atualidade, de conteúdos mais tradicionalmente denominados como mecânica, termodinâmica, óptica, eletromagnetismo e física moderna, combinados de outra forma e acrescentados de elementos de cosmologia e de tecnologias contemporâneas.

1.8.3 Habilidades do professor de Física

Espera-se especialmente que os professores de Física do Ensino Médio estejam preparados para desenvolver esses temas nessa etapa escolar, com metodologias variadas, como as de investigação, leitura, experimentação, debate e projetos de trabalho em grupo, de forma a levarem seus alunos a enfrentar situações-problema em contextos reais de caráter vivencial, prático, tecnológico ou histórico, o que envolve a capacidade de:

1. Identificar, caracterizar e estimar grandezas do movimento: observar movimentos do cotidiano em termos de variáveis como distância percorrida, tempo, velocidade e massa; sistematizar movimentos, segundo trajetórias, variações de velocidade e outras características; realizar medida de tempo, percurso, velocidade média e demais grandezas mecânicas.

2. Compreender e calcular a quantidade de movimento linear, sua variação e conservação: a modificação nos movimentos decorrentes de interações, como ao se dar partida a um veículo; a variação de movimentos relacionada à força aplicada e ao tempo de aplicação, a exemplo de freios e dispositivos de segurança; a conservação da quantidade de movimento em situações cotidianas; as leis de Newton na análise do movimento de partes de um sistema mecânico e relacionadas com as leis de conservação.

3. Conceituar e fazer uso prático de trabalho e energia mecânica: trabalho de uma força como medida da variação do movimento, como numa frenagem; energia mecânica em situações reais e práticas, como em um bate-estacas; estimativa de riscos em situações de alta velocidade.

4. Conceituar e quantificar equilíbrio estático e dinâmico: condições para o equilíbrio de objetos e veículos no solo, na água ou no ar; amplificação de forças em ferramentas, instrumentos e máquinas; conservação do trabalho mecânico; evolução do trabalho mecânico nos transportes e máquinas.

5. Conhecer e dimensionar os constituintes do universo: massas, tamanhos, distâncias, velocidades, grupamentos e outras características de planetas, sistema solar, estrelas, galáxias e demais corpos astronômicos.

6. Comparar modelos explicativos do Sistema Solar (da visão geocêntrica à heliocêntrica) e da origem e constituição do Universo (em diferentes culturas).

7. Compreender o campo gravitacional em sua relação com massas e distâncias envolvidas, nos movimentos junto à superfície terrestre – quedas, lançamentos e balística, na conservação do trabalho mecânico e das quantidades de movimento lineares e angulares em interações astronômicas.

8. Discutir teorias e hipóteses históricas e atuais sobre origem, constituição e evolução do universo: etapas de evolução estelar – de sua formação à transformação em gigantes, anãs ou buracos negros; estimativas do lugar da vida no espaço e no tempo cósmicos; avaliação da possibilidade de existência de vida em outras partes do Universo; evolução dos modelos de Universo – matéria, radiações e interações fundamentais; o modelo cosmológico atual – espaço curvo, inflação e Big Bang.

9. Conceituar calor como energia: histórico da unificação calor-trabalho mecânico e da formulação do princípio de conservação da energia; a conservação de energia em processos físicos, como mudanças de estado e em máquinas mecânicas e térmicas ou em ciclos naturais. Fazer uso de propriedades térmicas.

10. Caracterizar a operação de máquinas térmicas sem ciclos fechados: potência e rendimento em máquinas térmicas reais, como motores de veículos; impacto social e econômico do surgimento das máquinas térmicas na primeira revolução industrial.

11. Associar entropia e degradação da energia: fontes de energia na Terra; transformações e degradação; o ciclo de energia no universo e as fontes terrestres de energia. Interpretar ou realizar um balanço energético nas transformações envolvidas no uso e na geração de energia.

12. Caracterizar o som e suas fontes: ruídos e sons harmônicos; timbres e fontes de produção; amplitude, frequência, comprimento de onda, velocidade e ressonância de ondas mecânicas; questões de som no cotidiano contemporâneo - audição humana, poluição sonora, limites e conforto acústicos.

13. Caracterizar a luz e suas fontes: formação de imagens, propagação, reflexão e refração da luz; sistemas de ampliação da visão, como lupas, óculos, telescópios e microscópios; luz e cor: a diferença entre cor das fontes de luz e a cor de pigmentos, o caráter policromático da luz branca, as cores primárias no sistema humano de percepção e nos aparelhos e equipamentos, adequação e conforto na iluminação de ambientes.

14. Interpretar o caráter eletromagnético de diferentes radiações e da luz e compreender suas características: emissão e absorção de luz de diferentes cores; evolução histórica da representação da luz como onda eletromagnética; transmissões eletromagnéticas; produção, propagação e detecção de ondas eletromagnéticas; equipamentos e dispositivos de comunicação, como rádio e TV, celulares e fibras óticas; evolução da transmissão de informações e seus impactos sociais.

15. Utilizar, conceituar e dimensionar circuitos elétricos: aparelhos e dispositivos domésticos e suas especificações elétricas, como potência e tensão de operação; modelo clássico de propagação de corrente em sistemas resistivos; avaliação do consumo elétrico residencial e em outras instalações e medidas de economia; perigos da eletricidade e medidas de prevenção e segurança.

16. Dominar e utilizar conceitos envolvendo correntes, forças e campos eletromagnéticos: propriedades elétricas e magnéticas de materiais e a interação por meio de campos elétricos e magnéticos; valores de correntes, tensões, cargas e campos em situações de nosso cotidiano; campos e forças eletromagnéticas; interação elétrica e magnética, o conceito de campo e as leis de Oersted e da indução de Faraday; a evolução das leis do eletromagnetismo como unificação de fenômenos antes separados.

17. Compreender e dimensionar motores e geradores em seu uso prático: constituição de motores e de geradores, a relação entre seus componentes e as transformações de energia; produção e consumo elétricos; produção de energia elétrica em grande escala em usinas hidrelétricas, termoelétricas e eólicas, e a estimativa de seu custo-benefício e seus impactos ambientais; transmissão de eletricidade em grandes distâncias; evolução da produção e do uso da energia elétrica e sua relação com o desenvolvimento econômico e social.

18. Conhecer a constituição da matéria: modelos de átomos e moléculas para explicar características macroscópicas mensuráveis; a matéria viva e sua distinção com os modelos físicos de materiais inanimados; os modelos atômicos de Rutherford e Bohr; átomos e radiações; a quantização da energia na explicação da emissão e absorção de radiação pela matéria; a dualidade onda-partícula; as radiações do espectro eletromagnético e seu uso tecnológico, da iluminação incandescente e fluorescente aos raios X e ao laser.

19. Relacionar o núcleo atômico e sua constituição com sua radiatividade: núcleos estáveis e instáveis, radiatividade natural e induzida; a energia nuclear e seu uso médico, industrial, energético e bélico; radiatividade, radiação ionizante, efeitos biológicos e radioproteção; partículas elementares, evolução dos modelos dos átomos da Grécia clássica aos quarks; a diversidade das partículas sua detecção e identificação; a natureza e a intensidade das forças entre partículas.

20. Demonstrar domínio conceitual e prático de eletrônica e informática: propriedades e papéis dos semicondutores nos dispositivos microeletrônicos - elementos básicos da microeletrônica, no armazenamento e processamento de dados - discos magnéticos, CDs, DVDs, leitoras e processadores; impacto social e econômico contemporâneo da automação e da informatização.

1.8.4 Bibliografia para Física

1. AMALDI, Ugo. Imagens da física: as idéias e as experiências do pêndulo aos quarks. São Paulo: Scipione, 2007.

2. AZEVEDO, Maria Cristina P. S. de. Ensino por investigação: problematizando as atividades em sala de aula. In: CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. (Org.). Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Thomson, 2005. p. 19-33.

3. BEN-DOV, Yoav. Convite à Física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.

4. BERMANN, Célio. Energia no Brasil: para quê? para quem? Crise e alternativas para um país sustentável. 2. ed. São Paulo: Livraria da Física, 2003.

5. CACHAPUZ, Antonio et al. A necessária renovação do ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 2005.

6. CHAVES, Alaor S.; VALADARES, Eduardo C.; ALVES, Esdras G. Aplicações da Física Quântica: do transistor à nanotecnologia. São Paulo: Livraria da Física. 2005. (Temas Atuais de Física/SBF).

7. DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2003.

8. EINSTEIN, Albert; INFELD, Leopold. A evolução da Física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2008.

9. FEYNMAN, Richard. Física em 12 lições. 2. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2009.

10. FRIAÇA, Amâncio (Org.). Astronomia: uma visão geral do universo. São Paulo: EDUSP, 2002.

11. GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA. Física. São Paulo: EDUSP, 2001/2005. v. 1, 2 e 3.

12. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 9. ed. São Paulo: Bookman, 2002.

13. OKUNO, E. Radiação: efeitos, riscos e benefícios. São Paulo: Harbra, 1998.

14. RESNICK, Robert; HALLIDAY, David; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 8. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2009. v. 1, 2, 3 e 4.

15. ROCHA, José Fernando. Origens e evolução das idéias da Física. Salvador: EDUFBA, 2002.

1.8.5 Documentos para Física

1. BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais; Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002. Disponível em: [38] Acesso em: 26 jan. 2010.

2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Física para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [39] Acesso em: 26 jan. 2010.

1.9 Perfil desejado para o professor de Química

Os professores de Química do Ensino Médio devem ter domínio dos conteúdos a serem ensinados, bem como dos recursos metodológicos para apresentá-los aos alunos, com a compreensão do significado desses conteúdos em contextos adequados, referentes aos universos da cultura, do trabalho, da arte, da ciência ou da tecnologia, dentre outros. Entretanto, estes saberes devem ser articulados de maneira a possibilitar a construção de uma visão de mundo por parte do educando em que ele, tendo ferramentas para tomar suas próprias decisões, se veja como um participante ativo, crítico e capaz de intervir na realidade.

Além das características gerais esperadas de todos os professores de Ciências da Natureza, demandam-se competências mais específicas dos professores de Química, apresentadas a seguir.

1.9.1 o professor de Química deve apresentar o seguinte perfil:

1. Reconhecer a Química como parte da cultura humana, portanto de caráter histórico, que influencia outras áreas do saber, e é influenciada por elas.

2. Compreender o conhecimento químico como sendo estruturado sobre o tripé: transformações químicas, materiais e suas propriedades e modelos explicativos, entremeados pela linguagem científica simbólica própria da Química.

3. Conhecer os conteúdos fundamentais da Química com uma profundidade que permita identificar as ideias principais presentes nesses conteúdos e articulá-las, estabelecendo relações entre eles e abordando-os sob diferentes perspectivas, tendo em vista a formação do aluno como cidadão.

