Abordagem “Virtualização da Escola Tradicional”
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<BLOCKQUOTE>“A segunda abordagem definida por Valente (2009) é a virtualização da escola tradicional, que tende a repetir as técnicas das aulas presenciais tradicionais, nas quais o formador é o personagem central, detentor de informações, e o participante é mero receptor. As informações são transmitidas com baixo grau de interação entre mediador e aprendizes. Pouco pode ser avaliado sobre o grau de aplicação do aprendiz a respeito das informações recebidas. A verificação da aprendizagem geralmente se dá por testes de múltipla escolha, em que erros e acertos indicam apenas o quanto foi memorizado, e não a qualidade e a quantidade de conhecimento do qual o aprendiz conseguiu apropriar-se.</BLOCKQUOTE> | <BLOCKQUOTE>“A segunda abordagem definida por Valente (2009) é a virtualização da escola tradicional, que tende a repetir as técnicas das aulas presenciais tradicionais, nas quais o formador é o personagem central, detentor de informações, e o participante é mero receptor. As informações são transmitidas com baixo grau de interação entre mediador e aprendizes. Pouco pode ser avaliado sobre o grau de aplicação do aprendiz a respeito das informações recebidas. A verificação da aprendizagem geralmente se dá por testes de múltipla escolha, em que erros e acertos indicam apenas o quanto foi memorizado, e não a qualidade e a quantidade de conhecimento do qual o aprendiz conseguiu apropriar-se.</BLOCKQUOTE> | ||
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Edição atual tal como 12h25min de 19 de fevereiro de 2018
Ementa
Baseada nas técnicas adotadas em aulas presenciais tradicionais – em que o “detentor de informações” (o formador, professor ou tutor) assume papel central, enquanto os aprendizes participam apenas como meros receptores –, essa abordagem caracteriza-se pelo grau mínimo de interação entre mediador e aluno (geralmente via e-mail). Desse modo, à dificuldade de inferir como se dá a construção do conhecimento pelo aluno (por simples memorização ou pelo processamento das informações recebidas) soma-se a quase impossibilidade de avaliar a qualidade e a quantidade de conhecimento apropriado.
Veja também: Educação a Distância ou Ensino a Distância? // Recursos Educacionais Abertos // Moodle // TelEduc // Massive Open Online Course (MOOC) // Abordagem “Broadcast” da Educação a Distância // Abordagem “Construcionismo Contextualizado” (“Estar junto virtual”) // Videoaula // Videoconferência // Ensino de Aplicação // Orientação Metodológica // Andragogia // Estilo de Aprendizagem ou Estratégias de Aprendizagem
Referências
“A segunda abordagem definida por Valente (2009) é a virtualização da escola tradicional, que tende a repetir as técnicas das aulas presenciais tradicionais, nas quais o formador é o personagem central, detentor de informações, e o participante é mero receptor. As informações são transmitidas com baixo grau de interação entre mediador e aprendizes. Pouco pode ser avaliado sobre o grau de aplicação do aprendiz a respeito das informações recebidas. A verificação da aprendizagem geralmente se dá por testes de múltipla escolha, em que erros e acertos indicam apenas o quanto foi memorizado, e não a qualidade e a quantidade de conhecimento do qual o aprendiz conseguiu apropriar-se.
Essa abordagem caracteriza-se pela existência da interação entre mediador e aprendizes. Isso significa que a virtualização da escola tradicional atende a um menor número de aprendizes que a modalidade broadcast, uma vez que o mediador recebe e analisa a informação oferecida ao participante. Essa assistência do mediador ao participante só poderá ocorrer se houver, no curso, um número limitado de aprendizes.
Segundo Valente (2009), para verificar se a informação foi ou não processada, o mediador pode apresentar ao aprendiz situações-problema, em que este é obrigado a utilizar os conteúdos fornecidos. Algumas abordagens de EaD tentam essa estratégia, mas, em geral, a interação mediador-aluno resume-se em verificar se o aprendiz memorizou a informação fornecida. A depender do material que o mediador recebe do aprendiz, aquele necessitará de um tempo maior ou menor. No entanto, esse tempo é limitado, sujeito ao número de aprendizes que o curso contempla. Na possibilidade de grande número de alunos no curso, o mediador terá de recorrer a outros mediadores para ajudá-lo nessa tarefa.
Todavia, de acordo com Valente (2009), mesmo havendo a interação entre aprendizes e mediador, pode ser que essa interação não seja suficiente para criar condições para a construção de conhecimento. Nesse contexto, a virtualização da escola tradicional apresenta os mesmos problemas do ensino nas escolas tradicionais. Diante disso, ficam alguns questionamentos: será que o aprendiz está somente memorizando a informação recebida? Ou será que esse aprendiz está processando a informação?
Nessa abordagem, o mediador não terá condições de conferir o que aconteceu no processo de ensino e aprendizagem, conforme enfatiza Valente (2009), e o aluno não tem estímulo para trabalhar em situações criadas especificamente para que ele processe e atribua significado ao que está fazendo. É por essas razões que a caracterizamos como sendo a 'virtualização do ensino tradicional' e, nesse sentido, estamos economizando o fato de essa escola virtual não ter paredes.
Os custos/programas dessa abordagem são um pouco mais elevados que os da abordagem broadcast, pois o número de aprendizes deverá ser limitado e adequado ao tempo disponível do formador para as eventuais interações.
Do ponto de vista da qualidade do processo de ensino e aprendizagem, a virtualização da escola tradicional apresenta-se em um nível acima se comparada com a abordagem broadcast”. (TAVARES-SILVA; VALENTE e DIAS, 2014).
Fonte
TAVARES-SILVA, T.; VALENTE, J. A.; DIAS, P. Diferentes abordagens da educação a distância mediada por computador e via internet. Scitis, São Paulo, v.1, p.12-21, set. 2014 Disponível em: < https://www.unip.br/scitis/edicoes/1edicao/mobile/index.html#p=12>. Acesso em: 27 jun. 2017.