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Afetividade (construção do conhecimento)

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==Referências==
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“A afetividade abarca os sentimentos, a paixão e a emoção, além das manifestações orgânicas. A afetividade representa o termômetro do indivíduo e está intimamente relacionada com o bem-estar e mal-estar da pessoa. O homem imerge no seu meio com seus aspectos afetivos, cognitivos e motores. Embora esses aspectos tenham identidades estruturais e funcionais diferenciadas, eles estão tão integrados que cada um é parte constitutiva dos outros. Ou seja, qualquer atividade humana tem repercussão afetiva e cognitiva; toda disposição afetiva tem ressonâncias motoras e cognitivas. Já a inteligência possui dois aspectos: cognitivo e afetivo. Esses aspectos são indissociáveis no comportamento. Quando o indivíduo inicia o processo de construção de conhecimento experimenta estados de prazer, ansiedade, fadiga, esforço, aborrecimentos, desapontamento, etc. Assim, os aspectos afetivos têm influência no desenvolvimento intelectual de uma pessoa. '''O desenvolvimento da inteligência é indissociável da paixão, da curiosidade, do mundo afetivo.''' Ao mesmo tempo, a '''afetividade pode levar à asfixia do conhecimento, mas também, pode fortalecê-lo. A afetividade e a inteligência caminham lado a lado na trilha do conhecimento'''.” (TAVARES-SILVA,2003)
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<BLOCKQUOTE>“A afetividade abarca os sentimentos, a paixão e a emoção, além das manifestações orgânicas. A afetividade representa o termômetro do indivíduo e está intimamente relacionada com o bem-estar e mal-estar da pessoa. O homem imerge no seu meio com seus aspectos afetivos, cognitivos e motores. Embora esses aspectos tenham identidades estruturais e funcionais diferenciadas, eles estão tão integrados que cada um é parte constitutiva dos outros. Ou seja, qualquer atividade humana tem repercussão afetiva e cognitiva; toda disposição afetiva tem ressonâncias motoras e cognitivas. Já a inteligência possui dois aspectos: cognitivo e afetivo. Esses aspectos são indissociáveis no comportamento. Quando o indivíduo inicia o processo de construção de conhecimento experimenta estados de prazer, ansiedade, fadiga, esforço, aborrecimentos, desapontamento, etc. Assim, os aspectos afetivos têm influência no desenvolvimento intelectual de uma pessoa. '''O desenvolvimento da inteligência é indissociável da paixão, da curiosidade, do mundo afetivo.''' Ao mesmo tempo, a '''afetividade pode levar à asfixia do conhecimento, mas também, pode fortalecê-lo. A afetividade e a inteligência caminham lado a lado na trilha do conhecimento'''.” (TAVARES-SILVA,2003)</BLOCKQUOTE>
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“[para Husserl] a consciência que tomamos das coisas não se limita em absoluto ao conhecimento delas. O conhecimento ou pura ‘representação’ é apenas uma das formas possíveis da minha consciência ‘de’ [alguma coisa]: posso também amá-la, temê-la, detestá-la, e essa superação da consciência por si mesma, que chamamos de ‘intencionalidade’, reaparece no temor, no ódio e no amor. Detestar outrem é ainda uma maneira de explodir em direção a ele; é encontrar-se subitamente diante de um estranho cuja qualidade objetiva de ‘odiável’ vivemos e sofremos antes de tudo. Eis que essas famosas reações subjetivas – ódio, amor, temor, simpatia – que boiavam na malcheirosa salmoura do Espírito de repente se desvencilham dele: são apenas maneiras de descobrir o mundo. [...]”. (SARTRE, 2006)
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<BLOCKQUOTE>“[para Husserl] a consciência que tomamos das coisas não se limita em absoluto ao conhecimento delas. O conhecimento ou pura ‘representação’ é apenas uma das formas possíveis da minha consciência ‘de’ [alguma coisa]: posso também amá-la, temê-la, detestá-la, e essa superação da consciência por si mesma, que chamamos de ‘intencionalidade’, reaparece no temor, no ódio e no amor. Detestar outrem é ainda uma maneira de explodir em direção a ele; é encontrar-se subitamente diante de um estranho cuja qualidade objetiva de ‘odiável’ vivemos e sofremos antes de tudo. Eis que essas famosas reações subjetivas – ódio, amor, temor, simpatia – que boiavam na malcheirosa salmoura do Espírito de repente se desvencilham dele: são apenas maneiras de descobrir o mundo. [...]”. (SARTRE, 2006)</BLOCKQUOTE>
==Fontes==
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Edição de 17h55min de 2 de fevereiro de 2018