4. Avaliar as relações entre os conhecimentos científicos e tecnológicos e os aspectos sociais, econômicos, políticos e ambientais ao longo da história e na contemporaneidade, sendo capaz de organizar os conteúdos da Química, ao tratar o tripé transformações – materiais – modelos explicativos, em torno de temáticas que permitam compreender o mundo em sua complexidade.

5. Organizar o estudo da Química a partir de fatos perceptíveis, mensuráveis e próximos à vivência do estudante, caminhando para as possíveis explicações mais abstratas e que exigem modelos explicativos mais elaborados, de modo a respeitar o nível de desenvolvimento cognitivo do estudante e criar condições para seu desenvolvimento.

6. Compreender a ciência como construção humana, social e historicamente situada, estando, portanto, sujeita a debates, conflitos de interesses, incertezas e mudanças. Promover o ensino da Química de maneira condizente com essa visão, em contraposição à ideia de ciência como verdades absolutas e imutáveis.

7. Propor e realizar atividades experimentais de caráter investigativo com objetivo de conhecer fatos químicos e construir explicações científicas fundamentadas em dados empíricos e proposições teóricas. Desenvolver, neste percurso, habilidades e competências científicas tais como observar, registrar, propor hipóteses, inferir, organizar, classificar, ordenar e analisar dados, sintetizar, argumentar, generalizar e comunicar resultados, estando ciente das possibilidades e limitações da experimentação no desenvolvimento e na aprendizagem da ciência.

8. Valorizar, ao propor temas para o ensino, o tratamento de questões ambientais, de maneira articulada com outras áreas do conhecimento, tendo em vista o desenvolvimento de atitudes pró-ambientais, tanto em âmbito individual quanto coletivo.

9. Evidenciar, nas situações concretas da vida dos alunos, situações em que o conhecimento químico tratado em sala de aula se articula com a experiência cotidiana, seja refutando, corroborando ou aprofundando as concepções prévias dos estudantes.

10. Reconhecer o papel ativo do aluno na construção de seu próprio conhecimento, sabendo propor atividades que incentivem a pesquisa, a capacidade de fazer perguntas, de analisar problemas complexos, de construir argumentações consistentes, de comunicar ideias e de buscar informações em diferentes fontes.

1.9.2 Habilidades do professor de Química

Espera-se que os professores de Química do Ensino Médio, ao desenvolver os temas de ensino, considerem que estão preparando seus alunos para que possam avaliar as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico e as transformações na sociedade e ambiente ao longo da história, bem como para ter uma postura crítica quanto às informações de cunho científicotecnológico veiculadas na mídia, reconhecendo a importância da cultura científica em nossa sociedade. Assim, os professores de Química devem estar aptos para realizar e tornar seus alunos capazes de:

1. Identificar as transformações químicas que ocorrem no dia-a-dia e no sistema produtivo, analisando as evidências de interações entre materiais e entre materiais e energia, o tempo envolvido nas interações e a reversibilidade desses processos, representando-as por meio de linguagem discursiva e simbólica, utilizando símbolos, fórmulas moleculares e estruturais e equações químicas.

2. Aplicar conhecimentos sobre propriedades específicas das substâncias para: identificar reagentes e produtos em uma transformação química; distinguir substâncias de misturas, avaliar e propor técnicas de separação dos componentes de misturas de substâncias, identificar diferentes materiais, prever o comportamento das substâncias quanto à solubilidade, flutuação e mudanças de estado físico, e relacionar tais propriedades aos usos que a sociedade faz de diferentes materiais.

3. Analisar reações de combustão e outras transformações químicas de modo a: compreender aspectos qualitativos de uma combustão; estabelecer relações entre massas de reagentes de produtos e a energia envolvida nas transformações químicas, fazendo previsões sobre tais quantidades; aplicar conhecimentos sobre poder calorífico de combustíveis; avaliar impactos ambientais relativos à obtenção e aos usos de combustíveis e metais.

4. Descrever e historiar as ideias sobre a constituição da matéria propostas por John Dalton utilizando-as para: explicar as transformações químicas como rearranjos de átomos; interpretar as leis de Lavoisier e Proust.

5. Compreender os modelos sobre a constituição da matéria propostos por Thomson, Rutherford e Bohr utilizando-os para explicar a natureza elétrica da matéria, as ligações químicas entre átomos, as radiações eletromagnéticas, a radiação natural, a existência de isótopos, relacionando o número atômico e o número de massa e algumas das propriedades específicas das substâncias.

6. A partir da interpretação da constituição dos materiais ao nível microscópico, fazer previsões sobre: a polaridade de ligações químicas e de moléculas, as interações intermoleculares, as propriedades de substâncias iônicas, moleculares e metálicas e de misturas de substâncias, tais como solubilidade, condutibilidade elétrica, temperaturas de fusão e de ebulição, e o estado físico, em determinadas condições de temperatura e pressão.

7. Considerando as modificações ocorridas ao longo do tempo, compreender a estrutura da Tabela Periódica e os critérios para sua organização, sabendo localizar os elementos nos grupos (famílias) e períodos e estabelecer relações entre posição, eletronegatividade, tipos de ligações químicas que os átomos tendem a estabelecer e as propriedades das substâncias formadas.

8. Compreender as ligações químicas em termos de forças elétricas de atração e repulsão e as transformações químicas como resultantes de quebra e formação de ligações, fazendo previsões e representando-as por meio de diagramas, da energia envolvida numa transformação química a partir de valores de energia de ligação, de modo a diferenciar processos endotérmicos e exotérmicos.

9. Estabelecer relações quantitativas envolvidas na transformação química em termos de quantidade de matéria, massa e energia, de modo a fazer previsões de quantidades de reagentes e produtos e da energia envolvidas em processos que ocorrem na natureza e no sistema produtivo, sabendo avaliar a importância social, econômica e ambiental destas relações nesses processos.

10. Identificar as matérias primas, os produtos formados, os usos considerando suas propriedades específicas, envolvidos nos processos de produção de metais, em especial do ferro e do cobre, bem como as implicações econômicas e ambientais na produção e no descarte desses metais.

11. Avaliar a qualidade de diferentes águas considerando o critério brasileiro de potabilidade e a demanda bioquímica de oxigênio, utilizando, para tal, o conceito de concentração, e cálculos com dados expressos em diferentes unidades (g.L-1, mol. L-1, ppm, % em massa) e temperaturas

12. Reconhecer fontes causadoras de poluição da água e identificar os procedimentos envolvidos no tratamento de água para consumo humano e de esgotos domésticos, aplicando conhecimentos relativos à separação de misturas, transformações químicas, pH e solubilidade, para a compreensão desses, sabendo propor medidas que tenham em vista a preservação dos recursos hídricos e o uso consciente da água tratada.

13. Compreender e aplicar os conceitos de oxidação, redução e reatividade para explicar as transformações químicas que ocorrem na corrosão de metais, eletrólises, pilhas e outras transformações químicas, reconhecendo as implicações sociais e ambientais desses processos

14. Reconhecer o ar atmosférico como fonte de materiais úteis ao ser humano, identificando os processos industriais envolvidos na separação de seus componentes, as utilizações destes últimos em sistemas naturais e produtivos, em especial, na síntese da amônia a partir dos gases nitrogênio e hidrogênio, considerando como a temperatura e a pressão do sistema e o uso de catalisadores afetam a rapidez e a extensão desta síntese, viabilizando-a ou não.

15. Reconhecer e controlar as variáveis que podem modificar a rapidez das transformações químicas e utilizar o modelo de colisões para explicá-las, sabendo conceituar energia de ativação, choques efetivos, assim como utilizar diagramas de energia para representar e avaliar as variações de energia envolvidas nas diferentes etapas das transformações químicas.

16. A partir do conhecimento da distribuição da água no planeta e da composição das águas naturais, reconhecer a hidrosfera como fonte de materiais úteis para o ser humano, os processos químicos envolvidos na obtenção de materiais a partir da água do mar, aplicando conhecimentos sobre equilíbrio químico e identificando as variáveis que podem perturbá-lo.

17. A partir das ideias de Arrhenius e do conceito de equilíbrio químico, interpretar e representar a ionização de ácidos, a dissociação de bases e reações de neutralização, em meio aquoso, estabelecendo relações quantitativas com o pH das soluções aquosas e considerando a importância desses conhecimentos na avaliação das características da água no ambiente e no sistema produtivo.

18. Reconhecer a biosfera como fonte de materiais úteis ao ser humano, identificando os principais componentes da matéria viva, dos recursos fossilizados e dos alimentos - carboidratos, lipídeos, proteínas e vitaminas -, utilizando representações das estruturas das substâncias orgânicas para explicar as diferentes funções orgânicas e o fenômeno da isomeria.

19. Compreender e avaliar os processos de obtenção de combustíveis a partir da biomassa, de derivados do petróleo, de carvão mineral e de gás natural, e as implicações sócioambientais relacionadas aos usos desses materiais.

20. Avaliar de maneira sistêmica – interrelacionando os ciclos biogeoquímicos da água, do nitrogênio, do oxigênio, e do carbono - e sob a ótica do desenvolvimento sustentável, as perturbações provocadas pelo ser humano na atmosfera, hidrosfera e biosfera, tais como: emissão de gases como SO2, CO2, hidrocarbonetos voláteis, CFCs, NO2 e outros óxidos de nitrogênio; chuva ácida, aumento do efeito estufa, redução da camada de ozônio, uso de detergentes, praguicidas, metais pesados, combustíveis fósseis e biocombustíveis, para propor ações corretivas e preventivas e busca de alternativas para a preservação da vida no planeta.

1.9.3 Bibliografia para Química

1. BAIRD, Colin. Química ambiental. Tradução de M. A. L Recio e L. C. M. Carrera. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

2. CANTO, E. L. Minerais, minérios, metais: de onde vêm? para onde vão? 2. ed. São Paulo: Moderna, 2008.

3. CHALMERS, A. F. O que é ciência afinal? Tradução de R. Fifer. São Paulo: Brasiliense, 2009.

4. CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 2. ed. Ijuí: Unijuí, 2001.

5. GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações e Transformações: química para o Ensino Médio. São Paulo: EDUSP, 1995/2007. livros I, II. Guia do professor, Livro do aluno.

6. GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações e Transformações: química e a sobrevivência, atmosfera, fonte de materiais. São Paulo, EDUSP, 1998.

7. KOTZ, J. C.; TREICHELJ JR, P. M. Química geral e reações químicas. São Paulo: Thomson, 2005/2009. v. 1 e 2.

8. MARZZOCO, A.T.; TORRES, B.B. Bioquímica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

9. PESSOA de CARVALHO, A. M.; GIL-PEREZ, D. (2001). Formação de professores de ciências. 9. ed. São Paulo: Ed Cortez, 2009 (Questões da nossa época, 26).

10. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, cadernos temáticos n. 1, 2, 3, 4, 5 e 7. Disponível em: [40] Acesso em: 26 jan. 2010.

11. ROCHA, J. C.; ROSA, A. H.; CARDOSO, A. A. Introdução à química ambiental. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.

12. SOLOMONS, T. W. G. Química Orgânica. Rio de janeiro: LTC, 2009. v. 1 e 2.

13. TOLENTINO, M.; ROCHA-FILHO, R. C.; SILVA, R. R. A atmosfera terrestre. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2008. (Polêmica)

14. ZANON, L. B.; MALDANER, o A. (Orgs). Fundamentos e propostas de ensino de Química para a Educação Básica no Brasil. Ijuí: Unijuí, 2007.

1.9.4 Documentos para Química

1. BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ ensino médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais; ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002. Disponível em: [41] Acesso em: 26 jan. 2010.

2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. CENP. Oficinas temáticas no ensino público: formação continuada de professores. São Paulo: SE/CENP, 2007. Disponível em: [42] Acesso em: 26 jan. 2010.

3. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Química para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [43] Acesso em: 26 jan. 2010.

1.10 Perfil desejado para o professor de Biologia

Os professores da Área de Ciências da Natureza devem ter domínio dos conteúdos a serem ensinados, bem como dos recursos metodológicos para apresentá-los aos alunos, compreendendo do significado desses conteúdos não só dentro de sua área específica de atuação, mas também em contextos variados, como nos universos da cultura, do trabalho, da arte, da ciência ou da tecnologia.

Além das características gerais esperadas de todos os professores de Ciências da Natureza, demandam-se competências mais específicas dos professores de Biologia, listadas a seguir:

1.10.1 o professor de Biologia deve apresentar o seguinte perfil:

1. Reconhecer a Biologia como um ramo do conhecimento científico, passível de análise, teste, experimentação e dúvida. Reconhecer que esse campo do saber humano é gerador de conhecimento e de avanços tecnológicos, além de contribuir para a qualidade de vida das pessoas.

2. Reconhecer a Biologia como parte da cultura humana, portanto de caráter histórico, que influencia outras áreas, como as artes, as ciências humanas, as tecnologias, a produção de bens e serviços, e é influenciada por elas.

3. Conhecer os conteúdos fundamentais da Biologia com uma profundidade e desenvoltura que lhe permita abordá-los sob diferentes pontos de vista, além de visualizar esses conteúdos como caminhos para que os alunos atinjam seus próprios objetivos pessoais.

4. Ser capaz de organizar os conteúdos da Biologia em torno de situações de aprendizagem que sejam significativas e desafiadoras para os alunos, respeitando suas capacidades e limitações e em consonância com os objetivos específicos da escola onde trabalha e da realidade que a envolve. Isto inclui escolher e priorizar, dentro da imensa quantidade de fatos gerados pela Biologia, aqueles que melhor se prestam para atingir os objetivos da escola.

5. Articular os conteúdos de Biologia com os de outras áreas do saber, promovendo o aprendizado e a integração do conhecimento para além do seu campo específico de atuação, favorecendo a interdisciplinaridade e demonstrando a contribuição da sua área para a resolução de problemas reais da sociedade.

6. Evidenciar, nas situações concretas da vida dos alunos, situações em que o conhecimento biológico tratado em sala de aula tangencia a experiência cotidiana, seja refutando, corroborando ou aprofundando as concepções prévias dos estudantes.

7. Ser capaz de conduzir experimentos e observações da natureza viva, explorando não só a sua dimensão exata e didática, mas também eventuais desvios do esperado, articulando as observações com a teoria, utilizando essas situações para estimular o protagonismo dos alunos na construção de seu próprio conhecimento e para evidenciar o modo científico de pensar.

8. Valorizar aspectos regionais da fauna e da flora em suas aulas utilizando, por exemplo, estudos de meio, sem perder de vista observações e conclusões mais universais, orientando os estudantes para a percepção de padrões biológicos gerais.

9. Sensibilizar os estudantes para questões ambientais e de saúde pública, contribuindo para orientá-los em relação a alternativas de comportamento e consumo menos agressivas ao ambiente, a cuidados com o próprio corpo e riscos à saúde.

10. Ser capaz de mediar discussões científicas entre os estudantes, estimulando seus interesses e instigando-os à pesquisa, articulando de maneira consistente a experiência imediata com as teorias científicas vigentes, orientando e depurando interesses menos relevantes em vista dos objetivos gerais da escola.

Isso deve ser feito de modo a oferecer uma visão panorâmica dos conteúdos, plena de significações tanto para a vida cotidiana quanto para uma formação cultural mais rica.

1.10.2 Habilidades do professor de Biologia

O professor de Biologia deve ser capaz de utilizar os conteúdos da área como meios para atingir o objetivo maior da escola, que é desenvolver nos alunos competências que lhes permitam fazer sua própria leitura do mundo, defender suas ideias e compartilhar novas e melhores formas de ser e viver, na complexidade em que isso é requerido. Conforme exposto com detalhe no Currículo do Estado de São Paulo, essas competências incluem, prioritariamente, o domínio da norma culta da língua portuguesa, a capacidade de expressão em diferentes linguagens e a capacidade de construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos e resolução de problemas.

O curso de Biologia deve colaborar para que os alunos desenvolvam essas competências e sejam capazes de utilizarse dos conhecimentos apreendidos na escola para elaborar propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. Para auxiliar os alunos nesse objetivo, os professores de Biologia deverão possuir certas habilidades específicas:

1. Contextualizar os conteúdos dentro de uma visão sistêmica da natureza, enfatizando os fluxos de energia e matéria na manutenção da vida e a existência de ciclos globais que incluem os seres vivos, mas estendem-se além deles.

2. Identificar, no nível das populações e comunidades, relações de competição e de cooperação que podem levar a oscilações nos tamanhos das populações de seres vivos.

3. Identificar fatores causadores de problemas ambientais, tais como crescimento e adensamento da população humana, mudanças nos padrões de produção e consumo ou interferências artificiais nos ciclos biogeoquímicos.

4. Localizar problemas ambientais contemporâneos e apontar ações individuais e coletivas que possam minimizá-los, demonstrando o conhecimento de alternativas ambientalmente menos nocivas para questões como obtenção de energia, controle de pragas e disposição do lixo.

5. Reconhecer a saúde como bem estar físico, mental e social, seus condicionantes (alimentação, moradia, saneamento, meio ambiente, renda, trabalho, educação, transporte e lazer) e os principais riscos à sua manutenção, tendo em conta a realidade brasileira.

6. Reconhecer os elementos em jogo durante um experimento, distinguindo a hipótese que está sendo testada, identificando a existência de grupos-controle e grupos-tratamento, além de ser capaz de fazer previsões a partir de hipóteses e confrontá-las com os resultados observados.

7. Reconhecer a gravidez na adolescência e as doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a AIDS, como problemas de saúde pública, apontando tanto as medidas de prevensobre ção quanto as consequências da aquisição dessas situações ou doenças para a vida futura.

8. Interpretar a teoria celular como central na Biologia, entendendo a organização celular como característica fundamental dos seres vivos.

9. Reconhecer a importância do núcleo celular para a reprodução da célula e caracterizá-lo como o portador das características hereditárias.

10. Enfrentar situações-problema envolvendo a transmissão de informação hereditária, traduzindo a informação presente em textos para esquemas e vice-versa.

11. Reconhecer o papel dos fatores genéticos na determinação das características dos seres vivos.

12. Associar adequadamente o DNA à transmissão de informação hereditária, identificando as correspondências entre a genética clássica (mendeliana) e a biologia molecular.

13. Compreender as discussões atuais sobre tecnologias de manipulação do DNA, seus eventuais riscos e benefícios de maneira suficiente para utilizá-las para abordar outros tópicos de genética.

14. Reconhecer o desafio da classificação biológica, ter familiaridade com o sistema de nomenclatura e com as representações de parentesco entre os seres vivos.

15. Compreender a biologia das plantas e os aspectos comparativos de sua evolução.

16. Compreender a biologia dos animais e os aspectos comparativos de sua evolução.

17. Analisar as diferentes hipóteses e teorias em torno da origem da vida, distinguindo a construção do conhecimento científico de outros tipos de conhecimento.

18. Reconhecer a teoria da evolução como ideia unificadora da Biologia e como única explicação científica para a diversidade de seres vivos.

19. Ser capaz de analisar criticamente evidências da evolução biológica em grupos específicos.

20. Discutir a origem do ser humano dentro do paradigma evolucionista.

1.10.3 Bibliografia para Biologia

1. ALBERTS, B.; et al. Fundamentos da biologia celular. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. cap. 1, 4, 6, 7, 8, 10 a 19.

2. BOUER, J. Sexo & Cia: as dúvidas mais comuns (e as mais estranhas) que rolam na adolescência. 2 ed. São Paulo: Publifolha, 2002.

3. CARVALHO F.H; PIMENTEL S. M. R. A célula. Barueri: Manole, 2007.

4. CARVALHO, Isabel C. M. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2008. cap. 1, 3 e 5.

5. DEAN, W. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira, São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

6. GRIFFITHS, A.J. F. et al. Introdução à Genética. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. cap. 1 a 17, 19.

7. HICKMAN JR., Cleveland P.; ROBERTS, L. S.; LARSON, Allan. Princípios Integrados de Zoologia. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

8. KORMONDY, E. J.; BROWN, D. E. Ecologia humana. São Paulo: Atheneu, 2002.

9. KRASILCHIK, M. Prática de ensino de Biologia. 4. ed. São Paulo: EDUSP, 2008.

10. MARGULIS, L.; SCHWARTZ, K. V. Cinco reinos: um guia ilustrado dos filos da vida na Terra. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

11. RAVEN, P. H.; EVERT R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia Vegetal. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. seções 4, 5, 6 e 7.

12. RIDLEY, M. Evolução. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

13. SCHMIDT-NIELSEN, K. Fisiologia Animal. Adaptação e meio ambiente. 5. ed. São Paulo: Livraria Santos, 2002.

14. SENE, F. M. Cada caso, um caso... puro acaso - Os Processos de evolução biológica dos seres vivos. Ribeirão Preto: SBG, 2009.

15. TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

1.10.4 Documentos para Biologia

1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Biologia para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [44] Acesso em: 26 jan. 2010.

1.11 Perfil desejado para o professor de História

As indicações a seguir apresentam o perfil do profissional da Educação que se vislumbra para ensinar História nas escolas da rede pública de São Paulo. Quais os aspectos de sua formação a serem valorizados para identificar sua capacidade de ensinar História nos níveis Fundamental e Médio? Quais os conteúdos, inclusive teóricos, sobre os quais os professores devem mostrar conhecimento e familiaridade e que deverão ser aplicados – a partir de sua adequação – nas aulas da Educação Básica?

