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Afetividade (construção do conhecimento)

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Edição feita às 16h20min de 15 de fevereiro de 2018 por Ramadan (disc | contribs)
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Ementa

O processo de aprendizagem apresenta duas dimensões indissociáveis no comportamento: a cognitiva e a afetiva. Quando se inicia o processo de construção de conhecimento, o indivíduo experimenta estados de prazer, ansiedade, fadiga, esforço, aborrecimento, desapontamento, etc., e esses aspectos afetivos têm influência no desenvolvimento intelectual da pessoa. Embora a afetividade possa levar à asfixia do conhecimento, ela também pode fortalecê-lo, pois “a afetividade e a inteligência caminham lado a lado na trilha do conhecimento” (TAVARES-SILVA, 2003).

(Ver, também: Afetividade (ambiente virtual))

Referências

“A afetividade abarca os sentimentos, a paixão e a emoção, além das manifestações orgânicas. A afetividade representa o termômetro do indivíduo e está intimamente relacionada com o bem-estar e mal-estar da pessoa. O homem imerge no seu meio com seus aspectos afetivos, cognitivos e motores. Embora esses aspectos tenham identidades estruturais e funcionais diferenciadas, eles estão tão integrados que cada um é parte constitutiva dos outros. Ou seja, qualquer atividade humana tem repercussão afetiva e cognitiva; toda disposição afetiva tem ressonâncias motoras e cognitivas. Já a inteligência possui dois aspectos: cognitivo e afetivo. Esses aspectos são indissociáveis no comportamento. Quando o indivíduo inicia o processo de construção de conhecimento experimenta estados de prazer, ansiedade, fadiga, esforço, aborrecimentos, desapontamento, etc. Assim, os aspectos afetivos têm influência no desenvolvimento intelectual de uma pessoa. O desenvolvimento da inteligência é indissociável da paixão, da curiosidade, do mundo afetivo. Ao mesmo tempo, a afetividade pode levar à asfixia do conhecimento, mas também, pode fortalecê-lo. A afetividade e a inteligência caminham lado a lado na trilha do conhecimento.” (TAVARES-SILVA,2003)
“[para Husserl] a consciência que tomamos das coisas não se limita em absoluto ao conhecimento delas. O conhecimento ou pura ‘representação’ é apenas uma das formas possíveis da minha consciência ‘de’ [alguma coisa]: posso também amá-la, temê-la, detestá-la, e essa superação da consciência por si mesma, que chamamos de ‘intencionalidade’, reaparece no temor, no ódio e no amor. Detestar outrem é ainda uma maneira de explodir em direção a ele; é encontrar-se subitamente diante de um estranho cuja qualidade objetiva de ‘odiável’ vivemos e sofremos antes de tudo. Eis que essas famosas reações subjetivas – ódio, amor, temor, simpatia – que boiavam na malcheirosa salmoura do Espírito de repente se desvencilham dele: são apenas maneiras de descobrir o mundo. [...]”. (SARTRE, 2006)

Fontes

MORIN, E. Os setes saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

PIAGET, J. Intelligence and affectivity: their relationship during child development. Califórnia: Palo Alto, 1981.

SARTRE, J.- P. Uma ideia fundamental da fenomenologia de Husserl: a intencionalidade. In:______. Situações I. Tradução Cristina Prado. São Paulo: Cosac Naif, 2006. Disponível em: <https://coracaofilosofante.wordpress.com/2013/09/09/uma-ideia-fundamental-da-fenomenologia-de-husserl-a-intencionalidade%C2%B9/ >. Acesso em: 27 jul. 2017.

TAVARES-SILVA, T. Mediação pedagógica, nos ambientes telemáticos, como recurso de expressão das relações interpessoais e da construção do conhecimento. 2003. 203 f. Dissertação (Mestrado em Educação: Currículo) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2003.

WALLON, H. Do ato ao pensamento. Lisboa: Moraes, 1979.

______. Psicologia e educação da infância. Lisboa: Estampa, 1975