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Abordagem “Construcionismo Contextualizado” (“Estar junto virtual”)

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Com o objetivo de demonstrar como o computador pode auxiliar no processo de construção do conhecimento, Papert (apud Valente, 2009) desenvolveu a abordagem construcionista, a qual difere do construtivismo de Piaget em dois aspectos. No construcionismo, o aprendiz constrói alguma coisa (o aprendizado ocorre por meio do fazer). Além disso, o aprendiz está construindo algo do seu interesse e para o qual está bastante motivado, o que contribui para uma aprendizagem mais significativa. Todavia, esse “fazer” apresenta ainda um diferencial, que é a presença do computador – uma máquina para realizar a tarefa. Aqui, o aprendiz terá de refletir sobre o que fez e depurar as ideias, objetivando chegar às informações necessárias e, “incorporando-as à descrição da resolução do problema, repetir o ciclo da descrição-execução-reflexão-depuração-descrição” (Valente, 1999b, p. 95).
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<BLOCKQUOTE>Com o objetivo de demonstrar como o computador pode auxiliar no processo de construção do conhecimento, Papert (apud Valente, 2009) desenvolveu a abordagem construcionista, a qual difere do construtivismo de Piaget em dois aspectos. No construcionismo, o aprendiz constrói alguma coisa (o aprendizado ocorre por meio do fazer). Além disso, o aprendiz está construindo algo do seu interesse e para o qual está bastante motivado, o que contribui para uma aprendizagem mais significativa. Todavia, esse “fazer” apresenta ainda um diferencial, que é a presença do computador – uma máquina para realizar a tarefa. Aqui, o aprendiz terá de refletir sobre o que fez e depurar as ideias, objetivando chegar às informações necessárias e, “incorporando-as à descrição da resolução do problema, repetir o ciclo da descrição-execução-reflexão-depuração-descrição” (Valente, 1999b, p. 95).
Esse ciclo não ocorre mecanicamente, deixando-se o aprendiz em frente ao computador. A interação aprendiz-máquina necessita de um facilitador. Construir conhecimento significa o acompanhamento sistemático do aprendiz, visando a entender o que realmente ele faz e, com isso, nas palavras de Valente (1999b, p. 90), “propor-lhe desafios e auxiliá-lo a atribuir significado ao que está realizando”. No entanto, essas intervenções do mediador só podem ser significativas quando ele participa das atividades que o aprendiz está realizando – planejamento, observação, reflexão e análise –, num verdadeiro “estar junto virtual”.
Esse ciclo não ocorre mecanicamente, deixando-se o aprendiz em frente ao computador. A interação aprendiz-máquina necessita de um facilitador. Construir conhecimento significa o acompanhamento sistemático do aprendiz, visando a entender o que realmente ele faz e, com isso, nas palavras de Valente (1999b, p. 90), “propor-lhe desafios e auxiliá-lo a atribuir significado ao que está realizando”. No entanto, essas intervenções do mediador só podem ser significativas quando ele participa das atividades que o aprendiz está realizando – planejamento, observação, reflexão e análise –, num verdadeiro “estar junto virtual”.
Assim, baseada no construcionismo contextualizado, a abordagem estar junto virtual prevê um alto grau de interação entre mediador e aprendizes, e entre os próprios aprendizes. A Internet não só proporciona os meios para que essas interações sejam intensas, como também permite o acompanhamento do aluno e a criação de condições para o professor “estar junto”, ao lado do aluno, vivenciando e auxiliando-o a resolver seus problemas, porém virtualmente.
Assim, baseada no construcionismo contextualizado, a abordagem estar junto virtual prevê um alto grau de interação entre mediador e aprendizes, e entre os próprios aprendizes. A Internet não só proporciona os meios para que essas interações sejam intensas, como também permite o acompanhamento do aluno e a criação de condições para o professor “estar junto”, ao lado do aluno, vivenciando e auxiliando-o a resolver seus problemas, porém virtualmente.
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Para Valente (1999b), o mediador deixa de ser o “entregador” de informação para exercer a função de facilitador do processo de aprendizagem. O aluno deixa de ser o receptáculo das informações, para ser ativo aprendiz, construtor do seu conhecimento. Portanto, a ênfase da educação deixa de ser a memorização da informação transmitida pelo professor e passa a ser a construção do conhecimento realizada pelo aluno de maneira significativa, sendo o professor o facilitador desse processo de construção” (TAVARES-SILVA; VALENTE e DIAS, 2014).
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Para Valente (1999b), o mediador deixa de ser o “entregador” de informação para exercer a função de facilitador do processo de aprendizagem. O aluno deixa de ser o receptáculo das informações, para ser ativo aprendiz, construtor do seu conhecimento. Portanto, a ênfase da educação deixa de ser a memorização da informação transmitida pelo professor e passa a ser a construção do conhecimento realizada pelo aluno de maneira significativa, sendo o professor o facilitador desse processo de construção” (TAVARES-SILVA; VALENTE e DIAS, 2014)</BLOCKQUOTE>.
==Fonte==  
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Edição de 13h37min de 23 de novembro de 2017