A partir dessas preocupações e reconhecendo – sem quaisquer compromissos com formas preconceituosas de hierarquização – as especificidades de cada nível de ensino, com suas características e objetivos próprios, sua elaboração foi assentada na estrutura curricular que orienta os cursos de graduação em História, especialmente aqueles oferecidos pelas Universidades públicas, hajà vista o fato de que eles servem de modelo à maioria das instituições privadas. com isto, pretende-se respeitar a formação dos professores, sem ampliar ou reduzir expectativas que possam comprometer os padrões de qualidade que deve ter a escola pública.

É importante registrar, ainda, que se espera do professor a organização do aprendizado da História em harmonia com os eixos temáticos e conceitos centrais da proposta curricular da disciplina, como Tempo e Sociedade; História e Memória; História e Trabalho; Cultura e Sociedade, História e Diversidade, desenvolvendo situações para produção e difusão do conhecimento e estudo da História por meio dos recursos disponíveis em diferentes instituições de ensino como museus, centros de documentação e órgãos de preservação do patrimônio cultural, dentre outros. Mais ainda, que compreenda a importância da memória em seus variados suportes socioculturais, identificando o seu papel na constituição dos sujeitos, na construção do conhecimento histórico e nas experiências sociais, e que seja capaz de utilizar diferentes linguagens (escrita, oral, cartográfica, musical, e imagética), visando desenvolver os estudos da realidade histórico-social, por meio das várias produções culturais disponíveis.

1.11.1 o professor de História deve apresentar o seguinte perfil:

A dimensão formativa do saber histórico demanda um conjunto de competências que se relacionam aos valores e atitudes integrantes do conhecimento histórico e sua função social.

Nesta perspectiva, como competências gerais, os professores de História devem apresentar condições didático-pedagógicas que permitam:

1. Reconhecer diferenças entre as temporalidades: tempo do indivíduo e o tempo social; tempo cronológico e tempo histórico, identificando características dos sistemas sociais e culturais de notação e registro de tempo ao longo da história.

2. Compreender e problematizar conceitos historiográficos, política e ideologicamente determinados, enfatizando a importância do uso de fontes e documentos de natureza variada para o estudo da História.

3. Reconhecer e valorizar as diferenças socioculturais que caracterizam os espaços sociais (escola, a localidade, a cidade, o país e o mundo) considerando o respeito aos direitos humanos e a diversidade cultural como fundamentos da vida social.

4. Identificar os elementos socioculturais que constituem a formação histórica brasileira, promovendo o estudo das questões da alteridade e a análise de situações históricas de reconhecimento e valorização da diversidade, responsáveis pela construção das identidades individual e coletiva.

5. Estimular o desenvolvimento da capacidade leitora, interpretativa e analítica de situações históricas nos alunos do Ensino Fundamental e Médio, buscando o entendimento das influências da História nas formas de convivência social do tempo presente e do passado.

6. Demonstrar conhecimento dos conteúdos fundamentais que expressam a diversidade das experiências históricas através de suas múltiplas manifestações, criando situações de ensinoaprendizagem adequadas aos objetivos do ensino básico e à construção do saber histórico escolar, utilizando-se, sempre que possível, da interdisciplinaridade para construção do conhecimento histórico.

7. Analisar características essenciais das relações sociais de trabalho ao longo da história, reconhecendo os impactos da tecnologia nas transformações dos processos de trabalho, e estabelecer relações entre trabalho e cidadania.

8. Estimular a reflexão critica na análise das decisões políticas contemporâneas, reconhecendo a importância do voto e da participação coletiva e percebendo-se como agente da história e seu tempo.

9. Propor e justificar um problema de investigação histórica, estabelecendo suas delimitações (cronológica, espacial, temática, etc.), definindo as fontes da pesquisa, as referências analíticas, os procedimentos técnicos e produzindo análises e interpretações utilizando-se dos conceitos, categorias e vocabulário pertinentes ao discurso historiográfico;

10. Reconhecer o papel dos vários sujeitos históricos, percebendo e interpretando as relações/tensões entre suas ações e as determinações que as orientam no processo histórico.

1.11.2 Habilidades do professor de História

Em função do perfil apresentado acima, foi elaborado um conjunto de habilidades, visando aferir se o professor está apto a:

1. Destacar características essenciais das relações de trabalho ao longo da história, reconhecendo a importância do trabalho humano na edificação dos contextos histórico-sociais e as características de suas diferentes formas na divisão temporal formal: pré-história, antiguidade, Idade Média, modernidade e contemporaneidade;

2. Identificar materiais que permitam observar as principais características das civilizações antigas quanto à organização da vida material e cultural, relevando questões centrais como o surgimento do Estado e as formas de sociedade e de religiosidade.

3. Demonstrar a importância de estudos sobre a história da África, identificando características essenciais do continente em sua organização econômica, social, religiosa e cultural.

4. Definir as características dos principais sistemas dos movimentos populacionais ao longo da História.

5. Reconhecer e analisar as principais características e resultados do encontro entre os europeus e as diferentes civilizações da Ásia, África e América.

6. Problematizar no processo de formação dos Estados nacionais as permanências e descontinuidades que se relacionam ao Renascimento cultural, urbano e comercial e suas interfaces com a expansão marítimo-comercial dos séculos XV e XVI.

7. Destacar aspectos das sociedades pré-colombianas da América, caracterizando as diferenças socioculturais e materiais destas civilizações no momento do contato América-Europa.

8. Compreender e caracterizar os processos dos conflitos religiosos e das rebeldias camponesas que culminaram na Reforma e na Contra-Reforma entendendo-as em sua simultaneidade.

9. Compreender a influência das instituições e movimentos político-sociais europeus sobre o espaço colonial americano, identificando traços responsáveis pelo desenho das sociedades que se formaram nos séculos XIX, XX e nos tempos atuais.

10. Identificar, comparar e analisar as principais características e diferenças da colonização européia na América e analisar o processo de independência e constituição das nações no continente.

11. Analisar as relações entre os processos da Revolução Industrial Inglesa e da Revolução Francesa e seu impacto sobre os empreendimentos coloniais europeus na América, África e Ásia.

12. Diferenciar singularidades do socialismo, do comunismo, do anarquismo e seus desdobramentos nos Estados nacionais liberais.

13. Conceber o processo histórico como ação coletiva de diferentes sujeitos reconhecendo os movimentos sociais rurais e urbanos como formas de resistência política, econômica e cultural ao ideário capitalista em suas várias fases.

14. Reconhecer as formas atuais das sociedades como resultado das lutas pelo poder entre as nações, compreendendo que a formação das instituições sociais é resultado de interações e conflitos de caráter econômico, político e cultural.

15. Reconhecer e analisar os acontecimentos desencadeadores das guerras mundiais, identificando as razões do desenvolvimento da supremacia dos Estados Unidos da América e do declínio da hegemonia européia.

16. Comparar as características dos regimes autocráticos europeus e as principais influências nazi-fascistas nos movimentos políticos brasileiros da década de 1930.

17. Identificar acontecimentos formadores do processo político na década de 1930 no Brasil em relação ao enfrentamento da crise de 1929 e suas consequências sobre os movimentos de trabalhadores da época.

18. Demonstrar as principais características do populismo no Brasil, especialmente as propostas que orientaram a política desenvolvimentista e o Golpe Militar de 1964.

19. Estabelecer comparações no contexto da Guerra Fria entre a situação política latino-americana e o Brasil e caracterizar os governos militares instalados no Brasil e, em países como o Chile e a Argentina, pela supressão das liberdades e pelos mecanismos utilizados pela repressão à oposição.

20. Identificar os principais movimentos de resistência aos governos militares na América Latina e o papel das Organizações Internacionais de Direitos Humanos.

1.11.3 Bibliografia para História

1. BITENCOURT, Circe Maria F. (org.). O saber histórico na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Contexto, 1998.

2. BITENCOURT, Circe Maria F. Ensino de História – fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2005.

3. BLOCH, Marc. Apologia da História ou ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

4. BURKE, Peter. O que é História Cultural? Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

5. FAUSTO, Boris. História do Brasil. 13. ed. São Paulo: EDUSP, 2008.

6. FERRO, Marc. A manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação. A história dos dominados em todo o mundo. São Paulo: IBRASA, 1983.

7. FONSECA, Selva G. Caminhos da História Ensinada. Campinas: Papirus, 2009.

8. FONSECA, Selva G. Didática e Prática de Ensino de História. Campinas: Papirus, 2005.

9. FUNARI, Pedro Paulo; SILVA, Glaydson José da. Teoria da História. São Paulo: Brasiliense, 2008.

10. HERNANDEZ, Leila Leite. África na sala de aula: visita à história contemporânea. 2. ed. São Paulo: Selo Negro, 2008.

11. HEYWOOD, Linda M. (Org.). Diáspora negra no Brasil. São Paulo: Contexto, 2008.

12. KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003.

13. LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: UNICAMP, 2003. cap. “Memória”, “Documento/monumento”, “História”, “Passado/presente”.

14. PINSKY, Carla Bassanezi (Org.). Novos temas nas aulas de história. São Paulo: Contexto, 2009

15. SOUZA, Marina de Melo. África e o Brasil Africano. 2. ed. São Paulo: Ática, 2007.

1.11.4 Documentos para História

1. BRASIL, MEC/INEP. ENCCEJA. História e geografia, ciências humanas e suas tecnologias: livro do professor – ensino fundamental e médio. Brasília: MEC/INEP, 2002. Disponível em: [45] Acesso em: 26 jan. 2010.

2. BRASIL. MEC/SEB. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias; História. Brasília, MEC/SEB, 2006. Disponível em: [46] Acesso em: 26 jan.2010.

3. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de História para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [47] Acesso em: 26 jan. 2010.

1.12 Perfil desejado para o professor de Geografia

O espaço geográfico é formado pela articulação entre objetos técnicos e informacionais, fluxos de matéria e informação e objetos naturais. Assim ele não é meramente um substrato sobre o qual as dinâmicas sociais se desenrolam: é uma dimensão viva dessas dinâmicas. O ensino de geografia destina-se a formar cidadãos capacitados a decifrar a sociedade, por meio de sua dimensão espacial.

No mundo contemporâneo, marcado pela aceleração dos fluxos e pelo elevado conteúdo de ciência e tecnologia nos processos produtivos, a trama que constitui o espaço se articula numa totalidade mundial. Mas o mundo se expressa desigualmente nos territórios nacionais, nas regiões e nos lugares. Esse jogo escalar é uma ferramenta indispensável para o ensino de geografia, pois as escalas geográficas estão sempre interrelacionadas: é preciso, por exemplo, considerar o mundo, a região e o território nacional na análise dos fenômenos que ocorrem no lugar.

