Teoria da “Equilibração”
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Ementa
Organização das estruturas cognitivas (por meio de mecanismos autorreguladores de assimilação e acomodação), capaz de provocar no indivíduo uma nova forma de adaptação (ou interação eficiente) à realidade.
Referência
O conhecimento não advém da experiência única com os objetos e/ou da programação inata (pré-formada no sujeito), mas de construções sucessivas - a partir as interações dos indivíduos com o meio ambiente -, que provocam novas estruturas mentais (mecanismo autorregulatório ou “equilibração” do indivíduo com o seu contexto). A Teoria da Equilibração explica que o processo do desenvolvimento humano pode variar em virtude do meio em que o indivíduo se encontra inserido. Para entender essa teoria, Piaget aborda os fatores invariantes (estruturas biológicas sensoriais e neurológicas natas) e variantes (elementos que se transformam no processo de interação com o meio, físico e social). Com isso, a Teoria Psicogênica demonstra que a inteligência não é herdada, mas é uma construção por meio de processos interativos do indivíduo com o seu meio ambiente (físico e social). Para Piaget, o indivíduo almeja o equilíbrio, mas nunca alcançará em virtude dos seus processos de interação com o meio, que podem gerar desajustes, romper o estado de equilíbrio e provocar esforços para que a adaptação se restabeleça. Esses esforços do indivíduo pela adaptação envolvem dois mecanismos distintos e indissociáveis: assimilação (tentativa do sujeito resolver, interpretar uma situação a partir da sua estrutura cognitiva existente; esse mecanismo é permanente, uma vez que o indivíduo interpreta constantemente a realidade e busca, com isso, retirar do ambiente a informação que lhe interessa, objetivando restabelecer a nova equilibração) e acomodação (capacidade de modificar a estrutura mental anterior a partir da aquisição de um novo objeto de conhecimento -- ou seja, o “momento da ação do objeto sobre o sujeito”. Toda experiência é assimilada aos esquemas mentais existentes que podem provocar acomodações). A assimilação e a acomodação são indissociáveis e complementares e estão presentes ao longo da vida. A equilibração é a organização das estruturas cognitivas que provoca no indivíduo uma nova forma de adaptação à realidade. Todavia, o processo de equilibração (transformação) dependerá de como o indivíduo elabora e assimila as suas interações com o contexto, ou seja, a equilibração depende do nível de desenvolvimento cognitivo que o sujeito detém ao longo da vida.
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Fontes
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