Ementa

O processo de aprendizagem apresenta duas dimensões indissociáveis no comportamento: a cognitiva e a afetiva. Quando se inicia o processo de construção de conhecimento, o indivíduo experimenta estados de prazer, ansiedade, fadiga, esforço, aborrecimento, desapontamento, etc., e esses aspectos afetivos têm influência no desenvolvimento intelectual da pessoa. Embora a afetividade possa levar à asfixia do conhecimento, ela também pode fortalecê-lo, pois “a afetividade e a inteligência caminham lado a lado na trilha do conhecimento” (TAVARES-SILVA, 2003).

Referências

“A afetividade abarca os sentimentos, a paixão e a emoção, além das manifestações orgânicas. A afetividade representa o termômetro do indivíduo e está intimamente relacionada com o bem-estar e mal-estar da pessoa. O homem imerge no seu meio com seus aspectos afetivos, cognitivos e motores. Embora esses aspectos tenham identidades estruturais e funcionais diferenciadas, eles estão tão integrados que cada um é parte constitutiva dos outros. Ou seja, qualquer atividade humana tem repercussão afetiva e cognitiva; toda disposição afetiva tem ressonâncias motoras e cognitivas. Já a inteligência possui dois aspectos: cognitivo e afetivo. Esses aspectos são indissociáveis no comportamento. Quando o indivíduo inicia o processo de construção de conhecimento experimenta estados de prazer, ansiedade, fadiga, esforço, aborrecimentos, desapontamento, etc. Assim, os aspectos afetivos têm influência no desenvolvimento intelectual de uma pessoa. O desenvolvimento da inteligência é indissociável da paixão, da curiosidade, do mundo afetivo. Ao mesmo tempo, a afetividade pode levar à asfixia do conhecimento, mas também, pode fortalecê-lo. A afetividade e a inteligência caminham lado a lado na trilha do conhecimento.” (TAVARES-SILVA,2003)
“[para Husserl] a consciência que tomamos das coisas não se limita em absoluto ao conhecimento delas. O conhecimento ou pura ‘representação’ é apenas uma das formas possíveis da minha consciência ‘de’ [alguma coisa]: posso também amá-la, temê-la, detestá-la, e essa superação da consciência por si mesma, que chamamos de ‘intencionalidade’, reaparece no temor, no ódio e no amor. Detestar outrem é ainda uma maneira de explodir em direção a ele; é encontrar-se subitamente diante de um estranho cuja qualidade objetiva de ‘odiável’ vivemos e sofremos antes de tudo. Eis que essas famosas reações subjetivas – ódio, amor, temor, simpatia – que boiavam na malcheirosa salmoura do Espírito de repente se desvencilham dele: são apenas maneiras de descobrir o mundo. [...]”. (SARTRE, 2006)

Fontes

MORIN, E. Os setes saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

PIAGET, J. Intelligence and affectivity: their relationship during child development. Califórnia: Palo Alto, 1981.

SARTRE, J.- P. Uma ideia fundamental da fenomenologia de Husserl: a intencionalidade. In:______. Situações I. Tradução Cristina Prado. São Paulo: Cosac Naif, 2006. Disponível em: <https://coracaofilosofante.wordpress.com/2013/09/09/uma-ideia-fundamental-da-fenomenologia-de-husserl-a-intencionalidade%C2%B9/ >. Acesso em: 27 jul. 2017.

TAVARES-SILVA, T. Mediação pedagógica, nos ambientes telemáticos, como recurso de expressão das relações interpessoais e da construção do conhecimento. 2003. 203 f. Dissertação (Mestrado em Educação: Currículo) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2003.

WALLON, H. Do ato ao pensamento. Lisboa: Moraes, 1979.

______. Psicologia e educação da infância. Lisboa: Estampa, 1975