O processo de urbanização, por exemplo, quando analisado na escala global, revela-se descompassado: no século XIX, com a emergência do sistema técnico, o mundo conheceu a primeira grande onda de urbanização, praticamente circunscrita aos países em processo de industrialização; a partir de meados do século XX, o ritmo da urbanização se acelera nos países mais pobres, impulsionado sobretudo pela falência das estruturas rurais tradicionais. O mesmo processo pode ser analisado na escala dos territórios nacionais, revelando as disparidades regionais internas e a lógica das redes urbanas. No espaço intra-urbano, por sua vez, a trama de objetos técnicos e naturais revela-se sempre única e particular, ainda que conectada ao espaço global.

A preocupação com esse jogo escalar orientou tanto a elaboração do corpo de competências e habilidades quanto a seleção da bibliografia. A prova volta-se para avaliar o domínio sobre o conteúdo curricular, que abrange tanto as competências e habilidades quanto o corpo de conceitos que perpassam os conteúdos programáticos.

Por isso mesmo, o arcabouço conceitual da geografia deve estar incorporado na prova, pois ele é o ponto de partida para uma reflexão organizada sobre a dimensão espacial da sociedade. Diversas obras presentes na bibliografia dedicam-se a esse tema.

Mas esses conceitos só adquirem relevância se forem mobilizados para desvendar a dimensão espacial dos arranjos econômicos, das estratégias políticas e das identidades culturais.

A prova aferirá se os professores são capazes de operacionalizar os conceitos para decifrar a lógica das políticas públicas territoriais, dos movimentos sociais, da localização espacial das empresas, do agronegócio e do ambientalismo, além de outras tantas que integram o temário da geografia. Mais do que isso, os conceitos devem ser usados pelo professor para ensinar os alunos que essas lógicas muitas vezes se enfrentam: o fazendeiro que quer produzir mais e o ambientalista que luta por uma legislação mais rigorosa são portadores de visões de mundo diferentes. O professor deve ensinar os alunos a se posicionarem de forma autônoma frente a essas diferenças. Como afirmou o mestre Milton Santos, o território pode ser visto como recurso ou como abrigo. Cabe ao professor de geografia reconhecer e saber fazer reconhecer a diferença entre um e outro.

1.12.1 o professor de Geografia deve apresentar o seguinte perfil:

1. Reconhecer e dominar conceitos e diferentes procedimentos metodológicos com vistas a desenvolver a análise e a formulação de hipóteses explicativas acerca da produção do espaço geográfico e da articulação de diferentes escalas geográficas.

2. Reconhecer o caráter provisório das ciências diante da realidade em permanente transformação, considerando a importância das concepções teóricas e metodológicas da Geografia para o desenvolvimento do conhecimento humano.

3. Demonstrar o domínio do conhecimento de ciências afins da Geografia que contribuam para ampliar a capacidade de interpretação, argumentação e expressão da realidade geográfica, numa perspectiva interdisciplinar.

4. Compreender os fundamentos e as relações espaçotemporais pretéritas e atuais do planeta com vistas a identificar, reconhecer, caracterizar, interpretar, prognosticar fatos e eventos relativos ao sistema terrestre e suas interações com as sociedades na produção do espaço geográfico em diferentes escalas.

5. Compreender a importância e as diferentes formas de aplicação de inovações teóricas, metodológicas e tecnológicas para o avanço da pesquisa e do ensino em Geografia, considerando a aprendizagem da linguagem cartográfica.

6. Reconhecer o papel das sociedades nas transformações do espaço geográfico, decorrentes das inúmeras relações entre sociedade e natureza, articulando procedimentos empíricos aos referenciais teóricos da análise geográfica com vistas a elaborar propostas de intervenção solidária em processos sócioambientais.

7. Compreender as formas de organização econômica, política, social do espaço mundial e brasileiro, resultantes da revolução tecnocientífica e informacional expressa pela aceleração e intensificação dos fluxos da produção, do consumo e da circulação de pessoas, informações e ideias.

8. Aproveitar as situações de aprendizagem disponíveis no material didático ampliando-as por intermédio de novos contextos, recursos didáticos e paradidáticos, considerando a realidade local, de modo a ampliar o repertório de leitura de mundo dos alunos.

9. Aplicar diferentes formas de avaliação do ensino-aprendizagem, considerando-as como parte primordial do processo de aquisição do conhecimento, reconhecendo o seu caráter processual e sua relevância na aprendizagem.

10. Compreender a importância curricular de aprendizagens relativas aos processos histórico-geográficos relativos à formação cultural, política e sócio-econômica da América e da África, considerando sua relevância e influência na formação da identidade brasileira e latino americana.

1.12.2 Habilidades do professor de Geografia

Com base nas Competências Gerais espera-se que os professores estejam aptos a:

1. Observar, descrever e analisar o uso e apropriação do território brasileiro, considerando a formação sócio-espacial e as transformações da divisão territorial do trabalho.

2. Comparar os contextos geográficos e a produção do lugar social, no espaço e no tempo, a partir da análise da formação do Estado Nação em diferentes regiões, das fronteiras internacionais e da ordem mundial.

3. Ler e interpretar a dinâmica da paisagem, identificando interações entre elementos dos sistemas naturais e padrões e tendências das mudanças locais e globais

4. Ler, interpretar e representar formas, estruturas e processos espaciais, demonstrando o domínio de linguagens numéricodigitais, gráficas e cartográficas.

5. Reconhecer, aplicar e estabelecer relações entre conhecimentos geográficos na interpretação de textos jornalísticos, documentos históricos, obras literárias e outras manifestações artísticas, como pinturas, esculturas, músicas, danças e projetos arquitetônicos.

6. Utilizar os diversos produtos e técnicas cartográficas para localizar-se no espaço, visualizar informações, de modo a identificar razões e intenções presentes nos fenômenos sociais e naturais, com vistas a explicar e compreender as diferentes formas de intervenção no território e as lógicas geográficas desses fenômenos.

7. Identificar problemas e propor soluções decorrentes do uso e da ocupação do solo no campo e na cidade, considerando as políticas de gestão e de planejamento urbano, regional e ambiental.

8. Realizar escolhas mais adequadas de técnicas e procedimentos de análise da dinâmica ambiental, de estudos populacionais e da produção econômica do espaço geográfico.

9. Situar o Brasil na geopolítica mundial, considerando a globalização e sua inserção na América Latina e nos blocos econômicos internacionais.

10. Reconhecer as distintas abordagens de análise do espaço agrário no Brasil e no mundo, confrontando diferentes pontos de vista.

11. Comparar padrões espaciais gerados pela produção agropecuária e pelas cadeias produtivas industriais e pelas novas formas de gestão no campo.

12. Compreender as transformações do mundo do trabalho a partir das inovações tecnológicas e das interações entre diferentes lugares na economia flexível.

13. Interpretar dados e indicadores de diferentes formas de desigualdade social organizados em tabelas ou expressos em gráficos e cartogramas.

14. Fazer prognósticos a respeito da crise ambiental, estabelecendo relações de causa e efeito da intervenção humana nos ciclos naturais, fluxos de energia e no manejo de recursos naturais.

15. Discriminar as relações assimétricas de poder entre os organismos internacionais (Banco Mundial, FMI, diferentes organismos da ONU), os Estados Nações, as corporações transnacionais e as organizações não-governamentais.

16. Comparar propostas de regionalização do espaço mundial a partir de parâmetros econômicos, políticos e étnicoreligiosos.

17. Avaliar a situação de diferentes países e regiões da África e da América, considerando as transformações econômicas recentes e a inserção desigual e diferenciada no mercado mundial.

18. Explicar os processos geológicos e geofísicos e suas interações com a evolução da vida e a organização dos domínios morfoclimáticos.

19. Analisar o processo de urbanização mundial, com destaque para a metropolização, explicando a importância das cidades globais nos circuitos da economia-mundo.

20. Discutir a dinâmica demográfica, avaliando as políticas migratórias e a situação dos refugiados internacionais.

1.12.3 Bibliografia para Geografia

1. AB’SABER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê, 2007.

2. CASTELLS, Manuel. A Galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

3. CASTROGIOVANNI, A. Carlos; CALLAI, Helena; KAERCHER, Nestor André. Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2001.

4. DURAND, Marie-Françoise et. al. Atlas da Mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo. Tradução de Carlos Roberto Sanchez Milani. São Paulo: Saraiva, 2009.

5. ELIAS, Denise. Globalização e Agricultura. São Paulo: EDUSP, 2003.

6. GUERRA, José Teixeira; COELHO Maria Célia Nunes. Unidades de Conservação: abordagens e características geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.

7. HAESBAERT, Rogério; PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A nova des-ordem mundial. São Paulo: UNESP, 2006.

8. HUERTAS, Daniel Monteiro. da fachada atlântica à imensidão amazônica: fronteira agrícola e integração territorial. São Paulo: Annablume, 2009

9. MAGNOLI, Demétrio. Relações Internacionais: teoria e história. São Paulo: Saraiva, 2004.

10. MARTINELLI, Marcelo. Mapas da Geografia e da Cartografia Temática. São Paulo: Contexto, 2003.

11. SALGADO-LABOURIAU, Maria Léa. História ecológica da Terra. São Paulo: Edgard Blucher, 1996.

12. SANTOS, Milton. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2004.

13. SOUZA, Marcelo Lopes. O ABC do Desenvolvimento Urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

14. THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: EDUSP, 2008

15. TOLEDO, Maria Cristina Motta de; FAIRCHILD, Thomas Rich; TEIXEIRA, Wilson. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: IBEP, 2009.

1.12.4 Documentos para Geografia

1. BRASIL, MEC/INEP. ENCCEJA. História e geografia, ciências humanas e suas tecnologias: livro do professor – ensino fundamental e médio. Brasília: MEC/INEP, 2002. Disponível em: [48] Acesso em: 26 jan. 2010.

2. BRASIL. MEC/SEB. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias; Geografia. Brasília, MEC/SEB, 2006. Disponível em: [49] Acesso em: 26 jan. 2010.

3. BRASIL. MEC/SEB. Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia. Brasília, MEC/SEB, 1998. Disponível em: [50] Acesso em: 26 jan. 2010.

4. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Geografia para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo:SE, 2008. Disponível em: [51] Acesso em: 26 jan. 2010.

1.13 Perfil desejado para o professor de Filosofia

Este texto foi elaborado com o objetivo de apresentar, sucintamente, o perfil do profissional da Educação que se vislumbra para ensinar Filosofia nas escolas da rede pública de São Paulo e, ao mesmo tempo, oferecer informações básicas sobre competências e conteúdos que serão avaliados no concurso.