Definição

No processo de construção do conhecimento mediado por computador, a interação aprendiz-máquina deve contar com um facilitador que – participando ativamente das atividades que estão sendo desenvolvidas (planejamento, observação, reflexão e análise) ­– propõe desafios e auxilia o aprendiz a atribuir significado a cada ação. Assim, o estar junto virtual prevê alto grau de interação entre mediador e aprendizes, e entre os próprios aprendizes.No processo de construção do conhecimento mediado por computador, a interação aprendiz-máquina deve contar com um facilitador que – participando ativamente das atividades que estão sendo desenvolvidas (planejamento, observação, reflexão e análise) ­– propõe desafios e auxilia o aprendiz a atribuir significado a cada ação. Assim, o estar junto virtual prevê alto grau de interação entre mediador e aprendizes, e entre os próprios aprendizes.

Referência

Com o objetivo de demonstrar como o computador pode auxiliar no processo de construção do conhecimento, Papert (apud Valente, 2009) desenvolveu a abordagem construcionista, a qual difere do construtivismo de Piaget em dois aspectos. No construcionismo, o aprendiz constrói alguma coisa (o aprendizado ocorre por meio do fazer). Além disso, o aprendiz está construindo algo do seu interesse e para o qual está bastante motivado, o que contribui para uma aprendizagem mais significativa. Todavia, esse “fazer” apresenta ainda um diferencial, que é a presença do computador – uma máquina para realizar a tarefa. Aqui, o aprendiz terá de refletir sobre o que fez e depurar as ideias, objetivando chegar às informações necessárias e, “incorporando-as à descrição da resolução do problema, repetir o ciclo da descrição-execução-reflexão-depuração-descrição” (Valente, 1999b, p. 95). Esse ciclo não ocorre mecanicamente, deixando-se o aprendiz em frente ao computador. A interação aprendiz-máquina necessita de um facilitador. Construir conhecimento significa o acompanhamento sistemático do aprendiz, visando a entender o que realmente ele faz e, com isso, nas palavras de Valente (1999b, p. 90), “propor-lhe desafios e auxiliá-lo a atribuir significado ao que está realizando”. No entanto, essas intervenções do mediador só podem ser significativas quando ele participa das atividades que o aprendiz está realizando – planejamento, observação, reflexão e análise –, num verdadeiro “estar junto virtual”. Assim, baseada no construcionismo contextualizado, a abordagem estar junto virtual prevê um alto grau de interação entre mediador e aprendizes, e entre os próprios aprendizes. A Internet não só proporciona os meios para que essas interações sejam intensas, como também permite o acompanhamento do aluno e a criação de condições para o professor “estar junto”, ao lado do aluno, vivenciando e auxiliando-o a resolver seus problemas, porém virtualmente. Para Valente (1999b), o mediador deixa de ser o “entregador” de informação para exercer a função de facilitador do processo de aprendizagem. O aluno deixa de ser o receptáculo das informações, para ser ativo aprendiz, construtor do seu conhecimento. Portanto, a ênfase da educação deixa de ser a memorização da informação transmitida pelo professor e passa a ser a construção do conhecimento realizada pelo aluno de maneira significativa, sendo o professor o facilitador desse processo de construção” (TAVARES-SILVA; VALENTE e DIAS, 2014)
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Fonte

TAVARES-SILVA, T.; VALENTE, J. A.; DIAS, P. Diferentes abordagens da educação a distância mediada por computador e via internet. Disponível em: < https://www.unip.br/scitis/edicoes/1edicao/mobile/index.html#p=12>. Acesso em: 27 jun. 2017.