Quais os elementos de sua formação a serem valorizados para identificar a capacidade de ensinar a disciplina nas escolas de nível Médio? Quais os conteúdos, principalmente teóricos, sobre os quais os professores devem mostrar conhecimento e que deverão ser aplicados – a partir de sua necessária adequação – nas aulas da Ensino Básica?

Considerando as especificidades de cada nível de ensino, com suas características e objetivos próprios, este documento está alicerçado na estrutura curricular que orienta o desenvolvimento dos cursos de graduação em Filosofia, tanto aqueles oferecidos pelas Universidades públicas, quanto os ministrados nas instituições privadas, com o que se pretende valorizar a formação dos professores, sem ampliar ou reduzir expectativas reaque possam comprometer os padrões de qualidade que deve ter a Escola Pública.

Os cursos de graduação em Filosofia oferecidos no País, como é sabido, visam à formação de bacharéis e/ou licenciados. O Bacharelado caracteriza-se, principalmente, pela ênfase na pesquisa, direcionando os formandos aos programas de pósgraduação em Filosofia e ao magistério superior. A Licenciatura – que aqui nos interessa mais diretamente – está voltada, sobretudo, para o ensino de Filosofia no nível Médio. Em termos de conteúdo e qualidade, entretanto, as duas habilitações devem oferecer os mesmos conteúdos básicos, ou seja, uma sólida formação em história da Filosofia, que “capacite para a compreensão e a transmissão dos principais temas, problemas, sistemas filosóficos, assim como para a análise e reflexão crítica da realidade social (...). Bacharelado e Licenciatura diferenciam-se antes pelas suas finalidades, sendo que do licenciado se espera uma vocação pedagógica que o habilite para enfrentar com sucesso os desafios e as dificuldades inerentes à tarefa de despertar os jovens para a reflexão filosófica, bem como transmitir aos alunos do Ensino Médio o legado da tradição e o gosto pelo pensamento inovador, crítico e independente”. (1)

A partir desses compromissos, com o objetivo de orientar os candidatos em sua preparação para o concurso, apresentamos um quadro sintético de temas que poderão constituir um referencial básico para o professor, esclarecendo, ainda, que ele foi elaborado em direta sintonia com o currículo implantado, em 2008, pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.

I – Temas e conteúdos:

  • o ensino de filosofia e suas indagações na atualidade.

A tradução do saber filosófico. Estratégias didáticas e seleção dos conteúdos. Os objetivos da filosofia no Ensino Médio. A contribuição das aulas de filosofia para o desenvolvimento do senso crítico.

  • a Filosofia: a atitude filosófica e o seu caráter crítico,

reflexivo e sistemático. Temas e áreas tradicionais da filosofia: História da Filosofia, Metafísica, Ética, Filosofia Política, Epistemologia, Teoria do Conhecimento, Lógica e Filosofia da arte ou Estética.

  • Técnica e ciência. A ciência e seus métodos. A razão instrumental.

O pensamento filosófico e sua relação com as ciências.

  • o pensamento filosófico e as concepções de política:

a política antiga e medieval. O liberalismo: antecedentes e desenvolvimento. O socialismo. A democracia: histórico do ideal democrático. A cidadania.

  • o racionalismo ético e os princípios da vida moral:

Sócrates e Aristóteles. Os epicuristas, hedonistas e estóicos. O formalismo kantiano. Os críticos do racionalismo ético.

  • Temas contemporâneos: os direitos humanos – ideal e

histórico.

  • História da Filosofia: Os modos de pensar que antecederam

a filosofia na Grécia Antiga: o mito e a tragédia. As condições históricas para o surgimento da filosofia na Grécia Antiga e as características da filosofia nascente. Filosofia Antiga: dos pré-socráticos ao período helenístico. A Patrística e a Escolástica. O período moderno (séculos XV a XVIII) e seus temas: antropocentrismo, humanismo, a revolução científica, a emergência do indivíduo e do sujeito do conhecimento. Os procedimentos da razão. As teorias políticas do período. O período contemporâneo (séculos XIX e XX) e seus temas. Razão e natureza, razão e moral. As críticas a moral racionalista. As indagações sobre a técnica. A noção de ideologia. A inserção das questões econômicas e sociais. Os questionamentos da filosofia da existência.

1.13.1 o professor de Filosofia deve apresentar o seguinte perfil:

As características de um professor de Filosofia para atuar na escola básica devem associar domínio do conhecimento específico da área, expresso no contato com autores, temas e problemas que constituem a história da Filosofia e vocação pedagógica que habilite o docente para enfrentar os desafios e dificuldades inerentes à tarefa de despertar os jovens para a importância da reflexão filosófica. Assim, em síntese, lembrando a sempre oportuna afirmação de Kant de que “não se ensina Filosofia, ensina-se a Filosofar”, espera-se que o candidato esteja apto a:

1. Elaborar reflexões sobre o caráter crítico, reflexivo e sistemático da atitude filosófica, aplicadas aos temas e áreas tradicionais da Filosofia: História da Filosofia, Metafísica, Ética, Filosofia Política, Epistemologia, Teoria do Conhecimento, Lógica e Filosofia da arte ou Estética.

2. Identificar e desenvolver reflexões sobre as principais características da Filosofia Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea.

3. Desenvolver com os alunos formas de consciência crítica sobre conhecimento, razão e realidade social, histórica e política, formulando e propondo, em linguagem filosófica, soluções para problemas nos diversos campos do conhecimento;

4. Analisar e interpretar textos teóricos, segundo os procedimentos de técnica hermenêutica;

5. Compreender a importância das questões acerca do sentido e da significação da própria existência e das produções culturais;

6. Identificar a integração necessária entre a Filosofia e a produção científica e artística, bem como com o agir pessoal e político;

7. Aplicar o conhecimento filosófico na análise de temas e problemas contemporâneos, relacionados aos direitos humanos e às questões de alteridade, visando à compreensão e superação das variadas formas de preconceito e humilhação.

8. Relacionar o exercício da crítica filosófica com a promoção integral da cidadania e com o respeito à pessoa, dentro da tradição histórica de defesa dos direitos humanos.

9. Reconhecer e analisar os principais elementos formadores dos conceitos de Mito, Cultura, Alteridade, Etnocentrismo e Relativismo Cultural.

10. Reconhecer em textos e/ou imagens elementos que identifiquem o papel da Arte na inserção ao universo subjetivo das representações simbólicas.

1.13.2 Habilidades do professor de Filosofia

1. A partir de textos, analisar as correntes do pensamento filosófico, para compreender de que forma foram construídos os alicerces do conhecimento científico e da cultura, em diferentes tempos e por diferentes povos.

2. Analisar e interpretar textos teóricos, segundo os procedimentos de técnica hermenêutica.

3. Identificar, a partir de textos, as principais características da Filosofia Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea.

4. A partir de textos, analisar os pressupostos do conhecimento científico, reconhecendo e analisando os principais fatores sócio-culturais que interferem na atividade científica.

5. Construir uma visão crítica da ciência, superando o entendimento de conhecimento científico como verdade absoluta.

6. Desenvolver noções sobre os limites da racionalidade e, ao mesmo tempo, abrir espaço para o diálogo baseado nas questões de alteridade.

7. Reconhecer e analisar os principais elementos formadores dos conceitos de Mito, Cultura, Alteridade, Etnocentrismo e Relativismo Cultural.

8. Estabelecer a distinção entre o “filosofar” espontâneo, próprio do senso comum, e o filosofar propriamente dito, típico dos filósofos especialistas;

9. Reconhecer em textos e/ou imagens elementos que identifiquem o papel da arte na inserção ao universo subjetivo das representações simbólicas.

10. Compreender de que forma os fundamentos da Filosofia Política permitem identificar as funções do Estado, suas diversas concepções e as formas como as teorias políticas interferem no desenho das sociedades.

11. Compreender as diferenças entre moral e ética e identificar, a partir da História da Filosofia, os fundamentos básicos da Ética e dos valores que a definem, por meio de textos queexpressem o pensamento filosófico de Sócrates, Aristóteles e Epicuro.

12. Analisar, por meio de textos e/ou iconografias, situações que expressem individualidades falsas ou pseudo-individualidades, a partir da industrialização e produção em série de mercadorias culturais.

13. Desenvolver reflexões sobre os conceitos de indústria cultural e alienação moral e suas relações com os meios de comunicação.

14. Desenvolver reflexões sobre a condição estética e existencial dos seres humanos.

15. Analisar as relações entre cultura e natureza.

16. Compreender os fundamentos e conceitos centrais das principais correntes do pensamento político contemporâneo (anarquismo, socialismo e liberalismo).

17. Problematizar o mundo do trabalho e da política a partir de teorias filosóficas.

18. Compreender o conceito de liberdade com base nas teorias filosóficas.

19. Analisar a condição dos seres humanos, a partir de reflexão filosófica sobre diferenças e igualdades entre homens e mulheres.

20. Reconhecer a relevância da reflexão filosófica para análise dos temas e problemas que atingem as sociedades contemporâneas, especialmente os relacionados às variadas formas de preconceito e humilhação.

1.13.3 Bibliografia para Filosofia

1. ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

2. ARENDT, Hannah. A condição humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.

3. ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

4. CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia, 13. ed. São Paulo: Ática, 2003.

5. COMTE-SPONVILLE, André. Apresentação da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

6. DESCARTES, René. Discurso do Método/Meditações. São Paulo: Martin Claret, 2008.

7. EPICURO. Pensamentos. São Paulo: Martin Claret, 2005. (A Obra-Prima de cada autor).

8. MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de ética: de Platão a Foucault. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

9. MORIN, Edgar. Ciência com consciência. 6. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

10. MORTARI, Cezar. Introdução à lógica. São Paulo: UNESP, 2001.

11. PLATÃO. A República. São Paulo: Martin Claret, 2000.

12. RIDENTI, Marcelo; REIS, Daniel Aarão (Org.). História do Marxismo no Brasil: partidos e movimentos após os anos 1960. Campinas: UNICAMP, 2007. v. 6.

13. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. Disponível em: [52] Acesso em: 26 jan. 2010.

14. WEFFORT, Francisco C. (Org.) Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 2006. v. 1 e 2.

15. WIGGERSHAUS, Rolf: a Escola de Frankfurt. História, desenvolvimento teórico, significação política. Rio de Janeiro: DIFEL, 2002.

1.13.4 Documentos

1. BRASIL. MEC/SEB. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias: Filosofia. Brasília,MEC/SEB, 2006. Disponível em: [53] Acesso em: 26 jan.2010.

2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Filosofia para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: [54] e [55] Acessos em: 26 jan. 2010.

1.14 Perfil desejado para o professor de Sociologia

O ensino da sociologia não envolve apenas a manipulação e o domínio da discussão sociológica contemporânea ou clássica, mas também, o cuidado e o respeito pelos conhecimentos e pela vivência dos alunos. Mais do que ser capaz de estabelecer com os jovens os debates mais atuais e sofisticados em sociologia o professor deve exercitar junto aos jovens uma certa sensibilidade sociológica para a sua realidade mais próxima e para questões mais amplas da atualidade, por meio da discussão de temas consagrados da análise sociológica.

1.14.1 o professor de Sociologia deve apresentar o seguinte perfil:

1. Contribuir para o estabelecimento da distinção entre o conhecimento de senso comum e o conhecimento científico, e explicitar a especificidade da tarefa do sociólogo enquanto cientista social.

2. Entender que o conhecimento sociológico é produzido a partir de uma postura diante dos fatos sociais, marcada pelo estranhamento e desnaturalização, compreendendo que os processos sociais são fruto de fenômenos históricos, culturais e sociais.

3. Compreender que o ensino da sociologia deve ter como objetivo desenvolver no aluno um olhar sociológico ou uma sensibilidade sociológica que lhe permita entender o seu lugar na sociedade e situar-se nela.

4. Dominar os conhecimentos sociológicos necessários que permitam ao aluno perceber as dinâmicas de relação e interação sociais e construir explicações a respeito da sociedade e de suas transformações.

5. Compreender que o ensino das ciências sociais deve propiciar o conhecimento da e o respeito à sociedade brasileira, de sua posição no contexto internacional, bem como da diversidade, das desigualdades e diferenças que a constituem.

6. Ser capaz de, ao desenvolver as atividades pedagógicas, a partir do aluno, do seu contexto social de origem, das suas vivências e experiências como forma de introdução, desenvolvimento e apreensão do saber sociológico.

7. Promover e valorizar a capacidade de elaboração de um conhecimento crítico a respeito das questões sociais, incentivando a autonomia intelectual.

8. Reconhecer a importância da formalização dos direitos de cidadania, do conhecimento sobre o papel do cidadão e da participação política, desenvolvendo formas de reflexão e debate que capacitem o aluno a exercer de forma plena e consciente seus direitos e deveres civis, sociais e políticos.

9. Dominar as teorias clássicas e contemporâneas da sociologia, das metodologias científicas de investigação e das formas de ensiná-las, adequando-as à capacidade cognitiva dos alunos.

10. Reconhecer a importância da pesquisa como recurso didático fundamental para o desenvolvimento do olhar sociológico, envolvendo o aluno em situações que lhe permitam observar e refletir criticamente sobre o mundo que o cerca. Ter o domínio do conhecimento teórico e metodológico necessário para a elaboração de um projeto de pesquisa, a definição do problema de investigação e o levantamento e análise de dados.

1.14.2 Habilidades do professor de Sociologia

1. Reconhecer a especificidade do conhecimento sociológico, enquanto forma de conhecimento científico que permite compreender e explicar a sociedade, segundo critérios metodológicos objetivos, esclarecendo a diferença entre senso comum e ciência, e considerando a distinção entre as principais correntes sociológicas e a compreensão do processo de nascimento e desenvolvimento da sociologia.

2. Entender o significado antropológico do estranhamento como postura metodológica que orienta a prática científica, com o objetivo de entender e explicar as razões de determinados fenômenos sociais. Compreender a atitude de conhecer a reaque lidade social questionando-a e construindo um distanciamento em relação a ela.

3. Compreender a desnaturalização como a atitude de não tomar como naturais os acontecimentos, as explicações e concepções existentes a respeito da vida em sociedade, recusando os argumentos que “naturalizam” as ações e relações sociais.

4. Identificar o processo social básico na vida de todo ser humano – o processo de socialização – determinando suas características, a maneira pela qual os indivíduos agem e reagem diante dos outros e convivem em diferentes grupos e espaços de sociabilidade, de maneira a expressar as formas de interiorização das normas, regras, valores, crenças, saberes e modos de pensar que fazem parte da herança cultural de um grupo social humano.

5. Compreender como se dá a construção social da identidade, explicitando seu caráter processual e relacional, considerando que é na relação com o outro, marcada pela diferença, que o indivíduo expressa o seu pertencimento a determinado grupo social. Saber que essa construção identitária se dá por meio de símbolos que ajudam o indivíduo a construir identidades para si e para o outro.

6. Apreender a ideia de cultura de um ponto de vista antropológico e identificar suas características. Reconhecer que a unidade entre todos os seres humanos é o fato de que o homem é um ser cultural, entendendo o papel da cultura e do instinto da vida dos homens, considerando que a humanidade só existe na diferença.

7. Identificar o que une e o que diferencia os seres humanos, qual é a relação do homem com seus instintos e o que o separa dos outros animais. Esclarecer o que é etnocentrismo, relativismo cultural, determinismo biológico e determinismo geográfico e seus limites e possibilidades para a compreensão das diferenças entre os homens.

8. Reconhecer a existência da desigualdade social, apontando as diferenças que situam indivíduos e grupos em posições hierarquicamente superiores e inferiores na estrutura social. Reconhecer a existência de desigualdades com base em atributos sociais como idade, sexo, ocupação, renda, raça ou cor da pele, classe etc. e que estabelecem diferenças no acesso às condições de vida.

9. Compreender criticamente a noção de raça e etnia. Distinguir as diferentes abordagens sociológicas do conceito de classe e de estratificação social.

10. Conhecer as reflexões acerca do trabalho de Émile Durkheim: Compreender os conceitos de çõesão social, solidariedade e a função da divisão social do trabalho em Durkheim.

11. Conhecer as reflexões acerca do trabalho de Karl Marx. Identificar o trabalho como mediação entre o homem e a natureza e ter clareza sobre os conceitos de divisão do trabalho, processo de trabalho e relações de trabalho. Discutir os conceitos de fetichismo da mercadoria, alienação no processo de produção capitalista e acumulação primitiva.

12. Conhecer as reflexões acerca do trabalho de Max Weber. Entender a afinidade eletiva entre a ética protestante e o espírito do capitalismo.

13. Explicar as transformações no processo e na organização do trabalho e suas implicações no emprego e desemprego na atualidade. Identificar o perfil daquelas categorias sociais mais atingidas pelo desemprego no Brasil. Ter noções da situação do jovem no mercado de trabalho brasileiro.

14. Identificar criticamente a problemática da violência no contexto brasileiro. Reconhecer as diferentes formas de violência: simbólica, física e psicológica.

15. Identificar e compreender de forma crítica como a violência doméstica, a violência sexual e a violência na escola são exercidas em suas diferentes formas. Estabelecer uma reflexão crítica quanto ao papel de professores, gestores e alunos na produção e reprodução da violência.

16. Analisar criticamente as condições de exercício da cidadania no Brasil ao longo da sua história. Distinguir o que são direitos civis, direitos políticos, direitos sociais e direitos humanos. Compreender a relação entre a formação do Estado brasileiro e a constituição dos direitos civis, políticos, sociais e humanos no Brasil.

17. Elaborar uma reflexão crítica sobre a formalização dos direitos da cidadania e as suas possibilidades de efetivação, bem como a respeito dos direitos e dos deveres do cidadão. Conhecer e estudar as principais leis que permitem o exercício da cidadania e identificar a ampliação dos direitos de cidadania a grupos sociais específicos, como mulheres, indígenas e negros.

18. Compreender os conceitos, os elementos constitutivos e as características do Estado. Distinguir entre os conceitos de Estado e governo e identificar as formas de governo no Estado moderno e identificar e reconhecer diferentes sistemas de governo.

19. Analisar a organização política do Estado brasileiro, com a divisão dos Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) e identificando sua natureza e funções.

20. Demonstrar noções claras sobre o funcionamento das eleições no Brasil, a formação dos partidos, a importância do voto e o papel do eleitor no sistema democrático.

1.14.3 Bibliografia para Sociologia

1. BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade, Petrópolis: Vozes, 2006.

2. BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista: a degradação do trabalho no século XX. Rio de Janeiro: LTC, 1987. cap. 1, 2 e 3.

3. BRYM, Robert, J. et al. Sociologia: uma bússola para um novo mundo. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

4. CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

5. CICCO, C.; GONZAGA, Álvaro de A. Teoria Geral do Estado e Ciência Política. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.

6. CUCHE, Dennys. A noção de cultura nas ciências sociais. 2. ed. Bauru: EDUSC, 2002.

7. DAMATTA, Roberto. A Antropologia no quadro das ciências. In: -------. Relativizando: uma introdução à antropologia social. Rio de Janeiro: Rocco, 1981. p. 17-57.

8. DUBAR, Claude. A socialização: construção das identidades sociais e profissionais. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

9. GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2008.

10. GOFFMANN, Erving. A representação do Eu na vida cotidiana. Petrópolis: Vozes, 2009.

11. GUIMARÃES, Antonio Sérgio A. Racismo e anti-racismo no Brasil. 34. ed. São Paulo: Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo, 1999.

12. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 23. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

13. MARRA, Célia A. dos Santos. Violência escolar: a percepção dos atores escolares e a repercussão no cotidiano da escola. São Paulo: Annablume, 2007.

14. PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla B. (org.) História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2003.

15. SANTOS, Vicente Tavares dos. Violências e conflitualidades. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2009.

1.14.4 Documentos para Sociologia

1. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Sociologia para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2009. Disponível em: [56] Acesso em: 26 jan. 2010.

2 PERFIL DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

O professor atuante na modalidade de Educação Especial deve ter como princípio a Educação Inclusiva, partindo do pressuposto de que todos os alunos têm direito de estar juntos, convivendo e aprendendo.

O professor especializado deve estar atento às possibilidades de acesso, tanto físico como de comunicação, a partir do conhecimento dos recursos necessários e disponíveis, o que permite o desenvolvimento pleno do humano.

Aliado a isso, coloca-se a questão didática, pois o professor especializado deve ter a clareza das características próprias de seu trabalho, que não pode avançar sobre aquele da sala comum. Guarda-se, assim, uma relação dialética entre o professor da sala comum e o professor especializado, devendo ser próprio deste último a competência para trabalhar com o aluno as questões relativas às dificuldades geradas pela deficiência.

Não pode ser esquecida, também, a amplitude do olhar que o professor especializado deve ter em relação a seus colegas da sala comum, à equipe escolar como um todo e à comunidade, principalmente, à família do aluno.

Enfim, impõe-se ao professor especializado a percepção das contínuas mudanças sociais que foram se concretizando ao longo do tempo, tendo como referência a questão da diversidade.

Neste contexto, é importante o conhecimento da evolução das políticas públicas, refletidas na legislação atual, principalmente no que se refere ao Brasil e ao estado de São Paulo.

2.1 o professor de Educação Especial deve apresentar o seguinte perfil:

1. Demonstrar conhecimento dos aspectos históricos da relação da sociedade com as deficiências e com a pessoa portadora de deficiência.

2. Conhecer as várias tendências de abordagem teórica da educação em relação às pessoas que apresentam necessidades educacionais especiais.

3. Ser capaz de produzir e selecionar material didático com vistas ao trabalho pedagógico.

4. Dominar noções dos aspectos fisiológicos e clínicos das deficiências.

5. Identificar as necessidades educacionais de cada aluno por meio de avaliação pedagógica.

6. Elaborar Plano de Atendimento no Serviço de Apoio Pedagógico Especializado – SAPE, visando intervenção pedagógica nas áreas do desenvolvimento global e encaminhamentos educacionais necessários.

7. Desenvolver com os alunos matriculados em classes comuns atividades escolares complementares, submetendo-as a flexibilizações, promovendo adaptações de acesso ao currículo e recursos específicos necessários.

8. Conhecer os indicadores que definam a evolução do aluno em relação ao domínio dos conteúdos curriculares e elaborar os registros adequados.

9. Interagir com seus pares, com a equipe escolar como um todo, com a família e com a comunidade, favorecendo a compreensão das características das deficiências.

10. Utilizar-se das diversas contribuições culturais para facilitar aos alunos sua compreensão e inserção no mundo.

2.2 Habilidades do professor de Educação Especial

2.2.1 Deficiência Física

1. Identificar os vários aspectos de como se apresentam a deficiência e decidir sobre os recursos pedagógicos a serem utilizados.

2. Conhecer os Recursos de Comunicação Alternativa.

3. Conhecer Recursos de Acessibilidade ao Computador.

4. Reconhecer e identificar materiais pedagógicos: engrossadores de lápis, plano inclinado, tesouras adaptadas, entre outros.

5. Identificar formas adequadas de acompanhamento do uso dos recursos alternativos em sala de aula comum.

2.2.2 Deficiência Auditiva

1. Identificar aspectos culturais próprios da comunidade surda.

2. Dominar a metodologia de ensino da Língua Portuguesa para Surdos.

3. Dominar a metodologia do ensino da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

4. Dominar o ensino com LIBRAS.

5. Reconhecer e identificar materiais didáticos e pedagógicos com base na pedagogia visual e na Libras, entre outros.

2.2.3 Deficiência Visual

1. Dominar o ensino do Sistema Braille.

2. Demonstrar o domínio de conhecimentos sobre orientação e mobilidade e sobre atividades da vida autônoma.

3. Dominar conhecimentos para uso de ferramentas de comunicação: sintetizadores de voz para ler e escrever por meio de computador.

4. Dominar a técnica de Soroban.

5. Identificar material didático adaptado e adequado, de acordo com a necessidade gerada pela deficiência (visão subnormal ou cegueira).

2.2.4 Deficiência Intelectual

1. Identificar e ser capaz de avaliar a necessidade de elaboração de Adaptação Curricular.

2. Diante de situações de diagnóstico, ser capaz de avaliar a necessidade de Currículo Natural Funcional para a vida prática, e habilidades acadêmicas funcionais.

3. Identificar materiais didáticos facilitadores da aprendizagem como alternativas de se atingir o mesmo objetivo proposto para sala do ensino comum, levando em conta os limites impostos pela deficiência.

4. Identificar habilidades básicas de autogestão e específicas visando o mercado de trabalho.

5. Reconhecer situações de favorecimento da autonomia do educando com deficiência intelectual.

2.3 Bibliografia para Educação Especial

2.3.1 Deficiências/Inclusão - Geral

1. BIANCHETTI, L.; FREIRE, I. M. Um Olhar sobre a Diferença. Campinas: Papirus, 1998.

2. CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva com os Pingos nos Is. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.

3. MANTOAN, Maria Teresa Egler. Inclusão Escolar: o que é ? por quê? como fazer? 2. ed. São Paulo: Moderna, 2006.

4. MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Educação Especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996.

5. MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003.

6. SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

7. STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Tradução de Magda França Lopes. Porto Alegre: Artmed, 1999.

2.3.2 Deficiência Auditiva

8. GOES, M. C. R. de. Linguagem, Surdez e Educação. Campinas: Autores Associados, 1996.

9. GOLDFELD, M. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sóciointeracionista. São Paulo: Plexus, 1997.

10. SKLIAR, Carlos. A surdez: um olhar sobre as diferenças. 3. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.

2.3.3 Deficiência Física

11. BASIL, Carmen. Os alunos com paralisia cerebral: desenvolvimento e educação. In: COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 1995. v. 3. p. 252-271.

2.3.4 Deficiência Mental

12. AMERICAN ASSOCIATION ON MENTAL RETARDATION. Retardo mental: definição, classificação e sistemas de apoio. Tradução de Magda França Lopes. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006

13. OMS - Organização Mundial da Saúde. CIF: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. São Paulo: EDUSP, 2003.

2.3.5 Deficiência Visual

14. AMORIN, Célia Maria Araújo de; ALVES, Maria Glicélia. A criança cega vai à escola: preparando para alfabetização. São Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, 2008.

15. LIMA, Eliana Cunha; NASSIF, Maria Christina Martins; FELLIPE, Maria Cristina Godoy Cryuz. Convivendo com a baixavisão: da criança à pessoa idosa. São Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, 2008.

2.4 Documentos para Educação Especial

2.4.1 Deficiências/Inclusão - Geral

1. ONU. Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência. 2006. Ratificada pelo Brasil, através do Decreto Legislativo de 11/06/2008 – Preâmbulo, Art. 1º ao 5º, 7º ao 8º e 24. Disponível em: [57] Acesso em: 26 jan. 2010.

2. ONU. Declaração de Salamanca. 1994. Disponível em: [58] Acesso em: 26 jan. 2010.

3. BRASIL. MEC/SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações curriculares; estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília, MEC/SEF, 1998. Disponível em: [59] Acesso em: 26 jan. 2010.

4. BRASIL. MEC/SEESP. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, MEC/SEESP, 2008. Disponível em: [60] Acesso em: 26 jan. 2010.

2.4.2 Deficiência Auditiva

5. BRASIL. MEC/SEESP. Atendimento educacional especializado: pessoa com surdez. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível em: [61] Acesso em: 26 jan. 2010.

6. BRASIL. MEC/SEESP. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: [62] Acesso em: 26 jan. 2010.

7. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Leitura, escrita e surdez. Organização de Maria Cristina da Cunha Pereira. 2. ed. São Paulo: FDE, 2009. Disponível em: [63] Acesso em: 26 jan. 2010.

2.4.3 Deficiência Física

8. BRASIL. MEC/SEESP. Atendimento educacional especializado: deficiência física. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível em: [64] Acesso em: 26 jan. 2010.

9. BRASIL. MEC/SEESP. Portal de ajudas técnicas para educação: equipamento e material pedagógico para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência física: recursos pedagógicos adaptados. Brasília: MEC/SEESP, 2002. fascículo 1. Disponível em: [[65]] Acesso em: 26 jan. 2010.

10. BRASIL. MEC/SEESP. Portal de ajudas técnicas para educação: equipamento e material pedagógico para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência física: recursos para comunicação alternativa. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: [66] Acesso em: 26 jan. 2010.

11. BRASIL. MEC/SEESP. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência física/neuromotora. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: [67] Acesso em: 26 jan. 2010.

2.4.4 Deficiência Mental

12. BRASIL. MEC/SEESP. Atendimento Educacional Especializado: Deficiência Mental. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível em: [[68]] Acesso em: 26 jan. 2010.

13. BRASIL. MEC/SEESP. Educação Inclusiva: atendimento educacional especializado para a deficiência mental. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: [69] Acesso em: 26 jan. 2010.

2.4.5 Deficiência Visual

14. BRASIL. MEC/SEESP. Atendimento Educacional Especializado: Deficiência visual. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível em: [70] Acesso em: 26 jan. 2010.

15. BRASIL. MEC/SEESP. A construção do conceito de número e o pré-soroban. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: [71] Acesso em: 26 jan. 2010.

16. BRASIL. MEC/SEESP. Grafia Braille para a Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: [72] Acesso em: 26 jan. 2010.

17. BRASIL. MEC/SEESP. Orientação e Mobilidade: conhecimentos básicos para a inclusão da pessoa com deficiência visual. Brasília: MEC/SEESP, 2003. Disponível em: [73] Acesso em: 26 jan.2010.

2.5 Legislação para Educação Especial

2.5.1 Federal

1. LEI N.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Art. 4º, Inc. III, Art.58, Par 1º a 3º, Art. 59, Art. 60. Disponível em: [74] Acesso em: 26 jan. 2010.

2.5.2 Estadual

2. DELIBERAÇÃO CEE N.º 68/2007. Fixa normas para a educação de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, no sistema estadual de ensino. Disponível em: [75] Acesso em:26 jan. 2010.

3. RESOLUÇÃO SE N.º 11/2008, de 31 de janeiro de 2008. Dispõe sobre a educação escolar de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas da rede estadual de ensino e dá providências correlatas. Disponível em: [76] Acesso em: 26 jan. 2010.

4. RESOLUÇÃO SE N.º 31/2008, de 24 de março de 2008. Altera dispositivo da Resolução nº 11, de 31 de janeiro 2008. Disponível em: [77] Acesso em: 26 jan. 2010.

Despachos do Secretário, de 27-1-2010

Ratificando no Processo: 014/3500/2010 - Interessado: Conselho Estadual de Educação – CEE - Assunto: Contratação de empresa para prestação de serviços especializados, diante do que consta dos autos, com fundamento no artigo 26 da Lei Federal nº 8.666/93 e suas alterações, a declaração de inexigibilidade de licitação, proferida nos termos do “caput” do artigo 25, Lei Federal nº 8.666/93, c.c. com a Lei Estadual nº 6.544/89, a favor da Empresa Telecomunicações de São Paulo S.A. – TELESP, objetivando a prestação de serviços de telefonia, no valor estimado de R$ 21.600,00 , conforme despacho do Presidente do Conselho Estadual de Educação, exarado em fls. 11 do presente processo; no Processo: 0154/0400/2009 - Interessado: Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas - Assunto: Projeto Ações Preventivas na Escola, diante do que consta dos autos, com fundamento no artigo 26, da Lei Federal 8.666/93 c.c. o mesmo artigo da Lei Estadual 6.544/89, a dispensa da licitação, a favor da Fundação Faculdade de Medicina – FFM, objetivando a prestação de serviços técnicos especializados para a execução do Projeto Ações Preventivas na Escola, que visa oferecer suporte e implementar uma política educacional e preventiva de promoção e proteção à saúde individual e coletiva, dentro do Programa Escola da Família, proferida nos termos do inciso XIII do artigo 24 da Lei Federal 8.666/93, por despacho da Chefia de Gabinete, exarado em fl.292 do presente processo


Dados da Publicação

Publicado no DOE, aos 28 de janeiro de 2010. Consultar DOE